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Técnicas em Terapias Capilares I Importância dos Aminioácidos

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UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA
Aline Calzeta do Nascimento
Francieli T. Costa Beber
Maria Eduarda B. Meneghini
Natali Mengue Rocha
Roberta Maier
TÉCNICAS EM TERAPIAS CAPILARES I 
A IMPORTÂNCIA DOS AMINOÁCIDOS
Prof.ª Vanessa Greiciele Heller
CRUZ ALTA – RS, 2018
O QUE SÃO AMINOÁCIDOS
Os aminoácidos são blocos que formam as proteínas, sendo classificados em essenciais e não essenciais. 
Enquanto o primeiro grupo não é produzido pelo corpo e precisa ser obtido através da dieta, os aminoácidos não essenciais são sintetizados naturalmente pelo próprio organismo.
IMPORTÂNCIA DOS AMINOÁCISOS PARA OS CABELOS
Os aminoácidos são importantes para o fio de cabelo, pois a estrutura dos fios é 85% (oitenta e cinco por cento) formada por um tipo de proteína, chamada de queratina - que dá força e resistência às fibras capilares, que por sua vez é formada por diversos tipos de aminoácidos, que são absolutamente fundamentais para a saúde, força e beleza dos fios.
 	Os aminoácidos ajudam a produzir os glóbulos vermelhos que fornecem as vitaminas essenciais para os folículos pilosos. 
A reposição de aminoácidos é essencial para recuperar os danos capilares, já que quanto maiores os danos, menores as quantidade de proteína nos fios.
Estando os fios frágeis, secos, finos, quebradiços, elásticos e sem vida, a suplementação é indicada e apresenta bons resultados com o uso contínuo.
Além disso, essa reposição é extremamente indicada para tratar as quedas de cabelo, desde as que são causadas por estresse até as que possuem causas genéticas.
As principais funções dos aminoácidos são:
Construção de novos tecidos no corpo, como nos músculos, unhas ou órgãos;
Inibição do catabolismo, o que previne o uso de massa magra como fonte de energia;
Regulamento da síntese hormonal e uma série de processos metabólicos corporais;
Atuar como matéria prima na construção de proteínas no corpo.
Existe uma série de benefícios na ingestão adequada de aminoácidos, entre os principais podemos citar:
Fortalecimento das unhas, cabelos e pele;
Regeneração de tecidos;
Estabilização;
Manutenção de funções corpóreas básicas;
Alívio de estresse;
Crescimento e desenvolvimento tecidual.
ASPARGINA
A asparagina é considerada um aminoácido não-essencial. Isso quer dizer que os seres humanos sintetizam doses ideais dela, em que o fígado é capaz de produzir toda a asparagina que o corpo necessita.
Este aminoácido é responsável por uma série de importantes funções em todo o organismo, atua diretamente no sistema nervoso, sendo responsável por manter a saúde do cérebro, cuidando das células nervosas promovendo o equilíbrio emocional. 
Além do mais, é a asparagina que faz o transporte do nitrogênio para diferentes partes do corpo, metabolizando a amônia. Ademais, contribui para a formação e manutenção de ossos, pele, unha e cabelo.
Quando o fígado não produz o nível necessário de asparagina e não temos reservas advindas da alimentação, o sistema nervoso é rapidamente afetado, podendo causar dores de cabeça, maior irritabilidade, e até mesmo esquecimentos constantes.
 	A asparagina é encontrada em alimentos ricos em proteína, seja ela animal ou vegetal. 
Boas fontes de asparagina são:
Laticínios, como leite, queijo, iogurte;
Carnes bovina, suína ou de frango;
Frutos do mar, como camarão, mariscos, moluscos e peixes;
Ovos;
Vegetais: aspargo, brócolis, cacau e raízes, como a batata, cenoura e cebola;
Grãos, incluindo o café, o trigo e os derivados da soja, e as castanhas.
CISTEÍNA
Cisteína é um aminoácido achado principalmente em proteínas na glutationa. Se exposto ao ar ou em certas condições fisiológicas, sofre oxidação e vira cistina, sendo esta composta por duas moléculas de cisteína.
A cisteína é o principal elemento da queratina do cabelo, ou seja, é fundamental para manter o crescimento e a beleza dos fios. Cabelos longos, sedosos, nutridos e com brilho dependem deste aminoácido, que faz ligação com outras proteínas para formar os fios.
Além da produção da cisteína por nosso corpo, ela é encontrada no leite, ovos, carne vermelha, aves, queijo, iogurte, grãos e vegetais.
Há também a cisteína sintética em comprimidos. Ao ser ingerido, o aminoácido é liberado no sangue e absorvido pelo couro cabeludo, chegando a uma estrutura chamada de haste capilar.
Existem ainda produtos como máscaras e condicionadores com este aminoácido na fórmula, feitos especialmente para aplicar a cisteína diretamente nos fios e deixá-los mais cuidados.
Benefícios da cisteína para os cabelos:
 Promove o alinhamento uniforme das cutículas;
 Permite brilho mais intenso e duradouro;
 Favorece o crescimento do cabelo;
 Ajuda a reduzir o volume dos fios, deixando seu aspecto mais disciplinado e equilibrado;
 Auxilia na reestruturação e fortalecimento capilar.
FENILALANINA
Consiste em um grupamento fenil ligado a alanina, faz parte do grupo dos aminoácidos aromáticos são hidrófobos, e tendem a se situar no interior de proteínas. Ela é considerada um aminoácido essencial porque o organismo não a consegue sintetizar.
A fenilalanina serve para compor a célula do corpo humano, além de ser um componente essencial dos tecidos corporais, sendo importante ingerir uma quantidade suficiente na alimentação para que o organismo fique equilibrado e produza adrenalina e tirosina em quantidades suficientes para a saúde do organismo, pois estão envolvidos em uma série de reações bioquímicas importantes.
É o aminoácido ligado diretamente a melanina, dando cor a pele e cabelos, pois participa da síntese de tirosina. A cor dos cabelos resulta da atividade dos melanócitos que produzem grânulos de melanina nos melanossomos, sintetizando a partir da tirosina, que através dos ceratinocitos nos queratinocitos irão formar o córtex do cabelo.
. Eumelanina: síntese a partir da oxidação da tirosina pela ação da tirosinase;
. Feumelanina: oxidação da tirosina e cisteína.
Alimentos fontes de Fenilalanina:
Carnes de todos os tipos: carnes vermelhas, frango, peixes e mariscos;
Derivados de carne: linguiça, bacon, presunto, salsicha, salame;
Vísceras de animais: coração, tripas, moela, rins;
Leite e derivados, inclusive alimentos que contenham leite como ingrediente;
Adoçantes com aspartame;
Ovos;
Oleaginosas: amêndoas, amendoim, noz-pecã, castanha-de-caju, castanha do Pará, avelã, pistache, pinhão;
Farinha de trigo e alimentos que a contenham como ingrediente;
Leguminosas: soja e derivados, grão de bico, feijão, ervilha, lentilha;
Alimentos industrializados ricos em ingredientes que contêm fenilalanina, como achocolatado, gelatina, biscoitos, pães, sorvetes.
GLICINA
Glicina tem o nome derivado do grego glykos que significa doce. A glicina é um aminoácido que ajuda a fornecer para o corpo a glicose que ele necessita para realizar todas as suas funções metabólicas. Além de ser importante para o fornecimento de energia para as células, a glicina ainda tem papel de destaque no crescimento muscular, funcionamento cerebral, sono e na digestão.	
A glicina é um dos 22 aminoácidos dos quais necessitamos para nos mantermos vivos, e como é sintetizada pelo próprio organismo, ela é conhecida como um aminoácido não-essencial. Ainda que seja não-essencial, é possível obter glicina através de uma dieta que inclua proteínas de origem animal, cereais e algumas verduras e legumes.
 É importante lembrar que o fio de cabelo tem uma estrutura de 85% formada por um tipo de proteína chamada queratina, que por sua vez é formada por 19 tipos de aminoácidos. Entre eles a Glicina, com presença de 3 a 3,5% na constituição do fio de cabelo. Ela ajuda na fabricação de outros aminoácidos, é necessária para a conservação da pele e cabelos, pois tem ação antioxidante. É usado em cosméticos para tratamento contra dermatites e antialérgico.
Sendo um dos aminoácidos mais versáteis, a glicina é indispensável para uma série de processos metabólicos; níveis adequados do aminoácido estão associados a uma série de benefícios não só à boa forma como tambémpara a saúde. Como regulação dos níveis de glicose e insulina no corpo, aumento dos níveis de hormônio de crescimento, síntese de creatina e ação antioxidante, sendo que um 1/3 do colágeno é composto por glicina.
As principais fontes de glicina são: 
Peixe, frango e carne bovina com baixo teor de gordura;
Queijo light, leite e iogurte desnatados;
Ovos;
Lentilha, feijão, grão de bico;
Amaranto, gérmen de trigo, aveia, arroz integral, quinoa;
Couve, brócolis, abóbora, espinafre, milho, aspargo, alface;
Gelatina sem sabor;
Proteína isolada de soja;
Sementes de abóbora;
Algas marinhas.
Curiosidade:
	A glicina foi descoberta na atmosfera do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, pela sonda europeia Rosetta.
HISTIDINA
 A histidina pertence ao grupo de aminoácidos semiessenciais, pois geralmente os seres humanos sintetizam doses ideais dela, exceto em fase de crescimento.
A histidina é importante para o crescimento e regeneração de diversos tecidos, entre eles o muscular. O aminoácido também atua na manutenção das células cerebrais e se converte em histamina, um composto envolvido nas respostas imunológicas do corpo.
Este aminoácido é encontrado abundantemente em hemoglobina e é usado no tratamento de artrite reumatóide, alergias, úlceras e anemia. 
A histidina, também importante para a manutenção de bainhas de mielina que protegem as células nervosas, é necessária para a produção de glóbulos vermelhos e brancos no sangue, protege o corpo contra danos causados ​​pela radiação, reduz a pressão arterial e ajuda na remoção de metais pesados ​​do corpo.
Lista de alimentos ricos em histidina:
trigo integral, cevada, centeio;
nozes, castanha-do-pará, castanha-de-caju;
cacau;
ervilha, feijão;
cenoura, beterraba, berinjela, nabo, mandioca, batata.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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