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LEI MARIA DA PENHA

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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................03
1.Histórico.........................................................................................................04
2. A finalidade da Lei .......................................................................................07
3. Aplicação da Lei ...........................................................................................08
4. Âmbitos de incidência ..................................................................................08
4.1. Na unidade doméstica ..........................................................................08
4.2. No âmbito da família..............................................................................08
4.3. Em qualquer relação íntima de afeto ....................................................08
5. Formas de violência .....................................................................................09
5.1. Violência física ......................................................................................09
5.2. Violência psicológica .............................................................................09
5.3. Violência sexual ....................................................................................09
5.4. Violência patrimonial .............................................................................09
5.5. Violência moral .....................................................................................09
6. Medidas protetivas de urgência que obrigam o agressor..............................09
6.1. Medidas protetivas à vitima ..................................................................10
7. Alterações no Código Penal .........................................................................10
7.1. O que mudou na Lei .............................................................................11
8. A Lei propriamente dita ................................................................................11
Conclusão ........................................................................................................29
Referências Bibliográficas.................................................................................30
INTRODUÇÃO
É difícil imaginar nos dias de hoje em pleno Século XXI a compreensão do mundo contemporâneo e dos papéis desempenhados por homens e por mulheres através dos tempos. Admitir o posicionamento da luta de classes e da submissão feminina. O mundo entende a desigualdade entre homens e mulheres muito claramente a partir da segunda metade do Século XX, onde os movimentos feministas representam o "acordar" e se posicionar perante a sociedade visando um passo importante para enfrentar a violência contra mulheres. O grande início do avanço real da luta feminista, está na criação da Lei n°11.340, de 07 de agosto de 2006, chamada " Maria da Penha". 
A Lei Maria da Penha é considerada um marco na história da luta contra a violência doméstica. Portanto, essa Lei foi criada com o dispositivo legal brasileiro, que visa aumentar o rigor das punições sobre crimes domésticos. 
 Esse trabalho tem por finalidade abordar, os mecanismos para coibição, prevenção e erradicação e todas as formas de discriminação e violência contra a Mulher.
1. Histórico
Maria da Penha Maia Fernandes, farmacêutica, era casada com um professor universitário e economista. Viviam em Fortaleza, Ceará e tiveram três filhas. 
Ela foi vítima de violência doméstica durante 23 anos de casamento. Por duas vezes, o marido tentou matá-la. Na primeira vez, em 29 de maio de 1983, simulou assalto fazendo uso de uma espingarda. Como resultado, ela ficou paraplégica. Após, pouco mais de uma semana do retorno do hospital, em nova tentativa, buscou eletrocutá-la por meio de uma descarga elétrica enquanto ela tomava banho. 
Mas as agressões não aconteceram de repente. Durante o casamento, Maria da Penha sofreu repetidas agressões e intimidações. Nunca reagiu por temer represália ainda maior contra ela e as filhas. Somente depois de ter sido quase assassinada, por duas vezes, tomou coragem e decidiu fazer uma denúncia pública. Neste período, como muitas outras mulheres, Maria da Penha denunciou as agressões que sofreu. Como nenhuma providência foi tomada, chegou a ficar com vergonha e a pensar: "se não aconteceu nada até agora, é porque ele, o agressor, tinha razão de ter feito aquilo". Ainda assim, não se calou. Em face da inércia da justiça, escreveu um livro e uniu-se ao movimento de mulheres e, como ela mesma diz, "não perdeu nenhuma oportunidade de manifestar sua indignação".
As investigações começaram em junho de 1983, mas a denúncia só foi oferecida pelo Ministério Público em setembro 1984. Em 1991, o réu foi condenado pelo tribunal do júri a oito anos de prisão. Recorreu em liberdade e, um ano depois, o julgamento foi anulado. Levado a novo júri, em 1996, foi-lhe imposta a pena de dez anos e seis meses de prisão. Mais uma vez recorreu em liberdade e somente dezenove anos e seis meses de julgamento é que foi preso. Em 28 de outubro de 2002, foi liberado, depois de cumprir apenas dois anos de prisão em regime fechado, para a revolta de Maria da Penha com o poder público.
Em razão desse fato, o Centro pela Justiça e o Direito Internacional - CEJIL juntamente com o Comitê Latino - Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher - CLADEM , juntamente com a vítima, formalizaram uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos. 
Foi a primeira vez que a OEA acatou uma denúncia pela prática de violência doméstica. OEA, por quatro vezes solicitou informações ao governo brasileiro, sendo que nunca recebeu nenhuma resposta. Em 2001, o Brasil foi condenado internacionalmente. O Relatório n° 54 da OEA, além de impor o pagamento de indenização em favor de Maria da Penha, responsabilizou o estado brasileiro por negligência e omissão frente à violência doméstica, recomendando a adoção de várias medidas, entre elas "simplificar os procedimentos judiciais penais, afim de que possa ser reduzido o tempo processual".
Só então o Brasil resolveu dar cumprimento às convenções e tratados internacionais do qual é signatário. Daí a referência, na emenda da Lei, à Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a violência contra a Mulher - a chamada Convenção de Belém do Pará. 
A Lei Maria da Penha, Lei n° 11.340 de 7 de agosto de 2006, decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Ex - Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em 7 de agosto de 2006, a lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006.
Lei n° 11.340 de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8° do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; Dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal.
Criada com dispositivo legal brasileiro, que visa aumentar o rigor das punições sobre crimes domésticos. 
A Lei é aplicada aos homens que agridem fisicamente ou psicologicamente a uma mulher ou à esposa. No Brasil, segundo os dados da Secretaria de Política para Mulheres, uma a cada cinco mulheres é vítima de violência doméstica. Cerca de 80% dos casos são cometidos por parceiros ou ex - parceiros. Portanto, violência doméstica, com diz o próprio nome, é violência que acontece no seio de uma família. Além de servir à sua finalidadeprecípua no que diz com a violência contra a mulher, a Lei Maria da Penha conceituou família como relação íntima de afeto e, de modo expresso, enlaçou as uniões homoafetivas. Diz o seu art. 2 " Toda mulher, independente de classe, raça, etnia, orientação sexual, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana". 
O art. 5º, III, CF, reitera que, "independem de orientação sexual", as situações que configuram violência doméstica e familiar. Ao ser afirmado que a mulher está sob o seu abrigo, sem distinguir sua orientação sexual ou identidade de gênero, a Lei Maria da Penha assegura proteção tanto às lésbicas como às travestis, às transexuais e às transgêneros de identidade feminina que mantém relação íntima de afeto em ambiente familiar ou de convívio. Como a jurisprudência tem admitido a alteração do nome e da identidade de gênero sem a realização de cirurgia de resignação sexual.
Decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em 7 de agosto de 2006, a lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006, e já no dia seguinte o primeiro agressor foi preso, no Rio de Janeiro, após tentar estrangular a ex esposas.
Essa Lei criada com os objetivos de impedir que os homens assassinem ou agridam suas esposas e proteger os direitos da mulher. Segundo a relatora da Lei Jandira Feghali: " Lei é lei". Da mesma forma que decisão judicial não se discute e se cumpre, essa Lei é para que a gente levante um estandarte dizendo: Cumpra-se! A Lei Maria da Penha é para ser cumprida. Ela não é uma Lei que responde por crimes de menor potencial ofensivo. Não é uma Lei que restringe a uma agressão física. Ela é muito mais abrangente e por isso, hoje, vemos que vários tipos de violência são denunciados e as respostas da Justiça têm sido mais ágeis."
Com a introdução do § 9° Art.129., a Lei alterou o Código Penal, possibilitando que agressores de mulheres em âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada. Estes agressores também não poderão mais serem punidos com penas alternativas. A legislação aumenta o tempo máximo de detenção previsto de um para três anos; a lei prevê, ainda, medidas que vão desde a remoção do agressor do domicílio à proibição de sua aproximação da mulher agredida.
A Lei alterou o Código Penal, com a introdução do parágrafo 9, do Artigo 129, possibilitando que agressores de mulheres em âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada. Estes agressores também não poderão mais serem punidos com penas alternativas. A legislação aumenta o tempo máximo de detenção previsto de um para três anos; a lei prevê, ainda, medidas que vão desde a remoção do agressor do domicílio à proibição de sua aproximação da mulher agredida.
A criação da Lei não tem por finalidade só proteger a mulher. Ela ganhou um novo conceito de família, independente do sexo dos parceiros. Invocando o princípio igualdade e a proibição de discriminação, constitucionalmente consagrados. Diante da nova definição legal, não mais se justifica que o amor entre iguais - tanto de gays como de lésbicas - seja banido do âmbito da proteção jurídica. Afinal, as desavenças envolvendo uniões homoafetivas em que a vítima é uma mulher, um travesti, um transexual ou um gay, são reconhecidas como violência doméstica. A unidade familiar não se resume apenas a casais heterossexuais. As uniões homossexuais galgaram o status de unidade familiar. A legislação apenas acompanha essa evolução para permitir que, na ausência de sustentação própria, o Estado intervenha para garantir a integridade física e psíquica dos membros de qualquer forma de família.
2. Finalidade da Lei 
A Lei Maria da Penha tem por finalidade, criar mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do art. 226 da Lei de 11.340/06 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir a Violência contra a Mulher. Dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher e altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal.
·	coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8° do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de violência contra a Mulher;

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