Buscar

Fundamentos Psicomotores

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

�PAGE �
UNIFENAS - Faculdade de Psicologia - Campus de Varginha
Disciplina: Psicomotricidade
Docente: Flaviana Néias Bueno
ORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA SENSÓRIO - MOTORA
Esta expressão nomeia: Fase evolutiva (cognitiva e psicomotora)
 Processo adaptativo;
 Vivência de prazer.
Ponto de vista neurológico:
Diz respeito à evolução maturativa da função motora. A função motora delineia-se pela interação de três sistemas:
- Piramidal: origina-se no córtex cerebral. É responsável pelos movimentos voluntários; movimentos estes que são liberados e planejados decorrentes de um ato de von​​tade.
- Extra-piramidal: origina-se no córtex cerebral e no córtex cerebelar. É responsável pelos movimentos automáticos e regulação do tô​nus e da postura (pro​​​move o suporte pos​tural aos mo​vi​mentos voluntários).
- Cerebeloso: sistema responsável pelo equilíbrio, postura e harmonia dos movimentos voluntários e involuntários. Intervém em relação à isostenia (igualdade e equilíbrio da força necessária para executar ou bloquear o movimento - esta capacidade é treinável). Na infância é essencial conscientizar a criança em relação ao movimento se não pode levar à realização errada de movimento, como andar, escrever, etc.
A integração destes 3 sistemas determina a atividade muscular, que desempenha duas funções: função cinética (movimento) e função postural (tensão/distensão – origem do movimento).
- Maturação Nervosa:
A noção de maturação nervosa é uma das mais fundamentais para se explicar o processo de aprendizagem. Em função da maior complexidade de seu sistema nervoso, o ser humano nasce em estado de prematuração e incompletude neurológica. Para alguns pesquisadores a causa desta incompletude é a ausência de mielinização de inúmeras fibras nervosas, cujo processo só se completa mais tarde.
O conhecimento da célula nervosa é essencial para entender o funcionamento do sistema nervoso e seus processos maturacionais, pois os neurônios são dotados de extensa plasticidade e adaptabilidade, o que lhes permite serem os grandes responsáveis pelos sistemas de informação e comunicação dos seres vivos. Os neurônios são compostos por 3 partes: dendritos, axônio e corpo celular. Quando o corpo celular envia uma mensagem, cabe ao axônio conduzi-la até o dendrito do próximo neurônio para fazer a sinapse. Para que o axônio consiga transmitir a mensagem ele precisa estar maduro. Torna-se maduro quando é envolvida por uma camada de gordura e proteína denominada mielina. A função da mielina é possibilitar que impulsos elétricos sejam transmitidos de forma saltatória, permitindo que a resposta a um estímulo aconteça de forma mais veloz. O processo de mielinização acontece no tempo, de modo que diferentes neurônios se mielinizam em épocas distintas do desenvolvimento do organismo. Esse fato fornece embasamento para a compreensão das teorias que descrevem as fases evolutivas da criança, como os estágios de Jean Piaget.
Compreende-se assim, que os padrões neuromusculares que sustentam o desenvolvimento cinesiológico do ser humano se estabelecem durante os primeiros anos de vida e particularmente nos doze primeiros meses. É durante esse tempo que o processo perceptivo (a forma em que a pessoa percebe) e o processo motor (a forma em que a pessoa age no mundo) se estabelecem. Inicialmente, os processos perceptivos e motores não estão separados. Então, movimento é percepção. Enfim, o recém-nascido é maduro para receber estímulos – tônus e sensações – e imaturo para organizar suas respostas motoras.
- Desenvolvimento Psicomotor
O crescimento, desenvolvimento e as funções psicomotoras são adquiridos numa ordem constante desde a vida intra-uterina, de acordo com Leis de maturação neurológica: 
1º Lei: Céfalo-caudal (do latim da cabeça ao rabo): rege a aquisição da postura bípede. O desenvolvimento é ordenado e previsível, onde as primeiras aquisições se iniciam na região da cabeça e evoluem em direção aos pés. O sistema nervoso também se desenvolve dessa forma.
2 meses: a cabeça se torna reta e estável
3 meses: controle cervical
4 meses: levanta a cabeça e o tórax estando de bruços
5/6 meses: senta com apoio
7/8 meses: senta sem apoio
9 meses: engatinha, levanta e senta
9/10 meses: fica em pé com apoio
11/12 meses: anda com ajuda
1 ano: caminha sem ajuda.
 Logicamente, o desenvolvimento não é rígido e é natural a variação de criança para criança.
2º Lei: Próximo-distal (do latim de perto para longe): segue a direção da região central para as extremidades. O controle processa-se do tronco para braços, mãos e dedos.
Considerações:
- Para Wallon a cognição está alicerçada em quatro campos funcionais, quatro categorias de atividades cognitivas específicas. Os campos funcionais são: motricidade, as emoções, a personalidade e a inteligência. A motricidade nada mais se refere o movimento, o qual para Wallon é a origem da inteligência. Essa teoria tem como foco a psicogênese da pessoa, mais precisamente, o campo da consciência na fase inicial da vida. O ato motor (movimento) é considerado o primeiro sinal de vida psíquica (ato mental), sendo que o ato mental desenvolve-se a partir do ato motor. Além disso, mostrou o papel relacional e social da motricidade: “as funções tônico-posturais transformam-se em funções de relação gestual e corporal que orientam as bases do futuro relacional e emocional da criança”.
- Segundo o psicólogo Esteban Levin (2000), as funções tônico/posturais que o ser humano desenvolve nos seus primeiros meses de vida se transformam em funções de relação gestual e corporal, que sustentam seu futuro relacional e emocional num interjogo dialético biológico e social. Essa mesma conceituação
do desenvolvimento sensório - motor é situada por Piaget dentro do “primeiro estágio” (0 a 2 anos), essencial para o desenvolvimento da assimilação e acomodação como modo de adaptação ao contexto e de aquisição da inteligência prática na criança. Levin (2000) propõe entender esta etapa do desenvolvimento sensório-motor, não como estágio cognitivo do desenvolvimento, nem como padrão neuromotor, mas sim como “cenas estruturantes da motricidade, a gestualidade e o corpo de um sujeito durante a primeira infância”. 
- Quando o bebê nasce é totalmente imaturo neurologicamente a nível motor. Esta imaturidade resulta do fato de que as vias aferentes (do meio para a criança) estão mielinizadas e então podem captar e receber estímulos, mas as vias eferentes (da criança para o meio) não estão mielinizadas, não encontrando-se maduras para responder motoramente ao estímulo dado. Esse estado de imaturidade motora leva a que a criança esteja madura tonicamente para receber estímulos, mas seja imatura no aspeto motor para organizar e ordenar suas respostas. Portanto, necessariamente, é o Outro quem lhe outorga um sentido possível ao sensório motor. A estrutura sensório-motora implica, desde a origem, na intervenção cênica do campo do Outro como horizonte humanizante da criança, que investe as funções corporais de desejo e de sentido. Ao fazer este investimento pulsional, o Outro se torna o espelho no qual a criança se identifica e se aliena.
Não podemos compreender a ação psicomotora como um espelho em si ou para si, pois para estruturar-se necessita do espelho que o identifica, confronta e aliena com esse Outro (materno) através do qual poderá refletir-se numa cena onde se ative sua função de filho (…). Se nos determos no reflexo de sucção, observaremos que ali o sensório motor está atuando de um modo automático e anônimo. O que torna-o
um verdadeiro ato subjetivante é a cena que o outro monta. Nesta cena, a mãe investe libidinalmente o reflexo ao tocar, olhar, segurar o bebê acomodando sua postura e falar com ele. Já não se trata mais do reflexo de sugar, mas do ato cênico de amamentar (LEVIN, 2000). O prazer sensório-motorestá no leite ou na cena? Ele está na ação, mas também na representação, no contexto simbólico desta cena. Representação psicomotora: põe em jogo a sensibilidade interoceptiva, proprioceptiva e cinestésica, enlaçando-as com a inscrição psíquica do prazer simbólico que o contexto comporta.
Prazer sensório-motor: - prazer em si/por si que a criança produz pelo fato de se mover; - marca incorporada como amarração entre a estruturação subjetiva e o desenvolvimento psicomotor.
- Reflexos do bebê: são respostas automáticas e involuntárias a um estímulo sensorial. O estímulo chega ao órgão receptor, é enviado à medula através de neurônios sensitivos ou aferentes (chegam pela raiz dorsal). Na medula, neurônios associativos recebem a informação e emitem uma ordem de ação através dos neurônios motores (saem da medula através da raiz ventral). Os neurônios motores ou eferentes chegam ao órgão efetor que realizará uma resposta ao estímulo inicial. Esse caminho seguido pelo impulso nervoso e que permite a execução de um ato reflexo é chamado arco reflexo. Ao investi-los, o Outro os dosa, outorga-lhes sentido, compreende e interpreta como se fossem gestos portadores de um dizer.
- Gestos do bebê: os bebês falam através do corpo. Seus gestos são diálogos silenciosos à linguagem verbal, mas riquíssimos em comunicação corporal. Aprender a ler e interpretar a comunicação corporal contribui para criar um ambiente de compreensão mútuo, pois ignorar essa conversa significa calar a voz natural do bebê. Os gestos supõem uma resposta motora com sentido; é um movimento dado a ver ao Outro. Gestos são movimentos produzidos ante a demanda do Outro. Implica que o Outro suponha que o bebê dispõe de um saber sobre seu fazer.
- Aprendizagem e experiência: 
Diversas teorias tentaram explicar a influencia da experiência e aprendizagem na evolução motora da criança. Sendo algumas delas:
Reflexo condicionado: segundo esta teoria, um tipo de resposta ou reação dado frente a um estímulo pode ser aprendido/condicionado para aparecer frente a outro estímulo. Para isto, os dois devem ser estímulos são associados e, depois, deve-se substituir o primeiro pelo segundo. A repetição é a chave deste aprendizado. Para explicar a aprendizagem das condutas pelo arco-reflexo, a teoria associacionista analisa todas as condutas, decompondo-as em seus elementos mais simples. Então, justapõe os elementos de base, no tempo e no espaço, forjando as ligações (leis de associação) que regem as aprendizagens. Para forjar a aprendizagem de uma determinada conduta, usa a repetição e a contigüidade como elementos fundamentais.
Aprendizagem é o determinante de toda modificação de comportamento que resulta da experiência, da prática ou, ainda como determinante de um potencial de respostas através do qual há predisposição para modificação de comportamento. Pellegrine (apud Gallahue) diz que a aprendizagem motora é uma melhora significativa no desempenho, tem sua inferência na capacidade do indivíduo executar uma determinada tarefa, melhora essa que ocorre em função da prática.
Segundo Cidade et al (sd) define aprendizagem motora, enfatizando os seguintes aspectos: a) a aprendizagem resulta da prática ou da experiência; b) a aprendizagem não é diretamente observável; c) as mudanças na aprendizagem são observadas nas mudanças na performance; d) a aprendizagem envolve um conjunto de processos no sistema nervoso central; e) a aprendizagem produz uma capacidade adquirida para a performance; f) as mudanças na aprendizagem são relativamente permanentes. A aprendizagem motora, portanto, dá-se por meio de uma combinação complexa de processos cognitivos e motores.
As experiências motoras da criança são decisivas na elaboração progressiva das estruturas que aos poucos dão origem às formas superiores de raciocínio, isto é, em cada fase do desenvolvimento, ela consegue uma determinada organização mental que lhe permite lidar com o ambiente. Pode-se assim dizer que, em termos de evolução, a motricidade é uma condição de adaptação vital. Sua essência reside no fato de nela o pensamento poder manifestar-se. A pobreza de seu campo de exploração irá retardar e limitar a capacidade perceptiva do indivíduo. A experiência como uma prática que conduz a mudanças significantes na execução do desempenho da habilidade.
Conduta motora é o nível de comportamento que essencialmente determinado pela antecipação e validação; a conduta é um querer comportar-se.
Momentos do Desenvolvimento Motor: O aparecimento de uma função psicomotora, ou seu desaparecimento e/ou inibição, repercute na totalidade da organização psicomotora.
Leis gerais:
Paralelismo: existe um paralelismo entre a evolução motora e a intelectual, em função da proximidade das células corticais motoras e intelectuais.
Lei da diferenciação: ao longo do desenvolvimento, a motricidade aperfeiçoa-se progressivamente, diferenciando-se em atividades mais localizadas e finas.
Lei da variabilidade: cada transformação do conjunto motor é precedida por progressões rápidas, estagnações e regressões.
Fases do desenvolvimento: em cada fase do desenvolvimento psicomotor ocorrem três momentos:
- Período de inovação: uma possibilidade é descoberta e experimentada.
- Período de integração: os novos dados são integrados e expressos numa atividade motora adaptada.
- Período de equilíbrio: período de estabilidade que logo é rompido por novas aquisições e progressos (reorganizações).
Principais Etapas da Evolução Psicomotora:
As obras de Piaget e Wallon enfatizam o papel da motricidade no desenvolvimento cognitivo e emocional, frisando a interação constante que liga a motricidade à afetividade.
Para Piaget, a construção de novos esquemas a partir de elementos inatos constitui o fator mais importante durante os primeiros meses de vida. Após utilizar estes reflexos, a criança os combina compondo esquemas elementares pelo quais coloca em ação duas ou mais combinações adquiridas destes esquemas. Progressivamente a experimentação se interioriza e a criança torna-se capaz de prever o resultado de cada uma de suas ações sem ter que realizá-la na realidade.
Por sua vez, Wallon precisou o papel que as aquisições motoras e a afetividade desempenham no desenvolvimento individual:
Preensão: a capacidade manual desenvolve-se, gradativamente, através dos sistemas sensórios-motores. O desenvolvimento segue uma seqüência ordenada e previsível baseada no amadurecimento neurológico e nas oportunidades oferecidas ao bebê (este adquire a precisão da pinça fina até cerca de 12 meses de idade). Para observar a preensão deve-se criar um ambiente que permita que a criança inicie e organize movimentos propositais para um aprendizado motor, através de vários brinquedos e objetos com formas, tamanhos,pesos e espessuras diferentes. A preensão não é um ato isolado, mas sim dependente, entre outros fatores, da percepção visual e da capacidade motora global da criança.
Marcha e a locomoção: a marcha tem uma lenta evolução que parte dos movimentos globais do RN até atingir realizações motoras precisas e hábeis. Sua aquisição proporciona independência ao indivíduo. Entretanto, trata-se de uma vitória cujo preço a criança deve pagar. Ao mesmo tempo em que, ao andar, a criança pode anular a distância que a separa do objeto desejado, para chegar à marcha independente ela deve consentir em fazer vários esforços: durante muito tempo a manutenção do equilíbrio será delicada, o erguimento de seu próprio peso será penoso e as quedas e a fadiga o ameaçarão. Por outro lado, a marcha independente permite-lhe ser autônoma e se apossar do espaço tridimensional. Uma vez que a locomoção está investida de considerável carga afetiva, sua aquisição não é só um processo de maturação nervosa, mas coloca em jogo a imagem que a criança tem de si ou a que ela quer dar aos outros. O momento em que se dá a aprendizagem da marcha propicia numerosas trocas afetivas entre a criança e os adultosque a cercam. Por isso, a atitude da mãe ou do pai em relação à marcha e aos “perigos” que a cercam (quedas, desequilíbrios, distanciamento, etc) será inibidora ou estimulante para a criança. A inquietação, a ansiedade, a angústia ou a rigidez dos pais poderá colorir de culpabilidade os movimentos da criança e bloquear ou inibir suas realizações.
Lateralização: vem de um termo em latim e quer dizer “lado”. É uma especialização dos hemisférios cerebrais, que permite ao homem a realização de ações complexas, motoras, psíquicas e o desenvolvimento da linguagem. A lateralização é a capacidade que a criança tem de se locomover para os lados, tanto para o lado esquerdo quanto para o lado direito. É o movimento que permite à criança encontrar um conjunto de relações; sujeito, as coisas e o espaço, necessárias em seu desenvolvimento motor, dando a condição à criança de aprender a perceber e a observar o vivido, o operatório e o mental (Ferreira Neto, 1999). A lateralização se relaciona diretamente a lateralidade que está em função de um predomínio que outorga a um dos dois hemisférios a iniciativa da organização do ato motor, que desembocará na aprendizagem e a consolidação das praxias. Esta atitude funcional, suporte da intencionalidade, se desenvolve de forma fundamental no momento da atividade de investigação, ao largo da qual a criança vai enfrentar-se com seu meio. A ação educativa fundamental para colocar a criança nas melhores condições para aceder a uma lateralidade definida, respeitando fatores genéticos e ambientais, é permitir-lhe organizar suas atividades motoras (ROSA NETO, 1996).
Esquema corporal: É conhecimento e a tomada de consciência da corporeidade, quanto as diferentes partes, usos, utilidades e diferentes formas de se expressar o corpo em relação a si próprio, ao outro e ao meio ambiente. A construção do esquema corporal não implica somente a conscientização sucessiva de elementos distintos. A elaboração e o estabelecimento deste esquema ocorrem relativamente cedo, através da experiência precoce, global e inconsciente do corpo; por sua vez, a construção de um corpo “objetivo”, estruturado e representado como um objeto físico, cujos limites podem ser traçados a qualquer momento, está submetida à temporalidade, a linguagem e, por fim, a imagem especular (trata-se da descoberta pela criança de sua imagem no espelho). 
A aquisição da imagem especular desta última ocorre entre seis e dezoito meses:
- 6 meses: a criança reconhece, frente ao espelho, a imagem de outra pessoa quando esta a toma em seus braços;
- 18 meses: reconhece a imagem dos pais e, surpresa, também reconhece sua imagem refletida no espelho. 
A partir daí, ela passa a fazer caretas diante do espelho, contorções, leva a mão ao rosto, etc., fazendo experimentações em si mesma até compreender que a imagem é sua. A aquisição da imagem especular faz com que a criança descubra que ela é visível tanto para si quanto para outrem. Ao mesmo tempo, a confronta com a questão de sua identidade, frisando uma cisão em seu próprio interior, entre seu ser e sua imagem.
	Referencias Bibliográficas:
BUENO, J. M. Psicomotricidade : Teoria & Prática – Estimulação , Educação e Reeducação Psicomotora com Atividades Aquáticas. 1º edição. Curitiba: Editora Lovise, 1998. 
CIDADE, R. E, et al. Aprendizagem Motora e Cognição em Portadores de Deficiência. Disponível em: http://www.fapendagola.org/ Acesso em: 20/11/2010.
FERREIRA NETO, C A. Motricidade e Jogo na Infância. 2ª edição. Rio de Janeiro: Sprint, 1999. 194p.
GALLAHUE, D. L. OZMUN, J. C. Compreendendo o Desenvolvimento Motor. Bebes, crianças e adultos. 2ª ed. São Paul: Phorte, 2003. 
HURTADO, J. G. G. M. Dicionário de Psicomotricidade – Guia Técnico – científico para o Terapeuta em Psicomotricidade e ciências afins. 1º edição. Porto Alegre: Editora Prodil, 1991. 120 páginas.
LE BOULCH, J. O Desenvolvimento Psicomotor do Nascimento até os 6 anos – A psicocinética na idade pré – escolar. 7º edição. Porto Alegre: Artes Médicas Editora, 2001. 220 páginas.
ROSA NETO, F. Manual de Avaliação Motora. Porto Alegre: Artmed, 1996.
PÉREZ, Gabriela. A repadronizacão: voltando às raízes para poder atuar. Disponível em: <http://www.teatro.ufba.br/gipe/arquivos_pdf/cadernosgipe/Gipe-cit%2018.pdf#page=51>. Data de acesso 05 de julho de 2011.

Outros materiais