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1 O PERFIL DO SOLO E SEUS HORIZO�TES O solo é um corpo natural, tridimensional, com características próprias, ocupando uma seção definida da paisagem. As características próprias de cada solo podem ser analisadas e descritas no perfil do solo, que é a seção vertical que se estende da superfície até o material que lhe deu origem e com dimensão lateral suficiente para observar a variação de suas características. Observando o perfil de um solo em um barranco de estrada ou na parede de uma trincheira, verifica-se que ele apresenta uma sucessão de camadas mais ou menos paralelas à superfície, diferenciadas entre si pela espessura, cor, distribuição e arranjo das partículas sólidas e poros, pela distribuição de raízes e por outras características identificadas mediante exames mais apurados. Estas camadas, diferenciadas por processos de formação do solo, denominam-se horizontes do solo. Camadas que possam ocorrer no perfil de um solo e que não sejam produto de processos genéticos não serão consideradas como horizontes do solo1. Os horizontes e camadas do solo são simbolizados pelas seguintes letras maiúsculas: O , H , A , E , B , C , F, e R. Três são sempre denotativas de horizontes: A , E e B; uma , R, é sempre indicativa de camada; O símbolo O designa seção que pode ser considerada como camada, enquanto H e F são de denotação variável. Na descrição de perfis, normalmente adicionam-se, a essas letras, outras minúsculas, e números arábicos que completam a designação dada pelas letras maiúsculas aos horizontes principais. Significado dos Principais Horizontes e Camadas: � O: Horizonte ou camada orgânica superficial, formada em condições de drenagem desimpedida (sem estagnação de água), constituindo recobrimento detrítico de material essencialmente vegetal, depositado na superfície de solos minerais. Consiste de uma manta morta de acumulação de restos orgânicos não incorporados ao solo mineral, integrada geralmente de folhas, galhos, ramos, sendo ainda reconhecíveis os fragmentos pouco ou semi-decompostos. É encontrado em solos de mata. � H: Horizonte ou camada orgânica, superficial ou não, formado por acumulação de resíduos vegetais depositados sob condições de muito prolongada ou permanente estagnação de água. Tem origem em ambientes de várzeas alagadiças ou depressões pantanosas, banhados, brejos, sendo as turfas exemplo de material dessa natureza. � A: Horizonte mineral superficial subjacente ao horizonte O ou H, de maior atividade biológica e incorporação de matéria orgânica bastante mineralizada, intimamente associada à matéria mineral. � E: Horizonte mineral resultante da perda de minerais de argila, compostos de ferro, de alumínio ou matéria orgânica, separadamente ou em combinações, com marcante influência de processos de eluviação. Situa-se geralmente abaixo do horizonte A, do qual se diferencia pela cor mais clara e, usualmente, do horizonte subjacente também pela cor mais clara e pelo teor de argila ou de matéria orgânica comparativamente bem menor. É bastante típico 1 Esse é o caso de camadas de diferentes materiais depositadas por um rio em suas margens. 2 na formação do Podzol e, comumente apresenta-se em perfil precedendo mudança textural abrupta para o horizonte mais argiloso, ou precedendo horizonte menos permeável, como em certos solos Podzólicos, Plintossolos, Solonetz Solodizado, e nos Planossolos, cujo processamento da formação leva ou pode levar à diferenciação de um horizonte de empobrecimento. � B: Horizonte mineral subsuperficial, situado sob horizonte E, A ou raramente H, originado por transformações relativamente acentuadas do material originário e/ou ganho de constituintes minerais ou orgânicos migrados dos horizontes suprajacentes. Não se caracteriza por perdas. Situa-se a salvo dos mais intensos processamentos biológicos. Em solos mais evoluídos, as mudanças produzidas por processos pedogenéticos são bastante drásticas. As transformações manifestam-se por alteração e decomposição do material de origem, neoformação de argilas silicatadas e produção de óxidos, desenvolvimento de cores brunadas, amareladas, avermelhadas, ação coloidal aglutinando material mineral decomposto, gerando estrutura em blocos, prismática, colunar ou granular. Ademais, pode processar-se enriquecimento iluvial (migração de horizontes suprajacentes) de argila silicatadas, óxidos ou matéria orgânica, associados ou não. É um horizonte dotado de propriedades pedogenéticas mais estáveis, pela posição mais protegida das inconstâncias crescentes com a proximidade da superfície, e menos vulnerável às modificações e eventuais estragos provocados pela ação humana. É muito importante, pois como em outras classificações (americana, FAO ...), é reconhecido como o horizonte de maior valor diagnóstico em nível categórico elevado para distinção de classes de solos na classificação em uso no Brasil. � C: Horizonte ou camada mineral de material inconsolidado situado sob um Solum2. É constituído por material relativamente pouco afetado pelos processos pedogenéticos, constituindo a seção na qual parte dos seus atributos manifestam-se com persistência de características litológicas (herdadas da rocha de origem). O material pode ser ou não de igual natureza daquele em que os horizontes do solum se formaram, isto é, pode ou não ser considerado um testemunho do material originário. Compreende-se como horizonte C a capa (autóctona ou alóctona) de produtos detríticos de alteração inicial das rochas de origem (saprolito e rochas semi-consolidadas) que, quando molhadas, podem ser cortadas com uma pá reta. � F: Horizonte ou camada de material consolidado sob horizonte A , E ou B, rico em ferro ou em ferro e alumínio e pobre em matéria orgânica, formado por endurecimento irreversível que se verifica em conexão com o enriquecimento de óxidos dos elementos citados (agentes cimentantes). Comumente, forma-se pela solidificação a partir de um horizonte plíntico preexistente. Pode-se configurar como seção maciça, ordinariamente englobando cavidades, eventualmente interconectadas, tubiformes, irregulares, mais ou menos verticais. Essas cavidades apresentam-se preenchidas com material terroso, não cimentado, análogo ao constituinte da seção situada acima. Ademais essa seção pode também ser formada por grande concentração de nódulos e concreções (material petroplíntico) de permeio com material terroso. O horizonte ou camada em apreço corresponde variavelmente às formações de bancos lateríticos inteiriços e bancos lateríticos 2 Solum : designação referente ao conjunto dos horizontes A e B de um perfil de solo, ou ao horizonte A, caso o perfil não contenha horizonte B. 3 (ou bauxíticos) concrecionários, correspondendo ao que nas denominações populares, é regionalmente conhecido como canga, tapiocanga, pedra-jacaré, pedra-canga. � R: Camada mineral de material consolidado que, em muitos solos, constitui o substrato rochoso, isto é, o embasamento litológico de tal sorte coeso que, quando úmido, não pode ser cortado com uma pé reta. É a rocha sã. A sua natureza é obviamente variável (composição mineralógica, textura, jazimento, mergulho etc...) na dependência das espécies de rocha que formam o substrato local. O desenvolvimento dos horizontes do solo é um processo dinâmico. Num primeiro estágio, pela alteração da rocha, forma-se uma camada de material mineral não consolidado (regolito), composta por partículas de diversos tamanhos, denominada material de origem do solo. Sobre esse material desenvolvem-se plantas e outros organismos vivos (bactérias, fungos, actinomicetos e animais superiores) que incorporam material orgânico ao mesmo. Este enriquecimento orgânico resulta na formação de umhorizonte superficial mineral, escurecido, denominado horizonte A. Em alguns locais, sobre este horizonte A ocorre deposição de resíduos vegetais e/ou animais, mais ou menos decompostos, originando o horizonte O. Em alguns solos, as partículas mais finas encontradas no horizonte A, constituídas por micelas coloidais orgânicas e minerais, podem ser translocadas em profundidade pela ação da água que se infiltra no perfil do solo. Este processo denomina-se de eluviação. Em solos onde há eluviação muito intensa, pode-se formar uma camada de cores claras com menor concentração de partículas finas (argila), abaixo do horizonte A. Esta camada chama-se horizonte E. Abaixo do horizonte A e/ou E, pode-se formar uma camada mineral pobre em material orgânico e enriquecida em argila, denominada horizonte B. A argila do horizonte B pode ser formada "in situ" ou pode ser proveniente do horizonte A. Este acúmulo de argila oriunda de horizontes superiores denomina-se iluviação. O conjunto de horizontes A e B denomina-se solum, que pode ser definido como a parte do solo que sofre a influência direta ou indireta das plantas e animais. Abaixo do horizonte B pode ocorrer uma camada de material mineral não consolidado, parcialmente alterado, onde as características dos horizontes A e B estão ausentes. Esta parte do perfil é denominada horizonte C, podendo ou não corresponder ao material de origem do solo. O substrato rochoso não alterado, sobre o qual se encontra o perfil do solo e do qual pode ou não ser proveniente, é designado pela letra R. A figura 1 ilustra perfis de possíveis solos com várias combinações mais comuns de horizontes. Estes horizontes são denominados de horizontes genéticos principais de um perfil de solo, por refletirem ação dos fatores e processos pedogenéticos que podem atuar nos diversos estágios de desenvolvimento dos mesmos. Além dos horizontes genéticos principais, normalmente ocorrem nos solos os horizontes genéticos de transição. Isto porque a linha de separação entre os horizontes dos solos nem sempre é abrupta, ou seja, as características morfológicas dos horizontes não mudam bruscamente, mas transicionam em diferentes graus de nitidez de um horizonte para outro. Assim, entre os horizontes A e B podem ocorrer os horizontes de transição AB3 e BA4 e entre os horizontes B e C, o horizonte BC5. 3 Horizonte transicional entre os horizontes A e B, com mais expressão das características do horizonte A. 4 Horizonte transicional entre os horizontes A e B, com mais expressão das características do horizonte B. 5 Horizonte transicional entre os horizontes B e C, com mais expressão das características do horizonte B. Figura 1: Perfis hipotéticos ilustrando diferentes horizontes e camadas. A) Argissolo (Podzólico Vermelho-Amarelo); B) Latossolo; C) Espodossolo (Podzol); D) Planossolo Solodizado); E) Gleissolo (Glei Pouco Húmico); F) Neossolo (Solo Litólico). De acordo com a notação atualizada, o horizonte A pode ser dividido em A1 , A2 , A3... , o mesmo ocorrendo com os horizontes B e C (Figura 1A, 1B, 1E), indicando que o horizontes, embora sejam originados num mesmo processo de gênese, podem apresentar diferenças de textura, estrutura, cor. Figura 1: Perfis hipotéticos ilustrando diferentes horizontes e camadas. A) Argissolo (Podzólico Amarelo); B) Latossolo; C) Espodossolo (Podzol); D) Planossolo Solodizado); E) Gleissolo (Glei Pouco Húmico); F) Neossolo (Solo Litólico). De acordo com a notação atualizada, o horizonte A pode ser dividido em A1 , A2 , A3... , o mesmo ocorrendo com os horizontes B e C (Figura 1A, 1B, 1E), indicando que o horizontes, embora sejam originados num mesmo processo de gênese, podem apresentar diferenças 4 Figura 1: Perfis hipotéticos ilustrando diferentes horizontes e camadas. A) Argissolo (Podzólico Amarelo); B) Latossolo; C) Espodossolo (Podzol); D) Planossolo (Solonetz Solodizado); E) Gleissolo (Glei Pouco Húmico); F) Neossolo (Solo Litólico). De acordo com a notação atualizada, o horizonte A pode ser dividido em A1 , A2 , A3... , o mesmo ocorrendo com os horizontes B e C (Figura 1A, 1B, 1E), indicando que os horizontes, embora sejam originados num mesmo processo de gênese, podem apresentar diferenças 5 Precedendo a simbologia destes horizontes podem ser acrescidos prefixos sob a forma de algarismos arábicos (antes utilizava-se algarismos romanos), para indicar descontinuidade litológica, significando que o solo a partir de determinada profundidade foi desenvolvido de material de origem diferente. O primeiro ou o superior não se numera, subentendendo-se ter algarismo arábico 1; o segundo horizonte da descontinuidade leva o número 2 e assim sucessivamente, de acordo com a profundidade (Figura 1E). Numa seqüência de horizontes como: A1, A3, B1, 2B2, 3C... tem-se uma mudança de material de origem entre os horizontes B1 e B2 e outra de B2 para C, indicando que os horizontes A1, A3 e B1 desenvolveram-se de material diferente de B2 e este, diferente de C. Linhas de pedras, variações abruptas da distribuição do tamanho das partículas do solo e mudanças acentuadas de cor são algumas das características que podem indicar mudanças de material de origem. Cada solo apresenta uma seqüência de horizontes relacionada com seu grau de desenvolvimento genético ou com modificações que o mesmo sofreu por processos diversos: por exemplo, a erosão. Assim, pode-se ter diferentes estágios com relação ao desenvolvimento do solo e que traduz numa seqüência diferenciada de horizontes. Em termos genéricos, solos: � jovens (pouco desenvolvidos) - apresentam seqüência de horizontes: A \ C \ R ou A \ R. � intermediários (regiões temperadas) - apresentam seqüência: (Oo \ Od) \ A1 \ E \ A3 \ Bs \ C \ R; � velhos (solos muito desenvolvidos de regiões tropicais) - apresentam seqüência: (Oo \ Od) \ A1 \ A3 \ Bw1\ Bw2 \ Bw3 \ C \ R Principais índices designativos: o b - horizonte enterrado (burried); o c - concreção ou nódulo endurecido não concrecionário, empregado em qualquer dos horizontes (A, E, B ou C); o d - adiantada decomposição de material orgânico. Símbolo indicativo de camada ou horizonte O ou H formados por constituintes orgânicos em avançado estado de transformação, pouco ou nada restando de reconhecível dos componentes originalmente acumulados. Ex. Od , Hd; o f - material laterítico ou bauxítico branco (plintita). Esse símbolo tem sido usado para designar horizontes que apresentam plintita6 , comumente B ou C; o g - representa fortes características de hidromorfismo ou gleização, horizonte com cores acinzentadas, azuladas, esverdeadas compondo ou não mosqueamentos. 6 Plintita: Mistura de óxidos de ferro e de alumínio, argila, quartzo e outros diluentes, constituído de material brando, e que se individualiza como manchas avermelhadas, usualmente distribuídas num padrão vesicular ou reticulado. A plintita tem a capacidade de transfromar-se em petroplintita, quando sujeita a repetidos ciclos de umedecimento e secagem. 6 Empregado em horizontes portadores de expressiva manifestação dessas cores decorrentes de processo de redução química, típicas dos solos hidromórficos, como os referidos às classes Glei húmico e Glei pouco húmico (Gleissolos). Aplica-se esse símbolo em geral aos horizontes B e C e, ocasionalmente ao horizonte E ou mesmo ao A. Ex. Cg; o h - acúmulo de húmus iluvial, ou seja, onde houve migração descendente. Notação usada, exclusivamente, em horizonte iluvial de matéria orgânica ou desta em associação com complexos organossesquióxidos amorfos (Quelatosde matéria orgânica e Fe e/ou Al). É, portanto, empregado justaposto ao símbolo do horizonte B de certos Espodossolos (Podzóis). Ex. Bh; o i - desenvolvimento incipiente. Utilizado como sufixo do símbolo B para identificar um horizonte imaturo, que se apresenta no perfil como uma seção dotada de fraca expressão de características distintivas de horizonte B, sendo constituída por material relativamente pouco transformado em comparação ao horizonte C ou a seu material originário. Ex. Bi (ocorre nos Cambissolos); o j - tiomorfismo ou desenvolvimento sob condições em que prevalecem os efeitos advindos da presença de enxofre na forma de sulfatos e sulfetos. Símbolo usado para com os horizontes ou camadas H, A, B ou C para identificar material paludoso de natureza mineral ou orgânica, ricos em sulfetos (material sulfídrico), o qual, quando oxidado, gera o horizonte sulfúrico. Serve para designar horizontes típicos dos solos tiomórficos. Ex. Cj; o k - Presença de carbonatos de cálcio ou de cálcio + magnésio. Usado com os horizontes ou camadas A, B ou C para designar a presença de carbonatos alcalino terrosos (comumente cálcio), remanescentes do material de origem, sem constituir acumulação de carbonato secundário. Ex. Ck (em Neossolos Rêndzicos); o k - Acumulação de carbonato de cálcio secundário. Usado com A, B ou C, qualificando horizonte caracterizado por enriquecimento com carbonato de cálcio (ou Ca + Mg ) acrescido com a formação do solo. Contém 15% (Peso) ou mais de CaCO3 equivalente e, no mínimo 5% (Peso) a mais que a seção subjacente ou o material de origem. Ex. Ck (em Solo Chernossolo Cálcico); o m - extremamente cimentado. Empregado para designar cimentação pedogenética irreversível, contínua ou quase contínua em seções cimentadas em mais de 90%, embora possa apresentar fendas ou cavidades. Ordinariamente usado com o C. Ex. Cm (Planossolos); o n - acumulação de sódio. Usado com H, A, B ou C para identificar saturação por sódio trocável igual ou superior a 8% da CTC. Ex. Bn (Planossolo Nátrico); o o - material orgânico mal ou não decomposto. Símbolo empregado para designar camada ou horizonte O ou H constando de acumulação orgânica em vias de decomposição, restando ainda parcialmente ou bem reconhecíveis os detritos originalmente depositados. Ex. Horizonte Oo (Espodossolo, Latossolo, ...); o p - aração (plow = lavrar, em inglês). Notação indicativa de mudanças na camada superficial usualmente atingida por aração, gradagem e demais operações de 7 preparo de solos para uso agrícola, ou outras modificações devidas ao revolvimento e mistura. Usado para a seção superficial posposto a A ou H. Ex. Ap; o r - rocha branda ou semi-intemperizada. Usado com o símbolo C para designar camada subjacente ao solum, constando de material detrítico de alteração do substrato rochoso, ou de sua capa de alteração, no qual ainda estão preservadas as feições macroscópicas da rocha mãe; vem a ser a seção de material semi- intemperizado denominada de saprolito. É de consistência semibranda, podendo ser cortada com uma pá reta. Ex. Cr ( Cambissolos, Neossolos Litólicos ); o s - acumulação iluvial de óxidos de ferro e alumínio com matéria orgânica. Notação usada exclusivamente em horizonte iluvial de complexos organossesquioxídicos amorfos. É, pois, empregado como sufixo ao horizonte B de certos podzois. Ex. Bs; o t - acumulação de minerais de argila (ton = argila, em alemão ). Exclusivo de horizonte B, para indicar relevante acumulação de argila silicatada de natureza iluvial ou concentração efetivada por outros meios. É dotado para designar o horizonte B textural de solos como os Argissolos (Podzólicos), Nitossolos (Terras Roxas Estruturadas), Chernossolos (Brunizéns Avermelhados). Ex. Bt; o v - características vérticas. Símbolo utilizado com B ou C, denotando material mineral cujo expressivo comportamento mecânico dos constituintes argilosos produz peculiares mudanças de volume, condicionadas pela variação do seu teor de umidade. Ex. Cv (Vertissolos); o w - intensa intemperização (weathering) não conjugada com acumulação de argila. Símbolo exclusivo do horizonte B para designar material mineral em estádio muito avançado de intemperização, geralmente aliado à concentração residual de óxidos de ferro e alumínio, num contexto de nula ou inexpressiva acumulação de argila em acréscimo à formada no horizonte. Usado para designar o horizonte B típico dos Latossolos (B latossólico). Ex. Bw; o x - cimentação aparente, reversível. Usado com os horizontes B e C, e para indicar a presença de seção subsuperficial relativamente compacta, adensada, com consistência dura a extremamente dura e aparentemente cimentada quando seca, mas que se abranda com umedecimento. É notação identificadora de fragipan. Ex. Cx (Neossolo Regolítico); o z - acumulação de sais mais solúveis em água fria que o sulfato de cálcio (Horizonte Sálico). Designação utilizada com H, A, B ou C. Anteriormente designado pelo símbolo “sa”. Constitui designação utilizada especialmente para horizontes de solos tais como: Gleissolos Sálicos (Solonchak), Gleissolos Tiomórficos (Glei Tiomórficos) e Organossolos Tiomórficos (Solos Orgânicos Tiomórficos). Ex. Cz. OBS. O emprego de algarismos arábicos após o conjunto de letras maiúsculas e minúsculas, indica mera repartição de um mesmo horizonte, segundo divisões assinaladas por numeração crescente em profundidade. Ex. A1 , A2 , A3 , B1 , B2 , B3 , B4 , C1 ...