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A Realidade Social de Maes Adolescentes Assistidas pelo Centrode Referencia da Assistencia Social

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1
. Assistente Social, formada pela Faculdade José Augusto Vieira – FJAV Lagarto–SE. 
deisethaina@bol.com.br. 
². Assistente Social - Professora da Faculdade José Augusto Vieira – FJAV Lagarto–SE. 
soanemenezes@hotmail.com. 
 
 
A REALIDADE SOCIAL DE MÃES ADOLESCENTES ASSISTIDAS PELO CENTRO DE 
REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS MONTEIRO LAGARTO-SE. 
 
 
Deise Thainá Costa da Silva¹ 
Soane Maria Santos Menezes Trindade Silva² 
 
 
RESUMO 
 
Atualmente a gravidez na adolescência é vista como uma expressão da questão social 
que merece atenção devido à complexidade dos fatores que a envolve, sendo que os 
direitos deste público muitas vezes são desconhecidos, violados e não são efetivados. 
Por isso, esta pesquisa vem considerar as particularidades existentes das mães 
adolescentes, dando um enfoque no estudo dos direitos sociais desse público, pois sua 
efetivação é de suma importância na sociedade atual. Com isso o estudo realizado foi do 
tipo exploratório, descritivo e quanti-qualitativo. 
 
Palavras- chave: Direitos Sociais. Mães adolescentes. Serviço Social. 
 
ABSTRACT 
 
Nowadays teenage pregnancy is seen as an expression of social issue that deserves 
attention due to the complexity of the factors surrounding it, and the rights of the public are 
often unknown, are not violated and effect. Therefore, this research is to consider the 
particularities of adolescent mothers, giving special emphasis on the study of social rights 
of the public, because its effectiveness is paramount in today's society. Thus the study 
was an exploratory, descriptive and quantitative and qualitative. 
 
Keywords: Social Rights. Teen Pregnancy. Social Service. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A gravidez na adolescência não é um fenômeno novo existente em nossa 
sociedade. A diferença é que hoje este fenômeno é visto como uma expressão da 
questão social que merece atenção devido aos vários fatores sociais, econômicos, 
psicológicos e educacionais que a envolve. Sendo que antigamente não havia esta visão, 
pois a fase da adolescência era considerada um período ideal para ter filhos, pois as 
mulheres em sua maioria não estavam inseridas no mercado de trabalho e eram apenas 
dona do lar. 
 
 
 
É importante dizer que a gravidez e a maternidade geram muitas mudanças na vida 
dos indivíduos, principalmente quando não se têm uma vida estruturada, entretanto, 
alguns estudos mostram que a gravidez na adolescência não deve ser vista apenas como 
algo não planejado e indesejado por parte dos adolescentes, vai depender da 
subjetividade e da condição pessoal de cada um. 
De acordo com o levantamento feito pelo IBGE em 2006, um em cada cinco partos 
no Brasil é de mães adolescentes. Só em 2006, também de acordo com o Instituto, 
nasceram 22.161 bebês, filhos de mães com menos de 15 anos. Na faixa dos 15 aos 19 
anos chega a 551.093. O censo do IBGE apontou que 9% das adolescentes de 15 a 17 
anos, com renda familiar de meio salário mínimo, já viveram a experiência da 
maternidade. 
Assim, a pesquisa em pauta é de natureza descritiva, pois descreveu o perfil sócio-
econômico das mães adolescentes assistidas pelo Centro de Referência da Assistência 
Social – CRAS Monteiro, bem como das suas famílias. No entanto, foi utilizado também o 
estudo exploratório porque pretendeu-se obter um maior conhecimento sobre a temática. 
Aportou-se ainda da pesquisa quanti-qualitativa, pois trata-se de um estudo feito de modo 
específico/delimitado com certo público, visando compreender os seus aspectos sociais, 
econômicos e psicológicos, enfim a complexidade da questão tratada de modo detalhado. 
Foi utilizado como plano de análise de dados, a análise de conteúdo, que segundo 
Richardson (1999) consiste num instrumento imprescindível para o estudo da interação 
entre as pessoas, permitindo que seja feita uma interpretação da realidade estudada. 
Assim, a utilização da análise de conteúdo na pesquisa em pauta contribuiu para uma 
maior compreensão do assunto abordado, pois permitiu uma visão de conjunto, da 
totalidade, e ao mesmo tempo considerou a particularidade do fenômeno estudado. 
Portanto, a problemática apresentada pela pesquisa em pauta é: Qual a totalidade 
do cotidiano da realidade social das mães adolescentes assistidas pelo Centro de 
Referência da Assistência Social-CRAS Monteiro, Lagarto-SE? 
Desta forma, esta pesquisa tem como objetivo geral: Analisar a realidade social das 
mães adolescentes assistidas pelo Centro de Referência da Assistência Social–CRAS 
Monteiro, Lagarto-SE. Para isso, foram desenvolvidos os seguintes objetivos específicos: 
Descrever o perfil sócio-econômico das mães adolescentes atendidas pelo CRAS 
Monteiro, bem como das suas famílias; Conhecer os aspectos subjetivos presentes na 
vida das mães adolescentes assistidas pelo CRAS Monteiro; Enfatizar a importância da 
 
 
 
inserção da família no processo de proteção social básica1, executado pelos serviços do 
CRAS; Verificar como os direitos sociais das mães adolescentes, previstos no ECA, são 
efetivados no CRAS; e Conhecer como se dá a atuação do Serviço Social no CRAS frente 
à gravidez na adolescência. 
Portanto, este estudo vem tratar da realidade presente no município de Lagarto-SE 
quanto à gravidez na adolescência no que diz respeito ao trabalho desenvolvido no 
Centro de Referência da Assistência Social – CRAS Monteiro, traçando assim um perfil 
deste público-alvo, que foi realizado através de pesquisa nos arquivos e escritos 
particulares do CRAS Monteiro, ou seja houve a uso da pesquisa documental, e também 
por meio da utilização da técnica da entrevista que foram feitas com cinco mães 
adolescentes e cinco famílias atendidas pelo CRAS Monteiro, também foi realizada 
entrevista com duas assistentes sociais da instituição. É importante destacar que em 
ambas houve uma conversação guiada por perguntas pré-formuladas, mas visando uma 
liberdade de respostas por parte dos entrevistados, pois houve interação, uma construção 
mútua do pesquisador e do pesquisado. 
O estudo vem mostrar ainda a atuação do assistente social e a condição de sujeito, 
ou seja, a subjetividade do adolescente, e explanou também sobre os direitos previstos no 
Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA e sua efetivação, além de esclarecer ao 
leitor sobre a importância da inserção da família nos serviços ofertados pelo CRAS. 
Enfim, por estes motivos que a pesquisa foi realizada, pois é de suma importância 
que seja dada uma maior ênfase e atenção a esta expressão da questão social que se faz 
tão presente em nossa sociedade, sendo que é através de estudos e pesquisas 
realizadas que as alternativas e os métodos de intervenção são descobertos e 
concretizados para o processo de transformação e melhoria social. 
 
2. GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: uma questão interdisciplinar 
 
A palavra adolescência provém do verbo latino adolescere que significa 
desenvolver-se, crescer, e é próximo do termo adodolescere, que significa adoecer. 
Assim a proximidade entre esses dois termos está ligado à dimensão de crise, daí a fase 
da adolescência é vista como um período de alta fragilidade (MATHEUS, 2007, p.18). 
 
1
 Segundo a Política Nacional de Assistência Social (2004) a proteção social básica é destinada à 
população que vive em situação de vulnerabilidade social, visando prevenir situações de risco e fortalecer 
os vínculos familiares. 
 
 
 
Segundo Olavo; Reis e Zioni (1993) no Brasil, mais lento e ainda mais recente, o 
processo de constituição da adolescência esteve atrelado às características de sua 
formação social, as distinções entre a infância e a fase adulta deram-se nitidamente no 
séculoXX, enquanto que na Europa, a difusão da infância e da adolescência ocorreu no 
século XIX. 
Para D’Andrea (2003), que aborda a psicologia do desenvolvimento, a 
adolescência inicia-se entre os dez ou onze anos de idade devido às mudanças físicas, 
emocionais e também devido a velocidade de crescimento, daí o indivíduo sente-se 
responsável pela reorganização em busca de um novo equilíbrio. 
[...] a adolescência nada mais é que um fenômeno cultural produzido pelas 
práticas sociais em determinados momentos históricos, manifestando-se 
de formas diferentes e nem sequer existindo em alguns lugares 
(COINMBRA; BOCCO; NASCIMENTO, 2005, p.4). 
Portanto, percebe-se que em algumas sociedades a adolescência é ignorada, vista 
sem importância, já em outras há uma valorização desta. Com o passar do tempo houve 
uma evolução do conceito de adolescência, onde antes a história do indivíduo não era 
considerada e hoje vê-se que a fase da adolescência não constitui-se apenas de 
transformações físicas e psicológicas, pois ela está atrelada também ao processo cultural 
e socioeconômico que o indivíduo está inserido. 
De acordo com Bock; Furtado e Texeira (2002) nós não temos adolescência e sim 
adolescentes, isto porque para os autores a adolescência não é uma fase natural do 
desenvolvimento humano, pois é artificialmente criada, esta fase é derivada da estrutura 
socioeconômica, assim depende da particularidade, da estrutura psicológica, e da cultura 
de cada pessoa, desta forma este período se difere em cada país devido aos fatores 
sociais, econômicos e culturais divergentes. Portanto o período da adolescência está 
ligado à relação do indivíduo com o meio social, por isso que em nossa sociedade a 
adolescência não é igual para todos os jovens, pois cada um vive em uma condição social 
diferente, uns com várias oportunidades e outros não. 
A adolescência apresenta vários desafios, por esse motivo é uma época onde há 
turbulência e conflitos, mas este fato não necessariamente ocorre com todos os 
adolescentes, isto vai depender dos fatores externos também como família, comunidade, 
cultura, etc., assim alguns adaptam-se as mudanças da nova fase da vida enquanto 
outros tornam-se irritado ofensivos e estressados. 
Em suma, há vários tipos de discursos sobre a fase da adolescência, onde para 
alguns esta fase é biologicamente determinada, vivida por todas as pessoas de forma 
igual, que traz mudanças físicas e psíquicas, para outros a adolescência é uma fase onde 
 
 
 
há transtornos e grandes sofrimentos a serem superados, onde deve haver um 
reajustamento e uma readaptação. É importante destacar que esta noção foi criada 
historicamente pelo homem e que este é dotado de heterogeneidade e diferenças onde 
devemos levar em consideração as variadas relações sociais existentes e os vários 
contextos socioculturais. De acordo com Quadrado (2008) vivemos em um tempo em que 
não podemos mais estabelecer a adolescência como uma mera condição de idade, é 
preciso entendê-la como uma produção discursiva e heterogênea; uma vez que existem 
múltiplas formas de ser adolescente devido aos diversos meios sociais. Assim, não existe 
adolescência como acontecimento biológico, psicológico, homogêneo e estático; existem 
adolescências múltiplas, mutáveis, heterogênea, (re) construídas a cada momento nos 
diversos nós da rede social. 
A gravidez na adolescência, até meados do século XX, não era considerada uma 
questão social e não recebia atenção de estudiosos como recebe hoje em dia. Apesar de 
que atualmente os índices de gravidez na adolescência são menores que o de décadas 
atrás, deve-se enfatizar a importância de pesquisas sobre o tema, pois envolve vários 
fatores, e é uma questão a ser tratada de forma interdisciplinar, ou seja, em vários 
âmbitos, áreas do saber, e por vários profissionais articulados. 
Para Bock; Furtado e Texeira (2002) é preciso considerar hoje que em dia é mais 
fácil identificar a gravidez precoce, pois sua ocorrência já não é mais escamoteada como 
antigamente. No início do século XX, muitas mulheres casavam cedo (aos 13, 14, 15 
anos) e logo engravidavam, neste tempo não havia a concepção de gravidez precoce. 
Trata-se de um conceito, um padrão social em que a mulher deve ter filho por volta dos 20 
anos, lembrando que hoje a gravidez na adolescência acontece quando não há união 
estável ou casamento, diferente de antigamente que as mulheres engravidavam cedo, 
pois casavam-se novas. A gravidez na adolescência segundo Dias e Texeira (2010), é: 
 
[...] antes de tudo, um fenômeno social, um nome que se dá a um período 
do desenvolvimento no qual certas expectativas sociais recaem sobre os 
indivíduos e configuram um modo de ser adolescente, fruto da conjugação 
de transformações biológicas, cognitivas, emocionais e sociais pelas quais 
passam as pessoas. Sendo a gravidez um fenômeno social, os contornos 
da adolescência não podem ser definidos em termos absolutos, uma vez 
que tal definição depende do lugar que a sociedade atribui ao adolescente 
em um dado momento histórico (DIAS e TEXEIRA, 2010, p.124). 
 
Assim, a gravidez na adolescência não é definida apenas por fatores etários e 
biológicos, pois esta envolve diversos fatores, por isso que suas circunstâncias variam 
dependendo da condição social e das oportunidades de cada um. Contudo, a gravidez na 
 
 
 
adolescência é um quadro que se configura como uma crise dentro da crise (COSTA 
apud Soares, 2008), pois esta é uma fase caracterizada pela existência de indecisões, 
conflitos e crise na identidade, portanto a ocorrência da gravidez neste período pode 
agravar ainda mais este contexto. Para adolescentes provenientes de famílias pobres, 
onde há conflitos e de pouca instrução e cujas mães tiveram precocemente seu primeiro 
filho correm um risco maior de engravidar (NEINSTEIN e ROMERO apud AMAZARRAY et 
al., 1998). 
De acordo com Oliveira (1998) os fatores que levam a gravidez na adolescência 
são: a falta de informação e uso inadequado de métodos anticoncepcionais por parte dos 
adolescentes, desconhecimento sobre o seu próprio ciclo reprodutivo, assim esta falta de 
informação é maior nas adolescentes em condições sócio-econômicas mais baixas, 
sendo que essas mulheres têm poucas opções de vida e acham a gravidez “natural” nesta 
fase. Outro fator que contribui para existência deste fato é o “pensamento mágico” que 
leva o adolescente a concluir que a gravidez não acontece consigo, só com os outros, 
além de que a mídia, segundo a autora, reforça este pensamento, pois os casos 
mostrados por ela quanto ao assunto são resolvidos de forma mágica e sem nenhuma 
conseqüência. A vida sexual ocasional é outro motivo da gravidez na adolescência, pois 
faz com que os adolescentes não planejem e nem se previnam. 
Mesmo com o desejo de evitar a gravidez e com a existência de vários métodos 
contraceptivos, as adolescentes continuam engravidando, isto devido à falta de 
informação e ao uso de contraceptivos de maneira errada e falível. Os fatores 
psicológicos existentes na fase da adolescência como alienação, baixa auto-estima, 
pouco senso de futuro, passividade, podem influir na questão da gravidez na 
adolescência, por isso destaca-se a importância de inclusão dos jovens em programas de 
saúde, educação e profissionalizante, pois esta inclusão pode ajudar a diminuir os 
problemas existentes, contribuindo na formação de um melhor e mais amplo projeto de 
vida profissional dos adolescentes. 
Para Dias e Texeira (2010) a gravidez na adolescência geralmente está ligada e 
acontece com mais freqüência em famílias em situação de vulnerabilidade, de violência e 
negligência, onde existe evasão escolar, desemprego e separação conjugal. É importante 
enfatizarque quando a gravidez ocorre na adolescência a existência de riscos e 
dificuldades biológicas e psicológicas tendem a ser maiores trazendo problemas tanto 
para mãe quanto para o bebê, isto torna-se ainda mais agravado em adolescentes que 
 
 
 
vivem em situação de vulnerabilidade social, pois vivem em condições precárias de 
saúde, educação, moradia e alimentação. 
Entretanto, alguns estudos mostram que a gravidez na adolescência não deve ser 
vista apenas como algo não planejado e indesejado por parte dos adolescentes, vai 
depender da subjetividade e da condição pessoal de cada um, pois de acordo com Dias e 
Texeira (2010) os adolescentes de nível sócio-econômico menos favorecido vêem a 
maternidade como algo positivo e muitas vezes desejado, porque este fato pode trazer 
um maior reconhecimento social, melhorando seu contexto sócio-afetivo, além de que 
este fenômeno demarca a entrada do jovem na vida adulta. Portanto, a gravidez e a 
maternidade representa tanto impasses quanto possibilidades. 
Assim, percebe-se a importância da educação ou orientação sexual, pois é 
imprescindível o diálogo e o processo de informação na prevenção da gravidez precoce, 
entretanto é importante observar e conversar sobre o tipo de educação sexual que os 
adolescentes recebem, além de que a prevenção deve ocorrer também na área da saúde 
e assistência social através de programas e projetos sociais de saúde, campanhas 
educativas/preventivas, etc., onde a população participe e seja inserida. 
 
3. DIREITOS SOCIAIS DOS ADOLESCENTES 
 
Os direitos sociais são entendidos como conquistas obtidas pela sociedade no 
século XX. Para Couto (2006) os direitos sociais são exercidos pelos homens por meio da 
intervenção do Estado, que tem o dever de provê-los para tentar enfrentar as 
desigualdades sociais. Com isso a sociedade reivindica através de movimentos sociais 
para que seus direitos sejam garantidos e assegurados pelo Estado, visando à igualdade 
social. 
A discussão sobre os direitos datam desde o século XVII que já reconhecia o 
homem como portador de direitos, mas na sociedade atual muitas pessoas desconhece-
os e associam a idéia de benevolência por parte do Estado e das políticas públicas, ou 
seja vêem o direito social como uma questão de favor e de concessão por parte dos 
políticos. 
Assim, o Estado tem o papel de intervir para efetivação dos direitos sociais, mas há 
toda uma legitimação destes direitos, portanto “as leis também podem se constituir em um 
vigoroso instrumento de garantia destes direitos” (COUTO, 2006, p.56). Só que na 
 
 
 
sociedade existem leis em abundância, é preciso que estas sejam concretizadas para que 
os direitos sejam realmente garantidos. 
Segundo Neto (2005) a conquista dos direitos das crianças e dos adolescentes não 
ocorreu através de reivindicação e de participação destes, e sim devido aos adultos, que, 
para o autor, constitui um bloco hegemônico, exercendo poder sobre as crianças e 
adolescentes, portanto os adultos tentam sobrelevar em si mesmos seus interesses e 
desejos do bloco. 
O reconhecimento da criança e do adolescente como sujeito de direitos resulta em 
um processo historicamente construído, marcado pelas transformações existentes na 
sociedade, Estado e família. De acordo com o Plano Nacional da Promoção e Defesa do 
Direito de Crianças e Adolescentes- CONANDA (2006) a doutrina jurídica considera a 
criança e adolescente como sujeito de direitos, pois a palavra “sujeito” classifica a criança 
e o adolescente como indivíduos dotados de personalidade e vontade próprias, onde na 
sua relação com o adulto não podem ser tratados como “objetos”, pois eles devem ser 
ouvidos e considerados segundo suas capacidades e desenvolvimento. 
A Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente- ECA 
trazem em seus artigos a proteção integral e respeito aos direitos destes usuários, 
mostrando que estes direitos precisam ser efetivados e que devem ser asseguradas todas 
as necessidades básicas da criança e do adolescente. 
 
As crianças e os adolescentes têm direitos subjetivos à liberdade, à 
dignidade, à integralidade física, psíquica e moral, à educação, à saúde, à 
proteção no trabalho, à assistência social, à cultura, ao lazer, ao desporto, 
à habitação, a um meio ambiente de qualidade e outros direitos 
indisponíveis, sociais difusos, e coletivos. E conseqüentemente se postam, 
como credores desses direitos, diante do Estado e da sociedade, 
devedores que devem garantir esses direitos. Não apenas como 
atendimento de necessidades, desejos e interesses, mas como [...] direito 
a um desenvolvimento humano, econômico e social. São pessoas que 
precisam dos adultos, de grupos e instituições, responsáveis pela 
promoção e defesa da sua participação [...] em especial por seu cuidado 
(CONANDA, 2006, p.21). 
 
Contudo é preciso que, para efetivação destes direitos a família, o Estado e a 
sociedade cumpram com seus deveres e responsabilidades quanto com a criança e 
adolescente, pois a família e a comunidade têm um papel fundamental na proteção e 
socialização destes. 
Enfatiza-se ainda a importância não só dessas três esferas sociais no que diz 
respeito à efetivação dos direitos dos adolescentes, pois instituições como a escola, a 
mídia e empresas influenciam no desenvolvimento das novas gerações, por isso é 
 
 
 
imprescindível que haja orientações e informações sobre o acesso aos serviços 
pertinentes a eles. 
O artigo 3º do Estatuto da Criança e do Adolescente diz que: 
 
A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais 
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata 
esta lei, assegurando-se-lhes [...] todas as oportunidades e facilidades, a 
fim de lhe facultar o desenvolvimento físico, mental, moral espiritual e 
social, em condições de liberdade e de dignidade (ESTATUTO DA 
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, 2005, p.13). 
 
O Estatuto da Criança e do Adolescente, aprovado no Brasil em 1990, é 
considerado por muitos autores, juristas e executores da lei como marco legal dos direitos 
da criança e do adolescente, pois visa assegurar uma proteção integral a este público-
alvo, bem como promoção da saúde, educação, lazer, esporte, cultura, alimentação, 
profissionalização, etc. Assim, com a implementação do ECA a criança e o adolescente 
passam a ser considerados como cidadãos e sujeitos de direitos que possuem um 
sistema de garantias individuais. 
Enfim, deve-se enfatizar o avanço que esta lei trouxe em vários âmbitos no que diz 
respeito a garantia de direitos da criança e do adolescente, isto é visto quanto à 
preocupação existente de criação de políticas públicas para este público após a criação 
do estatuto. Assim, o ECA é considerado um marco legal dos direitos da criança e do 
adolescente, mas isto não quer dizer que tudo está bem resolvido, pois ainda há muito o 
que se fazer para efetivação da cidadania destas pessoas e para maior concretização 
desses direitos sociais. 
 
4. AS FAMÍLIAS E A PROTEÇÃO SOCIAL NO BRASIL 
 
É no seio familiar, nas suas relações e estrutura que ocorre a intervenção das 
políticas sociais visando melhorar as condições de vida dos seus membros, 
proporcionando bem-estar, proteção social e dignidade aos cidadãos, amenizando desta 
forma os riscos sociais e as precárias situações existentes. Por isso, ressalta-se a 
importância da participação do Estado na promoção dessas ações. 
De acordo com Fonseca (2006) não se pode falar em família, mas sim em famílias, 
pois esta esfera da sociedade apresenta-se de forma complexa, com vários tipos de 
representações e dinâmicas, esta por sua vez organiza-se de forma diferenciada. Por 
 
 
 
isso, é importante dizerque na atualidade é preciso conhecer as particularidades 
familiares para elaboração das políticas públicas sócio-familiares. 
Para Mioto; Silva e Silva (2007) através das reformas existentes no Estado, desde 
a década de 70, houve uma minimização da responsabilidade social deste, transferindo 
para sociedade civil, mas segundo as autoras recolocou-se a responsabilidade nos 
indivíduos e nas suas famílias, onde o Estado de Bem-Estar implicou na adoção de uma 
“solução familiar” para a proteção social, aonde a família viesse a ter sua autonomia na 
resolução dos seus problemas e necessidades. 
Portanto, a revalorização da família nas políticas sociais ocorreu através das lutas, 
movimentos e participação social pela efetivação dos seus direitos. Por isso, é 
imprescindível que continue ocorrendo o processo de inclusão social quanto à tomada de 
decisões por parte da população, é preciso que a família tenha participação ativa no 
processo de resolutividade das questões que a envolve, tornando espaço de cidadania e 
de democracia. 
 “A família vem sendo redescoberta como um importante agente privado de 
proteção social, (...) quase todas as agendas governamentais prevêem medidas de apoio 
familiar” (PEREIRA apud MIOTO; SILVA e SILVA, 2007, p.1). Portanto, na atualidade a 
família é o foco principal para atendimento e intervenção das ações das políticas sociais 
públicas, isto é de fundamental importância até porque na sociedade brasileira é preciso 
uma atenção especial principalmente naquelas onde há vulnerabilidade social entre todos 
os seus membros, seja criança, adolescente, idoso, portadores de deficiência, mulheres, 
etc. Contudo, é preciso que estas políticas venham integrar todos os seus membros, 
visando fortalecimento no interior das relações sociais. 
 
O ECA e a LOAS contribuem para a valorização do papel social da família 
e do seu lugar na produção de bem-estar coletivo. Enfatizam que é 
importante garantir a elas oportunidades que lhes permitam o exercício de 
suas funções sociais, políticas e econômicas. Para tanto, é necessário o 
acesso das famílias a um conjunto de certezas e seguranças sociais que 
previnam ou minimizem os riscos decorrentes das vulnerabilidades sociais 
ou as suas conseqüências. [...] a LOAS qualifica a proteção à família como 
um dos objetivos da Política de Assistência Social, definida como política 
de seguridade social não contributiva, direito do cidadão e dever do 
Estado, concepção que demanda ações integradas entre as políticas 
setoriais (FONSECA, 2006, p.9). 
 
Desta forma, na Política Nacional de Assistência Social- PNAS, na Norma 
Operacional Básica- NOB, e no Sistema Único de Assistência Social- SUAS, ocorre à 
centralidade na família para implementação de benefícios, programas, projetos e serviços, 
 
 
 
assim a família é tida como a principal referência, é impossível falar de assistência sem 
fazer relação com a família. 
A partir de Gomes e Pereira (2005) é preciso refletir cada vez mais sobre a atuação 
das políticas públicas junto à família, até pela gravidade de pobreza e miséria existente no 
Brasil, por isso destaca-se a importância do papel do Estado para assegurar os direitos 
dessas famílias, não focando apenas no desenvolvimento da economia do país, mas sim 
na área social, portanto é preciso que haja uma maior expressividade destas políticas 
sociais, pois ainda vê-se certa ineficácia destas, onde há famílias em situações de 
vulnerabilidade social que são desassistidas, hospitais sem condições de atendimento, 
faltam programas de assistência social com caráter eficaz e contínuo, etc. 
 
A proteção integral à criança e ao adolescente, garantida pelo Estatuto da 
Criança e do Adolescente – ECA (Brasil, 1990) em seu art. 4º, que tem a 
família, além da comunidade, da sociedade e do Poder Público, como uma 
das responsáveis pela proteção da sua prole, se vê, no entanto, no rumo 
inverso, uma vez que, alijada das mínimas condições socioeconômicas, 
sofre o processo da exclusão social. A injustiça social dificulta o convívio 
saudável da família, favorecendo o desequilíbrio das relações e a 
desagregação familiar (GOMES e PEREIRA, 2005, p.260). 
 
Dito isto, sabe-se que no Brasil existe muita desigualdade social, concentração de 
renda e exclusão social, desta forma é preciso potencializar as ações das políticas 
públicas no atendimento às famílias, para que haja o desenvolvimento humano e da sua 
dignidade, minimizando as situações de vulnerabilidade social através do acesso à 
educação, saúde, alimentação e moradia. 
Através de Medeiros (apud Fonseca, 2006) ocorre relação que se estabelece entre 
as famílias e as políticas sociais, primeiro porque as famílias são objetos destas políticas, 
outra relação é que as famílias são tidas como instrumento e tem um papel funcional na 
execução das políticas públicas como fiscalizadora, e também porque ao mesmo tempo 
em que as políticas públicas trazem resultados para as famílias, estas também geram 
efeitos inesperados nestas. 
 
No Brasil, o acompanhamento da implementação da agenda neoliberal 
permite levantar duas observações relacionadas ao debate sobre a família 
no âmbito das políticas públicas. A primeira indica que, em torno da 
centralidade da família nas políticas públicas, [...] desenham-se projetos 
distintos que disputam a hegemonia, tanto no plano da direção política de 
seus formuladores, quanto nos espaços de gestão e execução das 
políticas públicas. A segunda vincula-se a questão ideológica, ou seja, 
mais precisamente a ideologia secular que atravessa a sociedade 
brasileira: a da responsabilização da família na provisão da proteção 
 
 
 
social, como um fator importante no processo de adesão e fortalecimento 
da agenda neoliberal (MIOTO; SILVA e SILVA, 2007, p.3). 
 
Portanto, as políticas públicas têm o seu papel desafiador perante o enfrentamento 
das questões sociais no âmbito familiar, pois estas devem ter caráter universal e visar à 
inclusão social e a concretização dos direitos dos cidadãos, mas ao mesmo tempo sem 
desresponsabilizar o Estado, visa favorecer as potencialidades da família e sua 
autonomia. 
 
5. O SERVIÇO SOCIAL NO CRAS: reflexões sobre sua prática 
 
O Centro de Referência da Assistência Social- CRAS, é uma instituição que presta 
atendimento às famílias que encontram-se em situação de vulnerabilidade social, 
trabalhando na prevenção dos riscos sociais destas. Com isso, o Serviço Social é uma 
profissão que presta um serviço imprescindível nesta instituição, pois sua atuação volta-
se para o atendimento às famílias através de orientações, acolhimento, aconselhamento, 
enfim para uma maior inserção social e para efetivação de direitos sociais destas famílias. 
 De acordo com o artigo primeiro da LOAS- Lei Orgânica da Assistência Social 
(1993), 
 A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de 
Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, 
realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e 
da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas 
(LOAS, 1993, p.6). 
 
Assim, o CRAS é uma instituição inserida no âmbito da assistência social, onde 
oferece serviços gratuitos a toda sociedade e trabalha especialmente com as famílias 
carentes visando fortalecer os vínculos familiares e garantir condições mínimas de 
sobrevivência a esta população. Lembrando que os programas e projetos existentes no 
CRAS são executados pelas três instâncias do governo (federal, municipal e estadual) e 
devem ser articulados dentro do Sistema Único de Assistência Social- SUAS. 
 
O uso da informação é um dos elementos necessários à boa gestão. 
Assim, todos os profissionais que trabalham na proteção básicadevem 
zelar para que as informações sejam prestadas com fidedignidade, 
transparência e no prazo estipulado (MINISTÉRIO DO 
DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME, 2009, p.39). 
 
Dito isto, percebe-se que entre os profissionais da instituição abordada deve haver 
articulações de conhecimento, que é dada através de reuniões existentes, além de que há 
 
 
 
todo um planejamento coletivo, uma organização e definição de informações a serem 
coletadas e como estas devem ser transmitidas aos usuários, pois a informação é um 
instrumento importante no cotidiano das ações desenvolvidas na unidade. 
No art. 3º do Código de ética profissional dos assistentes sociais (1993) diz que “é 
dever do assistente social desempenhar suas atividades profissionais, com eficiência e 
responsabilidade, observando a legislação em vigor” bem como é de suma importância 
que este profissional incentive, sempre que possível, a prática profissional interdisciplinar 
e respeite as normas e princípios éticos das outras profissões. Entretanto constitui dever 
do assistente social manter o sigilo profissional, cumprir e fazer cumprir o código de ética. 
 
O CRAS, enquanto unidade socioassistencial, possui uma equipe de 
trabalhadores da política de assistência social responsáveis pela 
implementação do PAIF, de serviços e projetos de proteção social básica, 
nos CRAS ou unidades operacionais de assistência social no município. 
Esse conjunto de trabalhadores é denominado “equipe de referência do 
CRAS” e sua composição é regulada pela NOB-RG/SUAS (TEIXEIRA, 
2010, p.289). 
 
A equipe técnica do CRAS deve ser formada por profissionais de diferentes áreas, 
onde estes trabalham de forma articulada e de modo interdisciplinar, ou seja, deve-se 
trabalhar em equipe, coletivamente para contribuir com a diminuição das situações de 
vulnerabilidade e para o fortalecimento dos vínculos familiares. Por isso, o profissional do 
Serviço Social faz parte desta equipe técnica com o dever de contribuir para a 
viabilização da participação efetiva da população usuária nas decisões institucionais, 
garantindo a plena informação aos usuários, democratizando e esclarecendo informações 
a fim de promover uma melhoria social e trazer resultados satisfatórios as famílias 
assistidas pela instituição. 
O assistente social do CRAS desenvolve atividades como: acolhimento; 
acompanhamento de famílias; visitas domiciliares; encaminhamento dos usuários aos 
programas, projetos e serviços existentes no município; orientação e encaminhamentos 
de pessoas portadoras de deficiência e idosos ao BPC- Benefício de Prestação 
continuada; reuniões comunitárias; palestras e oficinas sócio-educativas; 
encaminhamento as famílias beneficiárias do PETI- Programas de Erradicação do 
Trabalho Infantil, Bolsa Família e Projovem; ações coletivas e comunitárias no território; 
promoção de cursos de geração de trabalho e renda; articulação com profissionais de 
outras políticas públicas; busca pró-ativa, etc. (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO 
SOCIAL E COMBATE À FOME, 2009). 
 
 
 
Com isso, enfatiza-se a atuação, ou seja, a importância do papel do assistente 
social do CRAS com relação ao atendimento às famílias, pois este profissional acolhe os 
usuários ofertando informações e prestando encaminhamentos necessários, faz também 
acompanhamentos assistindo assim às famílias como também realiza projetos que 
inserem este público para um maior acesso às informações e orientações, visando desta 
forma uma maior inclusão social e garantia dos direitos. 
Para Teixeira (2010) é importante que o trabalho dos profissionais dos CRAS não 
se restrinja à concessão de benefícios, e ao cadastramento das famílias, embora 
reconheça sua importância. Mas, é preciso ir além buscando socializar as famílias, 
sempre refletindo e agindo sobre sua prática profissional. 
 
O espaço físico constitui fator determinante para o reconhecimento do 
CRAS como lócus no qual os direitos socioassistenciais são assegurados. 
É imprescindível que a infra-estrutura e os ambientes do CRAS respondam 
a requisitos mínimos para a adequada oferta dos serviços 
socioassistenciais de proteção social básica nele ofertados. Todos os 
CRAS são obrigados a dispor dos espaços necessários à oferta do 
principal serviço, o Programa de Atenção Integral à Família – PAIF, bem 
como para a função de gestão territorial da proteção básica ((MINISTÉRIO 
DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME, 2009, p.48). 
 
Portanto, sabe-se que no cotidiano de trabalho há vários desafios e dificuldades 
encontradas pelos técnicos do CRAS, seja devido à limitação do espaço e da autonomia 
profissional, pela falta de recurso para o desempenho das ações planejadas, ou pela 
inadequação do espaço físico, só que mesmo diante desses acontecimentos é preciso 
garantir um bom atendimento em prol dos usuários. 
É imprescindível que o Serviço Social no CRAS supere a visão de assistencialismo, 
ultrapasse a benesse e a caridade, pois ambos já não fazem parte do projeto ético-político 
profissional, além de que não geram mudanças significativas na vida dos usuários, não 
promovem autonomia e cidadania. Assim, deve-se entender a realidade familiar num 
contexto amplo, livre de julgamentos e de dimensão conservadora. 
Enfim, é importante enfatizar no que tange ao processo de mediação no serviço 
social, que está ligada ao processo de intervenção do assistente social, onde cada 
profissional obtêm sua particularidade, ou seja, sua forma de agir e sua dimensão de 
conhecimentos, onde estes devem levar em consideração o fato singular, individual das 
demandas institucionais, não esquecendo o universo das demandas sociais existentes na 
realidade social, por isso deve-se considerar todo o conjunto de fatores que levaram ao 
acontecimento de situações existentes nas relações sociais capitalistas. Dito isto, 
 
 
 
destaca-se a importância de trabalhar através da mediatização intervindo a fim de uma 
melhoria social e de uma emancipação humana, não sendo um mero executor, 
mecanicista e rotulador, é necessário ser criativo, inventivo e inovador para que sua 
prática profissional venha cada vez mais expandir novos espaços de atuação. 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Das cinco mães adolescentes entrevistadas, constatou-se que 60% com a idade de 
15 anos e 40% com 16 anos, todas residentes no município de Lagarto-SE, 
especificamente no Bairro Jardim Campo Novo, onde 60% são naturais do Estado de 
Sergipe, 20% de São Paulo e 20% da Bahia, apresentando baixo grau de escolaridade. É 
importante dizer que entre as mães entrevistas viu-se que 80% destas não trabalham, e 
20% trabalham em lavouras, colhendo pimenta. Portanto a partir dos dados coletados foi 
possível perceber que as mães adolescentes deixaram de estudar, possuindo o ensino 
fundamental incompleto. 
Constatou-se que quanto à primeira relação sexual, 40% das mães entrevistadas 
tiveram a primeira relação sexual aos 14 anos; 40% aos 13 anos e 20% aos 11 anos. No 
que se refere ao uso dos métodos contraceptivos, 60% das entrevistadas disseram que 
fazem uso dos métodos contraceptivos, destas 40% usam comprimido e 20% usam 
injeção. Assim, de acordo com Oliveira (1998) a vida sexual ocasional por parte dos 
adolescentes faz com que eles não planejem e nem previnam-se, ou seja tenham em 
mente uma certa preocupação quanto os riscos que podem ocorrer e até mesmo com 
relação a uma gravidez indesejada, desta forma vê-se que a maioria das mães 
entrevistadas fazem o uso de métodos contraceptivos, mas mesmo assim engravidaram. 
Segundo a autora, isso acontece devido ao uso inadequado destes métodos que faz com 
que tornem-se ineficazes, não surtam efeitos positivos, além de que há também uma falta 
de informaçãoprincipalmente por parte das adolescentes provindas de famílias que 
possuem uma situação econômica baixa e vivem em situações de vida precárias, sendo 
que as adolescentes acabam achando este acontecimento normal, pois vêem isso 
acontecer de forma natural. 
Quanto ao planejamento da gravidez 60% das entrevistadas disseram não ter 
planejado e 40% ter planejado a gravidez. Ou seja, os sentimentos das adolescentes 
variam de acordo com a visão de cada uma, pois há uma particularidade, desta forma, 
como destaca Dias e Texeira (2010) a gravidez na adolescência não deve ser vista 
 
 
 
apenas como algo não planejado e indesejado por parte dos adolescentes, pois muitas 
adolescentes, principalmente as de nível sócio-econômico menos favorecido vêem a 
maternidade como algo positivo, desejado e satisfatório. 
No aspecto da participação e apoio da família com as mães adolescentes 
entrevistadas todas disseram que há o apoio da família. Este fato é de suma importância, 
pois com o apoio e incentivo da família é possível criar condições para ajudar nas 
opiniões dos adolescentes, sendo que, para essas mães adolescentes conseguirem 
superar as dificuldades trazidas pela maternidade o apoio familiar existente, seja quanto à 
ajuda das despesas financeiras, ou de qualquer outra forma, é imprescindível para que a 
situação não venha trazer só problemas. 
Com relação ao apoio prestado pelo companheiro, 80% das mães adolescentes 
entrevistadas falaram que recebem atenção e o companheiro apóia e aceitam os filhos, 
20% destas disseram que não apóia. Quanto à pretensão de ter mais filhos, 80% das 
entrevistadas declararam que não querem ter mais filhos, e 20% destas adolescentes 
querem ter mais um filho. 
Verificou-se que a partir do momento que as adolescentes tornaram-se mães, 80 % 
contaram que houve mudanças nas suas vidas, destas 40% disse que aumentou a 
responsabilidade e 40% disse que mudou a rotina, deixou de sair, além de que o gasto é 
em dobro; e 20% disseram que não houve mudanças. Constatou-se que 60% das mães 
entrevistadas já participaram de algum projeto ou programa voltado para inclusão social, 
que foi no grupo de convivência de gestante do CRAS, sendo que destas 40% 
freqüentaram o grupo durante toda duração e 20% desistiu e deixou de fazer parte do 
projeto; Entretanto 40% das mães adolescentes nunca participaram de projeto ou 
programa voltado para inclusão social ou capacitação de adolescentes. 
De acordo com os artigos nº. 86 e nº. 87 do Estatuto da Criança e do Adolescente 
(Lei nº 8.069/1990) deve haver uma política de atendimento dos direitos das crianças e 
adolescentes por meio de políticas sociais básicas de programas de assistência social, 
para quem necessitar. 
Com isso é imprescindível ressaltar a importância da existência de programas e 
projetos voltados para inclusão social destas pessoas, seja em programas de saúde, 
educação e profissionalizante, pois esta inclusão pode ajudar a diminuir os problemas 
existentes, contribuindo na formação de um melhor e mais amplo projeto de vida 
profissional dos adolescentes, trazendo benefícios e melhorias na qualidade de vida 
destas pessoas. 
 
 
 
Contudo, de acordo com as entrevistas feitas, percebeu-se que maior parte das 
entrevistadas depois que tornaram-se mães sentem-se responsáveis e amadurecidas, 
porque de certa forma a sociedade impõem que as famílias tenham esse caráter, é um 
valor construído socialmente. 
Foram entrevistados também cinco familiares, ambos são residentes no município 
de Lagarto-SE no Bairro Jardim Campo Novo. Quanto à naturalidade dos entrevistados 
constatou-se que 80% são naturais do Estado de Sergipe e 20% do Estado de 
Pernambuco. Dentre os entrevistados, o grau de escolaridade são 60% analfabetos e 
40% possuem o nível fundamental incompleto. No que refere-se às condições de moradia 
100% das residências são de alvenaria, não possui rede de esgoto, onde em 80% destas 
há coleta de lixo e em 20% não há, 80% disseram que a casa é própria e 20 % não 
pronunciou a respeito. Quanto à renda familiar e atividade que desempenham 80 % 
recebem auxílio do Programa Bolsa Família, destas 40% recebem R$ 132,00 e 40% 
recebe R$68,00, sendo que desses 40%, 20% complementam a renda com emprego 
informal especificamente consertando sombrinhas; e 20% dos familiares não recebem 
auxílio do Programa Bolsa Família, pois trabalha em emprego formal, auxiliar de serviços 
gerais. No que tange ao número de membros das famílias entrevistadas, 40% é composto 
por três membros, 20% por sete membros, 20% por quatro membros e 20% por seis 
membros. 
Quanto ao convívio e a relação entre os familiares, notou-se que em 60% das 
famílias a relação é boa, apesar da existência de alguns conflitos. Constatou-se na reação 
dos familiares ao saber que na sua família haveria uma mãe ainda adolescente onde, 
60% dos entrevistados disseram que no início não queria, mas depois aceitaram. 
Entretanto 40% as reações foram de alegria. 
A respeito da opinião dos familiares em relação ao papel da família no 
desenvolvimento dos indivíduos na sociedade, 100% das entrevistadas disseram que a 
família representa um papel importante na sociedade. 
Quanto à questão da inserção da família em projetos, programa ou política social 
que veio melhorar as condições de vida dos seus membros, 100% das famílias 
entrevistadas participam ou já participaram de programas e projetos sociais, sendo que 
deste total 80% participam do Programa Bolsa Família, sendo que destas 20% já 
participaram de projetos existentes no CRAS Monteiro, especificamente no grupo de 
convivência de gestantes. 
 
 
 
Para Gomes e Pereira (2005) é preciso reforçar as ações das políticas públicas 
junto às famílias, evidenciando o papel e o financiamento por parte do Estado para 
investimentos nas áreas sociais, para que assim estas políticas venham ser cada vez 
mais eficazes e com caráter contínuo. 
No que refere-se à opinião dos familiares, quanto a sua inserção nas ações 
existentes na sociedade e no processo de inclusão social 80% disseram que sentem-se 
incluídos socialmente. No entanto 20% considera-se excluída da sociedade. 
Desta forma destaca-se a valorização da família nas políticas sociais para que 
venha acontecer uma maior inclusão social destas. A partir das entrevistas realizadas 
com os familiares das mães adolescentes foi comprovado que a maioria sentem-se 
incluídas, mas este fato não quer dizer que ambas tenham um espaço de cidadania, 
democracia e de qualidade de vida, pois como foi evidenciado no discurso da família que 
sente-se excluída não há espaço de lazer, enfim as necessidades pessoais não são 
satisfeitas. 
A partir das entrevistas realizadas com as assistentes sociais do CRAS Monteiro 
viu-se que as ações desenvolvidas por estes profissionais voltadas às famílias e aos 
adolescentes ocorrem através da prevenção do adolescente e de sua família. Já no que 
refere-se ao processo de a mediação, percebeu-se que esta ocorre tanto por meio da 
atuação em campo, ou seja, junto às famílias, que é o momento em que se conhece a 
realidade social destas de perto, através de um acompanhamento realizado, como 
também foi enfatizado que o trabalho intersetorial, contribui de forma positiva na garantia 
dos direitos dos adolescentes. 
Quanto aos projetos desenvolvidos no CRAS, constatou-se que 100% das 
entrevistadas relataram que o projeto existente no CRAS Monteiro voltado a questão 
social da gravidez na adolescência é o projeto Mamãe Bebê saudável, do grupo de 
convivência da instituição. 
Assim, destaca-se que o trabalho desenvolvido no CRAS Monteiro também é 
condizente com o que estabelece o Sistema Único de Assistência Social- SUAS e aNorma Operacional Básica- NOB, a Política Nacional de Assistência Social- PNAS e a Lei 
Orgânica de Assistência Social- LOAS, onde há existência de grupo de convivência de 
gestantes, um atendimento voltado ao acolhimento, orientação e intervenção para o 
enfrentamento das carências e das questões sociais existente entre as pessoas do grupo. 
Portanto, no seu cotidiano profissional viu-se que as assistentes sociais atuam 
frente à gravidez na adolescência de maneira informativa, trazendo benefícios para saúde 
 
 
 
das gestantes, para elevação da auto-estima, além de conceder a esta gestante 
benefícios eventuais que são garantidos em lei. Há entrega de enxoval de bebê, onde em 
alguns grupos as próprias gestantes são quem confeccionam. Cabe ressaltar, que há uma 
lacuna deixada pelo CRAS no sentido de haver um trabalho preventivo à gravidez na 
adolescência, pois as informações são prestadas no momento em que a gravidez já 
aconteceu, então seria importante a promoção de campanhas preventivas e palestras 
para um público adolescente com o intuito de evitar esta questão. 
Assim reconhece a importância do trabalho do assistente social desta instituição na 
viabilização de políticas para os seus usuários, em especial no caso das mães 
adolescentes, pois esta vem trazer benefícios e melhoria social na vida destas pessoas. 
De acordo com todo o estudo bibliográfico e de campo realizados, pôde-se notar 
que a questão social da gravidez na adolescência faz-se presente no município de 
Lagarto-SE, em especial no Bairro Jardim Campo Novo, bem como a pesquisa 
documental feita nos arquivos existentes do Centro de Referência da Assistência Social- 
CRAS Monteiro, instituição onde foi delimitado o estudo de campo. 
De acordo com a problemática apresentada pela pesquisa em pauta, pode-se 
concluir que na realidade social das mães adolescentes que foram entrevistadas e que 
são assistidas pelo CRAS Monteiro, prevalecem as baixas condições sociais e 
econômicas, onde há um baixo nível de escolaridade, e em sua maioria fazem o uso de 
métodos contraceptivos, mas mesmo assim engravidaram, isto justifica-se pela falta de 
informação existente e pelo uso inadequado destes métodos. Além disso, as condições 
de moradia são precárias, não há espaço de lazer e cultura. Contudo, foi possível notar 
que o convívio familiar é bom, apesar da existência de muitos problemas e de alguns 
conflitos. 
Assim, a partir da análise feita do estudo foi possível constatar que a gravidez na 
adolescência não pode ser generalizada como algo não-planejado por parte dos 
adolescentes, pois como foi visto nas entrevistas realizadas, muitas adolescentes optaram 
e queriam ser mãe, mesmo com a pouca idade e na situação de vida não-estruturada que 
encontram-se. 
Viu-se ainda que o papel do CRAS através da atuação dos assistentes sociais é 
primordial, visando sempre garantir os direitos dos usuários. Mas é preciso que estas 
ações venham ter um caráter preventivo também, quando refere-se à prevenção da 
gravidez na adolescência, porque nesta instituição mencionada as ações e projetos 
existentes voltam-se para as adolescentes que já estão grávidas. 
 
 
 
Portanto, esta pesquisa foi de suma importância para entender como a gravidez na 
adolescência esta sendo tratada, e como as necessidades desse segmento vêm sendo 
sanada através das políticas públicas em particular no CRAS, no sentido de promover 
uma discussão sobre essa expressão da questão social, bem como entender a percepção 
das mães adolescentes e seus familiares. 
 
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