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Caso concreto 05

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Caso concreto 05 
Quando eu tinha 18 anos minha mãe se casou com João, então com 50 anos. Por dois anos 
foram casados e felizes, mas minha mãe acabou morrendo em 2006 em virtude de um câncer 
de mama tardiamente descoberto e que lhe retirou a vida em pouquíssimos meses. Eu tinha 
um relacionamento muito bom com João e, após superarmos a morte prematura da minha 
mãe acabamos descobrindo que tínhamos muita coisa em comum. Resultado, começamos a 
namorar em 2008 e, em 2009 resolvemos casar. Fizemos todo o procedimento de habilitação 
para o casamento e, naquele mesmo ano, casamo-nos. Neste mês, no entanto, fomos 
surpreendidos por uma ação declaratória de nulidade do casamento proposta pelo Ministério 
Público que afirma que a lei proíbe o nosso casamento em virtude do parentesco. Amo João e 
depois de tantos anos juntos não posso acreditar que nosso casamento esteja sendo 
questionado. O Ministério Público tem legitimidade para propor essa ação? Depois de tanto 
tempo já casados este pedido não estaria prescrito? Nunca tive nenhum um vínculo de 
parentesco com João, como esse fato pode estar sendo alegado? Justifique suas explicações à 
cliente em no máximo dez linhas 
R= Na relação entre João e sua enteada configura o vínculo de parentesco na linha reta de 1 º 
grau por afinidade, já que ela era filha da esposa de João fruto de um casamento anterior. 
Assim sendo o casamento entre os dois é considerado nulo tendo em vista o impedimento 
previsto no art. 1521, II c/c 1595 §2º do CC, vale salientar que este parentesco não é 
desconstituído com a dissolução do casamento razão pela qual estariam impedidos para casar 
para a vida toda. Levando em consideração que o fato de haver o impedimento cabe uma ação 
declaratória por ser uma violação ou norma de ordem pública e não prescrição ou decadência. 
Ante o exposto o casamento é considerado inválido com fundamento legal no art. 1548 e 1549 
CC. Ambos poderiam manter o relacionamento, apesar de imoral, todavia, não surtiria reflexos 
patrimoniais nos termos do art. 1561 do CC.

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