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Projeto eva 2017

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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ
(UNOCHAPECÓ)
Curso de Graduação em Agronomia
	
Projeto de Piqueteamento para a propriedade da Família Bollis no Município de Seara– SC
DIEGO CIPRIANI
Agronomia
Planejamento Rural
Chapecó – SC, Novembro de 2017
Universidade Comunitária da Região de Chapecó – UNOCHAPECÓ 
Centro: Área de Ciências Exatas e Ambientais 
Curso: Agronomia 
Disciplina: Planejamento Rural 
Professor: Celso Zarpellon
Projeto de Piqueteamento para a propriedade da família Bollis no Município de Seara- SC
DIEGO CIPRIANI
Chapecó– SC, Novembro de 2017
INTRODUÇÃO
O projeto desenvolvido na disciplina de Planejamento Rural do curso de Agronomia da Universidade Comunitária regional de Chapecó – UNOCHAPECÓ é o terceiro trabalho gerado a partir do Estágio de Vivência Ativa, realizado na propriedade da família Bollis, na comunidade de São Valentim, município de Seara -SC. Dessa forma, o mesmo tem por finalidade através de uma análise da unidade de produção familiar e de um estudo social e econômico da mesma, implantar um projeto de investimento referente a um sistema de piqueteamento para gado de corte.
A disciplina de Planejamento Rural tem por objetivo possibilitar o entendimento da importância do planejamento para o desenvolvimento das atividades, agropecuárias e com isso garantir que essas atividades possam trazer retorno econômico às propriedades rurais. Sendo um processo amplo, permanente, para a tomada de decisão das atividades que são decorrentes na propriedade.
Como a propriedade não conta com grande extensão de terras torna-se necessário o pastejo rotacionado, as áreas são divididas em piquetes que são submetidos a períodos alternados de pastejo e descanso. A grande vantagem deste método de pastejo é proporcionar um maior controle sobre o pasto. Ele permite definir quando e por quanto tempo as plantas estarão sujeitas à desfolha, o pastejo tende a ser mais uniforme e a sua eficiência mais elevada.
JUSTIFICATIVA 
A implantação deste sistema de pastejo rotacionado proporcionará um aumento da disponibilidade de forragem na alimentação dos animais durante o todo o ano. O sistema de pastejo rotacionado tem vantagens sobre o pastejo contínuo principalmente quando há o aumento na taxa de lotação animal na área, refletindo maior produção de forragem. No entanto, é importante ressaltar, também, que qualquer que seja o sistema de pastejo poderá resultar em ótimo desempenho animal, pois o mais importante é o consumo de energia, o qual está relacionado com a disponibilidade da forragem, proporção de folhas na pastagem, digestibilidade e consumo de forragem (TEIXEIRA, 2016).
A região oeste catarinense é formada basicamente por pequenas propriedades que apresentam uma diversificação nas suas atividades e dessa forma garantem a permanência do agricultor familiar no meio rural. 
Como grande parte das propriedades rurais são de pequeno porte, as mesmas precisam investir e buscar melhorias na sua produção, ou seja, elas se veem na obrigação de aprimorar sua produção, tecnologias, buscar novos meios de produção, investir em outras atividades, e com isso beneficiar a mesma e garantir maior rentabilidade às famílias. 
É necessário considerar um problema que agrava este sistema de produção, a baixa disponibilidade de pastagem em algumas épocas do ano, forragem essa que é de extrema importância para a alimentação dos animais da propriedade. 
OBJETIVOS 
Objetivos Geral
Promover melhorias na pastagem, tamanho de piquetes, lotação de animais por piquete, garantindo alimentação de maior qualidade aos animais e maior produtividade. 
Objetivos Específicos 
Instalar na propriedade um sistema rotacionado de pastejo de animais; 
Orientar o produtor para um bom manejo de pastagens;
Menor desestruturação do solo por pisoteio; 
4. CONTEXTO DE INSERÇÃO DO PROJETO 
Para que este projeto de investimento possa ser executado na propriedade da família Bollis, inicialmente houve uma análise da unidade de produção familiar, com o propósito de buscar informações relacionadas à atividades desenvolvidas na propriedade. A busca pela diversificação da propriedade se traduziu em um planejamento de engorda de bezerros através do pastejo rotacionado. 
Dessa forma, buscando suprir a demanda de pastagem que irá ocorrer em todos os períodos do ano, a família encontrou no pastejo rotacionado um meio de minimizar o efeito de pisoteamento e falta de pastagens nos piquetes. Com isso, o produtor terá oferta de pastagem o que garantirá a mantença dos animais.
4.1 Informações sobre UP.
O presente projeto de piqueteamento rotacionado de pastagem será desenvolvido na propriedade da família Bollis, está localizada na Linha São Valentim, interior do município de Seara– SC. 
Algumas áreas de pastagens já encontram-se implantadas na propriedade e um outro montante terá a implantação de plantas forrageiras, para manter fatores como qualidade e quantidade de pastagem para atender a demanda dos animais, torna-se necessário na unidade de produção um sistema de pastejo rotacionado.
O solo na propriedade é um solo fértil, do tipo Latossolo vermelho, a área de lavoura não apresenta rochas, nas áreas de pastagem possui rochas de pequeno e médio tamanho. Na maior parte da propriedade contém solo declivoso, somente a área de lavoura é considerado plano.
O produtor tem um bom plantel de vacas leiteiras, um plantel com boa genética leiteira, no momento investe em raças para produção de leite, no futuro com a implantação do sistema rotacionado para bezerros irá investir em genética de alta conversão alimentar.
Na propriedade o abastecimento de água ocorre por poço artesiano e cisterna. As pastagens são compostas por estrela africana, baracharias e culturas anuais de inverno. Apesar disso com uma lotação maior de animais, torna-se necessário a ampliação das áreas de pastagens para suprir a demanda energética e proteica dos animais.
O abastecimento de forragens para os animais não é um problema para a propriedade atualmente, mas com demanda maior no futuro torna-se necessária a implantação de áreas com forrageiras. Para conseguir desenvolver o projeto de investimento, sendo este, o de pastejo rotacionado, a forrageira não pode ser um fator limitante. 
5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
5.1 Conceito de piqueteamento
É um sistema de manejo das pastagens que respeita tanto a fisiologia das pastagens quanto os requerimentos nutricionais dos animais que delas se alimentam. O respeito à fisiologia advém da observação rigorosa aos tempos de ocupação e de repouso das parcelas. O tempo de crescimento da pastagem, significa observar o ponto ótimo para a entrada do gado na parcela, o ponto ótimo é visto sob o ponto de vista “valor nutritivo da pastagem”, bem como das reservas acumuladas que proporcionarão um rebrote vigoroso; e a retirada dos animais da parcela se dá antes que eles possam comer os novos rebrotes e, com isso, debilitar as plantas de maior palatabilidade (CASTAGNA; ARONOVICH; RODRIGUES, 2008).
5.2 Piqueteamneto no Brasil 
Com a utilização dos seus próprios recursos, com ênfase no manejo e fertilidade dos solos dedicados à produção de forragem, com menor dependência possível de alimentação comprada e forragens conservadas, ao pecuaristas vem utilizando do sistema de pastejo rotativo.
5.3 Métodos de piqueteamenta
A montagem de um sistema de pastejo rotacionado pode ser feita aproveitando-se apenas as divisões já existentes ou redividindo-se os pastos. No primeiro caso, deve-se começar reduzindo o número de lotes de pastejo da propriedade. Por exemplo, em uma fazenda com 6 divisões de 50 ha, onde cada uma é ocupada continuamente por lotes de 50 animais, o pastejo rotacionado deve ser iniciado reunindo-se os 300 animais em um só pasto, enquanto os outros ficam vedados. Após pastejar a primeira área, todo o lote deve ser transferidopara a segunda, e assim sucessivamente, até retornar à primeira.
Apesar de ser uma medida simples e barata, geralmente há muita resistência à sua adoção devido à uma série de tabus que precisam ser quebrados. Por exemplo, o pecuarista acredita que se misturar os lotes de pastejo haverá competição entre os animais, o que irá reduzir seu desempenho. No entanto, para que os animais tenham um bom desempenho o mais importante é que a oferta de forragem esteja em níveis adequados.
Tendo a oferta de forragem em níveis adequados, deve-se tomar cuidado com o espaço de cocho de sal disponível por animal e também o espaço no bebedouro. É comum observar implantação de sistemas de pastejo rotacionado onde esses cuidados não foram observados, os animais reduzem o desempenho devido ao baixo consumo de sal e à competição por água, que nesse caso não é só em relação à quantidade, mas sim, também, devido à qualidade da água (SANTOS, 2004).
Pastoreio Racional Voisin – PRV é um sistema de manejo das pastagens que se baseia na intervenção humana permanente, nos processos da vida dos animais, da vida dos pastos e da vida do ambiente, a começar pela vida do solo e o desenvolvimento de sua biocenose (CASTAGNA; ARONOVICH; RODRIGUES, 2008). O fundamento do PRV está no desenvolvimento da biocenose do solo e nos tempos de repouso e de ocupação das parcelas de pastagens, sempre variáveis, em função de condições climáticas, de fertilidade do solo, das espécies vegetais e tantas outras manifestações de vida, cuja avaliação não se enquadra em esquemas preestabelecidos (PINHEIRO MACHADO, 2004). 
5.4 Vantagens e desvantagens do pastejo rotacionado 
No mundo todo se discute as duas formas de pastejo, rotacionado ou contínuo, bons grupos de trabalhos defendem o pastejo rotacionado, da mesma forma que outros defendem o contínuo. 
Vantagens do pastejo rotacionado:
Melhor aproveitamento da forragem;
Melhor qualidade da forragem durante o período de inverno;
Melhor conservação do solo;
Melhor administração do sistema;
Maior lotação animal;
Desvantagens:
Aumento de divisão das pastagens;
Maior acompanhamento técnico das pastagens;
5.5 Clima 
O clima da região de Seara é temperado chuvoso, de ambiente úmido, temperatura média anual, superior aos 19° C, temperatura máxima a 35° C e temperatura mínima 2° C. 
5.6 Características geográficas
O município de Seara localiza-se a uma latitude 27°08’58’’ sul e a uma longitude de 52°18’38’’ oeste, estando a uma altitude de 550 metros.
5.7 Disponibilidade de pastagens
Na história da pecuária brasileira tem sido comum a substituição de forrageiras mais exigentes em fertilidade de solos, portanto mais produtivas, por forrageiras menos exigentes, à medida que se observa a queda da fertilidade do solo. Com isso acontece um verdadeiro retrocesso, com redução de produtividade, sem evitar que com o passar do tempo, ocorra a degradação da pastagem. Nesse caso é preferível não substituir a forrageira, mas sim proceder a reposição dos nutrientes, seguida do manejo adequado da pastagem (PEREIRA; REZENDE; MORENO, 2005). 
O produtor precisa e deve manejar bem a fertilidade de seu solo e como consequência obter bom desenvolvimento das forragens. Um montante de problemas como falta de alimento são evitados através de cuidados com manejo, entrada e saída de animais de cada piquete ajuda a minimizar os problemas de rebrote.
6.0 RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS 
Buscando minimizar o impacto provocado pela falta de pastagens durante o ano, a família busca uma nova estratégia para suprir essa necessidade de alimento que acarreta em impactos negativos no desenvolvimento dos animais.
A área destinada para a instalação do projeto será em torno de 2,2 há. Na sequência são apresentadas as principais recomendações para a execução do projeto de acordo com o planejado.
6.1 Instalação do sistema de piqueteamento 
O sistema que será implantado na propriedade, é um sistema de piqueteamento rotacionado de pastagem. O bom andamento do sistema se dará pelo uso adequado, tamanho, número e lotação dos piquetes, sendo assim um sistema rotativo de pastejo.
6.2 Quantidade e qualidade da pastagem 
A quantidade de pastagem será ampliada para suprir a lotação de animais. Sendo que a cultura a ser implantada nos locais de pastejo será uma cultura perene de grama (estrela africana), definida assim pelos produtores.
6.3 Clima 
Na propriedade o clima tem uma influência grande no desempenho das culturas, uma vez que as geadas são severas e causam a diminuição do rendimento dessas culturas. 
6.4 Solo 
A propriedade conta com o sistema de plantio direto, onde as culturas são semeadas sem movimentação no solo o que permite que o solo tenha matéria orgânica e nutrientes adequados. Para implantação do sistema será realizada análise de solo com posterior recomendação e correção da acidez caso necessário. Posteriormente serão realizadas a cada dois anos, análises de solo, onde se buscam monitorar como estão os valores dos principais nutrientes do solo como fósforo, potássio, nitrogênio e também o pH, e com isso decidir a utilização ou não de calagem novamente.
6.5 Cultura 
A cultura a ser implantada será a grama estrela africana (Cynodon nlemfuensis Vanderyst). Trata-se de gramínea perene de verão (estação quente), que hibridiza naturalmente ou artificialmente. Apresenta folha típica de gramínea, com lâmina estreita, lígula membranosa e leve pubescência na região do colo. Estabelece-se por meio de rizomas, de estolões e, em alguns tipos, de sementes. Os híbridos enraízam profundamente e podem crescer de 0,40 a 0,60 m de altura (FANTANELI et al., 2009). 
Nos últimos anos as gramíneas do gênero Cynodon despertaram grande interesse na alimentação animal e formação de pastagem devido à sua facilidade de cultivo, alta produção de forragem (15 t/ha de MS), bom valor nutritivo, de 10 a 15,33% de proteína bruta e de 46 a 65% de digestibilidade (FAVORETO et al., 2008; ALENCAR et al., 2010; QUARESMA et al., 2011). As espécies deste gênero apresenta também alta taxa de crescimento, tolerância ao pastejo, alta capacidade de suporte (LIMA; VILELA, 2005).
6.6 Período de ocupação
O período de ocupação (PO), é o tempo que os animais ficam pastejando em cada piquete. A sua duração deve ser compatível com a oferta de forragem acumulada e esta é realmente quem define a taxa de lotação pretendida. Na definição do período de ocupação também deve ser observado o resíduo pós-pastejo, que deve ser adequado para garantir a rebrotação no período de descanso seguinte. O PO nunca deve exceder a 7 dias. O ideal é que fique entre 3 a 5 dias para gado de corte, dependendo da intensidade e do potencial de produção dos animais. 
6.7 Período de descanso 
O período de descanso é o número de dias em que o piquete fica sem animais pastando, ou seja, é o número de dias em que o pasto se recupera para novo pastejo (OLIVEIRA, 2006).
 6.8 Orientação sobre a rotação de piquetes 
O pastejo rotacionado permite que o produtor tenha controle sobre sua pastagem, uma vez que o mesmo pode adequar os animais a determinada área e sobre um determinado período. Esse tipo de pastejo é importante para que a pastagem tenha a capacidade de rebrotar e com isso manter a qualidade que inicialmente apresentava e o maior rendimento de MS por há. 
Além disso, também se recomenda a disponibilização de água nos piquetes, uma vez que não é necessário ficar deslocando os animais a cada determinado período para beberem água, uma vez que água nos piquetes garante menos serviço ao produtor. 
Dessa forma, o sistema de rotação de animais nos piquetes e a utilização de água nos mesmos garante que os animais tenham mais alimento por um período maior de tempo e, além disso, diminuir assim parte da mão-de-obra empregada nessa atividade.
6.9 Cálculo do número de piquetes 
Número de piquetes: Período de descanso + 1
 Período de ocupação
No caso da grama estrela africana:
Período de ocupação:3 dias
Período de descanso: 28 dias
Número de piquetes: 28/3+1: 9 piquetes
6.10 Cálculo do tamanho do piquete 
A definição do tamanho dos piquetes não é uma escolha aleatória; vários são os fatores que interferem nessa tomada de decisão. Dentre eles estão a produção esperada da planta forrageira e o consumo de forragem, que depende da categoria animal, do número de animais e da qualidade da planta forrageira (OLIVEIRA 2006).
O tamanho dos piquetes dependera de vários fatores, que devem ser conhecidos ou estabelecidos:
Número de animais
Consumo de forragem
Categoria de animal e média do peso
Produção esperada da forragem na área em questão
6.11 Orientação para divisão de piquetes
Considerando uma produção de 15,000 T/MS/Ano da grama estrela africana
2.2 há x 15000: 33000-20% perdas: 26000 Kg/MS, 8 cortes
3250 Kg MS/Corte em 9 piquetes. Então 361 Kg MS/ piquete 28 dias.
361-----------2,8
x--------------100
x: 12000 Kg peso vivo animais/180 Kg animais.
Produção de 60 bezerros.
Indica-se que em 2.2 há possam ser feitos 9 piquetes, sendo que cada piquete terá 2450 m2.
7. CRONOGRAMA DA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO
	2017
	2018
	2o Semestre
	1o Semestre
	2o Semestre
	Conhecimento do local
	Sob semeadura de pastagens de inverno 
	Avaliação produtiva 
	Projeto de divisão de área
	Fornecimento de água nos piquetes
	Avaliação de retorno econômico 
	Orçamentos
	Instalação de cercas
	**
	Coleta e análise do solo
	Avaliação de aspectos produtivos
	**
	Adequação da fertilidade do solo
	**
	**
	Plantio de pastagens de verão
	**
	**
	Levantamento de viabilidade econômica 
	**
	**
	Avaliação de aspectos produtivos
	**
	**
8. ORÇAMENTO 
	Descrição 
	Quantidade 
	Preço unitário (R$)
	Valor total
(R$)
	Palanque (2,20m). Delineamento
	130
	60,00
	7.800,00
	 Mangueira (3/4)
	300 m
	1,20
	360,00
	Arame de aço 
	25 rolos 
500 metros
	280,00
	7.000,00
	Palanque (1,5)
Interno
	130
	25,00
	3.250,00
	Eletrificador de cerca
	1
	350,00
	350,00
	TOTAL
	18.760,00
9. ANÁLISE DE VIABILIDADE
Inicialmente, antes de investir em algum projeto ou mesmo financiamento deve-se realizar um estudo da unidade de produção, esta, uma fase importante porque permite avaliar a viabilidade do projeto e assim faz com que o agricultor tenha certeza de que o investimento terá retornos e trará benefícios à propriedade. 
Por meio dessa análise, é possível que o agricultor tenha uma visão em quanto tempo terá retorno econômico, bem como, quanto terá que investir para ter algum benefício em sua propriedade, no caso, a melhoria das pastagens por meio do pastejo rotacionado. 
O maior retorno econômico será obtido através da maior disponibilidade de forragens, fato este, que garantirá que o produtor não tenha tantos custos com a aquisição de suplementos minerais e vitamínicos. Dessa forma, parte dos custos serão diminuídos, pois a pastagem terá qualidade, não necessitando adquirir suplementos, e com isso, o rendimento da produção poderá ser maior, bem como a renda para a família. 
Dessa forma, pode-se dizer que o sistema de piqueteamento é um investimento muito viável para a propriedade, uma vez que ocorrem estiagens e comprometem o desenvolvimento das pastagens, bem como o acréscimo dos custos com suplementação.
Referências
ALENCAR, C.A.B.; OLIVEIRA, R.A.; COSER, A.C.; MARTINS, C.E.; FIGUEIREDO, J.L.A.; CUNHA, F.F.; CECON, P.R.; LEAL, B.G. Produção de seis capins manejados por pastejo sob efeito de diferentes doses nitrogenadas e estações anuais. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v.11, n.1, p.48-58, 2010.
CASTAGNA, A. A; ARONOVICH, M; RODRIGUES, E. Pastoreio racional voisin : manejo agroecológico de pastagens. Niterói: Programa Rio Rural, 2008.
FAVORETO, M.G.; DERESZ, F.; FERNANDES, A.M.; VIEIRA, R. A. M.; FONTES, C.A.A. Avaliação nutricional da grama-estrela cv. Africana para vacas leiteiras em condições de pastejo. Revista Brasileira de Zootecnia, v.37, p.319-327, 2008.
FONTANELI, R.S; FONTANELI, R.S; MARIANI, F; PIVOTTO, A.C; SIGNOR, L.R; ZANELLA, D. Gramíneas forrageiras de verão. Cap. 8.
LIMA, J.A.; VILELA, D. Formação e manejo de pastagens de Cynodon. IN:Cynodon: Forrageiras que estão revolucionando a pecuária brasileira. Juiz de Fora: EMBRAPA GADO DE LEITE, 2005. p.11-32.
OLIVEIRA, P.P.A. Dimensionamento de piquetes para bovinos leiteiros, em sistemas de pastejo rotacionado. Comunicado técnico: Embrapa. Dezembro, 2006.
PEREIRA, J. M.; REZENDE, C. de P. e MORENO, M. A. R. Pastagens no ecossistema Mata Atlântica: Atualidades e perspectivas. In: Reunião da Sociedade Brasileira de Zootecnia. Simpósio: Produção Animal e o Foco no Agronegócio. 42, 2005, Goiânia. Anais... Goiânia, SBZ. p. 36-55.
PINHEIRO MACHADO, L. C. Pastoreio racional Voisin: tecnologia agroecológica para o terceiro milênio. Porto Alegre: Cinco Continentes, 2004. 310 p.
QUARESMA, J. P. D. S.; ALMEIDA, R. G. D.; ABREU, J. G. D.; CABRAL, L. D. S.; OLIVEIRA, M. A. D.; CARVALHO, D. M. G. D. Produção e composição bromatológica do capim-tifton 85 (Cynodon spp) submetido a doses de nitrogênio. Acta Scientiarum. Animal Science, v. 33, n. 2, p. 145-150, 2011.
 SANTOS, P.M; Embrapa pecuária. Sudeste Sistemas de pastejo rotacionado. 1. Divisão da área. Disponível em http://www.beefpoint.com.br/radares-tecnicos/pastagens/sistemas-de-pastejo-rotacionado-1-divisao-da-area-18549/. Último acesso em 28 set 2017.
TEIXEIRA, S. Bovinos - dicas para a implantação do pastejo rotacionado. Disponível em <http://www.cpt.com.br/cursos-bovinos-pastagensealimentacao/artigos/bovinos-dicas-para-a-implantacao-do-pastejo-rotacionado#ixzz49EIgPWYe>. Último acesso em: 25 set 2017.

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