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Avaliação Nutricional Avaliação Antropométrica Profa Roberta Caetano Disciplina: Nutrição e Dietética • Indicação do estado nutricional por meio de medidas corporais e suas proporções ANTROPOMETRIA • É um método simples, de fácil execução, prático, não- invasivo e de baixo custo, com possibilidade de utilização de equipamentos portáteis e duráveis (Acuña & Cruz, 2004; Martins, 2008) • Peso corpóreo • Estatura • Dobras cutâneas • Medidas de Circunferência Edema Hipotrofia por desuso (Acuña & Cruz, 2004; Martins, 2008) ANTROPOMETRIA Medidas mais utilizadas: Fatores de confusão: - Balança calibrada de plataforma ou eletrônica - Posição em pé, descalço e com roupas leves (Acuña & Cruz, 2004; Martins, 2008) ANTROPOMETRIA PESO CORPÓREO → É a soma de todos os componentes corpóreos e reflete o equilíbrio protéico-energético • Peso atual • Peso usual ou habitual • Peso ideal ou teórico (Peso ideal: IMC x A²) ANTROPOMETRIA Correção de peso – EDEMA e ASCITE: Segmento do corpo Peso hídrico + tornozelo 1 kg ++ joelho 3 – 4 kg +++ raiz da coxa 5 – 6 kg ++++ anasarca 10 – 12 kg ANTROPOMETRIA Adequação do peso: Blackburn; Thornton, 1979 ANTROPOMETRIA Peso ajustado: • Usado para calcular necessidades nutricionais, quando ADEQUAÇÃO DO PESO for < 95% ou > 115% Peso ajustado = (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual ANTROPOMETRIA Estimativa de peso: Chumlea, 1985. AJ: Altura do joelho CB: Circunferência do braço PCSE: Prega cutânea subescapular CPA: circunferência da panturrilha ANTROPOMETRIA Estimativa de peso: Adultos: ANTROPOMETRIA Alteração de peso: Tempo Perda de peso moderada (%) Perda grave de peso (%) 1 semana 1 a 2 > 2 1 mês 5 > 5 3 meses 7,5 > 7,5 6 meses 10 > 10 Blackburn et al. 1977 Elevada correlação com a mortalidade %PP = [Peso usual (kg) – Peso atual (kg)] x 100 Peso usual (kg) ANTROPOMETRIA ESTATURA: • Estadiômetro ou o antropômetro • Posição em pé, descalço, calcanhares juntos, costas retas e braços estendidos ao lado do corpo. ANTROPOMETRIA ESTATURA: ANTROPOMETRIA Estatura estimada: 1) Altura do joelho: 2) Hemi-envergadura dos braços 3) Estatura recumbente Chumlea, 1985. ANTROPOMETRIA ANTROPOMETRIA IMC: WHO, 1995; 1998 IMC Ideal → Homens : 22 kg/m2 → Mulheres: 21 kg/m2 Classificação - ADULTO IMC (Kg/m2) Magreza grau III < 16,0 Magreza grau II 16,0 – 16,99 Magreza grau I 17,0 – 18,49 Eutrofia 18,5 – 24,99 Pré-obesidade 25,0 – 29,99 Obesidade classe I 30,0 – 34,99 Obesidade classe II 35,0 – 39,99 Obesidade classe III ≥ 40 Peso atual (kg) Altura2 (m2) ANTROPOMETRIA IMC idosos: LIPSCHITZ,1994 Classificação - IDOSO IMC (Kg/m2) Magreza < 22 Eutrofia 22 – 27 Excesso de peso > 27 Classificação - IDOSO IMC (Kg/m2) Baixo peso < 23,0 Peso normal 23,0 – 28,0 Sobrepeso 28,0 – 30,0 Obesidade > 30,0 OPAS, 2002 • As dobras cutâneas incluem a espessura de uma camada dupla de pele e de tecido adiposo subcutâneo comprimido • A acurácia das pregas depende de sua reprodutibilidade. Portanto, requer atenção cuidadosa e treinamento do avaliador • São úteis para avaliar mudanças nas reservas de tecido adiposo subcutâneo a longo prazo (Acuña & Cruz, 2004; Martins, 2008) DOBRAS CUTÂNEAS: ANTROPOMETRIA Localizações das dobras cutâneas Tríceps (DCT) Axilar média (DCAM) Bíceps (DCB) Abdominal (DCA) Subescapular (DCSE) Coxa média (DCCM) Supra-ilíaca (DCSI) Panturrilha média (DCPM) Peitoral (DCP) ✓ São usadas fórmulas específicas para estimar a composição corporal (Acuña & Cruz, 2004; Martins, 2008) DOBRAS CUTÂNEAS: ANTROPOMETRIA • No mesmo paciente, deve ser medida sempre pelo mesmo avaliador • Aparelho deve estar calibrado • Identificar e marcar o local a ser medido; • Segurar a pele formada pela pele e pelo tecido adiposo com os dedos polegar e indicador da mão esquerda a 1 cm do ponto marcado; DOBRAS CUTÂNEAS → Instruções gerais: ANTROPOMETRIA • Padronizar o lado que será utilizado para medição • Manter as pregas entre os dedos até o final da aferição • A leitura deverá ser realizada no mm mais próximo em cerca de 2 a 3 s • Utilizar média de 3 medidas • Em casos de obesidade mórbida e edema, medida NÃO é fidedigna. DOBRAS CUTÂNEAS → Instruções gerais: ANTROPOMETRIA Dobra Cutânea Tricipital É medida na face posterior do braço, paralelamente ao eixo longitudinal, no ponto que compreende a metade da distância entre a borda súpero lateral do acrômio e o olécrano. ANTROPOMETRIA Dobra Cutânea Tricipital • É a mais rotineiramente utilizada na prática clínica • CLASSIFICAÇÃO: → Percentil de acordo com os padrões de Frisancho (1990): Avalia reserva de gordura corpórea ANTROPOMETRIA Dobra Cutânea Tricipital → Adequação da DCT: Blackburn;Thornton, 1979 ANTROPOMETRIA Dobra Cutânea Bicipital É medida na face anterior do braço, paralelamente ao eixo longitudinal, no ponto que compreende a metade da distância entre a borda súpero lateral do acrômio e o olécrano. ANTROPOMETRIA Dobra Cutânea Subescapular A medida é executada obliquamente em relação ao eixo longitudinal, seguindo a orientação dos arcos costais, sendo localizada a dois centímetros abaixo do ângulo inferior da escápula. ANTROPOMETRIA Dobra Cutânea Supra-ilíaca É obtida obliquamente em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre o último arco costal e a crista ilíaca, sobre a linha axilar medial. É necessário que o avaliado afaste o braço para trás para permitir a execução da medida. ANTROPOMETRIA Dobra Cutânea Axilar Média É localizada no ponto de intersecção entre a linha axilar média e uma linha imaginária transversal na altura do apêndice xifóide do esterno. A medida é realizada obliquamente ao eixo longitudinal, com o braço do avaliado deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção da medida. ANTROPOMETRIA Dobra Cutânea Torácica É uma medida oblíqua em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre a linha axilar anterior e o mamilo, para homens, e a um terço da linha axilar anterior, para mulheres. ANTROPOMETRIA Dobra Cutânea Abdominal É media aproximadamente a dois centímetros à direita da cicatriz umbilical, paralelamente ao eixo longitudinal. ANTROPOMETRIA Dobra Cutânea Coxa É medida paralelamente ao eixo longitudinal, sobre o músculo reto femural a um terço da distância do ligamento inguinal e a borda superior da patela, para facilitar o pinçamento desta dobra o avaliado deverá deslocar o membro inferior direito à frente, com uma semi-flexão do joelho, e manter o peso do corpo no membro inferior esquerdo. ANTROPOMETRIA Dobra Cutânea da Panturrilha Para a execução desta medida, o avaliado deve estar sentado, com a articulação do joelho em flexão de 90 graus, o tornozelo em posição anatômica e o pé sem apoio. A dobra é pinçada no ponto de maior perímetro da perna, com o polegar da mão esquerda apoiado na borda medial da tíbia. ANTROPOMETRIA ANTROPOMETRIA Sexo Masculino ANTROPOMETRIA Sexo Feminino ANTROPOMETRIA Circunferências do braço e da panturrilha CIRCUNFERÊNCIAS: → Composição corporal: Indicadores de massa magra e gorda Objetivo de identificar a desnutrição → DIstribuição da gordura corporal: Circunferência abdominal ANTROPOMETRIA Circunferência do braço(CB): • Soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseos, muscular e gorduroso do braço • Para sua obtenção, localizar e marcar o ponto médio entre o acrômio e olecrano, contornar o braço com a fita métrica flexível de forma ajustada, evitando compressão da pele ou folga ANTROPOMETRIA Circunferência do braço (CB): • CLASSIFICAÇÃO: → Percentil de acordo com os padrões de Frisancho (1990): ANTROPOMETRIA Circunferência do braço (CB): → Adequação da CB: BLACKBURN; THORNTON, 1979 ANTROPOMETRIA Circunferência muscular do braço (CMB): FRISANCHO,1974; BLACKBURN; THORNTON,1979 • Avalia a reserva de tecido muscular (sem correção da massa óssea) avalia a reserva de tecido muscular sem correção da massa óssea. • CLASSIFICAÇÃO: → Percentil de acordo com os padrões de Frisancho (1981): ANTROPOMETRIA Circunferência muscular do braço (CMB): avalia a reserva de tecido muscular sem correção da massa óssea. BLACKBURN; THORNTON, 1979 → Adequação da CMB: ANTROPOMETRIA Circunferência muscular do braço (CMB): avalia a reserva de tecido muscular sem correção da massa óssea. ANTROPOMETRIA Circunferência da panturrilha (CP): avalia a reserva de teWHO, 1995o muscular sem correção da massa óssea. • A CP é aferida na parte mais protuberante da perna entre o calcanhar e o joelho • Recomendada para avaliar idosos ANTROPOMETRIA Circunferência da cintura: • É mensurada no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca (WHO, 1995) ANTROPOMETRIA • Andróide, troncular ou central: Forma de maçã, alta relação com risco cardiovascular • Ginóide: Forma de pêra, alta relação com artroses e varizes ANTROPOMETRIA • Baseia-se no princípio da condutividade elétrica para estimativa dos compartimentos corpóreos • Método bem aceito pela comunidade científica, inclusive na identificação do estado de hidratação dos indivíduos; • Resultados podem ser afetados por fatores como a alimentação, atividade física, ciclo menstrual, ingestão de líquidos, desidratação ou retenção hídrica e alguns medicamentos. BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA COMPOSIÇÃO CORPÓREA Altamente condutores de corrente elétrica • ↑ água • ↑ eletrólitos ↓ Resistência → condutor de eletricidade Pobres condutores de corrente elétrica • ↓ água • ↓ eletrólitos ↑ Resistência (COPPINI et al., 1998) BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA • Colocar dois eletrodos distais sobre a superfície dorsal da mão e do pé próximos das articulações das falange-metacarpo e falange- metatarso, respectivamente NIH, 1996; NESCOLARDE et al., 2004 • Fixar dois eletrodos sobre a proeminência do pulso e entre o maléolo medial e lateral do tornozelo BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA Protocolos para BIA: ▪ Não comer ou beber a menos de 4 h do teste. ▪ Não fazer exercícios a menos de 12h do teste. ▪ Urinar a menos de 30min do teste. ▪ Não consumir alcool a menos de 48h do teste. ▪ Não ingerir alimentos estimulantes como chocolate, café, chimarrão, chá preto a 24h do teste. ▪ Não tomar medicamentos diuréticos a menos de 7 dias do teste. Salvo hipertensos, mas com cautela. ▪ Menstruação. BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA > 4 horas Peso e altura Comida e bebida Bebida alcoólica > 8 horas Bexiga vazia Exercício físico > 8 horas Temperatura ambiente Acessórios de metais BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA Biodynamics RJL Systems Modelo 310e Modelo: The Quantum X BIA Analyzer Modelo: Quantum-IV system BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA ACUÑA, A.; CRUZ, T. Avaliação do Estado Nutricional de Adultos e Idosos e Situação Nutricional da População Brasileira. Arq Bras Endocrinol Metab. 2004; 48 (3): 345-361. CUPPARI, L. Guia de nutrição: Nutrição clínica no adulto. Ed Manole, 2ª ed. Barueri/SP, 2007. LAMEU, E. Clínica Nutricional. Rio de Janeiro: Revinter, 2005. MAHAN, K.; STUMP, S. E. Krause: Alimentos, Nutrição & Dietoterapia. 11ª ed. São Paulo: Roca, 2005. MARTINS, C. Avaliação do estado nutricional e diagnóstico. Nutroclínica, volume I. Curitiba, 2008. ROSA, G. et al. Avaliação Nutricional do Paciente Hospitalizado: Uma Abordagem Teórico-Prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. SILVA, S. M. C. S.; MURA, J. D. P. Tratado de Alimentação, Nutrição & Dietoterapia. São Paulo: Roca, 2007. WAITZBERG, D.L.; CORREIA, M.I.T.D. Nutritional assessment in the hospitalized patients. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2003; 6:531–538. WAITZBERG, D. L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 3ª ed. São Paulo: Atheneu, 2006. VITOLO, M. R. Nutrição da Gestação ao Envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2008. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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