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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 1.R67 MS 1
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Temos então para a barra da Figura 17: Trecho AB: ax 0 ATT Trecho BC: )( baxa BA TTT 35 Tendo-se as equações dos momentos de torção podemos então desenhar o seu diagrama lançando no eixo das abscissas a posição x da seção transversal e no eixo das ordenadas o valor do momento de torção T. Exercício resolvido Montadas no eixo AC de 30mm de diâmetro, conforme a figura, existem 3 polias A, B e C nas quais atuam, respectivamente, os torques mNTA .280 , mNTB .500 e mNTC .220 com os sentidos mostrados. Pede-se: (a) escrever as equações dos momentos de torção e seus diagramas; (b) determinar as tensões de cisalhamento máximas nos trechos AB e BC do eixo. Solução: Vamos considerar que o eixo cartesiano x tem origem na extremidade A do eixo AC e sua direção é a mesma da linha de centro deste. (a.1) Equações dos momentos de torção Trecho AB: mx 4,00 280ABT Trecho BC: mx 1,14,0 500280BCT 220BCT (a.2) Digrama dos momentos de torção (b.1) Tensão de cisalhamento máxima no trecho AB do eixo 48 43 10.948,7 2 )10.15.( mJ Pa J cTAB AB 6 8 3 10.84,52 10.948,7 10.15.280. (b.1) Tensão de cisalhamento máxima no trecho BC do eixo Pa J cTBC BC 6 8 3 10.52,41 10.948,7 10.15.220. 36 4.8 Exercícios 1) O eixo AD mostrado na Figura 19 está submetido aos torques kNmTA 0,4 , kNmTB 0,7 , kNmTC 0,5 e kNmTD 0,2 Escrever as equações dos momentos de torção e desenhar o seu diagrama. Respostas: 49,00 Tmx ; 36,19,0 Tmxm e 21,26,1 Tmxm 2) Um eixo de 50mm de diâmetro está submetido aos torques kNmTA 6,1 , kNmTB 0,3 , kNmTC 0,2 e kNmTD 6,0 conforme mostra a Figura 19. Sabendo-se que o módulo de elasticidade transversal é 80MPa, pede-se determinar: a) As tensões de cisalhamento máximas nos trechos AB, BC e CD. b) Qual a rotação da seção D em relação à seção A. Respostas: a) 𝜏𝐴𝐵 = 65,20𝑀𝑃𝑎, 𝜏𝐵𝐶 = −57,05𝑀𝑃𝑎 e 𝜏𝐶𝐷 = 24,45𝑀𝑃𝑎 b) 𝜑𝐷/𝐴 = 1,548. 10 −2𝑟𝑎𝑑 Figura 19 3) Resolver os problemas 3.27 a 3.30 do livro do BEER e JOHNSTON, Bibl. nº 1 (pág.238 e seguintes). 37 4.9 Cálculo de eixo de transmissão* O eixo de transmissão é um elemento de máquina que transmite torque e rotação de um componente para outro. É o caso, por exemplo, do eixo cardã que transmite o movimento do motor para o diferencial do caminhão. No eixo de transmissão devemos considerar a potencia a ser transmitida e a velocidade de rotação do eixo para que possamos dimensioná-lo. Fórmula para determinação do momento de torção T f P T ..2 Onde T é o momento de torção (N.m) P é a potência transmitida ( watts: s mN W . ) f é a freqüência ou rps, ou hertz ( 1 sHz ) Conversão de unidades: rpmHzrps 6011 s mN Whp . 7467461 * Ver pag. 247 do BEER e JOHNSTON, Bibl. nº 1. 38 4.10 Exercícios 1) Um eixo de 5m de comprimento e 60mm de diâmetro gira a 300rpm. Sabendo-se que o módulo de elasticidade transversal do material do eixo é G=77GPa e que o ângulo de torção de eixo é 3° pede-se determinar: a) o momento de torção, b) a tensão máxima de cisalhamento e c) a potência transmitida pelo eixo. Respostas: a) NmT 1000 b) MPa6,23max c) WP 410.14,3 2) Um motor de 1800rpm está sujeito a um momento de torção de 5Nm. (a) Qual deve ser a potência mínima do motor? (b) Se este motor está acionando um eixo de 10mm de diâmetro e 3m de comprimento pede-se determinar o ângulo de torção deste eixo sabendo-se que G=80GPa. Respostas: (a) 942W ou 1,26hp; (b) 0,19rd ou 11° 3) Determinar o diâmetro do eixo de um motor de 3hp e 3600rpm sabendo-se que a tensão admissível ao cisalhamento do material do eixo é 60MPa. Resposta: 8mm 4) Um eixo de 6m de comprimento feito de tubo com 60mm de diâmetro externo e parede de 17mm, gira a 240rpm. Sabendo-se que o ângulo de torção é 3,5° e que G=80GPa pede-se determinar: a) a potência que está sendo transmitida; b) a máxima tensão de cisalhamento no eixo. Respostas: a) P=25kW, b) MPa4,24max 5) Recomendação de exercícios: Problemas do livro do BEER e JOHNSTON, Bibl. nº 1 paginas 255 e seguintes. 39 5 FLEXÃO 5.1 Vigas Viga é uma barra que suporta cargas transversais em relação ao seu eixo. Estudaremos, de início, somente vigas cujas seções transversais são invariáveis (vigas prismáticas) e que possuem eixo de simetria vertical. As cargas aplicadas serão consideradas como atuantes no plano vertical formado pelo eixo de simetria vertical da seção transversal e o eixo da viga, acarretando, portanto, flexão neste plano. 5.2 Tipos de apoios das vigas As vigas podem ser vinculadas a apoios de vários tipos: a) Apoio articulado fixo é o apoio mostrado na Figura 22, do lado esquerdo da viga, o qual permite a rotação da viga, mas, não permite deslocamento em qualquer direção. Este tipo de apoio dá origem a reações de apoios que, normalmente, tem componente vertical e horizontal. Representações esquemáticas: b) Apoio articulado móvel é o apoio mostrado na Figura 22, do lado direito da viga, o qual permite a rotação da viga e deslocamento horizontal, mas, não permite o deslocamento vertical. Portanto, este apoio só possui uma reação de apoio, que no caso da Figura 22, é vertical. Representações esquemáticas: c) Engastamento é o apoio mostrado á esquerda da viga na Figura 23, o qual é um apoio rígido, que não permite nem rotação e nem deslocamento em qualquer direção. Neste caso, além das componentes horizontal e vertical das reações de apoio, aparece uma reação de apoio do tipo momento. Representações esquemáticas: Exemplo: A figura seguinte mostra um exemplo prático de um apoio articulado fixo, no lado esquerdo, onde a barra é apoiada através de um pino que atravessa as peças por furos de diâmetro ligeiramente maior que o diâmetro do pino. No lado direito temos um apoio articulado móvel. A construção é semelhante à anterior, mas, neste caso, a barra possui furo oblongo que permite liberdade de movimento horizontal da barra. 5.3 Tipos de carregamentos Uma viga pode ser carregada por cargas concentradas como as forças P1 e P2 nas Figura 22 e Figura 24 ou cagas distribuídas como q da Figura 23 e Figura 24. 40 As cargas distribuídas são caracterizadas pela taxa de carregamento que é expressa em unidade de força por unidade de comprimento ao longo do eixo da viga. Esta taxa de carregamento pode ser constante como a da Figura 23 e Figura 24 ou pode ser variável. Além de forças, uma viga pode, também, ser sujeita a momentos ou binários como o momento M mostrado na Figura 22. 5.4 Carga uniformemente distribuída É a força distribuída que não varia ao longo de seu comprimento de distribuição. A Figura 20.a mostra a representação de uma força uniformemente distribuída q (N/m). Para efeito do cálculo das reações de apoio transformamos a força distribuída por uma força concentrada no centro de gravidade da força distribuída e cuja intensidade é o valor total da força distribuída, como mostra a Figura 20.b.