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fundamentos da educação 22 didatica

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FUNDAMENTOS DA 
EDUCAÇÃO
Curso de 
Complementação 
Pedagogia
Disciplina: História da 
Educação
Elaborado por:
Patrícia Cássia Duarte
Eco - Pedagoga / Ano 2007
E-mail: padu@hotmail.com
PENSAMENTO PEDAGÓGICO GREGO
Na educação grega era exigido que o ensino estimulasse as competições, 
as virtudes guerreiras para estimular a superioridade frente os povos 
conquistados. 
Os gregos deram enorme valor à arte, à literatura, às ciências e à filosofia.
A educação do homem consistia na formação do corpo pela ginástica e na 
da mente pela filosofia e as ciências, e na moral pela música e pelas artes.
Poucos aprendiam a governar, pois apenas os livres, os que tinham 
propriedade, pois os bem educados tinham de saber mandar e obedecer. 
Apenas os gregos livres tinham acesso a educação e ao diálogo, já que a 
educação naquela época, se dava através do diálogo.
A paidéia, educação integral, consistia na integração entre a cultura da 
época e a criação de outra cultura recíproca. 
Apesar da riqueza de conhecimento na educação, existia na Grécia muitas 
diferenças entre os seus habitantes. Os espartanos davam mais valor a 
ginástica e a educação moral, voltada aos interesses do Estado. 
Enquanto os atenienses existia um interesse maior pela retórica e para o 
exercício da política.
Os gregos eram educados através dos textos de Homero, que ensinava a 
virtude, o cavalheirismo, o amor à glória. O ideal homérico era de ser 
sempre melhor e conservar-se superior aos outros.
Sócrates, Platão e Aristóteles, exerceram grande influência no mundo 
grego, não esquecendo dos sofistas que eram responsáveis por ensinar a 
retórica.
O estudo era dividido em escolas que ensinavam desde a leitura do 
alfabeto até a retórica e a filosofia, passando pela filosofia e a educação 
física.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO ROMANO
Roma e na Grécia, são sociedades escravistas, onde o trabalho manual 
não é valorizado, e o trabalho intelectual é considerado trabalho da 
aristocracia, que consiste numa pequena parcela da sociedade, os 
cidadãos livres.
Seus estudos eram na maioria das vezes humanistas, o que caracteriza o 
homem em todos os tempos e lugares. 
Este estudo era dado na escola do "gramático", que seguia algumas 
fases; ditado de fragmento do texto, memorização deste, tradução da 
prosa em verso, expressão da mesma idéia em diversas construções, 
análise das palavras e frases e composição literária. 
Assim se instruía a elite romana.
Para os escravos não era permitido o direito de estudar, eram tratados 
como objetos, aprendiam a fazer arte nas casas onde serviam.
A sociedade romana era composta de grandes proprietários: patrícios, 
grandes proprietários e plebeus, pequenos proprietários, que eram 
excluídos do poder, do direito ao voto.
Na época áurea do Império, a educação estava dividido em três graus: 
Escolas do ludi-magister, ministravam a educação elementar; Escolas do 
gramático: correspondia ao que hoje se conhece por ensino secundário.
Estabelecimentos de ensino superior: era uma espécie de universidade, 
onde se ensinava a retórica, o Direito e a Filosofia.
Os romanos impuseram o latim a numerosas províncias, conquistaram a 
Grécia, que transmitiu a filosofia da educação aos romanos.
A filosofia era pouco difundida entre os romanos, e a pedagogia quando 
existe é voltada para questões práticas.
Um nobre romano deveria aprender coisas sobre a agricultura, a guerra e a 
política. Aos poucos a classe aristocrática cede lugar a pequenos 
comerciantes, artesãos e para uma pequena classe de burocratas. 
O Império sentiu a necessidade de escolas que preparasse 
administradores, já que para a guerra não havia necessidade de escola, os 
quartéis ou a própria guerra resolviam o problema. 
O Estado se ocupa diretamente da educação, treinando supervisores-
professores cujo regimento se parecia com os militares.
A educação romana era utilitária e moralista, organizada pela disciplina e 
justiça. Dessa forma os romanos conquistaram um grande Império, fazendo 
escravos os povos por eles vencidos.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO MEDIEVAL
A igreja cristã dá o ponto de partida para esse pensamento pedagógico. 
Cristo foi um grande educador, popular e bem sucedido.
A educação do homem medieval ocorreu de acordo com grandes 
acontecimentos da época entre eles a pregação apostólica no século I, 
depois de Cristo. 
A partir de Constantino, o império adotou o cristianismo como religião 
oficial, e fez pela primeira vez a escola tornar-se o aparelho ideológico do 
estado. 
Surge um novo tipo histórico de educação, uma nova visão do mundo e da 
vida, as culturas precedentes foram substituídas pelo poder de Cristo.
Foi criada uma educação par ao povo que consistia numa educação 
catequética e dogmática e outra educação para o clérigo humanista e 
filosófica teológica.
Os estudos medievais compreendiam, o Trivium (Gramática, dialética e 
teórica) e o Quadrivium (Aritmética, geometria, astronomia e música).
Maomé (entre 570 e 532), funda uma nova religião, o islamismo. A 
doutrina de Maomé está contida no Alcorão, livro sagrado dos 
muçulmanos. O Alcorão é a obra prima da literatura árabe.
Da briga entre cristãos e árabes inicia um novo tipo de vida intelectual 
chamada escolástica, que procura conciliar a razão histórica com a fé 
cristã. 
O maior idealizador desta escola foi São Tomás de Aquino, que 
afirmava que a educação habita o educando a desabrochar todas as suas 
potencialidades, operando assim a síntese entre a educação cristã e a 
educação greco-romana.
Ao lado do clero a nobreza realizava sua própria educação, seu ideal era o 
perfeito cavaleiro com a formação musical e guerreiro, experiente nas sete 
artes liberais.
As classes trabalhadoras tinham a educação oral, transmitida de pai para 
filho. A igreja não se preocupava com a educação física, considerava o 
corpo pecaminoso. 
Os jogos ficavam por conta da educação do cavaleiro.
Na Idade Média foram criadas as universidades de Paris, Bolonha, Saleno, 
Oxford, Hedelberg e Viena. 
Para muitos historiadores a Idade média não foi a idade das trevas, da 
ignorância, como os ideólogos do renascimento pregaram, ao contrário foi 
fecunda em lutas pela autonomia, com greves e debates livres. 
Discutia-se a gratuidade do ensino e pagamento das professoras.
O que se constatou é que o saber universitário aos poucos foi se elitizando, 
guardado em academias submetido à censura da igreja.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO RENASCENTISTA
O pensamento pedagógico Renascentista influenciou diretamente a 
educação através da teoria heliocêntrica, defendida por Copérnico (1473 - 
1543).
Como fatos que favoreceram esse pensamento pedagógico, são citados: 
as grandes navegações do séc. XIV, que deram origem ao capitalismo 
comercial; a invenção da imprensa realizada por Gutemberg ; e a invenção 
da bússola que possibilitou as grandes navegações.
A educação Renascentista visava a formação do homem burguês.
Como principais educadores Renascentistas, foram citados:
● Vittorino da Feltre - que defendia uma educação individualizada, o auto 
governo do aluno e a competição;
● Erasmo Desídoro - para ele, o verdadeiro caminho deveria ser criado 
pelo homem, enquanto ser inteligente e livre;
● Juan Luis Vives - foi um dos primeiros a solicitar uma remuneração para 
os professores;
● François Rabeles - para ele o importante não eram os livros, mas a 
natureza. A educação precisava primeiro cuidar do corpo, da higiene, da 
limpeza, da vida ao ar livre, dos exercícios físicos, etc;
● Michel de Motaigne - ele acreditava que as crianças devem aprender o 
que farão quando adultos;
● Martinho Lutero - para ele a exaltação Renascentista do indivíduo de seu 
livre arbítrio, tornara inevitável a ruptura no seio da igreja. Iniciou a reforma 
Protestante, que foi considerada como a primeira grande revoluçãoburguesa.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO ILUMINISTA
O pensamento iluminista surgiu no século XVII, que se fortaleceu com a 
Revolução Francesa, na época em que se buscava as liberdades 
individuais, contra a escuridão da igreja e a prepotência dos governantes.
Na época do auge do Iluminismo, Jean Jacques Rousseau, inaugurou 
uma nova fase na educação. 
Pela primeira vez, a educação se tornou obrigatória, assim se fazendo 
escola pública, filha da revolução burguesa, gratuita e para todos, mas 
ainda elitista, pois poucos podiam cursar uma universidade.
A educação da época não deveria apenas instruir mas também permitir 
que a natureza desabrochasse na criança de forma livre, sem repressões, 
restringindo-se a experiências.
O iluminismo educacional representou o fundamento da pedagogia 
burguesa. 
A classe trabalhadora tinha o mínimo de educação, pois a burguesia 
ascendia sobre os ideais de liberdade. 
A liberdade para os burgueses consistia em estar livre para a acumulação 
de riquezas, os intelectuais da época , cultivavam a noção de liberdade na 
essência do homem. 
A liberdade e a igualdade eram nocivas para os burgueses, pois provocaria 
padronização das classes.
A educação popular deveria fazer com que o povo aceitasse sua pobreza.
PENSAMENTO PEDAGÓGICO MODERNO
Nos séculos XVI e XVII, a sociedade passou por mudanças 
significativas, houve a queda do modo de produção feudal.
Na educação houve muitas mudanças, pois o que era ensinado foi 
considerado obsoleto, alguns filósofos fizeram grandes 
descobertas na área da educação, deram um novo ordenamento 
às ciências.
Os principais filósofos que tiveram maior ascensão nesta época foram:
● René Descartes, que escreveu o "Discurso do Método", que consistia 
em quatro grandes princípios, tais como: jamais tomar alguma decisão 
sem conhecê-la evidentemente como tal; dividir todas as dificuldades 
quantas vezes forem necessários antes de resolvê-las; organizar os 
pensamentos começando pelas mais simples até as mais difíceis; e 
fazer uma revisão geral para não omitir nada.
● João Amos Comênio, escreveu a "Didática Magna", considerada 
como método pedagógico para ensinar com rapidez. Dizia que a escola 
ao invés de ensinar palavras, deveria ensinar o conhecimento das 
coisas.
● John Loke, combateu o inatismo, dizendo que nada existe em nossa 
mente que não tenha origem em nossa mente.
● Francis Bacon, divide as ciências e ainda diz que saber é poder sobre 
tudo.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO POSITIVISTA
O pensamento pedagógico positivista consolidou a concepção burguesa da 
educação. Seu maior expoente foi Augusto Comte (1798 - 1857), que tem 
como principal obra o "Curso de filosofia positiva", publicado em 1830 e 
1842.
● Comte combateu o espírito religioso, mas acabou propondo a instituição 
do que chamou "religião da humanidade" para substituir a Igreja.
Segundo ele, a humanidade passou por três etapas sucessivas: 
● O estado teológico, durante o qual o homem explicava a natureza por 
agentes sobrenaturais; 
● O estado metafísico, no qual tudo se justificava através de noções 
abstratas como essência, substância, causalidade, etc; e o estado 
positivo, o atual, onde se buscam as leis científicas.
● Herbert Spencer (1820 - 1903) discípulo de Comte, deixou de lado a 
concepção religiosa do mestre e valorizou o princípio da formação científica 
na educação.
● Um dos principais expoentes na sociologia da educação positivista foi Émile 
Durkhein (1858 - 1917), que considerava a educação como imagem e 
reflexo da sociedade. A pedagogia seria uma teoria da prática social.
Para os pensadores positivistas, a libertação social e política passava pelo 
desenvolvimento da ciência e da tecnologia, sob o controle das elites. O 
positivismo nasceu como filosofia, portanto interrogando-se sobre o real e a 
ordem existente, mas, ao dar uma resposta ao social, afirmou-se como 
ideologia.
Segundo o autor, a expressão do positivismo no Brasil inspirou a Velha 
República e o golpe militar de 1964. Segundo essa ideologia da ordem, o país 
não seria mais governado pelas "paixões políticas", mas pela racionalidade dos 
cientistas desinteressados e eficientes: os tecnocratas.
No Brasil, o positivismo influenciou o primeiro projeto de formação do 
educador, no final do século passado. O valor dado à ciência no processo 
pedagógico justificaria maior atenção ao pensamento positivista.
Durkhein, ao contrário de Rosseau declarava que o homem nasce 
egoísta e só a sociedade, através da educação, pode torna-lo solidário.
Para Durkhein, a educação é a ação exercida pelas gerações adultas 
sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida 
social; tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de 
estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política 
no seu conjunto e pelo meio especial a que a criança, particularmente, se 
destine.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO ORIENTAL
A pedagogia surgiu como uma ciência que tem como objetivo estudar, 
analisar, e sistematizar o conhecimento educacional.
Os valores da tradição, da não violência e da meditação ligados a 
religião, foi onde firmou-se a transmissão de conhecimento segundo o 
Oriente.
A educação primitiva fundamentava-se nos rituais de iniciação, possuíam 
uma visão animista, que acreditava que tudo na natureza possuía uma 
alma semelhante ao homem. 
A educação ocorria de maneira espontânea e natural, não existia 
ninguém destinado a ensinar porém todos de uma certa maneira 
contribuíram para os ensinamentos, pois a educação provinha das 
imitações e da oralidade.
A doutrina pedagógica mais antiga é o Taoísmo, uma espécie de 
panteísmo no qual os princípios recomendam uma vida pacata e tranqüila. 
Confúcio criou um sistema moral que cultuava os mortos e que mais tarde 
tornou-se religião. Ele idealizava famílias patriarcas onde o pai comparado 
a um governante centralizava todo o conhecimento desconsiderando todo 
o saber e inteligência dos filhos.
A educação Hinduísta tendia para a reprodução e contemplação da casta, 
dividem a mesma profissão bem como a mesma religião, os casamentos 
são realizados entre si. Exaltavam o espírito repudiando o corpo.
Aqueles que eram excluídos da sociedade, bem como as mulheres, não 
tinham acesso a educação.
Os egípcios foram os primeiros a tomar consciência da importância da 
arte de ensinar. Criaram casas de instrução onde ensinavam a leitura, a 
história dos cultos, a astronomia, a música e a medicina. Poucas 
informações deste período foram preservadas.
O povo que mais conservou informações sobre sua história, foram os 
hebreus, deixando como herança para o mundo um conjunto de 
doutrinas, tradições, cerimônias religiosas e preceitos que ainda hoje são 
seguidos.
De maneira geral os ensinamentos primitivos ocorreram de maneira 
semelhante entre muitos povos, marcados pela tradição e pelo culto aos 
velhos. 
O tradicionalismo pedagógico é determinado por tendências religiosas 
diferentes. 
Na comunidade primitiva a educação provinha da própria comunidade, 
essa se dava através da vida e para a vida. 
A criança aprendia no seu próprio dia a dia. Em fim a escola era a 
própria aldeia.
A escola de hoje nasceu com a hierarquização e a desigualdade social 
gerada por aqueles que se apoderam do excedente produzido pela 
comunidade primitiva. 
Têm-se hoje na História da Educação a marca da desigualdade 
econômica, onde encontra-se uma linha educacional destinada aos 
exploradores e outra destinada aos explorados.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO AFRICANO
A cultura africana não se desenvolve de forma unitária em todo seu 
território. As diferenças de níveis de cultura, explicam os diferentes 
comportamentos frente aos movimentos de libertação.
Na África pré-colonial, não existiam escolas, mesmo assim as crianças 
eram educadas,elas aprendiam fazendo e vindo em contato com os mais 
velhos. Ouvindo as histórias dos mais velhos, aprendiam histórias tribais 
e o relacionamento de suas tribos com outras. A educação era portanto 
informal.
O sistema educacional na Tanzânia era cooperativo e não individual, o 
conceito de qualidade e responsabilidade condizia com qualquer 
habilidade, seja ela agropecuária ou ligada a atividade econômica.
Não se trata apenas de organização escolar ou de currículo, os valores 
sociais são formados pela família, escola e sociedade, ou seja, pelo 
ambiente global que envolve a criança. 
Um povo iletrado não é necessariamente um povo ignorante, o 
conhecimento pode ser passado de forma oral, de geração a geração, 
mesmo sem a existência de escolas.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO DO TERCEIRO MUNDO
O pensamento pedagógico do Terceiro Mundo é originário de experiências 
educacionais dos países colonizados, como os da América Latina e os da 
África.
Na luta pela sua emancipação, estes países constituíram uma teoria 
original. A Europa colonizou os dois continentes, dividindo territórios e 
tornando estes países cada vez mais dependentes e subdesenvolvidos.
Os colonizadores combateram a educação e a cultura nativa impondo seus 
hábitos e costumes e escravizando os nativos de cada região. 
Na África, os colonizadores impuseram uma única língua estrangeira a fim 
de catequizá-los e uni-las numa religião universal, sendo que este 
programa não deu certo porque a tradição européia era calcada no valor 
da palavra escrita, ao passo que a tradição africana é dominada pela 
oralidade.
Nos anos 70, com a libertação dos países africanos, foram feitas enormes 
campanhas de alfabetização, consideradas um fracasso pelos europeus. 
Mesmo desacreditados, os africanos obtiveram grandes resultados. Estas 
campanhas visavam a incorporação dessas massas num projeto nacional 
e o fortalecimento do povo como animador coletivo da educação.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO LATINO AMERICANO
As metodologias em uso nas escolas têm um enfoque verbalista, o 
professor expõe idéias retiradas de livros, de onde o aluno retira todas as 
suas percepções formais do saber.
A escolha assemelha-se a uma fábrica, onde o professor fala e o aluno 
absorve as informações por aquele passadas. 
Todas as instituições vinham com respostas prontas. Ao aluno basta 
memorizar as informações.
Nos dias de hoje com a diversidade de informações, a comunicação se 
tornou mais diferenciada entre as comunidades e também em relação a 
natureza. As percepções visuais e sonoras são fundamentais ao ato de 
conhecer.
A compreensão não vem depois da audição ou da visão, a linguagem 
total introduz o homem num universo de percepções, a percepção opera 
integrando os diversos sentidos.
A pedagogia da linguagem total leva ao prazer novo e motivador da 
aprendizagem, o aluno está sempre querendo estimular suas sensações 
e percepções.
Tanto alunos como professores para realizar a autêntica educação, têm 
que se colocar em estado de comunicação intenso, indo um em encontro 
ao outro.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO BRASILEIRO
Graças ao pensamento iluminista trazido da Europa por intelectuais e 
estudantes que não tinham mais tantos laços com a Igreja, deram os 
primeiros passos, embora tímidos, para as mudanças do pensamento 
pedagógico brasileiro.
O pensamento pedagógico teve grande ajuda dos jesuítas, que difundiram 
nas classes populares a religião subserviência, da dependência ao 
paternalismo, características marcantes da cultura brasileira até os dias de 
hoje.
O primórdio da educação brasileira foi Rui Barbosa, que pregava a 
liberdade de ensino, a instrução obrigatória, este se inspirou no sistema 
educacional da Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos.
No início deste século a educação teve grande interesse nos movimentos 
anárquicos, tinham no seu pensamento que se não ocorressem mudanças 
profundas na mentalidade das pessoas, a revolução social desejada jamais 
alcançaria o seu objetivo.
Anos depois a educadora Maria Lacerda de Moura, que combatia o 
analfabetismo , defendia a educação dos sentidos e o estudo do 
crescimento físico. 
Dizia que era necessário declarar guerra ao analfabetismo, ao orgulho tolo, 
à ambição, ao egoísmo, à prepotência, assegurada pela autoridade do 
diploma e do bacharelado incompetente.
Em 1944, o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, inicia a publicação 
da Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, um precioso testemunho da 
história da educação no Brasil, fonte de informação para os educadores 
brasileiros até hoje.
● Paulo Freire, foi o maior contribuinte da alfabetização de jovens e 
adultos, que desenvolveu uma teoria pedagógica que envolvia a 
pesquisa participante e os métodos de ensinar.
O seu pensamento humanista e crítico na história tem seus problemas e o 
educador tem de saber o que fazer com elas. 
● Florestan Fernandes, defensor da escola pública, seu pensamento 
sociológico criou um novo estilo de pensar sobre a realidade social. 
● Já para Luiz Pereira a solução dos problemas dentro da escola, 
depende da solução dos problemas externos a ela, envolvendo o 
aspecto econômico e social. 
● Para Rubem Alves o educador se descobre como um ser vivo, onde as 
sensações estão envolvidas com o seu trabalho. 
● Para Antônio Muniz de Azevedo a educação é um processo 
permanente de aperfeiçoamento humano. 
● Darcy Ribeiro analisou o ensino público, extinção do 3º turno, 
aperfeiçoamento do magistério, implantação de escolas integradas, onde a 
criança permaneceria mais tempo na escola, com professores competentes 
e com orientação que a maioria não encontram em casa.
Pode-se dizer que o pensamento pedagógico brasileiro, têm sido definido por 
duas tendências gerais; a liberal e a progressista. 
Os educadores e os teóricos da educação liberal defendem a liberdade de 
ensino. 
E da educação progressista defendem a formação de um cidadão crítico e 
participante. 
O pensamento pedagógico brasileiro é muito rico e está em movimento.
● Bordieu e Passeron: Para eles, toda ação pedagógica é objetivamente uma 
violência simbólica enquanto imposição, por um poder arbitrário. A ação 
pedagógica tende à reprodução cultural e social simultaneamente.
● Baudelot e Establet: Empreenderam um estudo profundo do sistema 
escolar, destruindo a representação ideológica da escola única. Dizem que 
existe na verdade, duas redes escolares, a secundária-superior, reservada 
para a classe dominante, e a primária-profissional reservada para as classes 
dominadas.
● Jesus Palácios: Afirma que a escola não é nem a causa, nem o instrumento 
da divisão da sociedade em classes.
● Walter Benjamin: Criticou o ensino nas universidades, onde predominava a 
informação ao invés da formação.
● Basil Bernstein: Estudou a relação entre a língua e as diferenças 
sociais. Dedicou especial atenção à linguagem das classes 
trabalhadoras.
● Henry Giroux: Se dedicou ao estudo da sociologia da educação, da 
cultura, da alfabetização e da teoria do currículo.
● Stanley Aronowitz: Analisa a teoria crítica e seus fundamentos.
● Carnoy: Defende a tese de que só os movimentos sociais, podem tornar 
a escola mais democrática.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO ANTI AUTORITÁRIO
Neste capítulo do livro "Histórias das idéias pedagógicas" de Moacir Gadotti, 
é comentado como Gerald Mendel, baseado na teoria de Freud, iniciou os 
estudos sobre a autoridade e seus mecanismos de imposição, principalmente 
a autoridade paterna. 
Para tanto, Mendel propôs a abertura da escola para a política e tomada do 
local onde concentrava-se o poder pelos jovens a fim de confrontar com o 
autoritarismo institucional.
Dentre os autores que seguem esta linha de pensamento pedagógico, foram 
destacados:
● Francisco Ferrer Guardiã (1859 - 1909) que tinha como objetivo abolir 
daescola todo o instrumento de repreensão e violência, sua tarefa seria 
preparar os futuros revolucionários, a ação pedagógica que ele teoriza a 
existência da disciplina artificial que é regada pelo autoritarismo cego, e 
uma disciplina natural que propõe encontrar um consenso.
● Alexander S. Neill (1883 - 1973) que tornou-se conhecido no Brasil, 
através de seus livros "Liberdade sem medo", "Liberdade sem 
excesso", "Liberdade no lar", Liberdade na escola" e "Amor e 
juventude". Ele acreditava que a missão do professor era a de estimular 
o pensamento da criança, que a dinâmica interna da liberdade se 
encarregaria de proporcionar as mais ricas e variadas formas de 
vivência.
● Carl Ransom Rogers (1902 - 1987), criou a "compreensão empática" 
que seria o processo de criar um clima inicial, comunicar confiança e 
esclarecer e motivar com coerência e autenticidade desenvolvido pelo 
educador ou facilitador de aprendizagem.
● Celestin Freinet (1896 - 1966) afirmava que na medida em que 
organizamos o trabalho, teremos resolvido os principais problemas de 
ordem e disciplina: não de uma ordem e uma disciplina formal e 
superficial, que não se mantém senão por um sistema der sanções, 
previsto como uma camisa-de-força que pesa tanto a quem recebe 
como ao mestre que a impõe.
● E finaliza com Henry Wallon (1879 - 1962) que enfatizava que o 
desenvolvimento da criança decorre em etapas, sendo cada etapa 
caracterizada por uma atividade preponderante, ou conflito que a 
criança deve resolver. O desenvolvimento acontece de modo 
descontínuo, uma vez que as crises evolutivas que resultam na 
reestruturação da conduta infantil não são lineares nem uniformes.

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