Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Dor Aguda e Analgesia Prof. Dr. Adriano Bonfim Carregaro Anestesiologia Veterinária – UFSM www.anestesia.vet.br Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br DOR Conceitos Nocicepção: Estímulo nocivo excessivo dando origem a uma sensação intensa e desagradável. Hiperalgesia: Maior intensidade de dor associada a um estímulo nocivo leve. Alodinia: Dor evocada por um estímulo não lesivo. Dor neuropática: Dor não associada à estímulo tecidual. Dor: Associação do estímulo e o emocional. Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Reconhecimento Observar comportamento Avaliar alterações fisiológicas Anotar informações objetivas Avaliar a resposta à analgésicos Considerar observações do proprietário Dor Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Dor fisiológica Proteção Alto limiar Localizada Transitória Tálamo Medula Fibras A Fibras Ae C DORTATO Fisiologia da Dor Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Dor inflamatória Dano em tecido periférico Baixo limiarAlodinia Resposta exagerada Hiperalgesia Aumento da área afetada Hiperalgesia secundária DOR Tálamo Medula Fibras A Fibras Ae C Fisiologia da Dor Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Objetivo Deixar a dor fisiológica intacta Proteção Prevenir o desenvolvimento da dor clínica Implicações da sensibilização Deflagrada pela atividade dos nociceptores Autopermanente Mais fácil de prevenir que tratar Prevenção de ocorrência de alterações Prevenção e Tratamento da Dor Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Objetivo Deixar a dor fisiológica intacta Proteção Prevenir o desenvolvimento da dor clínica Analgesia preventiva (preemptiva) Implicações da sensibilização Deflagrada pela atividade dos nociceptores Autopermanente Mais fácil de prevenir que tratar Prevenção de ocorrência de alterações Prevenção e Tratamento da Dor Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Analgesia Preventiva – periférica Anestésicos locais previnem o estímulo nocivo AINES reduzem produção de prostaglandina Reduzem sensibilização das terminações nervosas Opióides periféricos (ex: articulações) Redução do efeito de neuropeptídeos locais Prevenção e Tratamento da Dor Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Analgesia preventiva – central Opióides agem na pré e pós-sinapse Reduzem liberação de neurotransmissores Hiperpolarizam a membrana do núcleo dorsal da rafe Necessário doses mais altas para suprimir a sensibilização central do que prevenir Antagonistas de NMDA na medula espinhal Previnem a excitação induzida pelo glutamato Agonistas alpha-2 adrenoceptor Agem em receptores da medula espinhal Prevenção e Tratamento da Dor Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Opióides Induzem intensa analgesia, não acompanhada pela perda da propriocepção ou consciência, ao menos que a dose seja elevada. Compostos semelhantes à morfina e que são bloqueados por antagonistas da mesma (naloxona). Aumentam o limiar de dor ou diminuem a percepção dessa por ação nos receptores localizados no SNC Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Receptores opioídes Mi () - Analgesia supra-espinhal, depressão respiratória, euforia e dependência química. Kappa () - Sedação, analgesia espinhal (bloqueia a dor visceral), miose e disforia. Delta () - Provável analgesia periférica. Sigma () - Estimula a respiração, sistema psicomotor e vasomotor; alucinações. Opióides Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Atuação nos receptores Agonista: Alta afinidade aose variável aos outros Morfina, pep. endógenos, fentanil, meperidina, metadona Agonista parcial: Certo grau de afinidade e atividade a diferentes receptores Buprenorfina, nalorfina Agonista-Antagonista: Afinidade principalmente àe Burtorfanol, pentazocina, nalbufina Antagonista: Afinidade e atividade com efeito antagonista em todos os receptores Naloxona Opióides Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Morfina (Dimorf®) Opióide natural. Promove analgesia espinhal e supra-espinhal Supressão da tosse, depressão respiratória Emese, constipação, [] ADH Bradicardia e hipotensão (doses elevadas) Liberação de histamina Broncoconstricção e hipotensão Miose e hipotermia (espécie-dependente) Biotransformação hepática; excreção renal e fecal; efeito prolongado em neonatos Ação prolongada (4 - 6h - SC, IM ; 12 - 24hs - epidural). Doses: 0,5 - 1mg/kg SC, IM 0,05 - 0,1mg/kg Epidural Opióides Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Fentanil (Fentanest®) 250 vezes mais potente que a morfina Produz ataxia Intensa depressão respiratória Bradicardia (vagal-mediada) e hipotensão intensas. Não promove emese Relaxamento dos esfíncteres. Ação: Curta (30 minutos). Dose: 2 - 4g/kg IM; IV Opióides Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Meperidina (Dolantina®, Dolosal®) Cinco vezes menos potente que a morfina Efeito similar à atropina (digestório) Administração IV leva à efeitos indesejáveis Biotransformação por desmetilação Opção para cesárias Ação: Curta (45 - 120 minutos) Dose: 2 - 4mg/kg SC, IM, IV Opióides Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Tramadol (Tramal®) Análogo sintético da codeína Alta seletividade por receptores, porém baixa afinidade Efeitos semelhantes à morfina sem depressão respiratória acentuada. Dose: 1 - 2 mg/kg - IV, IM Opióides Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Buprenorfina (Temgesic®) Analgesia 30 vezes maior que a morfina. Discretas alterações cardiopulmonares em cães Período de ação prolongado em gatos Latência 20 - 30 minutos Ação: 6 - 12h Analgesia pós-operatória Dose: 5 - 10g/kg - SC;IM;IV Opióides Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Butorfanol (Torbugesic®) Analgesia 5 vezes maior que a morfina Discreta ação sobre os parâmetros fisiológicos Sedação e boa analgesia visceral [] ADH Doses elevadas: Maior efeito antagonista Provoca disforia Uso como neuroleptoanalgesia Período de ação: 3 - 5h Dose: 0,1 - 0,4mg/kg SC; IM; IV Opióides Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Naloxona (Naloxone®) Antagonista total Uso restrito para reversão da dep. respiratória provocada pelos opióides Promove hiperalgesia em condições de estresse (pep. end.) Inibição da analgesia obtida com acupuntura Período de ação: 1 - 2h Dose: 0,04mg/kg IM; IV Opióides Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Antinflamatórios Não-esteróides Classicamente: analgésicos de efeito moderado Novos fármacos são Mais potentes Menos tóxicos Injetáveis Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. CarregaroAnestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br prostaglandina tromboxano Injúria tecidual Enzima ciclooxigenase (COX) prostaciclina Ácido araquidônico prostaglandinaprostaglandina tromboxanotromboxano Injúria tecidual Enzima ciclooxigenase (COX) prostaciclinaprostaciclina Ácido araquidônico AINEsAINEs Mecanismo de ação Antinflamatórios não-esteróides Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Inibidores da COX COX constitutiva = COX-1 Presente em condições normais Responsável pela homeostase COX induzível= COX-2 Não presente em condições normais (poucas exceções) Induzida pela inflamação Produzida em grandes quantidades Causa dor e inflamação Antinflamatórios não-esteróides Dor e Analgesia Prof. Dr. Adriano B. Carregaro Anestesiologia – UFSM www.anestesia.vet.br Inibidores da COX Flunixina Meglumina (Banamine®) 1,1mg/kg IM, SC Cetoprofeno (Ketofen®) 1-2 mg/kg IM, SC Meloxicam (Movatec®) 0,2-0,4 mg/kg IM, SC, PO Carprofeno (Rimadyl®) 4mg/kg IM, SC Vedaprofeno (Quadrisol®) 2mg/kg PO Antinflamatórios não-esteróides
Compartilhar