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Caso concreto 06

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Caso concreto 06 
 
Um agricultor do interior do Estado, ‘humilde e ingênuo’, casou-se há dois meses com bonita 
moça da cidade que havia conhecido numa das feiras de domingo. Após alguns meses de 
namoro, casaram-se pelo regime de comunhão universal de bens (sugerido pela própria 
moça). Mas, apenas um mês depois do casamento a moça saiu de casa, alegando que o marido 
lhe negava constantemente dinheiro para comprar roupas e sapatos. Neste mês que moraram 
juntos, chegou ao ponto da moça só manter relações sexuais com seu marido se este lhe desse 
dinheiro após o ato! O agricultor, chateado com toda essa situação, conversando com algumas 
pessoas descobriu que a moça tinha casado com ele única e exclusivamente por interesse 
econômico, tinha ela interesse (declarado) não só no dinheiro do marido, como 
principalmente, em ficar com parte da chácara do agricultor que era conhecida na região por 
ser produtora de ótimos produtos artesanais como queijos e geleias. Evidenciado o mero 
interesse econômico no casamento, pode o agricultor pedir sua anulação? Justifique sua 
resposta em no máximo cinco linhas e na resposta indique o prazo para a propositura da ação 
R= Uma interpretação estrita do art. 557 do CC não há como reconhecer o mero interesse 
econômico como fundamento para anulação do casamento em razão do erro essência da 
pessoa do outro cônjuge uma vez que trata-se de rol taxativo. Entretanto há decisões do TJRJ 
reconhecendo o mero interesse econômico com justificativa para ação anulatória do 
casamento desde que seja ela proposta no prazo de 3 anos a contar da data da celebração do 
casamento na forma do art. 1560, III do CC. Ficam entendido que se trata de um erro quando a 
identidade ou a reputação do outro cônjuge. Tomando por base uma segunda linha de 
raciocínio o agricultor poderá desconstituir o seu patrimônio.

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