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Caso Concreto 01

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Caso Concreto 01
1) - Mario ajuizou ação indenizatória em face da Loja FREE MAGAZINE com o objetivo de obter reparação pelos danos decorrentes da aquisição de um condicionador de ar defeituoso. A demanda foi ajuizada perante a Vara Cível da Capital, pelo procedimento comum, onde o autor pretender obter indenização no valor de 20.000,00 (vinte mil reais). Após a citação, a empresa ré propôs a realização de um negócio processual atípico, reduzindo todos os prazos processuais para 05 dias e modificando a distribuição do ônus da prova, o que foi prontamente aceito pelo autor. O juiz indeferiu o negócio processual proposto pelas partes sob o fundamento de que viola o princípio da ampla defesa. Diante da situação INDAGA-SE:
a) O juiz agiu de acordo com as regras do CPC acerca do procedimento comum?
R: O Juiz não agiu corretamente. Considerando que a realização do negócio processual não depende de homologação judicial. O juiz neste caso deve limita-se a controlar a abusividade e casos de vulnerabilidade.
b) A referida demanda poderia ter sido ajuizada nos Juizados Especiais Cíveis?
R: Sim. A referida demanda pode ser ajuizada tanto no Juizado Especiais Cíveis, quanto no procedimento comum. No caso do juizado especial, um dos requisitos para ajuizamento de uma ação no JEC a serem observados é o valor da causa. (Art. 3º da Lei 9099/95).
Caso Concreto 02
1- Pedro ingressou com uma ação indenizatória em face do Estado de Belo Horizonte pleiteando indenização no valor de R$200.000,00, por ter sido incluído, de forma fraudulenta, no quadro societário do Frigorífico Boi Bom. A referida fraude foi realizada na Junta Comercial do referido Estado e causou inúmeros transtornos ao autor. O juiz da 05ª Vara Fazendária, ao receber a inicial, constatou que existem vários julgados do STJ contrários aos interesses do autor e julgou improcedente liminarmente o pedido, antes mesmo de citar o réu. José, advogado de Pedro, diante da decisão procurou dois especialistas em Direito Processual Civil para obter um parecer sobre o caso.
O primeiro especialista apresentou parecer favorável a interposição de recurso, pois a improcedência liminar viola o princípio da inafastabilidade da tutela jurisdicional (art. 5º, XXXV, da CF/88), inviabilizando o amplo acesso à justiça.
O segundo especialista apresentou parecer no sentido de que embora haja a garantia constitucional da inafastabilidade da tutela jurisdicional, admite-se a limitação dessa garantia em algumas hipóteses definidas em lei sem que haja violação do texto constitucional.
a) considerando a divergência entre os especialistas, qual é o parecer mais adequado de acordo com a jurisprudência e a doutrina?
R: O parecer mais adequado é o segundo. Pois não viola os princípios do contraditório e ampla defesa uma vez que não há qualquer prejuízo para o réu. (Art.332, CPC). Tal entendimento já encontrava abrigo no (CPC/73 no art. 285-A).
b) existe diferença entre Improcedência Liminar do Pedido e Indeferimento da Petição Inicial?
R: Sim. A diferença se dá pelo fato que na improcedência liminar do Pedido a extinção é com resolução de mérito, e no Indeferimento da Petição a extinção é sem resolução de mérito.
Caso Concreto 03
1- O Banco BMD ajuizou ação de cobrança em face de Antônio sob o fundamento de que o réu não efetuou o pagamento da quantia de 15.000,00 referentes a um empréstimo realizado. Após a realização infrutífera da audiência de conciliação, Antônio pretende, através de seu advogado, alegar que: a) não reconhece a dívida vez que o empréstimo já foi quitado; b) a devolução em dobro do valor pago indevidamente, vez que o banco cobrou número de parcelas maior do que o acordado; c) a incompetência territorial do juízo e d) o impedimento do juiz. Diante da situação acima indaga-se:
a) Quais as modalidades de resposta do réu devem ser utilizadas pelo advogado do réu?
R: O patrono do réu deverá utilizar como resposta a peça de contestação integrando nesta a propositura de reconvenção (Art. 343. CPC), que devem ser apresentadas em até 15 dias úteis, a contar o termo inicial conforme artigo 335 do CPC.
b) Caso o réu pretenda alegar sua ilegitimidade para a causa, como deve proceder?
R: O réu deverá alegar a sua ilegitimidade passiva na ação proposta na preliminar de mérito de sua peça de contestação. (Artigo 337, inciso XI do CPC). Com isso, o magistrado facultará ao Autor, no prazo de 15 dias úteis, a oportunidade de substituição do polo passivo da demanda.
c) quais os significados dos Princípios da Eventualidade e Ônus da Impugnação Específica para fins do momento processual dos artigos 335 e seguintes do CPC?
R: O PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE, também chamado de princípio da concentração, significa que é na contestação a oportunidade do réu alegar (concentrar) todo o arsenal de argumentos de defesa que na ocasião possui, ainda que sejam alternativos, ou de certa maneira incoerentes entre si, sob pena de preclusão, e com isso a impossibilidade de se trazer outro argumento de defesa no decorrer do feito. (Art. 336 CPC).  O ÔNUS DA IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA pertence ao réu, em outras palavras, é um rebatimento proposto por ele, uma vez que o mesmo deverá refutar, de modo preciso, toda a alegação trazida pelo Autor, sob pena de se ter como fato incontroverso as argumentações não rebatidas. (Art. 341, CPC).

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