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Processo Civil IV Casos Concretos 1 a 5

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Amauri de Carvalho Cordeiro – 201407208641
Direito Processual Civil IV
Caso Concreto 1
Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado?
Resposta: Sim, de acordo com o art. 805 do CPC, quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça da maneira menos gravosa para o executado, o que a doutrina denomina como princípio do menor sacrifício ou da menor onerosidade ao executado.
Amauri de Carvalho Cordeiro – 201407208641
Direito Processual Civil IV
Caso Concreto 2
No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1o grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Considerando o enunciado acima, distinga os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, e, num segundo momento, indique os caminhos processuais adequados para que o exequente, na prática, possa receber seu crédito.
Resposta: A Súmula 375 /STJ, dispõe que o reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado, o que não é o caso, pois ainda não havia a sentença e consequentemente o devedor não havia sido citado para a execução. No caso, ocorreu a fraude contra credores conforme o art. 790, inciso VI, do NCPC. O reconhecimento da fraude contra credores, com a consequente anulação da alienação ou gravação do bem, demanda ação própria, de ampla dilação probatória insuscetível, portanto, de ser alegada exclusivamente no processo de execução ou na fase do cumprimento da sentença. A necessidade de ação própria para o reconhecimento da fraude contra credores o caput do art. 799, inciso IX, do NCPA, sugere que o credor, para realmente precaver-se contra a fraude, teria de procede r a duas averbações sucessivas. Uma da propositura da execução (art. 799, IX), outra, ato contínuo à propositura, de que a execução foi admitida pelo juiz (art. 828, caput)
Amauri de Carvalho Cordeiro – 201407208641
Direito Processual Civil IV
Caso Concreto 3
Adalberto ajuizou uma ação em face da Seguradora Porto Bello pleiteando o recebimento do seguro de vida realizado pelo seu tio Marcondes. Alega na inicial que a seguradora, de forma injustificada, se negou a pagar a indenização sob o argumento de que o segurado agiu de má-fé ao não informar que realizara uma cirurgia de coração 10 anos antes da assinatura do contrato. Após a instrução o juiz julgou procedente o pedido para condenar a Seguradora a pagar a respectiva indenização em valor a ser apurado em fase de liquidação. Diante do caso concreto indaga-se:
a) Qual é a modalidade de liquidação de sentença mais adequada ao caso concreto? É possível modificar a sentença em fase de liquidação?
Resposta: Perícia por arbitramento, conforme prevê o art. 509, I c/c art. 510, ambos do CPC.
Não, pois de acordo com o art. 509, § 4º do CPC, na fase de liquidação de sentença é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou.
b) Como deverão proceder as partes caso discordem do valor apurado na liquidação?
Resposta: Por agravo de instrumento, nos conformes do art. 1.015, § ú do CPC.
Amauri de Carvalho Cordeiro – 201407208641
Direito Processual Civil IV
Caso Concreto 4
Juca Cipó ingressa em juízo com ação de cobrança em desfavor de Sinhozinho Malta, que, citado pelo correio, quedou-se inerte, vindo, em consequência, o pedido autoral a ser julgado procedente, com a condenação do réu ao pagamento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Iniciado por Juca Cipó o cumprimento de sentença, após a segurança do juízo, Sinhozinho Malta oferece impugnação, na qual alega a nulidade de sua citação na fase cognitiva. O juiz, então, acata a impugnação de Sinhozinho Malta. Qual seria o recurso cabível contra esta decisão judicial?
Resposta: Agravo de instrumento, no prazo de 15 dias. Art. 1.015, § ú do CPC.
Amauri de Carvalho Cordeiro – 201407208641
Direito Processual Civil IV
Caso Concreto 5
Repelidos Embargos de Devedor com fundamento em sua intempestividade, apresenta o Executado petição avulsa, intitulando-a como Objeção de Não Executividade (também conhecida como Exceção de Pré-Executividade), denunciando a nulidade do título. Deve tal pleito, inobstante a rejeição dos Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial? Se admissível a referida peça, teria a apresentação da mesma efeito suspensivo?
Resposta: Sim, uma vez que a exceção de pré-executividade que é uma construção doutrinária trazida para o Brasil pelo professor Pontes de Miranda e totalmente aceita pela doutrina, serve precisamente, para situações como a do caso concreto, ou seja, para questões de Ordem Pública nas quais o próprio magistrado poderia se manifestar de ofício, sendo certo que como regra sua simples apresentação não gerará efeito suspensivo.
Importante se faz ressaltar, que o NCPC em três artigos traz o espírito da exceção de pré-executividade para o Código, notadamente nos arts. 518; 525,§11 e 803, §ú, merecendo destes maior cuidado a situação prevista no art. 525,§11.

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