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Instalações Hidráulicas / Instalaçoes hidrossanitarias Do original do Prof. Carlos Emmanuel R. Lautenschläger, M.Sc. 2016.1 Aula 1 Instalações Hidráulicas/ Hidrossanitarias Prof. Moacir (portoferreira@oi.com.br) (210 98783-0500 Bibliografia Básica Recomendada MACINTYRE, A. J. Instalações hidráulicas. Rio de Janeiro: LTC, 1996. ANDRADE, T. Q. Instalações hidráulicas e de gás. Rio de Janeiro: LTC, 1986. CREDER, H. Instalações hidráulicas e sanitárias. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1991. Instalações Hidráulicas/ Hidrossanitarias Objetivo da Disciplina Capacitar o futuro engenheiro a entender, interpretar e projetar instalações hidráulicas, sanitárias, pluviais, de incêndio e de gás de uma edificação Familiarizar o aluno de engenharia com as normas técnicas, terminologia adequada e com os tramites de legalização junto à prefeitura e concessionárias Normas NBR 5626 - Instalações Prediais de Água Fria NBR 7198 - Instalações Prediais de Água Quente NBR 8160 - Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário NBR 5688 - Sistemas Prediais de Água Pluvial e Esgoto Sanitário NBR 10844 NB 611- Instalações Prediais de Águas Pluviais NBR 13714 – Instalações Hidráulicas Contra Incêndio COSCIP – Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico Instalações de Água Fria O Sistema predial de suprimento de água (instalação predial de água) deve prover, quando necessária ao uso, água de boa qualidade, em quantidade e temperatura controláveis pelo usuário, para a sua adequada utilização: Alimentação Higiene e saúde pessoal Higiene ambiental e de objetos Lazer Demais atividades (processos industriais, laboratórios). Instalações de Água Fria É necessário observar as inter-relações entre os projetos, para que os mesmos sejam compatíveis, evitando interferências entre projetos e execução. Os projetos devem atender os requisitos de desempenho relativos à: Qualidade da água Quantidade de água (suprimento) Disponibilidade de água Adequabilidade do uso de água Temperatura da água Subsistemas Prediais Subsistema de alimentação: ramal predial cavalete / hidrômetro alimentador predial Subsistema de reservação: reservatório inferior estação elevatória reservatório superior Subsistema de distribuição interna: barrilete coluna ramal sub-ramal Suprimento de Água Fria e Quente Distribuição de Água Fria e Quente Sistema de Esgotamento Sanitário Sistema de Águas Pluviais Suprimento de Gás Abastecimento de Gás Suprimento de Água para Incêndio Abastecimento de Água para Incêndio Subsistemas dos Serviços de Inst. Prediais Fatores Relevantes no Projeto Tipologia Arquitetônica padronização Sistemas Construtivos Embutidos na alvenaria (quebra) Blocos vazados Divisórias Leves Falsa Parede Mão-de-obra e Assentamento qualificada? Materiais de Construção disponibilidade Custos Fatores Relevantes no Projeto Tipos de Sistemas de Abastecimento Sistema Elevatório bombeamento e recalque / pressão da rede pública População Predial Consumo Diário Capacidade dos Reservatórios Locação dos sub-ramais, ramais e colunas Tipos de Barriletes Etapas do Projeto Elaboração do projeto para execução Planta do pilotis, pavimento tipo, subsolo, cobertura Esquema vertical para cada ponto de consumo Sistema de recalque Reservatórios e barrilete Isométrico dos ambientes trajetos 3D Colunas, ramais, sub-ramais e pontos de utilização Memorial descritivo, especificações técnicas e lista de materiais Elaboração do projeto “as built” Projeto com as alterações no sistema feitas na obra Requisitos de Projeto e Implementação Viabilidade Técnica e Econômica. Concepção visando o uso racional da água Utilização de tecnologias disponíveis no mercado nacional compatíveis com o uso Utilização de materiais em conformidade com as normas técnicas e de qualidade O traçado do percurso das canalizações deve ser o mais curto e retilíneo possível, reduzindo-se as curvas em planta ou perfil e as emendas ou conexões Não devem ser embutidas em elementos estruturais do edifício possibilidade de recalques ou dilatações das estruturas Requisitos de Projeto e Implementação Preservar a potabilidade da água. Garantir o fornecimento de água de forma contínua quantidade adequada e com pressões e velocidades compatíveis com o perfeito funcionamento dos aparelhos sanitário e peças de utilização Promover economia de água e de energia Possibilitar manutenção fácil e econômica Evitar níveis de ruído inadequados à ocupação do ambiente Requisitos de Projeto e Implementação Proporcionar conforto aos usuários, prevendo peças de utilização adequadamente localizadas, de fácil operação e com vazões satisfatórias Solicitação de água para a obra, seja obra nova ou demolição – loja da CEDAE Escritura, RGI ou IPTU Licença da obra Planta de situação com locação do hidrômetro Protocolo Final da obra vistoria para mudança do uso e liberação do habite-se Regulamentações Materiais Usuais Aço-carbono NBR 5580 e NBR 5256 Cobre NBR 13206 Ferro Fundido NBR 6943 PVC NBR 5648 e NBR 5680 Obedecer a leis, decretos e regulamentos das concessionárias locais (CEDAE-RJ) Consulta prévia à concessionária para obter informações sobre a oferta da água, vazões disponíveis, regime de variação de pressões e constância no abastecimento Regulamentações O abastecimento das instalações prediais de água fria deve ser proveniente da rede pública de água Rio de Janeiro: Lei nº 4956, de 20 de dezembro de 2006 instalação de unidade de tratamento de águas servidas em prédios de unidades imobiliárias destinados ao uso residencial e/ou empresarial, constituídos por mais de 03 (três) unidades aproveitamento no esgotamento sanitário Sistema Predial de Água Fria Conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos existentes a partir do ramal predial destinado ao abastecimento dos pontos de utilização de água da edificação, em quantidade suficiente e mantendo a qualidade da água fornecida pelo sistema de abastecimento Rede predial de distribuição - conjunto de tubulações constituído por: barrilete, colunas de distribuição, ramais e sub-ramais destinados a levar a água ao ponto de utilização Terminologia Ramal predial - tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento de água e a extremidade a montante do alimentador predial. Trecho compreendido entre a rede pública e o aparelho medidor (hidrômetro) Alimentador predial - trecho compreendido entre o hidrômetro e a primeira derivação (entrada de um reservatório) Instalação elevatória - sistema destinado a elevar a pressão da água em uma instalação predial de água fria Barrilete - tubulação que se origina no reservatório e da qual derivam as colunas de distribuição Coluna de distribuição - tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar os ramais Ramal - tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais Sub-ramal - tubulação que liga o ramal ao ponto de utilização Esquema do Sistema Predial Ramal predial Cavalete / hidrômetro Alimentador predial RI Estação elevatória Tubulação de recalque RS Barrilete Coluna de distribuição Ramal Sub-ramal Componentes Hidrômetro aparelho que efetua a medição de consumo de água potável Registro de gaveta registro de fechamento, componente instalado na tubulação e destinado a interromper o fluxo de água Registro de pressão componente instalado na tubulação destinado a controlar a vazão da água utilizada Extravasor tubulação destinada a escoar o eventual excesso de água de um reservatório Limpeza tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório para permitir sua limpeza e manutenção Outros torneiras, misturadores (banca ou parede), válvula de descarga, chuveiro, ducha, torneira de bóia Sistema de Água Fria - Elementos 1 – entrada de água 2 – torneira bóia 3 – caixa d’água 4 - extravasor 5 - limpeza6 - adaptador 7 – registro de esfera 8 – curva de 90° 9 – registro de gaveta 10 – tê marrom de 90° 11 – joelho azul de 90° 12 – registro de pressão Sistema de Água Fria - Esquema SISTEMA DE ABASTECIMENTO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO SISTEMAS DE RESERVAÇÃO, TRATAMENTO, MEDIÇÃO, PRESSURIZAÇÃO SISTEMA DE RESERVAÇÃO SISTEMA DE TRATAMENTO - FILTROS SISTEMA DE MEDIÇÃO - HIDRÔMETROS SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO - “BOOSTER” Garantia de fornecimento Compensação (pico de vazão) Deficiência no sistema de abastecimento (pressão e Vazão) Qualidade da Água Medição de consumo para efeitos tarifários Deficiência no sistema de abastecimento (pressão) Tipos de Sistema O sistema direto é aquele em que todas as peças de utilização do edifício são ligadas diretamente à rede pública, através de uma rede de distribuição R B R Tipos de Sistema No Sistema Indireto por Gravidade, a rede de distribuição do edifício é alimentada a partir de um reservatório elevado. R B RS R RI B RS R RS Tipos de Sistemas No Sistema Indireto Hidropneumático, a rede de distribuição é pressurizada através de um tanque de pressão que contém água e ar R TP R TP RI B R TP B Capacidade Mínima dos Reservatórios Volume de água reservado para uso doméstico deve ser, no mínimo, o necessário para 24 h de consumo normal no edifício, sem considerar o volume de água para incêndio Em residências reserva mínima de 500 litros Os reservatórios devem ser divididos em dois compartimentos (ou dois reservatórios) para permitir operação de manutenção Reservatórios - Recomendações Devem ser tomadas medidas no sentido de evitar os efeitos da formação de vórtices na entrada das tubulações válvula de pé com crivo Toda a tubulação que abastece o reservatório deve ser equipada com torneira de bóia para controle de entrada da água e manutenção do nível esperado Instalar tubulação de limpeza e extravasão Instalação Elevatória Consiste no bombeamento de água de um reservatório inferior para outro superior As instalações elevatórias devem possuir no mínimo duas motos-bomba independentes para garantir o abastecimento de água no caso de falha de uma das unidades Nos pontos de suprimento de reservatórios: a vazão de projeto pode ser determinada dividindo-se a capacidade do reservatório pelo tempo de enchimento. Em prédios, o tempo de enchimento pode ser de até 6 horas Para manutenção de qualquer parte da rede predial de distribuição instalação de registros de fechamento no barrilete, posicionado no trecho que alimenta o próprio barrilete na coluna de distribuição, posicionado a montante do primeiro ramal no ramal, posicionando a montante do primeiro sub-ramal Rede Predial de Distribuição Rede Predial de Distribuição Ramal predial Cavalete / hidrômetro Alimentador predial RI Estação elevatória Tubulação de recalque RS Barrilete Coluna de distribuição Ramal Sub-ramal Dimensionamento do Sistema Estimativa do consumo diário de água Dimensionamento do sistema de abastecimento Ramal predial e alimentação Alimentador predial Dimensionamento do sistema de reservação Dimensionamento do sistema de recalque Tubulações de recalque e sucção Escolha do conjunto do motor-bomba Determinação da altura manométrica total da instalação Consumo e Sustentabilidade Preceito a ser seguido saber usar para nunca faltar Dever de todos usar os recursos: de forma racional na concepção de forma racional na distribuição de forma racional no consumo Consumo sustentável usar os recursos naturais para satisfazer as nossas necessidades, sem comprometer as necessidades e aspirações das gerações futuras Consumo por pessoa? banho higiene comida Lavar limpeza plantas 250 l 250 a 300 L Distribuição Média em uma residência Uso Racional da Água Atuação na demanda: Redução de perdas Criação de indicadores de consumo Monitoramento Adequação de processos (desperdício) Adequação de equipamentos hidraulico-sanitários Conscientização do usuário Uso Racional da Água Redução de perdas Detectar e solucionar vazamentos visíveis Política de manutenção preventiva Realização da manutenção corretiva no menor tempo possível Identificar e corrigir vazamentos não visíveis através do monitoramento do consumo Uso Racional da Água Adequação de Processos Rotinas de limpeza das áreas externas, rega de jardins, etc. Lavagem de carros e estacionamentos Periodicidade Forma de limpeza Volume de água utilizado Uso Racional da Água Conscientização do Usuário Cenário de escassez de água Divulgação dos dados de consumo Estabelecimento de metas de redução Identificação e correção de perdas Mudança de comportamento Consciência ambiental (Valorização do edifício “ambientalmente correto”) Benefícios Economia de energia elétrica Redução nas contas Redução de Esgoto Sanitário Proteção do meio ambiente: reservatórios de água e dos mananciais subterrâneos Tamanho do Desperdício Exemplo de Sustentabilidade Estimativa do Consumo Diário (CD) O consumo diário (CD) é o volume máximo previsto para consumo da edificação durante 24h. Variável de acordo com a tipologia arquitetônica CD = C . P Onde: CD – Consumo diário total (l/dia) C – Consumo diário “per capta” (l/dia) P – População do edifício Estimativa do Consumo Diário (CD) UTILIZAÇÃO DA EDIFICAÇÃO CONSUMO (l/dia) Unidades residenciais 300 por compartimento habitável Hotéis 150 por hóspede Estabelecimento hospitalar 250 por leito Unidade de comércio 6 por metro quadrado de área útil Cinemas, teatros e auditórios 2 por lugar Garagem 50 por veículo Unidade industrial 300 por compartimento habitável De acordo com o código de obras do RJ Art. 82. Os reservatórios de água serão dimensionados pela estimativa de consumo mínimo de água por edificação, conforme sua utilização, e deverá obedecer aos índices da tabela abaixo: Estimativa do Consumo Diário (CD) Compartimentos Habitáveis Dormitório, salas, lojas e sobrelojas, salas destinadas a comercio, locais de reunião Compartimentos Não habitáveis salas de espera, cozinhas, copas, áreas de serviço, banheiros, lavabos, instalações sanitárias, circulações em geral, garagens, frigoríficos, vestiários coletivos, casas de máquina, locais para depósito de lixo Estimativa do Consumo Diário (CD) Exercício Edifício de apartamentos de 10 (dez) pavimentos com 4 (quatro) apartamentos por pavimentos, sendo cada apartamento com 3 (três) quartos sociais e 1 (um) de empregada, mais o apartamento do zelador Estimar o Consumo Diário (CD) Na aula seguinte... Projeto de Reservatórios Processos de Elevação
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