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Catalogação análise e parâmetros gerais da representação da informação

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO 
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS 
CURSO DE BIBLIOTECONOMIA 
DIRETÓRIO ACADÊMICO DE BIBLIOTECONOMIA 
XIV Encontro Regional de Estudantes de Biblioteconomia, Documentação, Ciência da 
Informação e Gestão da informação 
Os novos campos da profissão da informação na contemporaneidade 
16 a 22 de janeiro de 2011 
 
 
Catalogação: análise e parâmetros gerais da representação da informação
 1
 
 
Dayane Bruna 
Emanuele Alves ** 
 
 
RESUMO 
 
A Catalogação é a descrição de dados relacionados aos recursos bibliográficos, que 
consiste na finalidade de representar um determinado item de um centro 
informacional, facilitando à procura, o processo da recuperação da informação. 
Desse modo, entendemos o processo de catalogar, como o instrumento de análise do 
documento em qualquer suporte, identificando as informações necessárias para a 
recuperação da mesma. Com isso, pode-se perceber a importância desse 
processamento técnico inserido na biblioteca para tornar possível localização do 
item no acervo, seguindo claramente as regras estabelecidas Anglo- Americano 
Cataloguing Rules. E adicionado a este processo, a importância do estudo do usuário 
e do centro brevemente, para melhor efetivação na prática da catalogação, 
evidenciando o objetivo primordial na descrição e tratamento dos itens. Utilizamo-
nos de metodologias diversas, como entrevistas semi-estruturadas de maneira 
presencial e também entrevistas on-line com bibliotecários, no intuito de 
compreendermos, a visão dos mesmos no uso desse processamento técnico na sua 
atividade profissional e a identificação de vantagens e necessidades que este 
processamento traz para o usuário. Para que pudéssemos alcançar a finalidade aqui 
apresentada e discutida recorremos a um estudo bibliográfico por meio de leituras de 
Mey (1995), Souza (2009), Memória(2009) entre outros. 
 
Palavra-chave: Catalogação. Recuperação da informação. Usuário. 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Catalogar é o processo de análise, compreensão, descrição, avaliação do item 
compostos por dados a serem descritos de acordo com o código internacional que estabelece 
regras de como executar tal fato, pelo profissional bibliotecário, com o objetivo de representar 
 
1
 Trabalho científico de comunicação oral apresentado ao GT 3 – Representação da Informação. 
Universidade Estadual do Piauí-UESPI,Graduanda em Biblioteconomia, Email: dayane_bruna28@hotmail.com. 
**Universidade Estadual do Piauí-UESPI, Graduanda em Biblioteconomia, Email: emanuelemk@gmail.com 
 
 
o item de forma concisa e verídica para facilitar e colaborar na busca da informação e 
localização da mesma, pelo o usuário. 
A questão tratada nesse estudo tem como objetivo explanar de forma geral a 
importância da catalogação, e o uso de catálogos nos centros informacionais a fim de 
viabilizar instrumentos para a consulta dos documentos no acervo. Colocar a importância do 
uso do código ACRR2, para a descrição da ficha catalográfica dos itens e deixar em ressalva a 
abertura desses critérios diante das novas tecnologias. 
A pesquisa deu-se a partir de pesquisa bibliográfica e levantamento de dados, 
entrevistas com profissionais por meios presenciais e via on-line, para a busca de colocações 
destes profissionais da importância de catálogos e o processo de catalogação dos recursos 
bibliográficos. 
Fundamentamos- nos de dados teóricos para trabalhar a proposta de elaboração da 
pesquisa, na Mey (1995), Souza (2009), Memória (2009), dentre outros. 
 
2 O QUE É CATÁLOGO E QUAL SUA FUNÇÃO ? 
 
O catálogo é um dos meios de ferramenta muito utilizado desde a antiguidade até 
hoje nas bibliotecas. Muitas vezes pode-se confundir catálogo como uma lista ordenada dos 
materiais existentes em uma ou mais coleções de biblioteca. No entanto, catálogos são 
instrumentos de comunicação entre a biblioteca e o usuário e que pode, ser definido assim: 
 
Catálogo é um canal de comunicação estruturado, que veicula mensagens 
contidas nos itens, e sobre os itens, de um ou vários acervos, apresentando-se sob 
forma codificada e organizada, agrupadas por semelhanças, aos usuários desse(s) 
acervo(s). (MEY, 1995, p. 9) 
 
 
São, portanto, caminhos facilitadores de interação, organizados de modo a facilitar 
a busca, abordando o material entre seu semelhante o que possibilitará assim, o conhecimento 
superficial de outros materiais dentro de uma coleção. É assim um modo de recuperação da 
informação desejada onde vai disponibilizar todos os documentos com a informação desejada. 
A função do catálogo destina-se a permitir ao utilizador: 
o Encontrar recursos bibliográficos em uma coleção real ou virtual; 
o Identificar um recurso bibliográfico selecionando as informações desejadas ou 
distinguir uma ou mais com características similares; 
o Selecionar um recurso bibliográfico que seja apropriado as necessidades do 
utilizador (escolher um requisito que corresponda as suas necessidades no que 
diz respeito ao conteúdo, formato físico e etc. ou rejeitar os que sejam 
inadequados as suas necessidades); 
o Adquirir ou obter acesso a um item descrito ( ou seja, disponibilizar 
informações ao utilizador que permitirá adquirir um exemplar através de 
compra, empréstimo, etc.). 
Nota-se que as funções acima estão intimamente relacionadas nos três objetivos 
do catálogo proposto por Cutter : 
1. Permitir a uma pessoa encontrar um livro do qual ou: 
 (A) o autor 
 (B) o título e 
 (C) o assunto seja conhecido. 
2. Mostrar que a biblioteca possui: 
 (D) de um autor determinado 
 (E) de um assunto determinado 
 (F) de um tipo determinado de literatura 
 
3. Ajudar na escolha de um livro 
(G) de acordo com sua edição (bibliograficamente) 
(H) de acordo com seu caráter (literário ou tópico). 
 
 Em suma, a função do catálogo é transmitir as mensagens codificadas pelo 
processo de catalogação relativo a um ou vários acervos e isto o torna uma característica do 
mesmo que é o que se verá em um dos tópicos a seguir. Porém, pode-se dizer que o catálogo, 
cumpre suas funções com as seguintes características: “integridade, clareza, lógica e 
consistência” (MEY, 1995, p.7). Sendo que essas características dependem do catalogador, ao 
qual cabe não omitir nenhum serviço de qualidade que possa prejudicar a recuperação de um 
item documentário pelo usuário. 
 
3 HISTÓRICO DOS CATÁLOGOS E DA CATALOGAÇÃO 
 
Como todo e importante surgimento, o acontecimento passa a ser registrado e 
utilizado para pesquisas e fonte de conhecimento. Não seriam diferentes com a representação 
da informação, os catálogos e a descrição da informação propriamente dita, a catalogação. 
Os catálogos mais dignos de nota surgiram no século IX, na Alemanha, mais 
especificamente na biblioteca de Richenau. Outro catálogo importante é o do mosteiro de 
Saint Requier, na França, compilado em 831, organizado por autor, porém sem ordem, 
registrava o conteúdo dos volumes e o número relativo de volumes em uma obra. 
Diante de tantas tentativas de entendimento do que seria realmente e pra que 
serveriam com precisão os catálogos, surgiu ainda em 1389 o que viria esse importante 
instrumento de registros. Considerado como tal, surge assim, a lista de convento St. Martin, 
em Dover, dividindo-se em três seções de como se apresentaria cada item. 
Em 1560, Florian Trefler, monge beneditino, publicou um tratado sobre a 
manutenção de uma biblioteca, desenvolvendo nessa obra um sistema de classificação e 
números de localização dos livros defendendo e dividindo o catálogo em cinco partes: 
catálogo alfabético de autores, listas dasestantes, índice classificado para os registros das 
partes (entradas analíticas), índice alfabético para o índice classificado e lista dos livros não 
integrados ao acervo geral. 
Já em 1595, o livreiro inglês Andrew Maunsell compilou um catálogo dos livros 
ingleses impressos e no prefácio, determinou as regras de registro das obras. Estabeleceu a 
entrada dos nomes pessoais pelo sobrenome; para obras anônimas utilizou tanto o título como 
o assunto como busca e as vezes ambos; defendeu a idéia de que um livro deve ser encontrado 
pelo sobrenome do autor, pelo assunto ou pelo tradutor; inclue em seus registros: tradutor, 
impressor ou a pessoa para quem foi impresso, data e número do volume. As criações de 
Trefler e Maunsell forma de fundamental importância para os primeiros códigos de 
catalogação na história. 
Surgiram também importantes trabalhos onde assinalava a importância dos 
catálogos na recuperação e indentificação de um livro, bem próxima da dentre elas, as idéias 
do então reconhecido e refugiado político italiano Anthony Panizzi, com seu código, as 
conhecidas 91 regras de elaboração de um catálogo que no entanto passou por várias 
controvérsias mais que foi de tal importância para as questões biblioteconômicas. 
Em 1850, Charles C. Jewett reconhecia o trabalho de Panizzi, porém ainda com 
algumas discordâncias. Os cabeçalhos de responsabilidade e obras anônimas de Jewett são 
seguidos até hoje. JEWETT (1850), estabeleceu a finalidade de um código de catalogação de 
acordo com Strout onde dizia:" As regras de catalogação devem ser estritas e devem ir ao encontro, 
o mais possível, de todas as dificuldades do detalhe. Nada, o máximo que se possa evitar, deve ser 
deixado ao gosto individual ou ao julgamento do catalogador." 
O processo de catalogação deve ser um trabalho detalhado e minusioso que 
envolve o catalogador. A busca incessante de detalhes faz da catalogaça ão um importante 
meio de recuperação da informação. 
Melvil Dewey também estabeleceu regras de catalogação, mas seu destaque se 
deve à Classificação Decimal (1876), que hoje leva o seu nome. No mesmo ano de 1876, 
Charles Ami Cutter publicou suas Rules for a dictionary catalogue [Regras para um catálogo 
dicionário], um código completo que inclue a catalogação de assuntos e de materiais 
especiais, normas de transliteração e elaboração de catálogos auxiliares. Além disso, criou 
ainda um esquema de classificação e uma tabela representativa de sobrenomes que está em 
uso até hoje. Mas sua contribuição mais importante determinar os objetivos dos catálogos e a 
visão do catalogador. 
Em 1901, um importante fato, a impressão e a venda de fichas catalográficas pela 
Library of Congress (LC) dos Estados Unidos, veio marcar a história dos códigos. Ao invés 
de cada biblioteca fazer a própria catalogação dos livros, a LC passou a vender as fichas 
impressas somente no ponto de acrescentar os cabeçalhos também impostas por ela. A adotá-
las não significou a aceitação dessa imposição, porém essa prática resultou em uma 
importante padronização, pois eram rigorosamente idênticas. No entanto, a padronização 
internacional só chegaria mais tarde. 
Em 1920, foram editadas as Normes per il catalogo degli stampati[Normas para o 
catálogo de impresso] ou código da Vaticana, elaborado por um grupo de bibliotecários norte-
americanos, baseados no código da ALA (American Library Association) comissão que 
estudava as regras adotadas pela LC. Veio assim, exercer uma enorme influência na 
biblioteconomia brasileira, abrangindo escolas de biblioteconomia como do Rio de Janeiro e 
São Paulo, no colégio Mackenzie. 
Surge em seguida, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, 
a Ciência e a Cultura) em 1946 que apresentava-se dentro de suas finalidades e funções, a de 
manter, desenvolver e disseminar o conhecimento, por meio da cooperação internacional, 
tornando assim, todos os materiais publicados acessível a todos. Dentro das funções da 
UNESCO é estar voltada ao estabelecimento de padrões para as bibliotecas nacionais que se 
refletem sobre as práticas biblioteconômicas. Criou um programa de Controle Bibliográfico 
Universal, que elegeu como norma básica para a descrição bibliográfica a ISBD, e com o 
formato de intercâmbio, o UNIMARC, a UNESCO e a IFLA (Federação Internacional de 
Associações e Instituições Bibliotecárias) vêm exercendo um papel fundamental no 
intercâmbio de registros bibliográficos e consequentemente, na catalogação. 
No ano de 1954, um marco foi a criação do Instituto Brasileiro de Bibliografia e 
Documentação (IBBD) na biblioteconomia brasileira, com a segunda edição do Código de 
catalogação da Biblioteca Vaticana e sua difusão no país, o curso de especialização que 
originou o curso de mestrado na área de informação; várias bibliografias especializadas; um 
catálogo coletivo de monografias e em especial, o Serviço de Intercâbio de Catalogação 
(SIC). Logo após, em 1975 o IBBD transformou-se em Instituto Brasileiro de Informação em 
Ciência e Tecnologia (IBCT) agora como gerente e suporte técnico. 
A década de 1960 trouxe a evolução dos recursos computacionais. Surge assim, o 
projeto MARC (Machine Readable Cataloging) e do MARC II, pela LC, quer dizer, um 
formato padrão para entrada de informações bibliográficas em computador. Não um processo 
de mecanização, pelo contrário, um ajuste dos recursos tecnológicos da época a catalogação 
tradicional. 
O primeiro evento no sentido de normalização internacional foi a Conferência 
Internacional sobre Princípios de Catalogação, ou Conferência de Paris, realizada em 1961, 
onde se determinou através de acordos e discursões vários pontos básicos da catalogação. 
Como a decisão sobre cabeçalhos de nomes de pessoais e títulos uniformes; cabeçalhos de 
acordo com o o uso da língua ou país da pessoa responsável pela obra, ou assunto da obra; 
uso de títulos uniformes, além de discusões sobre cabeçalhos para nomes de entidades 
coletivas. 
 Em 1967, publicou-se a primeira edição das Anglo-American cataloging rules 
(AACR) [Regras de catalogação anglo-americanas] que representa as interpretações das 
regras de catalogação em conjunto com a ALA, Canadian Library Association e Library 
Association (Inglaterra). Passou em 1969, a ser editada pelo Brasil com a tradução para o 
português da versão americana com o título de Código anglo-americano de catalogação, 
seguindo de uma segunda edição em 1978, conhecida como AACR2, passando a ser adotada 
em todas as ecolas biblioteconômicas, e consequentemente, extinguindo a diversidade de 
códigos no ensino. 
Um evento em 1969, marca substancialmente o caminho da padronização: a 
Reunião Internacional de Especialistas em Catalogação (RIEC), realizada em Copenhague 
que trouxe um notável especialista em catalogação, Michael Gorman, apresentando um 
documento básico à RIEC, denominado International standard bibliografic description 
[Descrição bibliográfica internacional normalizada] ou ISBD, que padronizava as 
informações contidas na descrição bibliográfica. Gorman, sistematizou a ordem das 
informações e a pontuação utilizada antes de cada informação, de modo a tornar possível seu 
reconhecimento pelos computadores. Com isso, a ISBD se tornou um caminho da 
padronização utilizado por todos os países que se dispuseram a usá-la aceitando-a, 
acarretando em mudanças no código de catalogação, que incorporaram essas normas em 
novas edições, tornou-se assim, a norma internacional para intercâmbio de registros 
bibliográficos. 
Com a evolução das tecnologias, a área da chamada documentação evolui com 
isso, a Organização Internacional do Trabalho desenvolveu um sistema (não apenas um 
formato) para gerenciamento automatizadode informações científicas, o ISIS (Integrated 
Scientific Information System) assumido pela UNESCO, havendo versões para mini e 
microcomputadores : Mini-ISIS e Micro-ISIS. Foram eleitos como padrões o AACR2 eo 
formato MARC, totalmente compatíveis com sistemas internacionais de intercâmbio de 
registros bibliográficos, no espírito do programa de Controle Bibliográfico Universal. 
Grandes realizações aconteceram nacional e internacionalmente no tocante aos 
recursos tecnológicos e que marcaram a história dos catálogos e da catalogação. Porém, é 
notável a ausência da evolução ao lado das práticas biblioteconômicas percebendo-se 
principalmente a carência de recursos financeiros para dar suporte a prática biblioteconômica, 
induzindo a necessidade de parcerias com a indústria de informação, o que leva muitas vezes 
a flexibilidade e à mudanças de nossas práticas. 
 
4 PROCESSO DE CATALOGAÇÃO 
 
Inicia- se com a leitura técnica do item, que requer a análise para levantar os 
dados informacionais necessárias para representar o mesmo. Esses dados são retirados da Fonte 
principal de informação que são as seguintes: página de rosto e outras páginas que a 
antecedem, capa, colofão, encartes, apêndices, anexos, glossários, bibliografias, contêiner. 
Após a leitura técnica, a catalogação compreende- se em três fases: a descrição 
bibliográfica, o ponto de acesso e dados de localização. A descrição bibliográfica é o processo 
de caracterização do item no qual será descrita a ficha catalográfica que consiste nas seguintes 
áreas: título, indicação de responsabilidade, edição, local de publicação, editora, data de 
publicação, descrição física, séries, área de notas. Os pontos de acesso são dados os quais os 
usuários consultarão a representação do item, em que se dividem em principal e secundários, no 
qual o primeiro é a primeira informação registrada e a segunda são dados mais os pontos de 
acesso além do principal, denominadas pistas. Os dados de localização é o meio em que 
permite o usuário localizar o item no acervo, em que em bibliotecas são denominadas números 
de chamada, que geralmente compreendem o código da biblioteca e o número de chamada. 
 
5 O QUE É CATALAGODO? 
 
Todo suporte que contenha dados, características que dispõe de informações 
essenciais a preservação, registro e disseminação será catalogado seguindo os critérios do 
código ACRR2, e analisado pelo profissional bibliotecário para devido processo de 
catalogação. Colocando a ressalva sobre a importância da fiel descrição do mesmo com a 
finalidade de fácil localização e recuperação da informação. O que pode ser catalogado são 
livros, materiais cartográficos, manuscritos e coleções de manuscritos são músicas (impressa: 
partituras e partes), gravações de som: registros sonoros, filmes cinematográficos e gravações 
de vídeos, materiais gráficos, recursos eletrônicos, artefatos tridimensionais e reália, 
microformas, recursos contínuos, artefatos tridimensionais e reálias. 
 
6 CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DOS CATÁLOGOS 
 
Os catálogos por serem meios de comunicação entre a biblioteca e o usuário, 
tendem a serem facilitadores da busca e com isso, tornam a informação acessível e de fácil 
compreensão. Os catalogadores são os responsáveis por essa compreensão, pois ainda que o 
processo de catalogação descritiva de um material seja demorado e minucioso, o material o 
qual é procurado tem que estar claro e facilmente localizado dentro dos catálogos. Como fala 
Charles Ami Cutter, em 1904, à conveniência do público deve ser colocada sempre à frente da 
facilidade do catalogador. 
O público é o principal alvo e o modo como devem ser apresentados é de 
fundamental importância para os usuários que buscam a informação de maneira precisa e 
coerente. 
Assim, a melhor escolha do tipo de catálogo vai depender dos recursos disponíveis 
em cada biblioteca, do tamanho de seu acervo e das características do público que irá utilizá-lo. 
Podem ser vinculados a somente um acervo como também a vários ao mesmo tempo, 
denominando-se no último caso, como catálogo coletivo e apresentando-se comumente em dois 
tipos, manuais ou automatizados sobre os seguintes meios: 
manuais: em livro, em folhas, e em fichas (os mais comuns) 
automatizados: em relatório (completamente em desuso), em fichas, em 
microfichas, e em linha (online, os mais modernos). 
Os catálogos sobre a forma de CD-ROMS ou discos rígidos são classificados em 
catálogos em linha por serem suportes automatizados mais modernos. 
Por se tornarem suportes informacionais de referência, e assim terem a necessidade 
de facilidade de consulta e manutenção, os catálogos possuem características quanto ao seu 
suporte. Segundo Mey, (1995, p. 10) são elas: 
 
flexibilidade: que permitem alterações de qualquer tipo, como inclusões e 
exclusão de itens descartados ou perdidos e mudanças quando necessário; 
facilidade de manuseio: que significa além da facilidade de manuseio 
propriamente dita, ter boa localização; estar em local visível e acessível e 
apresentar instruções de uso; 
portabilidade: que permite ser consultado dentro e fora da biblioteca; 
compacidade: que significa ocupar pouco espaço. 
 
Porém, nem todos tipos de catálogos possuem todas as qualidades cabendo a 
somente algumas características: 
a) catálogo em fichas: não-compacto, fácil manuseio, não portátil e muito 
flexível; 
b) catálogo em livro: compacto, portátil e inflexível; 
c) catálogo em folhas soltas: pouco flexível e de relativa facilidade de manuseio, 
compacidade e portabilidade; 
d) catálogo em microfichas: compacto, portátil e com elevado dificuldade de 
manuseio; 
e) catálogo automatizado em linha: apresenta todas as características porém é 
mais favorável às mudanças do meio externo. 
Mais, assim como características os catálogos possuem qualidades importantes que 
em sua elaboração são essenciais sempre estarem presentes para uniformizá-los. São elas: 
uniformidade: nas representações para uma melhor compreensão do código, 
reunião de semelhanças entre itens, estruturação do catálogo, facilidade de manuseio pelo 
usuário; 
economia na preparação e na manutenção: que significa economia de recurso e de 
tempo. 
atualidade: que deve estar atualizado atendendo as necessidades da biblioteca. 
Pois assim com a catalogação descritiva de um material, os catálogos seguem a um 
alinhamento, uma uniformidade para uma busca precisa da informação. 
 
7 TIPOS DE CATÁLOGOS 
 
Todo material bibliográfico que vá-se catalogar se classificará em automatizados 
ou manuais. Mas além disso, ou de suas cacterísticas estrutural, os catálogos apresentam ainda 
dois importantes tipos de representação da informação: os externos, ou do público e os internos, 
ou de assistência aos bibliotecários. 
Os externos ou do público são aqueles que possuem todas as informações 
bibliográficas e que possibilita o resgate de um registro. Utiliza-se assim, as que o material 
possuem que basicamente, esse resgate acontece através dos pontos de acesso que são as partes 
nas quais os usuários podem acessar a representação de um item. Como os livros podem ser 
classificados em manuais ou automáticos, há também uma diferença como são organizados. 
Sendo assim, os catálogos externos manuais podem ser agrupados para uma 
melhor compreensão: 
 alfabeticamente: 
 como um todo, constituindo de entrada de responsabilidade, título e assunto intercaladas, 
denominando-se assim de catálogo dicionário; com entradas de autores, títulos e assuntos 
organizados separadamente, cada uma formando um catálogo com suas respectivas 
denominações, denominando-se assim, catálogo dividido e com entrada de autores e títulosjuntamente e entradas de assuntos separada, formando assim, dois catálogos. 
sistematicamente: 
com entradas de assuntos organizados pelo número de classificação que consequentemente vai 
precisar de um índice alfabético dos assuntos para remeter ao número de classificação, e 
entradas de responsabilidade ou títulos organizados alfabeticamente, em catálogos separados. 
Os catálogos internos ou auxiliares são os materiais que dão suporte as atividades 
dos catalogadores e demais profissionais da informação. Esses são indispensáveis ao controle 
do bibliotecário, nos quais permite uma padronização do trabalho. Podem ser divididos em: 
catálogo de identidade: também denominado catálogo de autoridade, pois aborda os cabeçalhos 
autorizados para nomes de pessoas e entidades coletivas. 
catálogos de assuntos: compreende os termos que resgatam os assuntos dos itens, além de 
fontes pesquisadas, termos relacionados com os assuntos. 
catálogos dos números de classificação: é empregado para resgatar um determinado assunto, 
eliminando assim, as chances de virem grande quantidade de números ou interpretação. 
catálogos de títulos: pois como o próprio nome diz, acontece de reunir títulos que é essencial. 
catálogo decisório: serve indicar as alterações e decisões tomadas pelos profissionais 
bibliotecários quanto a catalogação durante o trabalho. Medidas que cabem a cada biblioteca 
como a utilidade ou não de certos tipos de acesso ou o uso ou não da tabela de Cutter, etc. 
catálogo topográfico: serve para fazer levantamento de localização de itens no acervo. Muito 
utilizado em inventários de acervos. 
catálogo oficial: bastante útil em ambientes não automatizados, é igual aos catálogos externos 
que incluem apenas um dos registros completos, geralmente o que compõe o acesso principal. 
catálogo de registro: é um controle patrimonial ou administrativo do acervo. É um meio de 
controle de entrada e saída de itens já que os livros recebem um número sequencial por sua 
ordem de chegada, o catálogo é basicamente organizado por este número. 
Percebe-se assim, que os catálogos sempre buscam a uniformidade com seus itens 
e características próprias buscando sempre transparecer o máximo possível a sua utilização e o 
que incluem cada um deles. 
 
8 O AACR2 
 
O AACR2 é um código de catalogação usado de forma internacional e atualmente 
em uso conjunto com o formato MARC o que favorece o intercâmbio de dados bibliográficos e 
catalográficos de forma internacional. 
Adotado como um código padrão de catalogação para desvendar as regras e 
normas de descrição de um material, o mesmo é utilizado por catalogadores, bibliotecários e 
demais profissionais da informação para a representação da informação de um item de forma 
única. Como diz Mey, (1995, p.43): "Descrição bibliográfica é a representação sintética e 
codificada de um item, de forma a torná-lo único entre os demais.” 
Utilizado como instrumento de trabalho por bibliotecários e outros profissionais 
da área, representa um suporte físico para descrever a informação propriamente dita de um item 
de forma bastante técnica. 
Publicado em 1978, com três revisões em língua inglesa: 1988 e 1998 e 
recentemente em 2002, sem contar as alterações de 2003, 2004 e 2005. A tradução de 2002 
para o português teve revista a redação e numeração das regras e inclusão de novos exemplos. 
Previsto para 2008 o AACR3, projeto chamado como Resource Description and 
Access será composto: 
– RDA, em 3 partes: 
_ Descrição de Recurso; 
_ Pontos de Aceso para pessoas, família e corporações; 
_ Pontos de Acesso para nome e título. 
O AACR2 é composto em duas partes a primeira trata da Descrição, em que 
proporciona informações concernentes à descrição do item que está sendo catalogada. Dispõem 
das regras do geral para o específico, em relação ao suporte físico do material bibliográfico: 
Capítulo 1: Regras gerais e regras básicas que são de aplicabilidades gerais; 
Capítulo 2: Livros, folhetos, e folhas soltas impressas; o 3 são materiais cartográficos; 4 
manuscritos e coleções de manuscritos; 5 são músicas(impressa: partituras e partes); 6 
gravações de som: registros sonoros; 7 filmes cinematográficos e gravações de vídeos; 8 
materiais gráficos; 9 recursos eletrônicos; 10 artefatos tridimensionais e reália; 11 microformas; 
12 recursos contínuos; 13 Análise (capítulo de livro, volume de obra, artigo de periódicos, 
fascículos de periódicos); capítulos 14 à 19 são para futuras expansões. 
A segunda parte trata sobre os cabeçalhos, títulos uniformes e remissivas, 
apêndices e índice: capítulo 20 trata do introdutório; 21 à escolha do ponto de acesso; 22 
cabeçalhos para pessoas; 23 nomes geográficos; 24 cabeçalhos para entidades coletivas; 25 
títulos uniformes; 26 tratam de remissivas e serve como referência. Nessa parte encontram-se 
também apêndices e o índice. De acordo com a Memória(2009),o código de catalogação é o 
mais usado e aceito internacionalmente, juntamente com o formato de intercâmbio MARC21 
para catalogação automatizada. Porém até se chegar a esta aceitação aconteceram, ainda com 
resistência da comunidade biblioteconômica muita reuniões, estudos e discussões. 
 
9 CATALOGO AUTOMATIZADO 
 
O uso de catálogo automatizado considera- se na importância de facilitar e 
abranger a disseminação da informação em maior alcance, viabilizando a consulta dos itens do 
acervo através de softeweres. De acordo com (Castro, 2009): 
 
A representação descritiva no panorama atual vem sofrendo mudanças notórias 
de modelos de descrição bibliográfica convencionais, permeadas pelas 
tecnologias de informação e comunicação o que conduz a ou requer olhares 
diferenciados no tratamento de recursos informacionais. 
 
 
Dessa forma, compreende- se a importância da interdisciplinariedade entre 
profissionais na construção de meios que tratam sobre a descrição bibliográfica que ficará 
disponível na Word wid web para consulta do item, em vários acervos digitais. 
 
10 CONCLUSÃO 
 
Conclui- se a importância de profissionais qualificados atuando no processo de 
catalogação, o uso devido e contínuo de catálogos nos centros de informação para a melhor 
procura e disponibilização dos itens no acervo. A ressalva da linguagem comunicacional, para 
representação da informação no meio de tanto meios de nichos informacionais, validando os 
dados descritos do item. 
A colocação de uso de softweres para abranger ao maior alcance a informação, 
vencendo barreiras na recuperação da mesma. O estudo construindo internacionalmente no 
estabelecimento de regras a serem seguidas para padronizar a comunicação para a colaboração 
na continuação das ciências. 
As explanações gerais de como procede ao processo de catalogação, e os tipos de 
catálogos a serem utilizados pelo usuário. Os tipos de documentos e suportes a serem 
catalogados, debruçando-se as regras das características fundamentais do catálogo, na qual 
todas essas ferramentas trabalhadas e executadas metodologicamente são para agilizar e 
colaborar a pesquisa do usuário. 
 
 
CATALOGING: ANALYSIS AND GENERAL PARAMETERS OF THE 
REPRESENTATION OF INFORMATION 
 
 
ABSTRACT 
 
The cataloging is the description of data related to library resources, which 
is thepurpose of representing a particular item of an information center, making it 
easier tosearch, the process of information retrieval. Thus, we 
understand the process of cataloging, as the instrument of analysis of the 
document in any medium, identifying the information needed to recover from 
it. Thus, one can realize the importance of technical processing inserted into 
the library to make possible location of the item in the 
collection,following the rules clearly established Anglo-
American Cataloguing Rules.And added to this process, the importance of 
studying the user center and soon, for better effectiveness in the 
practice of cataloging, emphasizing the primary goal intreatment and description of 
items. We have used different methodologies, such assemi-
structured manner and also face online interviews with librarians in order 
to realizethe vision of them in the use of technical processing in their professional 
activity andidentification of strengths and needs that processing brings to the 
user. To achieve thepurpose that we presented and discussed here we resort 
to bibliographic 
studythrough readings of Mey (1995), Souza (2009), Memory (2009) among others. 
 
Keyword: Cataloguing. Information retrieval. User. 
 
 
REFERÊNCIA 
 
CASTRO, Fabiana Ferreira; COSTA SANTOS,Plácida Leopoldina Amorim da. Revista 
Ciência da Informação, v. 39,n. 1. Disponível em: 
http://revista.ibict.br/index.php/ciinf/article/view/1082/1312. Acesso: 27 dez. 2010. 
 
FONSECA, Edson Nery da. Introdução à Biblioteconomia. 2. ed. Brasília: Brinquet de 
Lemos,2007. 152 p. 
 
HISTÓRICO DA CATALOGAÇÃO. Disponível em: 
<http://www.marilia.unesp.br/Home/Pos-
Graduacao/CienciadaInformacao/Dissertacoes/correa_rmr_me_mar.pdf>. Acesso em: 23 nov. 
2010. 
 
MEY, Eliane; SILVEIRA, Naira. Introdução à catalogação. Rio de Janeiro: Brinquet de 
Lemos, 1995. 
 
______. Introdução à catalogação. Brasília: Brinquet de Lemos, 2003. 
 
RIBEIRO, Antonia Motta de Castro Memória. Catalogação de recursos bibliográficos pelo 
AACR2 2009. 2. ed. rev. Brasília: Ed. do Autor, 2004. 1 v. 
 
SOUZA, Sebastião de. CDU: Como entender e utilizar a 2° edição padrão internacional em 
língua portuguesa. 2. ed. Brasília: Thesaurus, 2010. 163 p.

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