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Epidemiologia: Estudo da Saúde Coletiva

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16/03/2018 
1 
SAÚDE PÚBLICA 
 
Epidemiologia 
Estrutura epidemiológica 
Saúde -Doença 
Profª Ms. Patrícia Sigilló Mazzoni Bernardi 
Cursos: Biomedicina e Farmácia. 
 
Epidemiologia 
Termo de origem grega: 
epi (sobre), demos (povo), logos (conhecimento), ou 
seja “estudo que afeta a população. 
 Pode-se também conceituá-la como: 
“Ciência que estuda o processo saúde-doença em 
coletividades humanas, analisando a distribuição e os 
fatores determinantes das enfermidades, danos à 
saúde e eventos associados à saúde coletiva, 
propondo medidas específicas de prevenção, 
controle ou erradicação de doenças e fornecendo 
indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, 
`a administração e à avaliação das ações de saúde”. 
A Associação Internacional de Epidemiologia (IEA), 
em seu “Guia de Métodos de Ensino”-1973 definiu 
epidemiologia como: 
“O estudo dos fatores que determinam a 
frequência e a distribuição das doenças nas 
coletividades humanas. Enquanto a clínica 
dedica-se ao estudo da doença no indivíduo 
analisando caso a caso, a epidemiologia 
debruça-se sobre os problemas de saúde em 
grupos de pessoas – às vezes pequenos grupos, 
sendo na maioria das vezes envolvendo 
populações numerosas. 
Epidemiologia Distribuição: É o estudo da variabilidade da 
frequência das doenças de ocorrência em 
massa, em função de variáveis ambientais e 
populacionais, ligadas ao tempo e ao espaço. 
 
Fatores determinantes: a análise destes, envolve 
a aplicação do método epidemiológico ao 
estudo de possíveis associações entre um ou 
mais fatores suspeitos e um estado 
característico de ausência de saúde, definido 
como doença. 
Pode-se também dizer que a atenção da 
epidemiologia está voltada para as ocorrências 
em escala massiva de doença e de não 
doença, envolvendo pessoas agregadas em 
sociedades, coletividades, classes sociais, 
grupos demográficos ou quaisquer outros 
coletivos formados por seres humanos. 
Ausência de saúde é estudado pela 
epidemiologia sob a forma de: 
Doenças infecciosas (sarampo, difteria, 
malária, etc); 
Doenças não infecciosas (diabetes, bócio 
endêmico, depressões etc); 
E agravos à integridade física (acidentes, homicídios e 
suicídios). 
Logo, a epidemiologia trabalha o processo: 
SAÚDE X DOENÇA 
Considerando-se o conjunto de processos sociais 
interativos. 
O processo saúde x doença da coletividade pode ser 
entendido de acordo com Laurell (1985), como: 
“O modo específico pelo qual ocorre, nos grupos, o 
processo biológico de desgaste e reprodução, 
destacando como momentos particulares a presença 
de um funcionamento biológico diferente, com 
consequências para o desenvolvimento regular das 
atividades cotidianas, isto é, o surgimento da DOENÇA. 
 
16/03/2018 
2 
Nesse contexto: 
 
A expressão saúde-doença não deixa de 
ser um qualificativo empregado para 
adjetivar genericamente um determinado 
processo social, qual seja, a maneira 
específica de passar de um estado de 
saúde para um estado de doença e vice-
versa. 
 
 
 
SAÚDE 
 É o estado de bem-estar 
físico, mental e social da 
pessoa (OMS); 
 Na saúde há harmonia 
dos fenômenos vitais: 
metabolismo, 
crescimento, reprodução, 
capacidade de reação e 
de regulação, 
movimentação e 
adaptação ao meio, 
inclusive o social. 
 É a perturbação da saúde, 
isto é, o mal-estar causado 
por distúrbio físico 
(orgânico), mental ou social. 
 Perde-se a harmonia dos 
fenômenos vitais. 
 Nosologia: classificação das 
doenças, por exemplo, 
doença degenerativa, 
inflamatória etc... 
8 
DEFINIÇÕES 
DOENÇA 
SAÚDE 
Esse conceito envolve o ambiente em que o 
indivíduo vive, sendo um estado de adaptação do 
organismo ao mesmo, tanto no aspecto: 
Físico. 
Psíquico. 
Social. 
Exemplo: Número de hemácias elevado, conhecido 
como policitemia (se o indivíduo vive ao nível do mar); 
mas representa apenas um estado de adaptação 
para o indivíduo que mora em grandes altitudes. 
9 
Físico 
Químico 
Biológico 
Sócio-
político 
cultural 
Ambiente Externo ou 
Meio ambiente 
Ambiente Interno 
● Fatores hereditários ou congênitos 
● Defesas específicas 
● Alterações orgânicas já existentes 
Modelo Processual 
da Doença 
 
10 
Condições de Trabalho 
Inserção na estrutura ocupacional 
POLÍTICAS 
PÚBLICAS MODO DE VIDA 
SALÁRIO 
CONDIÇÃO 
DE VIDA 
ESTILO DE VIDA 
• Comportamentos 
• Hábitos 
• Atitudes 
11 MULTIFATORIALIDADE 
Ao se considerarem as condições para que a doença 
tenha início em um indivíduo suscetível, é necessário 
levar em conta que nenhuma delas será, por si, 
suficiente. 
A eclosão da doença é dependente da estruturação 
dos fatores contribuintes, de modo que se pode 
pensar em uma configuração de mínima 
probabilidade ou mínimo risco; 
E em uma configuração de máxima probabilidade ou 
máximo risco, e entre elas, estruturações de fatores 
cujo risco varia entre os dois extremos. 
16/03/2018 
3 
Quanto mais estruturados estiverem os fatores, 
maior força terá o estímulo patológico. 
A associação dos fatores é sinérgica, isto é, dois 
fatores estruturados aumentam o risco da 
doença. 
Logo: o estado final provocador de doença é, 
portanto, resultado da sinergia de uma 
multiplicidade de fatores políticos, econômicos, 
sociais, culturais, psicológicos, genéticos, 
biológicos, físicos e químicos. 
Fatores 
genéticos 
Fatores 
físicos 
químicos 
Fatores 
políticos Fatores 
Econômi-
cos 
Fatores 
culturais 
Fatores 
educa- 
cionais 
Fatores 
ambientais 
Fatores 
psicológicos Fatores 
sociais 
14 
Fatores 
ecológicos 
Portanto: 
O ambiente gerador da doença: 
Resulta do agregado total que vem da 
estruturação sinérgica de todas as 
condições e influências indiretas – próximas 
ou distantes – socioeconômicas, culturais e 
ecológicas; 
E também dos agentes que têm acesso 
direto ao bioquimismo e às funções vitais 
do ser vivo, perturbando-o. 
 
O estudo das diarreias propicia uma boa ilustração da estrutura 
sinérgica dos fatores que conduzem à doença e a mantêm. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Epidemiologia e saúde: 2013 
Desenvolver como atividade extra-classe, para próxima 
aula dia 21/03 a interpretação da figura que mostra o 
estudo do sinergismo nas diarréias, para debate em sala 
de aula. 
 
Sugestão: poderá usar o livro: 
 Epidemiologia e saúde. 
Autores: Maria Zélia Rouquayrol; 
 Marcelo Gurgel. 
 7ª edição. 2013 
 
Fazer manuscrito!

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