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Para que serve a matéria de introdução ao estudo do direito? o Fornecer metodologia e base para as disciplinas que virão a frente. o visão global do direito :Uma chave para o mundo do direito. É uma disciplina estratégica. Tira o aluno do campo do senso comum e traz o aluno para o campo científico. o Se temos uma boa base, há maiores chances de irmos bem nos outros direitos como constitucional. Estabelece o sentido dos vocabulários jurídicos. o Localizar o direito no mundo da cultura, no universo do saber humano. O QUE É O DIREITO? Direito tem várias acepções. É polissêmico. Tem vários sentidos. Exemplo de frases o O direito não permite a vingança Normas – Normas elaboradas pelo Estado o O estado tem o direito de legislar. Faculdade / possibilidade de agir o A educação é direito da criança Faculdade / possibilidade de agir o Cabe ao direito estudar a criminalidade Ciência – ramo do conhecimento ✓ O direito é parte da nossa vida social Fato social: direito como setor da vida social o Não é direito que alguém passe fome Expressão de justo / justiça ✓ Essa linha não foi traçada direito Certo (calculo) ✓ Ele é um homem direito – Correto (homem direito- moral) Significados do direito ✓ Normas – Normas elaboradas pelo Estado. ** Mais importante ✓ Faculdade / possibilidade de agir ** Mais importante ✓ Expressão de justo / justiça ** Mais importante ✓ Ciência – ramo do conhecimento ** Mais importante ✓ Fato social: direito como setor da vida social ✓ Tributo ✓ Reto (geométrico) ✓ Correto (homem direito- moral) ✓ Certo (calculo) ✓ Oposto a esquerdo. Ao longo de seu processo de evolução histórica, o Direito se apresenta como um conjunto de normas que tem por objetivo a disciplina e a organização da vida em sociedade, solucionando os conflitos de interesses e promovendo a justiça O Direito não atua sozinho. Interage com as ciências afins. Essas ciências auxiliam o Direito em sua interpretação e aplicação na prática do dia a dia forense, são facilitadoras da origem, da aplicação e de sua criação como por ex: sociologia, psicologia, filosofia,.. A Sociedade e o Direito possuem uma Relação de Dependência Qual o papel do direito na sociedade? ▪ Homem é um ser gregário. Só vive junto a seus pares. O Bebê por exemplo não consegue viver sozinho.....Somos dependentes , carentes de nos mesmos, dependemos do convívio social. ▪ No convívio social temos atividades de COOPERAÇÃO (ex todos nos ajudamos) ou CONCORRENCIA . Em qualquer uma das duas temos os CONFLITOS. Sempre há conflito de interesses. ▪ As instituições são vigas estabelecidas pelo costume, pela razão e pelos sentimentos, que alicerçam a sociedade, estruturando-a. A mais antiga das instituições seria a família e a mais relevante de todas seria o Estado. O Direito é uma das instituições criadas pela sociedade para o Controle Social. ▪ há necessidade de uma segurança, de uma harmonia visto que o ser humano é de natureza conflituosa. A própria sociedade para se conservar cria instituições para “tomar conta” dela mesmo. Visando o CONTROLE SOCIAL a sociedade cria as INSITUIÇÕES:A primeira INSTITUIÇÃO é família. O direito é outra INSTITUIÇÃO BASILAR. Exemplo se formos bem educados em casa não necessitamos de saber o código penal com medo de sofrermos sanção do Estado. Direito como Instrumento de CONTROLE SOCIAL Como vimos acima, visto que o conflito é inevitável na sociedade, os grupos sociais dispuseram de vários meios cujo objetivo era estabelecer limites à ação humana e promover o equilíbrio da sociedade. A socialização e o controle social são vitais para isso. As principais funções do direito são de solucionar conflitos, compor conflitos, preveni-los e orientar a vida em sociedade legitimando os poderes de uma maneira geral e com conteúdos programáticos. Em tese o direito serve muito mais prevenir do que para corrigir. Funções Sociais do Direito 1° Função Preventiva: Disciplinamento social, estabelecendo regras de conduta, direitos e deveres. A Primeira função social do direito é prevenir os conflitos. 2° Função compositiva: Sendo o conflito inevitável e necessário solucioná-lo. Então o direito entra para compor os conflitos. 3° Função de Controle social (ou punitiva): É socializador em última instância. Principais funções do direito o Controle social – por conhecer as leis e as sanções- tende-se a ter menos conflitos o Prevenção e composição de conflitos. Uma vez que o conflito é inevitável, o Estado com jurisdição tem a capacidade de dizer o direito. JURISDIÇÃO. o Promoção da ordem e da segurança- Já muitas penalidades para quem infringi a ordem o Resolução do conflitos- Estado através da Jurisdição tem o poder para resolver qq conflito. o Organização da produção e justa distribuição de bens e serviços- Estado regulamenta a economia, cobra impostos para financiar a maquina publica e promover uma distribuição de serviços aos mais necessitados. o Institucionalização do poder e da Administração publica. A própria constituição regulamenta toda a estruturação do Estado inclusive dos três poderes. o Realização da justiça e do respeito aos Direitos Humanos. DIREITO E MORAL Direito e Moral constituem dois diferentes conceitos, mas não estão separados. Sobre o assunto, muitas são as teorias. O ponto em comum é que ambos são instrumentos de controle social. Ao longo da história, Direito e Moral se aproximaram e se afastaram conceitualmente, em razão de diferentes correntes de pensamento. Miguel Reale afirma: “Dizer que o Direito representa apenas o mínimo de Moral declarado obrigatório para que a sociedade possa sobreviver. Como nem todos podem ou querem realizar de maneira espontânea as obrigações morais, é indispensável armar de força certos preceitos éticos, para que a sociedade não soçobre.” Resumidamente o que um é outro não é, por exemplo: o Direito é coercível – A moral não o Direito é externo – A moral interna o Direito impõe direitos e deveres – A moral impõe apenas deveres o Direito bilateral – Moral unilateral o O direito rege o ato externalizado – A moral trata do interno, o psíquico A influência da Moral no Direito Os campos da Moral e do Direito entrelaçam-se e interpenetram-se de diversas maneiras. As normas morais tendem a se converter em normas jurídicas, como aconteceu, por exemplo, com o dever do pai de cuidar do filho, e com a indenização por acidente de trabalho. No entanto, ainda não há uma norma jurídica específica que prescreva que o pai deve ter afeto pelo filho. O Direito, apesar de acolher alguns preceitos morais fundamentais, garantidos com sanções eficazes, aplicáveis por órgãos institucionais, tem campo mais vasto que a Moral, pois disciplina também matéria técnica e econômica indiferente à Moral. A pessoa pode por exemplo pensar alguma coisa por exemplo (odeio esse colega) e externar outra coisa como dar flores a mesma pessoa que se odeia. Por ser do plano interno a MORAL é de difícil sanção. Distinções entre Ética e a Moral Ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade Direito e moral, ambos pertencem ao campo da ética. Não se excluem, ao contrário, se complementam: Um mais no plano da consciência, no plano interior (moral) outro no plano exterior(direito). O direito ao contrario da Moral sofre sanção como pena na transgressão. Kant, na Fundamentação da Metafísica dos Costumes, reconheceu, pela primeira vez em uma ética filosófica, que todo ser racional possui um valor absoluto. Mesmosendo finito e limitado, Kant ressalvou que o ser humano possui o privilégio de reger-se por leis assumidas livremente por sua própria razão. Estar livre para escolher e agir é o que caracteriza o ser humano, o que o filósofo denomina de autonomia moral. As normas morais são vinculadas a ética. Estão ligadas à nossa origem judaico-cristã. Esses valores são aprendidos internamente de cada um. Cada um tem o seu padrão de moralidade. É Interna Corporis. Uma diferença de grade importância entre direito e moral é a coercibilidade do direito e a incoercibilidade da moral. O direito é exigível e quem transgride as normas, pode sofrer sanção do Estado. A moral só permite sanções de foro intimo como por exemplo o arrependimento, o desgosto.. Então no plano social, essa sanção não é eficaz. O direito ao contrário, tem na sanção um importante mecanismo de controle social. Exemplo: quem comete um Homicídio por ter se desentendido com alguém no trânsito e atira no terceiro e esse terceiro acaba morrendo, essa pessoa que matou acabará acusada, condenada e presa. Se no mesmo incidente de trânsito, o transgressor ao invés de externalizar a violência, apenas pensar em algo de ruim acontecendo com o sujeito nada acontecera pois estará no plano da consciência. Muitas vezes direito e moral são incompatíveis: ex princípios liberais x moral cristã. Porem vemos ao longo da história do direito, infiltrações da moral no campo do direito. Exemplo dessa intromissão são os “DEZ MANDAMENTOS”: São regras morais, religiosas,. Todas com sanções pelo Estado. Nem todas as determinações morais são tuteladas pelo direito. Muitas determinações morais não se encontram no direito. Diz-se também que o direito é heterônomo ou heteronímia do direito. Hetero = diversos, auto = próprio. Já a moral ela é própria, ou seja, autônoma. Há autonomia da moral. Eu escolho minha moral. Cada ser ter seu grau de moralidade. O direito é heterônomo, ou seja, não fazemos o que QUEREMOS no direito e sim o que” diversos” querem, que na verdade é o que o Estado quer. As normas do direito são postas por terceiros podendo ou não coincidir com nossas convicções sobre o assunto. Heteronímia é justamente essa capacidade da lei estar acima das pretensões individuais. Outro ponto importante é a Bilateralidade do direito e a unilateralidade da moral. No direito todos temos direitos e obrigações. Cada direito corresponde a um dever. Exemplo: tenho o dever de pagar impostos ao Estado. Em contrapartida o Estado tem o dever de conceder serviços públicos. E a população carente tem o direito de ter fornecido pelo Estado a educação e a saúde(publicamente). A moral é mais simples. Não se pode exigir dever de alguém no campo moral. Fica-se apenas no campo da expectativa. Por isso fala-se da unilateralidade da moral. Quanto ao conceito, a Moral é um conjunto de práticas, costumes e padrões de conduta que variam no tempo e no espaço. Assim sendo cada povo tem sua moral. O DEVE MORAL restringe-se ao campo do interior. A moral não pode ser exigida em juízo. Reduzindo-se a um dever de consciência. Estabelece uma diretriz mais geral, sem particularizações. Quanto ao conceito, o direito é um conjunto de normas, postas pela sociedade e pelo Estado, a fim de prevenir, compor e, em última instância, punir os conflitos de interesses. ESSA TEMA MORAL E DIREITO É TÃO COMPLEXO E TÃO DEBATIDO QUE SURGIRAM DIVERSAS TEORIAS PARA EXPLICA- LAS. E surgiram diversas teorias para explica-las dentre elas: Círculos Concêntricos- direito está contido na moral. Círculos Secantes - afirma que existe uma intercessão entre direito e moral porem existem casos que são Direitos e que não são parte da moral e aspectos morais que não estão normatizados. Círculos Independentes -Hans Kelsen, criador da ‘Teoria Pura do Direito’ diz que Direito é o que está normatizado e Moral são os atos que são praticados de acordo com princípios éticos, ainda que haja aspectos morais que sejam normatizados, Direito é Direito e Moral é Moral. São independentes. Teoria do Mínimo Ético - Teoria que afirma que o Direito representa o mínimo de moral imposto para que a sociedade possa viver em harmonia. Visto os conceitos de MORAL e do direito vamos aprofundar agora a história do PENSAMENTO JURIDICO: Principais Diferenças entre DIREITO POSITIVO e DIREITO NATURAL: Assim como direito e moral são apostos. Direito positivo e direito natural também são. O direito positivo buscou ser o que o direito natural não era. DIREITO POSITIVO DIREITO NATURAL Temporal – Existe em uma determinada época Atemporal Vigência – Observância pela sociedade e aplicação pelo estado Independente da Vigência Formal – Depende de formalidade para a sua existência informal Hierárquico – Ordem de importância estabelecida Não hierárquico Dimensão espacial – vigência em local definido Independe de local Criado pelo homem: fruta da vontade homem Emerge espontaneamente da sociedade Escrito: códigos, leuis, jurisprudência,... Não escrito Mutável: mediante a vontade humana Imutável A primeira concepção do direito que existiu no mundo foi o DIREITO NATURAL e ele correspondeu a milênios de nossa história. O direito positivo é um fenômeno recente. O Direito Natural não é escrito, não é criado pela sociedade, nem é formulado pelo Estado. (...) É um Direito espontâneo, que se origina da própria natureza social do homem e que é revelado pela conjugação de experiência e razão. É constituído por um conjunto de princípios, e não de regras, de caráter universal, eterno e imutável. (Paulo nader) A Existência de um direito natural superior, que condiciona o próprio direito positivo ultrapassa a história das ideias jurídicas como um todo, da Antiguidade Grega até o Sec. XVVIII. A partir de uma analise das diferentes experiencias históricas, é possível identificar três vertentes básicas do direito natural. E segundo a obra de Bobbio esta corrente se divide em três fases: jusnaturalismo clássico, jusnaturalismo no pensamento medieval e jusnaturalismo moderno, vejamos: VISAO COSMOLOGICA:É a forma mais antiga de se conceber a ideia do direito. Há milênios atrás quando o homem não conseguia explicar ele MITIFICAVA, pois, o Homem é um ser simbólico. Portanto nessa época., o direito era produto dos DEUSES. Existia uma visão cosmológica. Por Exemplo o OLIMPO. Visão sobrenatural do direito. O direito mesmo Antes da criação do homem na época que só existiam DEUSES. Uma ordem moral superior deve orientar as ações humanas. Conviver na Grécia Antiga, Estoica e com os Romanos. Somente no SEC IV, com a conversão dos imperadores romanos ao cristianismo vemos uma passam da cultura laica que se firmou desde o mundo grego para uma leitura TEOLOGICA da realidade. VISAO DIVINA – É uma concepção teológica do direito. As normas de conduta refletem os padrões morais preservados pela religião dominante. A sociedade era monoteísta ( 1 Deus). O DEUS de Abrão por ex. Moises subindo a montanha e recebendo as tabuas dos dez mandamentos. São os Deuses os responsáveis pela criação das regras de conduta. Tomas de Aquino era um grande expoente desse direito. VISAO MAIS RACIONAL. Também muito ligada a ideia divina mais com mais “razão”. Direito racional produto da razão humana. Como ser dotado de racionalidade, o homem lança mão do seu intelecto e da experiencia na organização da sociedade e na produção do direito positivo que deve obedecer a parâmetros geras ditados pela RAZAO HUMANA. Ponto em comum nas 3 teorias: o Uma leitura moral a respeito do direito o Juízo de valor prevalece sobre o direito positivo. Há uma hierarquia entre lei natural e lei positiva sendo a lei natural mais forte. o A lei que contrariapreceitos do Direito Natural não é válida POSITIVISMO – ORIGEM NAS REVOLUÇÕES LIBERAIS Do latim jus positum: imposto, que se impõe, vem a ser também, a base da unidade do sistema jurídico nacional.O Direito Positivo é assim denominado porque é o que provém diretamente do Estado. Para os positivistas: “Não há mais Direito que o Direito Positivo”. Tomando atitude intransigente perante o Direito Natural, o positivismo jurídico se satisfaz plenamente com o ser do Direito Positivo, sem refletir sobre a forma ideal do Direito, sobre o Dever Ser jurídico. Assim, para o positivista, a lei é em si o único valor. NO SEC XIX ocorreu pela primeira vez a separação entre o direito e a moral. Com as revoluções burguesas do SEC XVIII principalmente a revolução francesa e 1789 diversos valores e princípios passaram a influenciar o direito. Havia uma valorização do direito positivo criado pelo ESTADO em detrimento com outros direitos como o natural, o canônico, o costumeiro,... O direito positivo Surge na Idade Moderna negando a importância do caso a caso, a começar pela ideia do Direito Natural, que seria cheio de questões de ordem moral, que impediam a criação de um direito impessoal e igual para todos. COMEÇAVA uma sistematização e racionalização ainda mais forte do direito .O documento referencial foi o CODIGO CIVIL francês de 1804, o código NAPOLEONICO. CORRENTES DO POSITIVISMO JURIDICO 1) Escola Histórica Do Direito Seguindo o pensamento de Savigny, é a primeira escola a usar a expressão Ciência do Direito (Juris Scientia) e a adotar uma metodologia histórica de pesquisa jurídica. Opunha-se à codificação e à Teoria do Direito Natural e defendia a formação e transformação espontânea do direito, marcado pelo “espírito do povo” (Volksgeist). 2) Escola de exegese- Corrente posterior a Revolução francesa tinha caráter formalista, legalista, codicista e livre de qualquer aspecto moral ou fático. Só o Estado pode criar o direito por meio do legislativo. Exegese é o sinônimo de interpretação. Para os exegetas o direito é relevado pelas leis que são criadas pelos Estados em um sistema de conceitos coerentes e bem articulados que não apresentam lacunas. 3) Pandectismo Alemao – A Escola alemã era de perfil doutrinário, representada por grandes juristas, que tiveram um protagonismo no processo de unificação jurídica e na construção institucional do Estado alemão de Otto Bismarck. O Pandectismo defendia a imperatividade dos conceitos jurídicos, construídos a partir do estudo das Instituições do Direito Romano, mescladas com a tradição doutrinária germânica. Os JUS Positivistas – Só Reconhecem as leis legitimadas pelo Estado. O direito POSTO. POSITIVO = POSITIVUM= IMPOSTO PELO ESTADO. Apesar de ter sido uma tendência hegemônica no pensamento jurídico do SEC XIX, o positivismo jurídico experimentou uma profunda crise na transição para o SEC XX. A crise do liberalismo (Ascenção de Karl Marx) acaba arrastando com ele o seu correspondente no campo jurídico que era o positivismo jurídico. O Direito não é composto unicamente de normas, como deseja essa corrente filosófica. Além disso, as normas jurídicas apresentam sempre um significado, um valor social a ser realizado. A lei não pode conter todo o jus. A lei, sem condicionantes valorativos, é uma arma para o bem ou para o mal. Havia um grande debate do que deveria ser o direito ate surgir a figura de HANS KELSEN que mudaria por completo o debate da TEORIA GERAL DO DIREITO através da proposta da construção de uma metodologia própria. NORMATIVISMO JURIDICO Maior exponente é Hans Kelsen com a defesa da construção de modelos metodológicos próprios para a ciência do direito. No final do sex XIX havia uma briga muito grande. A qual ciência estava subordinado o direito? O MERITO de HANK KELSEN é dar STATUS DE CIENCIA ao direito. Direito não tem como importar métodos duros como das ciências exatas e nem ser apêndice de outra ciência como a filosofia ou a sociologia. O direito tem que ter métodos próprios. A partir dele, o direito tem um objeto próprio que é norma jurídica. Kelsen focou na norma. Na sua obra teoria pura do direito ele procurou dizer O QUE É E COMO É O DIREITO . O DIREITO É UM DEVER SER QUE É. Ter que pagar imposto de renda, por exemplo. Kelsen situa o direito no campo do DEVER SER mas que ao mesmo tempo é. Kelsen priorizava o aspecto estrutural do ordenamento jurídico e a correlação entre suas normas, independentemente de concepções ideológicas e de regimes políticos. Nos seres humanos vivemos em 2 mundos: o natural – as leis físicas (ser) e o mundo do DEVER SER (mundo cultural, mundo do moral, MUNDO DOS JUIZOS DO MORAL) A teoria pura do direito de KELSEN teve sua aplicação distorcida na Alemanha Nazista por exemplo onde se justificam crimes por ser “normas feitas pelo Estado”. Porem é algo que KELSEN nunca abordou em sua obra. A teoria pura do Direito de Kelsen passou a servir de base para um afastamento do direito de parâmetros éticos, algo nunca defendido pelo próprio Kelsen. A ordem jurídica passou a ser utilizada como instrumento de regimes totalitários, que, em nome da autoridade do Estado, patrocinaram a perseguição a determinados grupos e minorias da sociedade. A partir da década de 50 começaram a surgir novas tendências que em comum tinham a critica a generalidade que era a Teoria de Kelsen uma vez que não era considerado o mínimo ético e moral necessário para uma lei. SURGE ASSIM O POS-POSITIVISMO. POS-POSITIVISMO TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO( Miguel Reale) - No brasil temos um grande FILOSOFO do direito que cria a teoria tridimensional do direto. Para os sociólogos direito é SÓ FATO SOCIAL. Para os filósofos direito é só VALOR. Para os normativistas, juristas, direito é norma, lei. É o que está escrito e positivado. Para Reale., não há hierarquia entre FATO/VALOR/NORMAL. A sociedade é dinâmica. E o direito acompanha essa dinâmica. O DIREITO necessariamente precisa ser estudado sob as 3 vértices. Ao mesmo tempo que o direito é FATO SOCIAL ele é VALORADO pela sociedade e assim devido ao peso ele PRODUZ UMA NORMA. Direito é FATO + VALOR + NORMA. O fato é o que acontece na sociedade. Ele recebe um valor que cria uma NORMA. Ex: CAIM matou Abel. Isso foi um fato social. Esse fato violou o VALOR À VIDA. Então esse fato levou uma norma. NÃO MATARAS. Teoria tridimensional Ramo CORRENTE Pergunta Fato Dado da sociedade (sociedade) – Fato social Sociologia jurídica Socialismo COMO? Valor Elemento de natureza moral (justiça) Filosofia jurídica Jusnaturalismo POR QUE? Norma Elemento regulador (LEI) Dogmática Positivismo/Normativismo O QUE? DIREITO SUBSTANTIVO (ou material) E DIREITO ADJETIVO(processual) Ambas são ciências autônomas mas complementares, DEPEDENTES entre si. Todo o processo tem o objetivo de alcançar uma decisão de mérito e para isso o direito substantivo precisa seguir a processualística. Há de se haver primeiramente uma substância, ou seja, um direito SUBSTANTIVO. Se eu começar um processo na justiça sem direito substantivo /direito material ele será extinto ou será julgado sem resolução de mérito. O direito substantivo ou direito material o é o que define as normas de conduta para a paz na convivência social, por isso dita as normas. o É o conjunto de regras criadas pelo Estado que normatiza a vida em sociedade. o Ex:Bens da vida ou bens jurídicos pertencentes a uma pessoa. Direito a vida, a saúde, ao trabalho, a liberdade, direito de família, ... o Trata dos fatos jurídicos que são relevantes para a sociedade e viram normas jurídicas. O processo é um instrumento de proteçãodo direito material. O direito adjetivo ,processual ou formal o Diz respeito a processualística ou seja como se dá o direito. o É o que regulamenta o processo. o Formalismo deve ser obedecido caso contrario pode invalidar o direito Há autonomia do direito processual em relação ao direito material. DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO O direito pode ser dividido em dois ramos, objetivo e subjetivo, dependendo da forma de análise que se deseja fazer. DIREITO SUBJETIVO o Está ligado ao sujeito por isso SUBJETICO - “Facultas agendis” o É uma escolha pessoal, individual o É a capacidade que o homem tem de agir em defesa de seus interesses, invocando o cumprimento das normas jurídicas. o É a permissão/Possibilidade /faculdade dada por meio da norma jurídica. o São próprias das pessoas que as possuem, podendo ou não ser usadas por elas. o Me pertence e vou procurar “meu direito subjetivo” no direito objetivo. É o poder de exigir algo de alguém!! Ex: permissões de casar e constituir família; adotar um filho; de ter domicílio inviolável, de vender seus pertences, Joao tem direito a indenização por danos morais Direito Objetivo o Conjunto/complexo de Normas jurídicas que regulam as leis em um país o O descumprimento dá origem a sanções o deve ser obedecido por todos e apresenta-se da mesma forma para todas as pessoas. Caráter de universalidade. o Todas as leis que estão em vigor em dada sociedade. O direito OBJETIVO nos permite algo porque temos o direito SUBJETIVO de fazê-lo. Ex: uma pessoa com 66 anos. Ela tem o direito Subjetivo de se aposentar e busca do direito OBJETIVO um respaldo legal ; código civil; RAMOS DO DIREITO (Tradicionalmente se dividiu entre publico e privado mas hoje a maioria da doutrina entende que já foi superada e por isso o DIREITO MISTO) DIREITO PUBLICO – Visa atingir os interesses coletivos. Tutelam o “publico”. Visam a maioria. São matérias que regem a economia, a politica, o sistema penal, ambiental, ...Tratam das grandes questões do País. Se a relação é de subordinação, trata-se, em regra, de Direito Público. o CONSTITUICIONAL o FINANCEIRO o TRIBUTARIO o ADMINISTRATIVO o INTERNACIONAL o AMBIENTAL o PENAL o PROCESSUAL DIREITO PRIVADO – Cuida dos interesses dos particulares: famílias, coisas, sucessões,... Se a relação é de coordenação (partes envolvidas no mesmo patamar), trata-se, em regra, de Direito Privado o Direito civil o Direito empresarial DIREITO MISTO (SUPERAÇÃO DA DICOTOMIA PUBLICO E PRIVADO) A clássica bipartição romana do direito em público e privado não corresponde mais à realidade jurídica e não atende mais à complexidade das relações da sociedade moderna. Essa clássica distinção, na vida prática, não tem a importância que alguns juristas pretendem dar, pois o Direito deve ser entendido como um todo. Hoje fala-se de uma Superação da Dicotomia do Direito Público e do Direito Privado o Direito do trabalho o Direito do consumidor o Direito da criança e do adolescente Teoria da norma jurídica A Norma Jurídica é um comando, um imperativo dirigido às ações dos indivíduos e das pessoas jurídicas e demais entes. É uma regra de conduta social; sua finalidade é regular as atividades dos sujeitos em suas relações sociais. A Norma Jurídica imputa certa ação ou comportamento a alguém, que é seu destinatário Uma proibição ( ex: Proibido fumar neste estabelecimento.) Uma obrigação ( ex: Obrigatório o uso de crachá para a entrada neste setor.). Segundo o Direito Positivo, a Norma Jurídica é o padrão de conduta social imposto pelo Estado, para que seja possível a convivência entre os homens. Paulo Nader conceitua como sendo a conduta exigida ou o modelo imposto de organização social. ➢ Generalidade -Preceito de ordem geral – ex: todos são iguais perante a lei ➢ Abstratividade – Formula geral “padrão” de conduta ➢ Bilateralidade – Direitos e deveres ➢ Imperatividade – Imposição de vontade e não um simples aconselhamento ➢ Coercibilidade: intimidação(psicológica) , coação( reserva de força) ou sanção(punição). ➢ Atributividade (ou autorizamento)- atribui à outra parte o Direito de exigir o seu cumprimento
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