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* O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS: CEI e TRUs Sílvia Helena G. de Miranda LES-ESALQ AGOSTO/2015 * ROTEIRO DE AULA – PARTE 1 I – Evolução do Sistema de Contas Nacionais II – Contas Econômicas Integradas III – Contas de Operações de Bens e Serviços, CEIs e Contas de Operações Correntes com o Resto do mundo * Bibliografia utilizada Feijó et al. (2007). Capitulo 3 IBGE. Instituto Nacional de Estatísticas. Sistema de Contas Nacionais – 1993. Bacha, C.J.C. Macroeconomia aplicada à análise da Economia Brasileira Leitura adicional Paulani & Braga (2007). Cap. 4 * I – Evolução do Sistema de Contas Nacionais ONU: System of National Accounts (SNA) – recomendações SNA – 1968 SNA – 1993: FMI/ONU/World Bank/OCDE e Eurostat – base para países elaborarem Sistemas de Contas Nacionais Há diferenças no esquema teórico e nas contas brasileiras – tanto em terminologia quanto nos lançamentos. * Modelo de 1953 3 agentes econômicos: famílias, empresas e administração pública Cada qual com 4 contas: de produção, de apropriação e uso da renda, FBKF e transações com o exterior Estimação e contabilização dos agregados Produção, Renda e Despesa (públicos e privados) Importância fundamental para os dispêndios: e em particular ao Investimento Dispêndios do governo – influência nos mecanismos de sustentação do emprego e das atividades de produção * Sistema de Contas Nacionais- 1993 Nova versão: objetiva integrar os vários sistemas contábeis de representação da atividade econômica: Balanço de Pagamentos, Contas Monetárias e Financeiras, Contas Fiscais No chamado Sistema de Contas Integradas: derivam-se os principais agregados econômicos (saldos) * Sistema de Contas Integradas apresentadas por setores institucionais: empresas não-financeiras, empresas financeiras, famílias, administração pública*, instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias e Resto do Mundo * inclui administração pública (fed., est. e munic. ; autarquias) Integra as informações de produção e geração de renda por setores da atividade produtiva – Tabelas de Recursos e Usos (base da Matriz Insumo-Produto) com aquelas as apresentadas por setores institucionais * Inovações das CEIs Maior integração entre contas de produção, apropriação e uso da renda, capital, financeira e do patrimônio – CEI Incorporação da matriz IP como elemento-chave para assegurar o equilíbrio entre oferta e demanda no sistema de Contas Nacionais Introdução de tabelas sobre população e emprego. Cada país pode selecionar a parte do sistema que lhe seja mais interessante e prioritário a desenvolver Flexibilidade – permite contas satélites que estejam ligadas às principais, mas não necessariamente sejam expressas monetariamente. Ex: contas sobre meio ambiente * Sistema de Contabilidade Nacional (SCN) I - Contas Econômicas Integradas (CEI) Contas Correntes Contas de Acumulação Contas de Patrimônio* * ainda sendo consolidada mas já com publicação disponivel de tabelas II - Tabelas de Recursos e Usos (TRU) Mostram o esforço de produção e renda gerada na economia sob a ótica dos setores de atividade produtiva * Saldos das contas Os Saldos das contas representam agregados macroeconômicos relevantes e explicam como as contas se articulam Ex: a Conta de Patrimônio mostra como o patrimônio dos setores institucionais se alterou ao longo do período, em função do esforço de produção medido pelo PIB na primeira conta * Novo Sistema no Brasil Divulgado pelo IBGE 1a. vez em 1997 (série para década de 1990) Metodologia: divulgada em 1988 no Texto para Discussão n. 10 da Diretoria de Pesquisa Sistema substituiu as Contas Consolidadas da Nação Ver documento anexo * Contas Econômicas Integradas (CEIs) Formadas por conjunto de contas de operações e contas de ativos e passivos dos setores institucionais e do resto do mundo Agentes econômicos realizam atividades/ações – produzir, consumir, poupar, investir Estas ações se verificam por operações e geram fluxos econômicos – criam, transformam, trocam, transferem ou extinguem um valor econômico. Fluxos econômicos: alteram volume do produto, composição e valor dos ativos e passivos das famílias, empresas e administração pública * Para a construção das Contas Nacionais, são acompanhados os seguintes fluxos e operações: Operações de bens e serviços: produção e consumo de bens e serviços Operações de distribuição: como o valor adicionado criado pela produção é distribuído pelo trabalho, capital e pelas adm. públicas Operações sobre instrumentos financeiros: modificações nos ativos e passivos financeiros como contrapartida de operações não-financeiras; mas podem incluir operações que envolvam apenas instrumentos financeiros Outras operações de acumulação: incluem as operações e os outros fluxos econômicos não considerados nas anteriores e que alteram a quantidade ou valor dos ativos e passivos. Ligação entre as contas: Saldo de uma conta é transportado para a conta seguinte * 1 - Operações de bens e serviços Registram produção e consumo dos bens e serviços quanto à: Origem: produção interna ou importação Utilização: consumo intermediário, consumo final, FBK (Formação Bruta de Capital), exportação * 2 – Operações de Distribuição Registram a forma como o valor adicionado criado pela produção é distribuído pelo trabalho, capital e pelas administrações públicas e por operações que envolvem a redistribuição da renda e riqueza Compreendem: Remuneração de empregados, inclusive contribuições sociais, impostos sobre a produção e a importação, subsídios, rendas de propriedade (juros, dividendos, rendas de terra), impostos correntes sobre a renda e patrimônio, e outras transferências (prêmios de seguro não-vida, transf. entre esferas das administrações públicas etc), aquisições líquidas de cessões de ativos não-financeiros não produzidos (ex: terrenos vendidos) * II – Contas Econômicas Integradas Contas de fluxos são interrelacionadas com contas de patrimônio Contas de fluxos: descrevem como ocorrem as diferentes atividades econômicas em determinado período. * Contas de patrimônio: registram valores de ativos e passivos detidos pelos setores institucionais no início e fim de um período. é uma conta “estoque” Com a publicação da Conta Financeira e Conta de Patrimônio Financeiro 2004-2009 (IBGE, 2011), as contas de capital passaram a integrar o Sistema de Contas Nacional. Falta apenas a conta de patrimônio não-financeiro * Quadro 1 – Contas Econômicas Integradas – representação esquemática * Variação de ativos Variação de passivos Capacidade ou ne cessidade de financiamento Quadro 2 – Representação esquemática das Contas Econômicas Integradas * Organização das CEIs Não se utilizam mais as partidas dobradas (só no Balanço de Pagamentos), como era antes nas Contas Consolidadas: As rubricas estão no corpo central e os lançamentos são feitos à direita e à esquerda Ao invés de débitos e créditos, utilizam-se as designações usos e recursos. * Usos e recursos Recursos = usado para designar o lado das contas-correntes que registra operações que aumentam o valor econômico de um setor (por convenção, lançados no lado direito) Uso = operações que reduzem o montante do valor econômico de um setor, e por convenção são lançados do lado esquerdo das contas correntes EX: REMUNERAÇÕES – são um recurso para quem recebe e um uso para o setor que paga. Saldo = residual (diferença entre total de recursos e de usos): agregados econômicos de interesse PIB, RN, RD, Poupança bruta * Organização das CEIs Cada linha das CEIs corresponde a uma operação – montantes a pagar e a receber pelos vários setores institucionais e pelo resto do mundo Colunas: Setores institucionais: instituições que tem autonomia de decisão e unidade patrimonial (a classificação épela atividade principal) Total da economia: soma dos setores institucionais menos o resto do mundo Bens e serviços: representa um caso especial, pois é apresentada sem a desagregação por setor institucional, explicita operações totais para a economia como um todo. Ex: exportações na tabela de recursos * Sub-conjuntos das CEIs Contas-correntes Contas de acumulação: Contas de Capital, Conta Financeira Contas de patrimônio: somente a de Patrimônio Financeiro * Contas-correntes Registram: a atividade de produção de bens e serviços, a geração de renda na produção e a subsequente distribuição e redistribuição dos rendimentos pelas unidades institucionais e a alocação final entre consumo e poupança: Conta de produção Conta de renda * Resumo das contas-correntes (Baseado em Feijó et al, 2003, p.53) * Contas de Acumulação Compõem-se da variação de ativos e passivos e do Patrimônio Líquido Apresentam a aquisição e cessão de ativos e passivos financeiros e não-financeiros por unidade institucional Abrem com a Poupança Registram “fluxos de transações” e “outros fluxos” Mudanças nos ativos são registradas do lado esquerdo Mudanças nas obrigações ou passivos e no patrimônio líquido do lado direito * Contas de Acumulação (cont.) Fluxos de transações = operações entre unidades institucionais com significado econômico relevante (produção, compra, venda) Outros fluxos = mudanças no valor de ativos e passivos que não ocorrem devido a transações econômicas (valorização do capital) * Resumo das Contas de Acumulação (Baseado em Feijó et al, 2007, p.66) * Contas de Patrimônio Estoques de Ativos e Passivos e Patrimônio Líquido Mostram os valores de balanço dos ativos e dos passivos dos setores institucionais no início e no fim de um período contábil Estas contas se relacionam com as contas de fluxos (Contas Correntes e de Acumulação) pelas “operações” ou “outros fluxos” registrados nestas duas e que afetam os ativos e passivos detidos pelos setores institucionais Acumulação prévia de fluxos Variação de estoques Patrimônio de Fechamento = Patrimônio de Abertura + Formação de capital + Variação de ativos financeiros – variações de passivos financeiros + reavaliações * Conceito de Patrimônio das Contas Nacionais 1) Ativos tangíveis (bens patrimoniais físicos) mas exclui os bens duráveis possuidos pelas famílias 2) Intangíveis, como as marcas e patentes 3) Financeiros, como a moeda, ações e títulos São considerados apenas aqueles ativos com preço de mercado (Recursos naturais não estão incluídos) * Resumo das Contas de Patrimônio (Baseado em Feijó et al, 2007, p.67) * TABELAS DE RECURSOS E USOS - TRU Estão ligadas às CEI pelos resultados de oferta e demanda e renda agregados por setores de atividades São a base para construir Matrizes de Insumo Produto (MIP) Dividem-se em: TRU – Oferta total de Bens e Serviços da Economia (produção e importação) TRU – Consumo intermediário e Demanda Final (X, C, FBK) Componentes do Valor Adicionado por setor de atividade * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * CONTAS CORRENTES (CONTAS DE RENDIMENTO) * * * *
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