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COMPLICAÇÕES DIGESTIVAS E METABÓLICAS Profª Suelen Santos Ms em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas REVISÃO ANATOMIA E FISIOLOGIA GASTROITESTINAL. ABDÔMEN AGUDO Quadro clínico abdominal caracterizado por dor, de início súbito ou de evolução progressiva, que necessita de definição diagnóstica e de conduta terapêutica imediata. CIRÚRGICO CLÍNICO ABDÔMEN AGUDO - CIRÚRGICO APENDICITE É a inflamação do apêndice; A apendicite aguda constitui a emergência cirúrgica mais comum no nosso meio; Seu diagnóstico e o tratamento cirúrgico precoce influem diretamente no prognóstico dessa patologia. ABDÔMEN AGUDO - APENDICITE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Quadro inicial – anorexia e dor abdominal mal definida referida como desconforto no mesogástrio ou região periumbilical; A partir de 6 a 12 horas de evolução, começa a ocorrer a migração da dor para o quadrante inferior direito; Associação com náuseas e vômitos; Episódios de febre; ABDÔMEN AGUDO - APENDICITE Ponto de McBurney O limite do terço médio com o terço inferior de uma linha traçada entre o umbigo e a espinha ilíaca ântero-superior. SINAL DE BLUMBERG ABDÔMEN AGUDO - APENDICITE Sinal de Rovsing: A compressão profunda do quadrante inferior esquerdo provoca dor da fossa ilíaca direita pelo deslocamento retrógrado dos gases da luz dos cólons, e consequente distensão do ceco ABDÔMEN AGUDO - APENDICITE DIAGNÓSTICO História clínica, exame físico; Exame laboratorial – hemograma; Exame de imagem – ultrassonografia de abdômen e/ou tomografia. Pontuação < 3 (índice baixo), quase exclui apendicite aguda; >7 (índice alto); Entre 4 e 6 ( índice intermediário) ABDÔMEN AGUDO - APENDICITE TRATAMENTO CIRÚRGICO Um preparo pré-operatório deve ser prontamente instituído, com avaliação clínica do paciente, dieta zero, hidratação parenteral e reposição eletrolítica, e introdução de antibióticos no pré- operatório ABDÔMEN AGUDO - APENDICITE CUIDADOS DE ENFERMAGEM Controle dos sinais vitais; Jejum pré operatório; Administração de medicamentos – analgésico e antibiótico; Não deve ser realizado lavagem intestinal; PANCREATITE AGUDA É um processo inflamatório agudo do pâncreas com envolvimento variável de outros tecidos regionais ou sistemas orgânicos. O QUE É? PANCREATITE AGUDA Em torno de 75% dos casos são causados por colelitíase ou abuso de álcool A identificação do fator etiológico responsável pela pancreatite aguda é capital no seu tratamento já que este pode determinar o tratamento e sua eliminação pode levar à resolução do quadro ou prevenção de um novo episódio. CAUSA PANCREATITE AGUDA O principal sintoma é dor abdominal; Geralmente é aguda, de instalação súbita, sem pródromos; Localizada na porção superior do abdome, com irradiação dorsal e de intensidade moderada a forte; Apresentando piora com a alimentação ou uso de álcool. Nos casos de etiologia biliar, a dor tende a ser mais localizada no hipocôndrio direito e pode ter início mais gradual, já que se confunde com a cólica biliar. MANIFESTAÇÃO CLÍNICA PANCREATITE AGUDA Alguns achados são específicos de algumas complicações da pancreatite aguda. Alterações da ausculta pulmonar podem ser indicativas do derrame pleural, comumente à esquerda, que pode acompanhar os casos de maior gravidade. A presença de equimose em flanco esquerdo (sinal de Gray-Turner) ou na região periumbilical (sinal de Cullen) são indicativos de hemorragia retroperitoneal que pode ocorrer em casos de pancreatite grave. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS PANCREATITE AGUDA Exames laboratoriais: Leucocitose e hiperglicemia moderada como resultado da resposta inflamatória sistêmica. Elevação discreta das transaminases (TGO e TGP) Caso haja elevação significativa de TGP (acima de 150 UI/l), a etiologia biliar deve ser fortemente suspeitada; Os principais exames laboratoriais no diagnóstico da pancreatite são as dosagens de amilase e lipase séricas. DIAGNÓSTICO PANCREATITE AGUDA A hiperamilasemia é o marcador clássico da pancreatite- apresenta alta sensibilidade, mas é pouco específica, já que em diversas situações - tais como insuficiência renal, parotidite, perfuração esofágica e gravidez; A dosagem da lipase sérica é considerada o exame laboratorial primário para o diagnóstico de pancreatite, já que apresenta alta sensibilidade e especificidade e se mantém elevado por vários dias, superando assim a dosagem de amilase como exame diagnóstico. DIAGNÓSTICO PANCREATITE AGUDA Exame de imagem A tomografia computadorizada - exame central na avaliação da pancreatite aguda. DIAGNÓSTICO PANCREATITE AGUDA Critérios de gravidade PANCREATITE AGUDA Suporte clínico e a suspensão da ingesta oral, já que ainda não há tratamento específico para a pancreatite. Este suporte clínico consiste em manutenção da perfusão tecidual através de reposição volêmica vigorosa e manutenção da saturação de oxigenação, analgesia e suporte nutricional. Pacientes com pancreatite aguda geralmente apresentam hipovolemia importante secundária ao sequestro de líquido - melhorar a perfusão tecidual pancreática e tentar evitar o desenvolvimento de necrose pancreática e prevenir a evolução para formas graves. TRATAMENTO PANCREATITE AGUDA Manter a oxigenação tecidual – saturação de oxigênio acima de 95%; A analgesia sendo classicamente utilizados opióides parenterais – como morfina. Nos casos de pancreatite de etiologia biliar, estes pacientes devem ser submetidos à colecistectomia ; Ressecção pancreática. TRATAMENTO PANCREATITE AGUDA Controle de sinais vitais; Controle da dor; Administração de medicamentos – Analgesia; Sondagem gástrica sob aspiração em alguns casos CUIDADOS DE ENFERMAGEM COLECISTITE AGUDA A colecistite aguda é uma doença comum em emergência, é causada pela inflamação da parede da vesícula secundária à impactação de um cálculo no ducto cístico obstruindo-o, o que causa um ataque de dor repentino e muito agudo. O QUE É? COLECISTITE AGUDA A colecistite aguda está associada à colelitíase em mais de 90% dos casos. O quadro ocorre devido à obstrução do ducto cístico por um cálculo. Colecistite aguda alitiásica - tem uma evolução mais rápida e frequentemente evolui para gangrena, empiema ou perfuração. Ocorre em pessoas idosas ou em estado crítico após trauma, queimaduras, nutrição parenteral de longa data, cirurgias extensas, sepses e a terapia com opióides também parece estar envolvida. A etiologia é confusa, mas a estase, a isquemia, a injúria por reperfusão e os efeitos dos mediadores pró- inflamatórios são apontados como causas. CAUSA COLECISTITE AGUDA Dor no hipocôndrio direito com irradiação para escápula direita e região epigástrica; Dor e pressão no hipocôndrio direito; A dor pode intensificar-se com a respiração profunda; Febre, náuseas e vômitos que podem ser biliosos. MANIFESTAÇÃO CLÍNICA COLECISTITE AGUDA Exame de laboratório e imagem O hemograma habitualmente apresenta leucocitose com desvio para esquerda. O hepatograma está alterado com elevação das transaminases, da fosfatase alcalina, bilirrubinas e amilase. A hiperbilirrubinemia pode ser devido à compressão extrínseca pelo processo inflamatório grave, pela coledocolitíase; A hiperamilasemia pode ocorrer devido à obstrução do ducto pancreático levando à pancreatite concomitante. DIAGNÓSTICO COLECISTITE AGUDA Exame de laboratório e imagem A ultrassonografia é o exame inicial e permite a identificação de alterações que não sãovisíveis no exame físico e permite uma classificação. É considerado o exame "ouro" nesses casos. DIAGNÓSTICO COLECISTITE AGUDA O tratamento é feito pela drenagem percutânea, que é curativa na colecistite alitiásica; A colecistectomia é indicada nos pacientes com colelitíase associada à colecistite aguda; hidratação e reposição de eletrólitos por via intravenosa e estabelece-se jejum; Analgesia; Antibioticoterapia - atuem sobre micro-organismos gram-negativos e anaeróbios, sabendo-se que o micro-organismo frequentemente envolvido é a Escherichia coli. TRATAMENTO COLECISTITE AGUDA Controle de sinais vitais; Acesso venoso; Controle da dor; Administração de medicamentos – Analgesia; Jejum pré operatório; Ambiente confortável etc. CUIDADOS DE ENFERMAGEM INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA A falência hepática aguda (FHA) é definida como uma lesão aguda e grave, com encefalopatia, em pacientes sem doença hepática prévia. O QUE É? A falência hepática aguda se manifesta com o desenvolvimento de encefalopatia no período de oito semanas desde o início da doença. INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA São numerosas as causas de FHA, tais como: Hepatites por vírus; Uso de medicamentos; Doenças metabólicas; Exposição a tóxicos; Isquemia e outras. CAUSA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA - FISIOPATOLOGIA A FHA leva à deficiência funcional grave do fígado Alteração de todo metabolismo hepático A capacidade de metabolização de substâncias endógenas como hormônios, bilirrubinas, vitaminas e mesmo medicamentos encontra-se depletada. Aumento nos níveis séricos de amônia - substância neurotóxica -- convulsão Alterações fatores da coagulação sanguínea, sintetizados no fígado - fator V e a atividade da protrombina O mau funcionamento das células de Kupffer - livre trânsito de micro-organismos e endotoxinas provenientes do intestino, que alcançam a circulação sanguínea. Cirrose – comprometimento da circulação hepática INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA O quadro clínico pode ser insidioso ou rápido e progressivo, levando à insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas. Os primeiros sintomas não são específicos – náusea, mal-estar, fadiga; O sintoma que mais chama a atenção é a encefalopatia, que pode aparecer antes ou depois da icterícia. MANIFESTAÇÃO CLÍNICA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA Clínico; Avaliar lesão hepatocelular – TGO, TGP Avaliação função síntese hepática – albumina, proteína total e protombina Avaliação função excretora hepática – Fosfatase alcalina e gama-glutamiltransferase ( GGT); Alteração bilirrubina; DIAGNÓSTICO INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA Terapia específica só pode ser instituída a partir da identificação etiológica da FHA; Tratamento de suporte : - Oxigenoterapia – controle dos disturbios; - Monitorização invasiva pode ser necessário necessário; - Nutrição enteral/ parenteral; - Prevenção de edema cerebral; - Casos irreversíveis – transplante hepático TRATAMENTO Controle dos sinais vitais; Monitorização hemodinâmica Repouso e nutrição adequada; Balanço hídrico rigoroso; Monitorar hemorragias; Evitar drogas metabolizadas no fígado; Uso de lactulose – evitar absorção de amônio CUIDADOS DE ENFERMAGEM INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA DIABETES DESCOMPENSADA CETOACIDOSE DIABÉTICA/ ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR É a deficiência de insulina, resultando em hiperglicemia e desidratação. Diferem entre si de acordo com a presença de cetoácidos e com o grau de hiperglicemia. CETOACIDOSE DIABÉTICA/ ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR Cetoacidose diabética Produção de ácidos graxos (lipólise) no fígado e produção de corpos cetônicos. Há cetonemia e acidose metabólica. Estado hiperosmolar hiperglicêmico. Há produção mínima de insulina, mas essa quantidade é suficiente para minimizar a produção de corpos cetônicos. Não há cetonemia, mas pode ocorrer cetonúria leve. CETOACIDOSE DIABÉTICA/ ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR É uma complicação aguda, típica dos pacientes com DM tipo I ou insulinodependentes, um conjunto de distúrbios metabólicos, que se desenvolvem em uma situação de deficiência insulínica grave, comumente associada a condições estressantes, que levam a aumento dos hormônios contra-reguladores. A cetoacidose diabética CETOACIDOSE DIABÉTICA/ ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR É uma complicação aguda, característica do diabético tipo II ou não insulinodependente, quando predominam os efeitos da hiperosmolaridade e desidratação, principalmente envolvendo o sistema nervoso central. Estado hiperglicêmico hiperosmolar QUANDO SUSPEITAR? Glicemia capilar > 250 mg/dL: hiperglicemia + cetonemia + acidemia. - População em geral mais jovem; - Fadiga, náuseas, hálito cetônico, vômitos, polidipsia, poliúria, mal-estar indefinido; - Desidratação, hipotensão, taquicardia, taquipnéia, respiração de Kusmall e hálito cetônico, alteração do nível de consciência, 30% dor abdominal Cetoacidose diabética QUANDO SUSPEITAR? Estado hiperglicêmico hiperosmolar Faixa etária maior que 40 anos, normalmente. - Quadro arrastado, poliúria, polidipsia, astenia e desidratação. A desidratação é acentuada, 25% sintomas de SNC. QUANDO SUSPEITAR? Fatores precipitantes Infecção - 30 a 50%. Tratamento irregular - 21 a 49%. Medicamentos. Gestação. Etc. CETOACIDOSE DIABÉTICA/ ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR HIPERGLICEMIA É causada por diminuição da utilização periférica de insulina, aumento da secreção hepática de glicose e diminuição de sua excreção. DESIDRATAÇÃO Aumento da filtração de glicose pelos rins. Glicose “puxa” água - poliúria CETOACIDOSE DIABÉTICA/ ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR CETOSE Lipólise – quebra de ácidos graxos como fonte de energia. Presença de corpos cetônicos – Diminuição do pH CETOACIDOSE DIABÉTICA ACIDOSE METABÓLICA Adição de H+ e remoção de HCO3 - do corpo, levando à diminuição do conteúdo de HCO3 - no compartimento EC. CETOACIDOSE DIABÉTICA Equilíbrio ácido-básico Glicemia Acidose metabólica (pH<7,2 e bicarbonato <15 mEq/L – gasometria arterial Cetonemia e cetonúria – EAS (O exame de elementos e sedimentos anormais da urina) Dosagem dos demais eletrólitos – Na+, K+, Cl- , HCO3 - , Ca CETOACIDOSE DIABÉTICA/ ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR - DIAGNÓSTICO CETOACIDOSE DIABÉTICA - Diagnóstico CONDUTA 1. Avaliação primária do paciente Prioridade • Avaliar responsividade; CONDUTA 2. Avaliação secundária do paciente Prioridade • coletar história • avaliar glicemia capilar; • monitorizar ritmo cardíaco, oximetria de pulso e sinais vitais. CONDUTA • Ao exame físico – Taquicardia • Em situações mais graves respiração de Kussmaul • A desidratação com pele seca e fria, língua seca, extremidades frias, agitação, fácies hiperemiada, tonia muscular. CONDUTA 3. Instalar acesso venoso periférico 4. Realizar abordagem medicamentosa: • Oferecer O2 suplementar se SatO2 < 94%; • Hidratação; 1000 a 1500 mL SF0,9% na 1 horas • Insulinoterapia – Casos graves venosas Casos moderados e leves – IM ou SC HEMORRAGIA DIGESTIVA HDA e HDB HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA - HDA A hemorragia digestiva alta (HDA) é definida como sangramento intraluminal de qualquer localização situada entre o esôfago superior e o ligamento de Treitz. HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA - HDA Sangramento gastrointestinal alto VARICOSO Ruptura de varizes gastroesofágica Sangramento gastrointestinalalto NÃO VARICOSO Lesão da mucosa esofágica ou gastroduodenal com ulceração ou erosão de um vaso subjacente. HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA - HDA EPIDEMIOLOGIA Hemorragia digestiva alta é condição relativamente comum com alta morbidade e representando altos custos médicos; A incidência anual é de 48 a 160 por cem mil habitantes,ocorre duas vezes mais em homens e aumenta com a idade e em áreas de menor desenvolvimento socioeconômico; A mortalidade varia de 10% a 14%. HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA - HDA ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA A doença ulcerosa péptica é a maior causa de HDA Quatro grandes fatores de risco para desenvolvimento de úlcera e HDA • O uso de anti-inflamatórios não hormonais (AINH); • Infecção pelo H. pylori; • Estresse; • Acidez gástrica HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA - HDA QUANDO SUSPEITAR? Hematêmese e melena - orienta a hipótese para sangramento do trato digestivo alto; Hipotensão postural e taquicardia; Atenção A coloração das fezes não é suficiente para determinar de forma fidedigna a fonte do sangramento - hematoquezia e enterorragia podem estar presentes. HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA - HDA EXAME DIAGNÓSTICO Endoscopia digestiva alta (EDA) logo após o paciente ter recebido ressuscitação volêmica e estar hemodinamicamente estável HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA - HDA 1. Avaliação primária do paciente Prioridades na HDA • avaliar nível de consciência; • proteger via aérea; e • considerar intubação orotraqueal, quando houver rebaixamento do nível de consciência (hipovolemia severa e/ou encefalopatia). 2.Avaliação secundária do paciente Prioridades na HDA • Monitorizar função cardíaca, oximetria de pulso e sinais vitais; • A história deve ser atenciosa nos antecedentes e na história medicamentosa do paciente. É importante investigar ocorrência de episódios prévios de sangramento e uso de álcool. 3. Instalar acesso venoso periférico 4. Realizar abordagem medicamentosa: • Oferecer O2 suplementar sob máscara não reinalante, se SatO2 < 94%; • administrar solução cristaloide para manter níveis pressóricos adequados; • administrar inibidor de bomba de prótons, se disponível. Dose inicial de 80mg IV em “bolus”; • administrar Vitamina K, se disponível, IV 10 mg em pacientes com história de uso de cumarínico ou de insuficiência hepática. ATENÇÃO • O objetivo da reposição volêmica é manter PAS > 100 mmHg • Uso de Sonda nasogástrica - é questionável; •Bloqueadores H2 e inibidores de bomba – Manter o pH maior que 6 Tratamento HDA não Varicosa • Endoscopia hemostática - substâncias injetáveis, tratamento térmico e uso de clipes; •Tratamento cirúrgico Erradicação do H. pylori AAS em dose profilática - manter uso de bloqueadores de bomba de prótons continuamente. Tratamento HDA Varicosa • A escleroterapia endoscópica e a ligadura elástica de varizes; •Balão esofágico •Tratamento cirúrgico HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA - HDB É definida como sangramento intraluminal distal ao ligamento de Treitz (ponto onde termina o duodeno e se inicia o jejuno). HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA - HDB EPIDEMIOLOGIA As causas de HDB são muito mais difíceis de ser determinadas que as de HDA, e as etiologias de acordo com a faixa etária; A taxa de mortalidade das HDB maciças é de 10% a 15%; HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA - HDB ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA Principais causas da HDB Divertículos; Anormalidades vasculares (angiodisplasias); Neoplasias(benignas e malignas); Doença inflamatória intestinal (doença de Crohn e recolite ulcerativa); Colite isquêmica e colite infecciosa HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA - HDB ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA - HDB QUANDO SUSPEITAR? Sangramento oculto: não há mudança na cor das fezes; detectado pela pesquisa de sangue oculto nas fezes; Melena: fezes de coloração preta, pastosas e com odor fétido; Enterorragia: é definida como a passagem de sangue vermelho vivo pelo reto, com ou sem fezes. HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA - HDB EXAME DIAGNÓSTICO Colonoscopia - Melhor método no pronto-socorro para diagnóstico e tratamento inicial das HDB HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA - HDB HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA - HDB 1. Avaliação primária do paciente Prioridades na HDB • avaliar nível de consciência; • proteger via aérea; e • considerar intubação orotraqueal, quando houver rebaixamento do nível de consciência (hipovolemia severa e/ou encefalopatia). 2.Avaliação secundária do paciente Prioridades na HDB • Monitorizar função cardíaca, oximetria de pulso e sinais vitais; • Coletar história; • identificar sinais de choque 3. Instalar acesso venoso periférico 4. Realizar abordagem medicamentosa: • Oferecer O2 suplementar se, se SatO2 < 94%; • administrar solução cristalóide para manter níveis pressóricos adequados; Tratamento • Cirúrgico - ressecções cirúrgicas segmentares CUIDADOS DE ENFERMAGEM Reconhecimentos dos sinais e sintomas de choque; MOVE – Monitorização, oxigênio e veia; Avaliação das vias aéreas, circulação, respiração e sinais vitais a cada 30 minutos e exame neurológico; Balanço hídrico. REFERÊNCIAS FAEL, E; SAVASSI-ROCHA, P. R. Abdome agudo não-traumático. Rio de Janeiro: MedBook, 2008. Guimarães-Filho MAC, Maya MCA, Leal PR, Melgaço AS. Pancreatite aguda: etiologia, apresentação clínica e tratamento. Revista HUPE [Internet]. 2009 [acesso em 4 set 2016]; 8(1):61-9. Disponível em: URL http://www.e- publicacoes_teste.uerj.br/index.php/revistahupe/article/view/9234/7129
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