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Ligação Química e Estrutura Molecular em Moléculas Orgânicas Tabela Periódica e a Química Orgânica; Modelos Estruturais (Estruturas de Lewis, Teoria da Ligação de Valência, Teoria dos Orbitais Híbridos e Teoria dos Orbitais Moleculares); Característica estrutural das diversas funções orgânicas. Lembrando.. 1 2 3 4 5 6 7 P e rí o d o s Grupos (IA) (IIA) IIIA IVA VA VIA VIIA VIIIA Lembrando.... • Os átomos neutros tem o mesmo numero de prótons e eletros. • Numero atômico (Z): Numero de Prótons • Numero de Massa (A): Z + N (numero de nêutrones) Exemplo: Isótopos do carbono X A Z Símbolo C 12 6 C 13 6 C 14 6 A = 12 A = 13 A = 14 N = 6 N = 7 N = 8 Z = 6 Z = 6 Z = 6 e- = 6 e- = 6 e- = 6 e-V = 4 e-V = 4 e-V = 4 Isótopos: Átomos de um dado elemento que compartilham o mesmo número de prótons, mas difere uns dos outros em seu número de nêutrons. Os isótopos podem diferir em carga. q é a carga Z(8O) = 1s2 2s2 2p4 mas Z(8O2-) = 1s2 2s2 2p6 Z(11Na) = 1s2 2s2 2p6 3s1 mas (11Na+) = 1s2 2s2 2p6 3s0 Z(10Ne) = 1s2 2s2 2p6 Lembrando.. X A Z A = 16 A = 23 A = 20 N = 8 N = 12 N = 10 Z = 8 Z = 11 Z = 10 e- = 10 e- = 10 e- = 10 O 16 8 2- q Na 23 11 + Ne 20 10 Isoeletrônicos: Os átomos e íons que apresentam o mesmo número de elétrons são denominados isoeletrônicos. px py pz px py pz s s = 2 elétrons p = 6 elétrons d = 10 elétrons f = 14 elétrons Elétrons de Valencia de átomos Elétrons de valência de um átomo são os elétrons da parte mais externa que apresentam maior probabilidade de se envolver em ligações e reações químicas. Nível 2, orbitais P 3 orbitais Estrutura de Lewis e Geometria: Breve Resumo 1. Usar o número de elétrons de valência de cada átomo e distribuir como pares de elétrons ligantes e não ligantes na molécula. O número de elétrons de valência de cada átomo é igual ao número de grupo na TP Pares ligantes 2. Usar ligações múltiplas para dar aos átomos a configuração de gás nobre (regra do octeto). 3. Para um íon, adicionar (ânion) ou subtrair (cátion) elétrons para dar- lhe a carga adequada. Algumas espécies não atendem a regra do octeto, p.e. ácidos de Lewis. Espécies reativas de carbono Considera o número de pares de elétrons da ligação e de elétrons não ligantes do átomo central. Com esta abordagem simples é possível prever (mais ou menos) as geometrias das moléculas em torno de um átomo central. Geometria das moléculas pela Teoria de Repulsão de Pares de Elétrons da Camada de Valência (VSEPRT) 4 pares de elétrons = geometria tetraédrica 3 pares de elétrons geometria trigonal Pares de elétrons não ligantes provocam uma maior repulsão estérea (forma). • Ao considerarmos a geometria ao redor do átomo central, consideramos todos os elétrons (pares não ligantes e pares ligantes). • Quando damos nome à geometria molecular, focalizamos somente na posição dos átomos. O efeito dos elétrons não-ligantes e ligações múltiplas nos ângulos de ligação Para determinar o arranjo: • Desenhe a estrutura de Lewis, • conte o número total de pares de elétrons ao redor do átomo central, • ordene os pares de elétrons em uma das geometrias acima para minimizar a repulsão elétron – elétron, conte as ligações múltiplas como um par de ligação. Exemplo: Amônia, NH3 Linear Trigonal planar e Angular Tetraédrica e Pirâmide trigonal Bipirâmide trigonal; Gangorra e Em “T” Octaédrica; Pirâmide quadrada e Quadrado planar Bipirâmide pentagonal Teorias que descrevem a ligação química a partir do Modelo Quântico Teoria da Ligação de Valência (TLV) 1927, Heitler e London Teoria do Orbital Molecular – TOM 1933, Hund e Mulliken Busca entender como os orbitais atômicos de átomos dissociados se combinam para formar ligações químicas individuais quando uma molécula é formada. (baseada na teoria de Lewis) Elétrons localizados na região entre os átomos ligados. Considera os elétrons de uma molécula ocupando orbitais moleculares formados pela combinação linear dos orbitais atômicos de todos os átomos na estrutura. Elétrons deslocalizados por toda a extensão da molécula. Modelo Quântico (E. Schrödinger) - Elétrons são melhores descritos como ondas. A solução da função de onda (Ψ) fornece todas as informações sobre o elétron. Ψ(molécula) = Ψ(1)Ψ(2)Ψ(3)… Ψ(ne-) Rutherford e O Átomo Nuclear A princípios de 1900 era evidente a existência do elétron e o próton. Mas não sabia-se como estavam organizados e distribuídas as cargas. O modelo atómico de Thomson: “a carga positiva estava distribuída de maneira uniforme em todo o átomo. A cargas negativas se representavam como si estiveram incrustadas no átomo” • Aluno de Thomson. • Estabeleceu que as partículas tinham carga positiva, emitidas por átomos radioativos, num fenómeno de decaimento radioativo. • Contou os flashes (cintilações) que causavam as partículas sobre o quadro de ZnS para determinar o numero relativo de partículas desviadas a diversos ângulos. Ernest Rutherford (1871-1937) Quase todas as partículas passavam a través da folha de ouro, ora desviando-se pouco, ora sim desviar-se. O Ângulo de dispersão era muito grande e só umas quantas rebotavam ate a fonte onde eram geradas. Defletidas Quase não ou não defletidas Ernest Rutherford (1871-1937) O análise matemático demostrou que a dispersão das partículas se devia à repulsão provocada pela regiões de carga positiva na lamina de ouro, mas o seu diâmetro não era de mais de 1/10000 do tamanho de dito átomo. Quando usou laminas de outro metal, legou aos mesmos resultados. Daí, Rutherford propôs o modelo atômico no qual: “O átomo é constituído de duas regiões distintas: um núcleo ou região central que contém praticamente toda a massa do átomo e apresenta carga positiva; e uma eletrosfera, isto é, uma região ao redor do núcleo, onde os elétrons giram em órbitas circulares”. Modelo atômico de Rutherford Ernest Rutherford (1871 – 1937) • Se o átomo fosse como Rutherford propunha, os elétrons adquiririam um movimento em espiral e colidiriam com as partículas positivas do núcleo. Niels Böhr (1913): Criou um novo modelo atômico, que apesar de revolucionário, mantinha as principais características do modelo de Rutherford: “O átomo pode ser representado de forma que as órbitas permitidas para os elétrons tenham relação com os diferentes níveis de energia e, ainda, com as respectivas raias presentes no espectro característico de cada elemento químico.” Desse modo, cada órbita circular permitida para os elétrons possuem energias diferentes, constantes e determinadas, sendo denominadas de níveis de energia. Modelo atômico de Rutherford-Bohr Niels Bohr (1885 – 1962) Mecânica Quântica – o modelo atômico moderno . Características da radiação eletromagnética - produto de campos elétricos e magnéticos oscilantes; - possui velocidade de 3,0 x 108 m.s-1, essa conhecida como “velocidade da luz”, representada pelo símbolo c; - transferem energia de uma região do espaço para outra; - afeta partículas carregadas, como o elétron. - possui amplitude: altura da onda em relação à linha central; - possui comprimento de onda (λ): distância entre dois máximos sucessivo; - frequência(ν): o número de ciclos por segundo passando por um ponto fixo (hertz, 1 Hz = 1 s-1). Onda eletromagnética Mecânica Quântica – o modelo atômico moderno . Comprimentos de onda diferentes correspondem a regiões diferentes do espectro eletromagnético. . Quanto menor o comprimento de onda, maior a frequência e vice-versa. . Isso pode ser relacionado pela fórmula: λ = c/ν Espectro eletromagnético Mecânica Quântica – o modelo atômico moderno . Catástrofe do ultravioleta: estudos com um corpo negro (objeto quente) (objeto que não tem preferência em absorver ou emitir um determinado comprimento de onda), mostraram que qualquer um desses que estivesse em uma temperatura diferente de zero, deveria emitir raios ultravioletas, além de raios X e raios γ! SOLUÇÃO! . Em 1900, Max Planck defendeu a ideia de que a troca de energia entre a matéria e a radiação ocorre em quanta, isto é, em pacotes de energia. E = hν Onde h é a constante de Planck, igual a 6,626 x 10-34 J.s. . Para a física clássica não há restrição à quantidade de energia que pode ser transferida de um objeto para outro, logo, até em baixas temperaturas um objeto poderia gerar radiações de alta frequência, agora com Planck, somente a partir de uma quantidade mínima de energia que isso poderia acontecer, ou seja, a energia é quantizada. Mecânica Quântica – o modelo atômico moderno . Efeito fotoelétrico: ejeção de elétrons de um metal quando sua superfície é exposta à radiação ultravioleta. . Observações: 1. Nenhum elétron é ejetado até que a radiação tenha frequência acima de um determinado valor característico do metal; 2. Os elétrons são ejetados imediatamente, por menor que seja a intensidade da radiação. 3. A energia cinética dos elétrons ejetados aumentam linearmente com a frequência da radiação. . Para explicar essas observações, Einstein considerou que a radiação eletromagnética era feita de partículas, os fótons. Cada fóton pode ser entendido como um pacote de energia, relacionado pela equação de Planck. .Obs.: existem diversas evidências, como a difração, de que a radiação eletromagnética tem caráter de onda. . Dualidade onda-partícula da matéria . Em 1925, Louis de Broglie sugeriu que toda partícula deve ser entendida como tendo propriedades de onda, e que o comprimento de onda associado à “onda da partícula” é inversamente proporcional à massa da partícula, m, e à velocidade, v. λ = h/mv . O produto da massa pela velocidade é chamado de momento linear, p, e então a relação de Broglie pode ser expressa: λ = h/p . Exemplo: Qual o comprimento de onda de uma partícula de massa 1 g viajando a 1 m.s-1. Lembrando que h = 6,626 x 10-34 J.s Resp.: 7 x 10-10 m . Princípio da Incerteza . Na mecânica clássica, uma partícula tem trajetória definida, ou seja, tem a localização e o momento linear especificados a cada instante. . Porém, não é possível especificar a localização de uma partícula se ela se comporta como onda, ou seja, definir a localização de uma partícula com momento linear determinado. . O princípio da incerteza de Heisenberg expressa quantitativamente a relação entre localização e momento linear, onde, se a localização é conhecida com incerteza Δx, então o momento só pode ser conhecido com incerteza Δp ΔxΔp > ½ h . Onde o h é igual a h/2π de valor constante 1,05457 x 10-34 J.s. Werner Heisenberg (1901 – 1976) De acordo com esse princípio, não podemos determinar com precisão e simultaneamente a posição e o momento de uma partícula. . Funções de onda . Um dos primeiros cientistas a formular uma teoria bem sucedida sobre a descrição da matéria levando em conta a dualidade onda-partícula foi Erwin Schrondiger, em 1927. . Ele substitui a trajetória precisa de uma partícula por uma função de onda, ψ, uma função matemática com valores que variam com a posição. . O físico alemão Max Born propôs uma interpretação física para a função de onda: a probabilidade de encontrar uma partícula em uma região é proporcional ao valor de ψ2. . Precisamente, ψ2 é uma densidade de probabilidade, isto é, a probabilidade de que a partícula esteja em uma pequena região do espaço dividida pelo volume da região ocupada. Max Born (1882 – 1970) Erwin Schrörindger (1887 – 1961) . Equação de Schrörindger . É usada para calcular as funções de onda. . Do ponto de vista formal, para uma partícula de massa m que se move com energia potencial V(x), a equação é: . Essa equação é uma “equação diferencial” e só pode ser resolvida para casos muito simples, como o de uma partícula em uma caixa, onde uma partícula de massa m está confinada entre duas paredes rígidas separadas por uma distância L. . Se vemos a partícula como uma onda, somente alguns comprimentos de onda podem existir na caixa, exatamente como uma corda de violão que só assume algumas frequências. . Equação de Schrörindger . Conclusões: 1. O comportamento do elétron no átomo é mais bem descrito como uma onda estacionaria – somente determinadas funções de onda são permitidas para o elétron no átomo; 2. Cada função de onda é associada com um valor permitido de energia para o elétron; 3. Decorre de 1 e 2 que a energia do elétron no átomo é quantizada; 4. O quadrado da função de onda, está relacionado com a probabilidade de encontrar o elétron dentro de uma determinada região do espaço – densidade eletrônica; 5. A região do espaço em que há a probabilidade de encontrar um elétron de determinada energia é chamada de orbital. 6. Para resolver a equação de Schrödinger para um elétron no espaço tridimensional, três números inteiros – os números quânticos (n, l e ml) são parte integral da resolução matemática. . Lembrando que para definir os orbitais, leva-se em conta os números quânticos... n (n = 1, 2, 3 ...) - Número quântico principal – Define o tamanho e a energia do orbital. Orbitais atômicos com o mesmo valor de n pertencem a mesma camada do átomo. l (l = 0, 1, 2,..., n - 1) - Número quântico do momento angular do orbital – Define a forma do orbital. O valor de l, define as subcamadas; ml (ml = l, l – 1,..., - l) - Número quântico magnético – Distingue entre si os orbitais de uma camada. Elétrons de um mesmo átomo devem ter uma combinação única dos quatro números quânticos. Cada elétron é único! ← Números quânticos 1 Ψ2 → Expressa a probabilidade de encontrar um elétron. Gráficos em três dimensões geram as formas dos orbitais atômicos Formas e orientação dos orbitais Depende do número quântico “l” (momento angular → movimento de um elétron movendo-se no orbital) “ml” (momento magnético, → orientação) . s → l = ml = 0 (esféricos) p → l = 1 → alteres ml = -1 ml = +1 ml = 0 Depende do número quântico “l” (momento angular → movimento de um elétron movendo-se no orbital) “ml” (momento magnético, → orientação) . d → l = 2 Formas e orientação dos orbitais f → l = 3 Usando a TLV para entender a ligação covalente na molécula de H2 Energia potencial da molécula de H2 em função da distância internuclear r = 0,74 Ǻ repulsão atração Menor distância (mais estável) Ligações sigma e pi . Ligação σ (sigma) . Na TLV, supomos que quando os dois átomos H se aproximam o par de elétrons 1s de cada um e seus orbitais atômicos se fundem. A distribuição de elétrons resultante apresenta um formato de salsicha, tem densidade eletrônica entre os núcleos e é, então, chamada de ligação sigma. . Formalmente, uma ligação σ não tem um plano nodal no eixo internuclear. . A fusão dos dois orbitais atômicos é chamada desuperposição. Ligações sigma e pi . Ligação π (pi) . Peguemos como exemplo agora a molécula de nitrogênio, N2. Existe um elétron desemparelhado em cada orbital 2p de cada átomo. Porém, quando tentamos alinhá-los e formar as três ligações, somente um dos três orbitais se superpõem cabeça-cabeça para formar uma ligação σ. Os outros dois orbitais se encontram perpendiculares ao eixo internuclear e só podem se superpor lado- a-lado para emparelhar seus elétrons. Essa superposição lateral leva à ligação π. . Formalmente, a ligação π tem um único plano nodal sobre o eixo internuclear. . Generalizando: - Uma ligação simples é uma ligação σ; - Uma ligação dupla é uma σ e uma π e; - Uma ligação tripla é uma σ e duas π. TOM – Teoria dos Orbitais Moleculares . Na TOM, os elétrons ocupam orbitais chamados orbitais moleculares, nos quais esses elétrons se espalham por toda a molécula, ou seja, não estão localizados nos átomos ou entre pares deles, e sim, deslocalizados sobre toda a molécula, não pertencendo a nenhuma ligação específica. . Os orbitais moleculares são construídos pela superposição (adição) de orbitais atômicos provenientes da camada de valência de cada átomo: Ψ = ψA1s + ψB1s . Em que ψA1s é um orbital 1s centrado em um átomo (A) e ψB1s outro orbital 1s centrado em outro átomo (B). . O orbital molecular ψ provém de uma combinação linear de orbitais atômicos (LCAO), logo, o número de orbitais moleculares é o mesmo do número de orbitais atômicos envolvidos na ligação. Formação da ligação covalente na molécula de H2 por TOM 2 orbitais 1s combinam-se “fora de fase” para gerar um ligação σ* (antiligante) 2 orbitais 1s combinam-se “em fase” para gerar um ligação σ (ligante) Ambos OMs tem simetria de rotação ao longo do eixo internuclear (a) Adição da função de onda ψ de orbitais atômicos 1s de átomos de hidrogênio gerando orbital molecular sigma ligante (σ), significando: região de alta probabilidade de encontrar o elétron entre dois núcleos. (b) Subtração da função de onda ψ de um átomo de hidrogênio do outro gerando orbital molecular antiligante (σ*): região nodal (nodo ou nó) na qual a probabilidade de encontrar o elétron entre dois núcleos é zero. adição das ψ 1s subtração das ψ 1s OM σ (ligante) OM σ* (antiligante) Em resumo: Construindo o diagrama de orbitais moleculares para H2 (TOM) A combinação de n orbitas atômicos (OA) leva à formação de n orbitais moleculares (OM). Es < Es * Nodo: Ψ = 0 (quanto maior o nº de nodos, maior energia) O que aconteceria se um elétron de H2 for promovido do menor nível de energia (OM ligante), para o próximo nível de energia mais baixo (OM antiligante)? Ordem de ligação = (nº elétrons no OM ligantes) − (nº elétrons em OM antiligantes)/2, ou seja, neste caso a ligação é quebrada (OL = 0). (435 KJ/mol) Molécula hipotética resultante da combinação de dois átomos de hélio por TOM Nº elétrons nos orbitais ligantes = Nº elétrons nos orbitais antiligantes, ordem de ligação é zero, ou seja a molécula não existe Configurações Eletrônicas Molécula de O2 – Paramagnética . Podemos definir a ordem de ligação (BO) da molécula na TOM como sendo metade dos elétrons em orbitais ligantes pelos elétrons em orbitais antiligantes: BO = ½ (N – N*) . Para o O2, a ordem de ligação é 2. Combinação de orbitais “p” puros Estes dois pares de orbitais p devem combinar lateralmente Só estes dois orbitais p podem sobrepor no eixo axial simétrico ao longo do eixo simétrico ao longo do eixo Não há simetria sobre este eixo. Se girarmos, a fase muda Não há simetria sobre este eixo. Se girarmos, a fase muda A sobreposição lateral de 2 orbitais p forma OM não simétricos em torno do eixo internuclear Teoria da Hibridização: orbitais atômicos s e p no átomo de carbono Hibridização dos orbitais atômicos s e p no átomo de carbono sp3 Orbitais sp3 híbridos do carbono de mesma energia (degenerados)Configuração eletrônica do átomo de carbono (fundamental) Mistura de orbitais s e p para produzir quatro orbitais híbridos sp3 Diagrama de orbitais moleculares do metano Orbitais moleculares do metano (simétricos e degenerados) Orbitais híbridos sp3 No plano do papel No plano do papel Distante do observador (p/ trás) Próximo do observador (p/ frente) 110 pm 1,10 A° Descrição do metano Hibridização dos orbitais dos hidrocarbonetos . Para explicar a ligação dupla dos alquenos, podemos utilizar o eteno como exemplo. Dados experimentais mostram que essa molécula tem estrutura trigonal planar que pode ser explicada pela formação de uma ligação σ C-C e duas σ C-H por três orbitais sp2 hibridizados e a segunda ligação da ligação dupla, por uma ligação π C-C proveniente de um orbital p livre. Esse arranjo orienta os átomos para os vértices de um triângulo equilátero caracterizando a estrutura trigonal planar. Eteno Hibridização dos orbitais atômicos s e p no átomo de carbono sp2 Mistura de orbitais 2s e 2px e 2py para produzir orbitais híbridos sp2 3 orbitais sp2 híbridos (degenerados), deixando um orbital p “puro”Configuração eletrônica do átomo de carbono (fundamental) Diagrama de orbitais moleculares do eteno HOMO = orbital ocupado de maior energia LUMO = orbital desocupado de menor energia HOMO LUMO Orbitais de fronteira 3 orbitais sp2 2 são usados para ligação sp2-s (C-H) 1 p/ sp2-sp2 (C-C) 3 orbitais sp2 2 são usados para ligação sp2-s (C-H) 1 p/ sp2-sp2 (C-C) Orbitais HOMO e LUMO . Em moléculas muito grandes, como moléculas orgânicas de grande cadeia carbônica, há a contribuição de muitos orbitais atômicos para formação de muito orbitais moleculares. Com essa grande quantidade de orbitais moleculares, os níveis de energia entre eles estão muito próximos e podemos resumi-los em dois grupos de orbitais: o HOMO (Highest Occupied Molecular Orbital) o orbital molecular ocupado de maior energia e o LUMO (Lowest Unoccupied Molecular Orbital) o orbital molecular não ocupado de menor energia. . A fronteira entre esses orbitais é bem pequena e excitar um elétron do HOMO para o LUMO é bem fácil, por isso moléculas como o β-caroteno geram coloração (responsável pela coloração alaranjada da cenoura), pois uma energia fraca como a luz visível já é suficiente para excitar um elétron e emitir cor. Β-caroteno Descrição do eteno (gás etileno) 1,09 A° 1,34 A° Hormônio vegetal presente em todos os órgãos vegetais e em alguns fungos, etileno participa da regulação de quase todos os processos de desenvolvimento das plantas, em especial, no amadurecimento de frutos. Hibridização dos orbitais dos hidrocarbonetos . Para explicar a ligação tripla dos alquinos, podemos utilizar o etino como exemplo. Dados experimentais mostram que essa molécula tem estrutura linear que pode ser explicada pela formação de uma ligação σ C-C e uma σ C-H por dois orbitais sp hibridizados e as duas ligações restantes da ligação tripla, por duas ligações π C-C provenientes de dois orbitais p livres. Hibridização dos orbitais atômicos s e p no átomo de carbono sp Mistura de orbitais 2s e 2px para produzir orbitais híbridos sp Configuração eletrônica do átomo de carbono (fundamental) 2 orbitais sp2 híbridos (degenerados), deixando 2 orbitais p “puros” Descrição do etino (gás acetileno) 1,06A° 1,34 A° 1,06A° Incolor, instável, altamente combustível, e produz uma chama de elevada temperatura (mais de 3000° C ou 5400°F) em presença de oxigênio. Importante na indústria (p.e. maçaricos).Alenos: um caso especial de carbono sp perpendiculares Qualquer átomo pode ser hibridizado O arranjo tetraédrico dos átomos sobre qualquer átomo central pode ser racionalizado, descrevendo o átomo central como sp3 hibridizado. Is o e le tr ô n ic o s sp3 (piramidal) sp3 (tetraédrica) sp2 (trigonal planar) Isoeletrônicos Hibridização do átomo central Geometria da molécula sp linear sp2 trigonal sp3 tetraédrica sp3d bipirâmide triangular sp3d2 octraédrica Hibridização dos orbitais . Para explicar um arranjo bipirâmide trigonal, podemos misturar um orbital s com três orbitais p e um orbital d e produzirmos quatro orbitais sp3d, de mesma energia orientados para os vértices da bipirâmide trigonal. Por exemplo: molécula de PCl5 . Para explicar um arranjo octaédrico, podemos misturar um orbital s com três orbitais p e dois orbitais d e produzirmos cinco orbitais sp3d2, de mesma energia orientados para os vértices de um octaédro. Por exemplo: molécula de SF6 O número de orbitais híbridos é sempre igual ao número de orbitais atômicos. Em resumo... Todos os compostos de carbono normais têm oito elétrons na camada exterior (n = 2) do átomo de carbono, todos compartilhados em ligações. Não importa a origem dos elétrons: eles se encaixam nos OM sp, sp2 ou sp3. Algumas espécies de carbono que não se enquadram são carbânion, carbocátion, radical e carbeno (espécies reativas de carbono): .CH2 (sp 3/sp2 hibridizado, 1 elétron não ligante, piramidal e trigonal) :CH2 (sp 2 hibridizado, 2 elétrons não ligantes porém com arranjos diferentes) 1 par não ligante orbital p vazio sp3 (piramidal) sp2 (trigonal planar) Exercício 1. Qual é a forma e a hibridização de cada átomo de carbono nestas moléculas? Exercício 2. Sugerir estruturas detalhadas para estas moléculas e prever as suas formas. Fórmula molecular Modelo de bolas e varetas Modelo do raio de Van der Waals Mapa de Potencial Eletrostático L-Dihidróxi-fenilalanina (L-Dopa) Formas de ilustrações de moléculas Metano Etano Propano n-Octano Outros exemplos de Mapa de Potencial Eletrostático Funções Orgânicas Família Fórmula geral Grupo funcional Alcano RH CnH2n (C–H e C–C) Alceno RCH=CH2, RCH=CHR R2C=CHR, R2C=CR2 Alcino HC≡CR, RC≡CR Aromático ArH Anel aromático Haloalcano/Halogeneto RX (X = halogênio) Álcool ROH Éter ROR Tiól e sulfeto RS-H, RSR’ Amina RNH2,R2NH, R3N Aldeído RCHO Cetona RCOR’ Ácido carboxílico RCO2H Éster RCO2R’ Amida RCONH2 RCONHR’, RCONR’R” Nitrila RCN C ar ac te rí st ic as E st ru tu ra is d as P ri n ci p ai s Fu n çõ e s O rg ân ic as Características estruturais de alcanos, alquenos e alquinos (hidrocarbonetos) sp , 180°, linear sp2 , ~120°, trigonal planar Todas as ligações são sp3 , ~109°, tetraédrica Compostos que possuem somente carbono e hidrogênio (C,H) em sua estrutura, variando apenas na hibridização de seus átomos: Aromáticos (arenos) Alcanos (parafinas) Alcenos (olefinas) Alcinos (acetilenos) sp2 , ~120°, (molécula plana) Hidrocarbonetos que apresentam apenas ligações simples (C-C, C-H), onde os carbonos são hibridização sp3 ALCANOS combinação de orbitais atômicos Metano Etano Propano Butano Apresentam apenas ligações simples (C-C, C-H), fórmula geral CnH2n+2 (podendo apresentar-se ramificada e não-ramificada) C3H8 C4H10 C2H6 CH4 Alcanos podem apresentar isômeros constitucionais (mesma fórmula molecular, com átomos conectados de forma diferente) C4H10 C5H12 C6H14 norbonano biciclo[2.2.1]-heptano C7H12 trans-decalina trans-biciclo[4.4.0]decano C10H18 cis-decalina C3H6 C4H8 C5H10 C6H12 C7H14 C8H16 C9H18 C10H20 Alcanos podem apresentar-se na forma cíclica: alcanos cíclicos (cicloalcanos) e biciclos (CnH2n...) Alquenos são rígidos em torno da ligação C=C Alcanos apresentam rotação livre em torno da ligação C-C A cligação C=C é restrita (rígida) porque a ligação π resulta do recobrimento lateral de orbitais p. Se girarmos um dos orbitais p da ligação π C-C (p-p) haverá quebra da ligação → processo termodicamicamente muito desfavorecido. Conformações Isômeros geométricos Diferentes tipos de carbonos e hidrogênios metil etil propil isopropil butil isobutil sec-butil terc-butil pentil isopentil Nomenclatura de substituintes alquila: Nomenclatura de Compostos Orgânicos Segundo as Recomendações da IUPAC. Uma Breve Introdução José Augusto R. Rodrigues Julho de 2011, www.chemkeys.com Carbono hibridizado sp2 ALCENOS Eteno (H2C=CH2) Mapa de potencial eletrostático Ligação π C sp2 , ~120°, trigonal planar Plano nodal ALCINOS sp , 180°, linear 231 Kcal.mol-1 174 Kcal.mol-1 101 Kcal.mol-1 4-metil-2-penteno CH2CH3 3-etil-1-cicloexeno ( 3-etilcicloexeno ) A numeração deve iniciar da extremidade mais próxima do grupo funcional: o grupo funcional tem preferência sobre substituintes Nomenclatura de alcenos e alcinos 2-hexeno Etenil (Vinil) 2-Propenil (Alil) Grupamentos importantes: 2-hexino 4-metil-2-pentino Na numeração, a ligação tríplice tem preferência sobre a dupla hex-5-en-2-ino Na numeração, o grupo funcional tem preferência sobre substituintes HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS: BENZENO PROTÓTIPO Todos os carbonos são sp2, ~120°, (estrutura plana) RESSONÂNCIA ESTRUTURAS DE KEKULÉ Energia de ressonância = 36 Kcal/mol Todas as ligações são equivalentes O anel totalmente simétrico. Comprimentos ligação variando entre uma ligação simples e dupla. Muito estável Menos reativo que outros grupamentos funcionais. Característica estrutural do benzeno Orbitais moleculares Todos os orbitais 2p sobrepõem-se igualmente. Região de maior densidade eletrônica R ipso orto meta para POSIÇÕES ORTO, META E PARA CH 3 NO 2 m-nitrotolueno 3-nitrotolueno 1-metil-3-nitrobenzeno o- m- p- 1 2 3 4 5 6 Cl Cl p-diclorobenzeno 1,4-diclorobenzeno Nomenclatura de benzenos substituídos CH 3 Metilbenzeno CH 3 Cl 1-Cloro-3-metilbenzeno (tolueno) Br NO 2 1-Bromo-3-nitrobenzeno CH 3 CH 3 1,4-Dimetilbenzeno Menor numeração + ordem alfabética dos substituintes Alguns nomes especiais CH 3 NH 2 tolueno anilina anisol O CH 3 fenol CH 3 CH 3 o-xileno m-xileno p-xileno CH 3 CH 3 CH 3 CH 3 OH COOH ácido benzóico Estruturalmente similares aos hidrocarbonetos correspondentes, exceto pela natureza de um grupo X que se liga a uma das valências do carbono. R = hidrocarboneto (alifático ou aromático) X = OH, OR, NR2, halogênio Polarização da ligação C-X (X= heteroátomo) HALETOS, ÁLCOOIS, ÉTERES E AMINAS Classificação e Exemplos de Haletos Orgânicos Haletos de alquila: átomo de halogênio ligado a um carbono hibridizado sp3. C C X X Haletos de vinila: átomo de halogênio ligado a um carbono hibridizado sp2 Haletos de arila: átomo de halogênio ligado a um carbono hibridizado sp2 aromático. Haletos de vinila Haletos de fenila ou arila H–C≡CCH2OH Classificação e Exemplos de Álcoois Classificação e Exemplos de Éteres Classificação e Exemplos de Aminas COMPOSTOS CARBONÍLICOS: ALDEÍDOS E CETONAS Grupo carbonila Orbitais moleculares dos compostos carbonílicos Nomenclatura dos aldeídos Substituir a terminação -o do alcano correspondentepor – al. O grupo funcional aldeído é sempre o carbono 1 (não numerado) Grupos funcionais aldeído ligados a um anel são nomeados usando o sufixo carbaldeído Substituir a terminação -o do alcano correspondente por -ona. O grupo funcional cetona é sempre numerado (menor numeração) Cetonas mais complexas usa-se nomear os dois grupos ligados ao grupo cetona. Algumas cetonas são mais conhecidas pelos nomes comuns: Nomenclatura das cetonas ÁCIDOS CARBOXÍLICOS E DERIVADOS Semelhantes aos compostos carbonílicos, exceto pela presença de um heteroátomo X C sp2, ~120°, trigonal planar Estabilidade excepcional das amidas Rotação lenta (conjugação) Iminas Enaminas Nitrilas Outras classes de compostos orgânicos Carvalho, I.; Pupo, M. T.; Borges, A. D. L.; Bernardes, L. S. C. Introdução a modelagem molecular de fármacos no curso experimental de Química Farmacêutica. Quim. Nova, 2003, 26, 428. • Clayden, J.; Greeves, N.; Warren, S. & Wothers, P. Organic Chemistry, 2a Ed, Oxford University Press Oxford, 2012. • Solomons, T. W. G. & Fryhle, C. B. Química Orgânica – tradução da 10ª Ed. Editora LTC. Volume 1. • Carey, F. A. Química Orgânica - volumes 1 e 2 7a Ed, Bookman, 2012. • Vollhardt, P. & Schore, N. Química Orgânica – Estrutura e Funções, 6ª Ed, Editora Bookman, Porto Alegre, 2013 (ISBN 9788565837033). Texto complementar:
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