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Direito Administrativo Gladstone Felippo 1. A remuneração dos servidores públicos e o subsídio somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, salvo casos pontuais – art.37, X, da CRFB. 2. Nos consórcios públicos, o representante legal deverá ser, obrigatoriamente, o Chefe do Poder Executivo de ente da federação consorciado – art. 4º, VIII, Lei 11.107/05. 3. Nas PPP´s os riscos são repartidos, inclusive os referentes a caso fortuito, força maior, fato do príncipe e álea econômica extraordinária – art. 5º, III, Lei 11.079/04. 4. Na desapropriação direta, os juros compensatórios são devidos desde a antecipada imissão na posse e, na desapropriação indireta, a partir da efetiva ocupação do imóvel – Verbete n. 69 STJ. 5. Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial – art. 14, §3º, Lei 9.784/99. 6. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade – art.14, Lei 8.429/92. 7. Nas desapropriações por interesse social, o decreto expropriatório caduca em 2 anos – art. 3º, Lei 4.132/62. 8. A responsabilidade civil dos titulares de registro de notas é pessoal e subjetiva, e prescreve em três anos a pretensão de reparação civil – art. 22, Lei 8.935/94. 9. A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, salvo os encargos previdenciários, que são solidários – art. 71, Lei 8.666/93. 10. Nos contratos administrativos regulamentados pela Lei n. 8.666/93, admite-se a exceção do contrato não cumprido – art. 78, XV, Lei 8.666/93. 11. A transferência de concessão ou do controle societário da concessionária sem prévia anuência do poder concedente implicará a caducidade da concessão – art. 27, Lei 8.987/95. 12. Pela falta residual, não compreendida na absolvição pelo juízo criminal, é admissível a punição administrativa do servidor público. – Verbete n. 18 STF. 13. Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público – SV n. 44. 14. O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público – Verbete n. 266 STJ. 15. As estatais prestadoras de serviço público respondem objetivamente pelos danos que seus agentes causarem a terceiros – art. 37, §6º, da CRFB. 16. As microempresas e empresas de pequeno porte possuem tratamento jurídico diferenciado nas licitações públicas, como por exemplo a garantia do empate ficto ou presumido – art. 44, §1º, LC 123/06. 17. As ilhas fluviais, as ilhas oceânicas e as costeiras são consideradas bens da União, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios – art. 20, IV, da CRFB. 18. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração – art. 55, Lei 9.784/99. 19. O recurso administrativo denominado pedido de reconsideração não interrompe o prazo para o mandado de segurança – Verbete n. 430 STF. 20. As decisões do Tribunal de Contas de que resultem imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo – art. 71, §3º, da CRFB. Direito Ambiental Tatiana Fernandes 1. Lembre-se de que a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, realizada em 1972, na cidade de Estocolmo, foi a primeira grande reunião de chefes de Estado organizada pela ONU para tratar das questões relacionadas à degradação do meio ambiente. 2. Na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Cnumad), realizada em 1992, no Rio de Janeiro, foi reconhecido o conceito de desenvolvimento sustentável. 3. A Constituição Federal de 1988 galgou o meio ambiente ao status constitucional, criando capítulo próprio para o mesmo (art. 225 da CRFB). 4. A Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81) foi a primeira grande norma de gestão ambiental sancionada em nosso país e recepcionada pela Constituição Federal. 5. Importante: o meio ambiente é um direito de terceira geração, difuso e transindividual. 6. Lembre-se: art. 225, caput, da CRFB: “Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” 7. Peculiaridades do dano ambiental: ênfase na prevenção, em vez de na reparação; indeterminação das vítimas; efeitos transfronteiriços; dificuldade em sua valoração. 8. As formas de responsabilidade ambiental são: civil, administrativa e criminal. 9. Importante: o Brasil possui a maior biodiversidade do planeta. Nossa flora e nossa fauna estão amparadas em diversas leis e no artigo 225 da CRFB. 10. A ação civil pública é a tutela processual ambiental proposta pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, por entes públicos, autarquias, empresas públicas, fundações, sociedades de economia mista e associações para a defesa dos interesses coletivos e difusos, entre eles o meio ambiente. Direito Civil Rafael Mendonça 1. A emancipação voluntária depende da anuência de ambos os pais. 2. O menor entre 16 e 18 anos pode ser mandatário. 3. É possível renunciar ao próprio corpo. 4. É possível a alteração do nome, desde que mediante requerimento judicial fundamentado. 5. Após a vigência do Estatuto do Deficiente, o único absolutamente incapaz é menor de 16 anos. 6. As obrigações facultativas são aquelas em que o devedor tem a faculdade de substituir a prestação devida por outra. 7. A conversão da obrigação de dar coisa certa em perdas e danos extingue a indivisibilidade. 8. A conversão da obrigação de dar coisa certa em perdas e danos não extingue a solidariedade. 9. A doação de ascendente para descendente é válida, mas é considerada adiantamento da legítima. 10. A doação inoficiosa e a doação universal são nulas. 11. A compra e venda de ascendente para descendente é anulável. 12. Se a posse for social (moradia ou trabalho), o prazo da usucapião extraordinária é reduzido para 10 anos. 13. É proibido o uso anormal da propriedade (art. 1.277 do CC). 14. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado se não provar culpa da vítima ou força maior. 15. O incapaz responde pelos prejuízos que causar se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação defazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. 16. As pessoas elencadas no artigo 1.521 não podem casar sob pena de nulidade absoluta do casamento. 17. Se as pessoas elencadas no artigo 1.523 casarem, o casamento será válido, mas o regime de bens será o da separação total de bens. 18. O deficiente mental, com capacidade civil plena, pode requerer judicialmente a nomeação de dois apoiadores (art. 1.783-A do CC). 19. A indignidade tem natureza de pena civil. 20. A renúncia da herança pode ser abdicativa ou translativa. Direito Constitucional Paulo Nasser 1. Direitos Fundamentais – Direito de Reunião – Art. 5º(...) – XVI. 2. Direitos Políticos – Reeleição – Art. 14, §5º, da CRFB. 3. Processo legislativo de emenda constitucional – Art. 60, I, II e III e §§2º, 3º e 5º, da CRFB. 4. Processo legislativo de emenda – Limitação circunstancial – Art. 60, §1º, da CRFB. 5. Processo Legislativo – Bicameralismo – Diferença em projeto de Lei, Emenda e Medida Provisória. 6. SÚMULA VINCULANTE 54 – A medida provisória não apreciada pelo congresso nacional podia, até a Emenda Constitucional 32/2001, ser reeditada dentro do seu prazo de eficácia de trinta dias, mantidos os efeitos de lei desde a primeira edição. 7. Funções Essenciais à Justiça – Procurador-geral da República – Escolha e destituição – Art. 128, §§ 1º e 2º, da CRFB. 8. A atuação do Procurador Federal da República ocorrerá em todos os processos de competência do STF. 9. Sessão Legislativa – Art. 57, caput, da CRFB. 10. Legislatura – Art. 44, parágrafo único, da CRFB. 11. Imunidades parlamentares – Art. 53 da CRFB. 12. Poder Executivo – Dupla vacância – Art. 81 da CRFB. 13. Poder Executivo – Processo contra o Presidente da República – Art. 86 da CRFB. 14. Poder Executivo – Imunidade Presidencial – Art. 86, §§3º e 4º, da CRFB. 15. SÚMULA VINCULANTE 46 – A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União. 16. Poder Judiciário – Súmula Vinculante – Art. 103-A da CRFB. 17. Poder Judiciário – Garantias do Magistrado – Art. 95, I, II e III, da CRFB. 18. Efeito repristinatório da declaração de inconstitucionalidade ocorre quando a norma que havia sido revogada volta a produzir efeitos após a declaração de inconstitucionalidade da norma revogadora. 19. No Controle de Constitucionalidade Difuso (incidental e concreto), o juiz pode conhecer de ofício a inconstitucionalidade. 20. A legitimidade ativa de todas as ações diretas, ADI, ADC, ADPF e ADI por Omissão, está no art. 103 da CRFB. Direito do Consumidor Rafael Mendonça 1. No que tange à definição de consumidor, o CDC adotou a Teoria Finalista. 2. Serviço é a atividade desenvolvida pelo fornecedor com habitualidade, profissionalismo e remuneração. 3. O CDC admite a figura do consumidor por equiparação. 4. É direito básico do consumidor a inversão do ônus da prova a seu favor. 5. O CDC adotou a Teoria da Base Objetiva do Negócio Jurídico. 6. O CDC proibiu a publicidade enganosa e abusiva. 7. Na responsabilidade pelo fato do serviço, os profissionais liberais respondem mediante a verificação de culpa. 8. A responsabilidade do comerciante pelo fato do produto é subsidiária. 9. O prazo para o consumidor reclamar vício do produto e do serviço é de 30 dias, para os produtos e serviços não duráveis, e 90 dias, para os produtos e serviços duráveis. 10. Para exercer pretensões relativas a fato do serviço e do produto, o prazo prescricional é de 5 anos. Direito Empresarial Paulo Roberto Bastos 1. O exercício da atividade de empresário individual exige capacidade civil e inexistência de impedimento legal. (art. 972 do CC) 2. A EIRELI possui responsabilidade limitada ao valor do capital, que não poderá ser inferior a 100 x o salário mínimo. (art. 980-A do CC) 3. Sociedade em comum acarreta responsabilidade ilimitada e solidária de ambos os sócios, aplicando-se o benefício de ordem aos que não contrataram pela sociedade. (art. 990 do CC) 4. Sociedade em conta de participação compreende parceria, na qual o ostensivo exerce atividade em seu nome, e o participante possui vínculo por contrato existente entre eles. (arts. 986 a 990 do CC) 5. Na Sociedade Limitada, os sócios poderão ceder livremente suas cotas para outros sócios. Já para terceiros, a cessão ocorrerá se não houver objeção daquele que tenha no mínimo 1/4 do capital social. (art. 1.057 do CC) 6. Os administradores da Sociedade Limitada serão pessoas físicas, sócios ou não, eleitos pelo contrato social ou instrumento separado. (art. 1.060 do CC) 7. Assembleia de sócios deverá ser realizada anualmente, porém sua convocação formal será dispensada se todos os sócios estiverem cientes do dia, horário, local e da ordem do dia da assembleia. (art. 1.072 e parágrafos do CC) 8. As companhias abertas terão autorização para negociação dos seus valores mobiliários no mercado de capitais (mercado de valores mobiliários). (art. 4º da LSA) 9. As ações compreendem valores mobiliários que atribuem direitos como a participação nos resultados da companhia, sendo que as ordinárias contemplam direito a voto. Já nas preferenciais, esse direito poderá ser suprimido. (arts. 16, 17 e 111 da LSA) 10. As debêntures contemplam direito de crédito nos termos de sua emissão, já as partes beneficiárias representam direito de crédito eventual, consistente em participação de até 10% dos lucros, caso estes existam. (arts. 46 a 79 da LSA) 11. O Conselho de Administração corresponde a órgão facultativo, no entanto, nas companhias de capital aberto, de economia mista ou capital autorizado, ele será obrigatório. (arts. 140 e seg. da LSA) 12. O aceite compreende ato lançado pelo sacado em um título ordem de pagamento, vinculando este sacado ao pagamento do título como devedor principal (devedor direto). (art. 21 da LUG) 13. No endosso, o endossante transfere o título e vincula-se ao pagamento como coobrigado. (art. 11 da LUG) 14. No aval, o avalista garante obrigação assumida pelo avalizado, sendo este obrigação autônoma e não acessória. (art. 30 da LUG) 15. Para cobrança do devedorprincipal de um título, não será necessário o protesto, que será imprescindível para cobrança do coobrigado. (art. 70 da LUG) 16. O prazo para apresentação do plano de recuperação judicial será de 60 dias. (art. 53 da Lei 11.101/05) 17. Contra a decisão que decretar a falência, caberá o recurso de agravo por instrumento. (art. 100 da Lei 11.101/05) 18. Contra a decisão de improcedência do pedido de falência, caberá apelação. (art. 100 da Lei 11.101/05) 19. Os créditos extraconcursais como os honorários do administrador judicial e seus auxiliares, bem como de empregados da massa falida, serão pagos antes dos credores concursais. (art. 84 da Lei 11.101/05) 20. Os credores concursais serão pagos com obediência da seguinte ordem: I - Trabalhistas (até 150 s.m. por empregado) e acidentes do trabalho; II - Garantia Real; III - Tributários; IV - Privilégio Especial; V - Privilégio Geral; VI - Quirografários; VII - Multas; e VIII - Subordinados. (art. 83 da Lei 11.101/05) Estatuto da Criança e do Adolescente Felipe Novaes 1. A prestação de serviços comunitários será por período não excedente a seis meses – art. 117 2. Liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida – art. 118 3. Semiliberdade e internação não comportam prazo determinado, devem ser reavaliadas a cada 6 meses e duram no máximo 3 anos, sendo compulsória a liberação, se antes dos três anos completar 21 anos de idade – art. 121. 4. Prazo de internação cautelar, durante o processo, de adolescente por ato infracional – 45 dias – art. 108. 5. Prazo máximo e improrrogável para a conclusão do procedimento, estando o adolescente internado provisoriamente – 45 dias – art. 183. 6. A adoção é irrevogável. 7. Podem adotar os maiores de 18 anos, deve haver uma diferença de 16 anos entre o adotante e o adotado, não podem adotar os ascendentes e irmãos. 8. A tutela depende da suspensão ou cassação do poder familiar. 9. Fornecer bebida alcoólica ou outra substância que cause dependência a criança ou adolescente é crime previsto pelo ECA. 10. O crime de corrupção de menores é formal. Ética Profissional Alvaro de Azevedo Capítulo I – Da advocacia 1. Atos não privativos de advogado. Dispensam advogado: a) impetração de habeas corpus; b) a postulação ao Juizado Especial Cível, até 20 salários, e ao Juizado Especial Federal, até 60 salários; c) a postulação à Justiça de Paz ; d) a postulação à Justiça do Trabalho; e) a proposição de ações revisionais penais; f) a defesa em processo administrativo disciplinar. 2. Estagiário. É o aluno matriculado em um dos dois últimos anos do Curso de Ciências Jurídicas/Direito de instituição de ensino superior autorizada e credenciada, regularmente inscrito nos quadros da OAB como estagiário. O estagiário pratica os atos profissionais sempre sob supervisão de um advogado orientador, que é responsável pelo estagiário, respondendo disciplinarmente pelos atos que este praticar. Além disso, o estagiário responde por infração disciplinar apenada sempre com censura. Capítulo II – Direitos do Advogado 3. Inviolabilidade do escritório. O escritório de Advocacia só pode ser violado se houver: a) ordem judicial; b) expedida por juiz competente; c) objeto delimitado; d) decisão fundamentada; e) com a presença de um representante da OAB. 4. Aguardar o juiz. O advogado pode retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo. Capítulo III – Inscrição na OAB 5. Requisitos para inscrição na OAB: a) capacidade civil; b) diploma ou certidão de graduação em direito, ou ciências jurídicas e sociais, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; c) título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; d) aprovação em Exame de Ordem; e) não exercer atividade incompatível com a advocacia; f) idoneidade moral; g) prestar compromisso perante o Conselho. 6. Advogado público. Defensor público, procurador do Estado, procurador do município, procurador autárquico e procurador federal devem se inscrever na OAB, uma vez que exercem a advocacia. São elegíveis e podem integrar qualquer órgão da OAB. Capítulo IV – Sociedade de Advogados 7. Personalidade Jurídica. O registro dos atos constitutivos da sociedade de advogados deve ser no Conselho Seccional da OAB onde será fixada a sociedade. Somente podem integrar a sociedade advogados regularmente inscritos nos quadros da OAB. 8. Denominação. O nome de pelo menos um dos sócios deve compor a denominação da sociedade seguido da expressão indicativa de sociedade de advogados (“advogados associados” ou “advocacia”). Não é permitido nome fantasia que leve à mercantilização da profissão (art. 16 do EOAB). Entretanto, o Provimento 112/2006 do Conselho Federal da OAB permite a utilização do símbolo “&” para nomenclatura de sociedade de advogados. Capítulo V – Advogado Empregado 9. Jornada de trabalho. A jornada de trabalho do advogado é especial, sendo de quatro horas diárias, o que significará vinte horas semanais. A expansão ou redução da jornada somente é possível por convenção coletiva ou em caso de dedicação exclusiva. Capítulo VI – Honorários Advocatícios 10. Espécies de honorários. Existem três tipos de honorários advocatícios. São eles: a) pactuados; b) arbitrados judicialmente; c) sucumbência. 11. Contrato com cláusula quota litis. Consiste em um contrato de risco no qual o advogado admite receber os honorários caso obtenha êxito na demanda que patrocina. Os honorários recebidos pelo advogado são o convencionado e o de sucumbência. São requisitos para sua validade – ler art. 38 do CED. Capítulo VII – Incompatibilidade e impedimento 12. Incompatibilidade. É a proibição total para o exercício da advocacia, até mesmo em causa própria. Lembre-se: quem tem o maior nome tem a maior restrição. 13. Professores e administração acadêmica de cursos jurídicos. Excepcionalmente, não são nem impedidos, nem incompatíveis, respectivamente, para o exercício da advocacia. Podem exercer a advocacia em qualquer esfera. Capítulo VIII – Ética do Advogado 14. Mala Direta: O advogado pode mandar mala direta (e-mail ou carta) apenas para seus clientes, ou para quem tenha solicitado o recebimento dessas comunicações. Desse modo, não pode o advogado enviar e-mails para não clientes. Capítulo IX – Infrações disciplinares 15. Tipos de pena. Quatropenas podem ser aplicadas a quem pratica infração disciplinar: a) censura; (Ato) b) suspensão; ($ ou inépcia) c) exclusão; (crime) d) multa (pena acessória – 1 a 10 anuidades) 16. Reabilitação. Após um ano do efetivo cumprimento da sanção imposta, pode o advogado requerer ao TED a reabilitação disciplinar. Quando a infração for resultante de infração penal, é indispensável que o pedido seja acompanhado da reabilitação criminal. Capítulo X – Organização da OAB 17. Órgãos da OAB (art. 45 do EOAB): a) Conselho Federal; Competência Geral b) Conselho Seccional; Competência especial c) Caixa de Assistência ao Advogado; + de 1.500 advogados d) Subseções - + de 15 advogados 18. Eleições e mandatos (art. 63 do EOAB). Todos os mandatos são de 3 anos, iniciando-se em 1º de janeiro do ano seguinte às eleições e em 1º de fevereiro para o Conselho Federal. A eleição é realizada na segunda quinzena de novembro do último ano de mandato. Capítulo XI – Processo Disciplinar Administrativo 19. Sigilo do processo. O processo disciplinar é absolutamente sigiloso, só tendo acesso aos autos as partes, os advogados constituídos, ou o defensor dativo nomeado e a autoridade judiciária. As sentenças condenatórias transitadas em julgado, que apliquem penas de suspensão ou de exclusão, serão publicadas. 20. Prazos. Todos os prazos necessários à manifestação de advogados, estagiários e terceiros nos processos disciplinares da OAB são de 15 dias, exceto: a) a sustentação oral no TED, que será de quinze minutos; b) o prazo para juntada do original de recurso interposto via fax, que será de 10 dias; c) inserir o processo automaticamente na pauta da primeira sessão de julgamento, após o prazo de 20 (vinte) dias de seu recebimento pelo Tribunal, salvo se o relator determinar diligências. DICA 1: Atuação do Advogado: O Art. 2º, parágrafo único, VIII, “e”, do Novo Código de Ética e Disciplina de 2015 reza que o advogado deve ABSTER-SE de atuar em pleitos nos quais tenha vínculos familiares ou negociais com a autoridade. DICA 2: Advocacia Pública: Art. 8º: estabelece que procuradores (municipal, estadual e federal) estão submetidos ao Código de Ética, inclusive aqueles que ocupam cargos de chefia ou diretoria. Dica 3: Tráfico de Influência: O Art. 33, caput, prevê que o advogado não poderá atuar ou oferecer pareceres em processos que tramitem perante a entidade, salvo em causa própria. Dica 4: Publicidade Informativa: O Art. 39 manteve a necessidade do seu caráter meramente informativo, enquanto novas mudanças foram inseridas para se adequar às novas tecnologias. Dica 5: Publicidade e Internet: Redes Sociais: é permitida de forma moderada, trazendo informações jurídicas sem o posicionamento sobre casos concretos em que o advogado tenha atuado ou em que outro colega atue, sob risco de mercantilização da advocacia e captação de clientela. Dica 6: Honorários e Forma de Pagamento: O Art. 53 do Novo Código de Ética e Disciplina de 2015 acrescentou outra forma possível de cobrança dos honorários com a utilização de máquinas e sistema de cartão de crédito, desde que o advogado individual e a sociedade estejam devidamente credenciados junto à administradora do cartão. Dica 7: Sucumbência Recursal: Para evitar a interposição de recursos desnecessários, o NCPC inseriu, no Art. 85, §§ 11 e 12, a possibilidade de o Tribunal majorar o valor sucumbencial a ser percebido pelo advogado, levando em consideração os mesmos objetivos para o estabelecimento dos honorários em primeira instância, somados ao trabalho adicional desempenhado pelo advogado em função do Recurso. Dica 8: Honorários in Causa Própria: Pelo entendimento do Art. 85, §§ 17 e 18, ainda que o advogado atue em causa própria, deverá fazer jus aos honorários de sucumbência estabelecidos em sentença e, caso esta seja omissa, poderá o advogado intentar ação autônoma para recebê-los. Dica 9: Procedimento Administrativo: De acordo com o Art. 78 do NCED, os autos podem ter caráter virtual, mediante adoção de processo neste sentido. Dica 10: Corregedorias Gerais: Por disposição do Art. 72, §§ 1º a 3º, do Novo Código de Ética e Disciplina de 2015, ficam estabelecidas como partes integrantes do sistema de disciplina da OAB as Corregedorias-Gerais, tendo como objetivo principal reduzir a ocorrência das infrações disciplinares mais frequentes. Filosofia do Direito Alvaro de Azevedo 1. PERÍODOS HISTÓRICOS DA FILOSOFIA E SEUS PRINCIPAIS FILÓSOFOS 1-IDADE ANTIGA Pré-socráticos Sofistas Sócrates, Platão, Aristóteles Epicuro Os Estoicos 2-IDADE MÉDIA Santo Agostinho, São Tomás de Aquino 3-IDADE MODERNA Hobbes, Locke, Rousseau 4-IDADE CONTEMPORÂNEA: Kelsen, Hegel, Bobbio, Miguel Reale, Dworkin, Recasen Siches, Alexy, Alf Ross, John Rawls, Herbert hart 2. PENSAMENTO GREGO: JUSTIÇA SEGUNDO ARISTÓTELES A justiça é considerada como a maior das virtudes, pois visa ao “bem do outro”, relacionando-se com o próximo. É o Justo meio-termo entre dois polos equidistantes, um dotado da falta e outro do excesso. Dividiu a justiça em: Justiça Universal: obediência ao ordenamento jurídico expresso pelas normas. Justiça Particular: Distributiva (Geométrica) é a que se observa na distribuição pela polis, isto é, pelo Estado, de bens, honrarias, cargos, assim como responsabilidades, deveres e impostos, por meio do Mérito. Corretiva ou Comutativa (Aritmética): visa ao estabelecimento do equilíbrio rompido entre os particulares. Justiça Política: dá-se no âmbito das relações dos indivíduos na polis, pertinente ao status civitatis do cidadão perante seus iguais. Legal: corresponde às prescrições derivadas das regras vigentes. Natural: conjunto de todas as regras que encontram aplicação, validade, força e aceitação universais, com respaldo na natureza humana. Justiça Doméstica: é a que se encontra no âmbito da casa, no que se refere ao filho, aos escravos e à mulher. Equidade: é a adequação da lei ao caso concreto, atendidas suas peculiaridades, tendo em vista o caráter genérico e abstrato da atividade do legislador, atribuindo ao juiz a ponderação proporcional da norma à situação fática. 3. PENSAMENTO MEDIEVAL: SÃO TOMÁS DE AQUINO SÃO TOMÁS DE AQUINO dividiu a justiça e as leis em: Justiça Geral Leis Eternas Particular Humanas Comutativa Divinas Distributiva Naturais Justiça Natural: é a justiça universal,dotada de princípios absolutos e estabelecida por Deus. Justiça Particular: seria o uso da justiça geral nas relações particulares, podendo ser distributiva ou comutativa. 1- Distributiva: dar-se-ia a cada um segundo seu mérito, sendo uma justiça de subordinação, na qual o Estado daria aos “súditos” em uma relação vertical. 2- Comutativa: seria uma justiça de coordenação havida entre particulares e devendo ser equilibrada. Nesta, não há uma relação de subordinação. Lei eterna: é a lei de Deus, sendo perfeita e eterna. O homem, por ter cometido o pecado original, não teria acesso a essa lei. Contudo, Deus, por seu caráter misericordioso, nos daria duas formas de conhecer a lei eterna, sendo: 1- Leis Divinas: são os textos sagrados que contêm a palavra de Deus. Devem ser interpretados para se chegar à lei eterna. 2- Leis Naturais: são leis descobertas pela razão. Raciocinar corretamente é chegar à lei eterna. A lei natural é a participação do ser racional na lei eterna. Leis Humanas: são as leis criadas pelos humanos para viver em sociedade. Entretanto, para serem minimamente justas, devem refletir, de certa forma, a lei eterna. 4. PENSAMENTO MODERNO CONTRATUALISTA: THOMAS HOBBES, LOCKE, ROUSSEAU HOBBES “O homem é o lobo do homem” Estado de Natureza Bélico Autopreservação Soberano: fonte única do Direito Leis civis se sobrepõem às naturais Hobbes acreditava que o contrato foi feito porque o homem é o lobo do próprio homem. Há no homem um desejo de destruição e de manter o domínio sobre o seu semelhante (competição constante, estado de guerra). Por isso, torna-se necessário existir um poder que esteja acima das pessoas individualmente para que o estado de guerra seja controlado, e o Estado surge como forma de controlar os "instintos de lobo" que existem no ser humano e, assim, garantir a preservação da vida das pessoas. Locke parte do princípio de que o Estado existe em função da necessidade de existir uma instância acima do julgamento parcial de cada cidadão, de acordo com os seus interesses. Os cidadãos livremente escolhem o seu governante, delegando-lhe poder para conduzir o Estado, a fim de garantir os direitos essenciais expressos no pacto social. O Estado deve preservar o direito à liberdade e à propriedade privada. As leis devem ser expressão da vontade da assembleia, e não fruto da vontade de um soberano. Rousseau considera que o ser humano é essencialmente bom, porém a sociedade o corrompe. Ele considera que o povo tem a soberania. Daí, conclui que todo o poder emana (tem sua origem) do povo e, em seu nome, deve ser exercido. O governante nada mais é do que o representante do povo, ou seja, recebe uma delegação para exercer o poder em nome do povo. Rousseau defende que o Estado se origina de um pacto formado entre os cidadãos livres que renunciam à sua vontade individual para garantir a realização da vontade geral. LOCKE Estado de Natureza Pacífico, guerra em potencial Preservação da Propriedade ROUSSEAU “O homem é bom, a sociedade o corrompe” Preservação da Liberdade 5. PENSAMENTO UTILITARISTA: John Stuart Mill, por meio do Utilitarismo, propõe: O Legislador deveria propor leis com o objetivo de produzir a maior felicidade para o maior número de pessoas. 6. IMPERATIVO CATEGÓRICO DE KANT: “Age como se a máxima de sua razão pudesse se tornar, pela sua vontade, uma lei universal” 7. DIFERENÇAS ENTRE A MORAL E O DIREITO MORAL DIREITO FORO ÍNTIMO FORO EXTERNO UNILATERAL BILATERAL ATRIBUTIVO AUTÔNOMA HETERÔNOMO ESPONTÂNEA DISPENSA ESPONTANEIDADE VOLUNTÁRIA DISPENSA VOLUNTARIEDADE INCOERCÍVEL COERCITIVO 8. CARACTERÍSTICAS DO DIREITO POSITIVO - Posto pelo Estado - Vigência Temporal (Válido por determinado tempo) - Vigente em determinado território (tem base territorial) - Mutável - Tem como fundamento a estabilidade e a ordem da sociedade - Proporciona segurança jurídica 9. JUSPOSITIVISTAS ECLÉTICOS: Savigny: Escola Histórica do Direito Miguel Reale: Teoria Tridimensional do Direito 10. TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO: A Nomogênese Jurídica é o nome dado ao processo de formação de uma norma no qual se faz presente uma dialética de Implicação e Polaridade, entre fato e valor, que produzirá a norma. Para tanto, o Direito possuiria três dimensões: fato, valor e norma, contrariando a visão normativista de Hans Kelsen. Direitos Humanos Ana Paula Delgado 1. A Declaração Universal dos Direitos Humanos ̶ DUDH, juntamente com o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional dos Direitos Sociais, Econômicos e Culturais, constituem os três mais importantes documentos do sistema global de Direitos Humanos. 2. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS Primeiro documento que positivou em âmbito internacional os direitos humanos. Por tal razão, tem como característica a universalidade, tendo também conferido paridade hierárquica entre direitos civis e políticos e direitos econômicos, sociais e culturais. 3. DIREITO DOS REFUGIADOS PRINCÍPIO DO NON-REFOULEMENT: refugiado não poderá ser devolvido por razões de raça, religião, nacionalidade, grupo social a que pertença ou opiniões políticas. Os refugiados possuem os direitos e deveres dos estrangeiros no Brasil, bem como direito a cédula de identidade comprobatória de sua condição jurídica, carteira de trabalho e documento de viagem. 4. TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL: - Reconhecimento por emenda constitucional da jurisdição do TPI (art. 5º, §4º) Competência do TPI para julgar os crimes mais graves que afetam a comunidade internacional (art. 5º do Estatuto de Roma): CRIME DE GENOCÍDIO CRIMES CONTRA A HUMANIDADE CRIMES DE GUERRA CRIMES DE AGRESSÃO - Não é aplicável pena de morte, mas pode ser aplicada pena de prisão perpétua - Distinção entre Entrega e Extradição 5. DIREITOS PREVISTOS NO PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA: diferentemente da DUDH, no Pacto foram enumerados direitos exclusivamente de 1ª geração (direitos civis e políticos). Um único artigo no Pacto trata dos direitos de segunda geração, mas não enumera quais são esses direitos. Capítulo III – DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS Artigo 26 – Desenvolvimento progressivo. Os Estados- partes comprometem-se a adotar as providências, tanto no âmbito interno, como mediante cooperação internacional, especialmente econômica e técnica, a fim de conseguirprogressivamente a plena efetividade dos direitos que decorrem das normas econômicas, sociais e sobre educação, ciência e cultura, constantes da Carta da Organização dos Estados Americanos, reformada pelo Protocolo de Buenos Aires, na medida dos recursos disponíveis, por via legislativa ou por outros meios apropriados. Direito que pode ser relativizado: liberdade de manifestar a religião: está sujeita apenas às limitações previstas em lei e que se façam necessárias para proteger a segurança, a ordem, a saúde ou a moral públicas ou os direitos e as liberdades das demais pessoas. 6. SUSPENSÃO DE GARANTIAS PREVISTAS NO PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA: Possibilidade de suspender as obrigações assumidas pelo Estado constantes na Convenção, desde que temporária e que não gere discriminação alguma fundada em motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião ou origem social. - nos casos de guerra; perigo público; ou de outra emergência que ameace a independência ou segurança do Estado-parte. Os seguintes direitos não podem ser suspensos: Direito ao reconhecimento da personalidade jurídica; Direito à vida; Direito à integridade pessoal; Proibição da escravidão e da servidão; Princípio da legalidade e da retroatividade; Liberdade de consciência e religião; Proteção da família; Direito ao nome; Direitos da criança; Direito à nacionalidade; Direitos políticos; Não poderão ser suspensas as garantias indispensáveis para a proteção desses direitos. 7. COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS Comissão Interamericana de Direitos Humanos – CIDH – foi criada pela 5ª Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores, realizada em Santiago, Chile, em 1953. Começou a funcionar em 1960, como entidade autônoma da Organização dos Estados Americanos (OEA). Quem pode apresentar petições contendo denúncia de violações? Qualquer pessoa, grupo de pessoas ou entidade não governamental legalmente reconhecida pode apresentar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em qualquer dos seus idiomas oficiais (espanhol, francês, inglês e português), petições em seu próprio nome ou em nome de terceiras pessoas referentes à violação de direitos humanos reconhecidos pela Convenção Americana sobre Direitos Humanos ou pela Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem. Artigo 44 – Qualquer pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não governamental legalmente reconhecida em um ou mais Estados-membros da Organização, pode apresentar à Comissão petições que contenham denúncias ou queixas de violação desta Convenção por um Estado-parte. 8. CORTE AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS – ESGOTAMENTO DOS RECURSOS INTERNOS O III Regulamento da Corte Interamericana de Direitos Humanos ampliou a possibilidade de participação do indivíduo no processo, autorizando que os representantes ou familiares das vítimas apresentem, de forma autônoma, suas próprias alegações e provas durante a etapa de discussão sobre as reparações devidas. Regra do esgotamento dos recursos internos: Artigo 61 – 2. Para que a Corte possa conhecer de qualquer caso, é necessário que sejam esgotados os processos previstos nos artigos 48 a 50. 9. CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS – DECISÃO A decisão proferida pela Corte pode ser condenatória e recai exclusivamente sobre os Estados. A decisão da Corte é inapelável, devendo ser cumprida pelo Estado-parte. No Brasil, cabe execução da sentença perante vara federal. Essa sentença, por se tratar de uma sentença internacional (e não estrangeira), independe de homologação do Superior Tribunal de Justiça. 10. INCIDENTE DE DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA Competência da Justiça Federal para julgar as causas relativas a direitos humanos. Deslocamento de competência da Justiça Estadual para a Justiça Federal: Incidente de legitimidade exclusiva do Procurador-Geral da República no STJ em qualquer fase do inquérito ou do processo. Objetivo: Assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais sobre DH dos quais o Brasil seja parte. 11. HIERARQUIA DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS: - STATUS SUPRALEGAL: incorporados no rito simples (art. 5º, §2º, da CRFB) Exemplo: Pacto de São José da Costa Rica (Decreto 678/92) Prisão civil por dívida (art. 5º, LXVII, da CRFB – norma constitucional de eficácia contida) e Súmula Vinculante 25 do STF - STATUS CONSTITUCIONAL: aprovados no Congresso Nacional no rito das emendas (art. 5º, §3º, da CRFB acrescentado pela Emenda 45/04) Exemplo: Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Decreto 6.949/09) Integram o bloco de constitucionalidade – tornam-se parâmetro no controle de constitucionalidade 12. COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE: foi criada pela Lei 12.528/11 e instituída em 16 de maio de 2012. A CNV tem por finalidade apurar graves violações de Direitos Humanos ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988, efetivar o direito à memória, obter a verdade histórica, promover a reconciliação nacional. 13. CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS – CNDH A Lei nº 12.986/14 transformou o antigo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana – CDDPH – em Conselho Nacional dos Direitos Humanos – CNDH. Este Conselho tem por finalidade promover e defender os direitos humanos mediante ações preventivas, protetivas, reparadoras e sancionadoras das condutas e situações de ameaça ou da violação desses direitos. 14. GERAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS As três gerações de direitos humanos são: 1ª geração: direitos individuais e políticos; 2ª geração: igualdade (direitos sociais, econômicos e culturais); e 3ª: direitos dos povos. 15. A Convenção sobre Povos Indígenas e Tribais em Países Independentes, conhecida como Convenção 169 da OIT, foi ratificada pelo Brasil. Entre outros aspectos, ela trata da contratação e das condições de emprego e estatui que os governos devem adotar medidas para prevenir qualquer discriminação entre trabalhadores pertencentes a estes povos. 16. A Convenção da Organização das Nações Unidas sobre as Pessoas com Deficiência, ratificada pelo Brasil com o quórum qualificado previsto na Constituição da República, com status de emenda constitucional, estabelece que pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas. 17. A Convenção dos Direitos da Criança foi ratificada pelo Brasil e considera como criança todo ser humano com menos de dezoito anos de idade, a não ser que, em conformidade com a lei aplicável à criança, a maioridade seja alcançada antes dentre as suas normas. Entre outros aspectos, ela prevê regras para salvaguardar o direito das crianças cujos pais estejam detidos. 18. Marco Legal da Primeira Infância, modificador de vários diplomas legais, incluindo o Código de Processo Penal, assegura o direitode mulheres com filhos de até 12 anos dependentes dos cuidados maternos que estejam presas preventivamente aguardarem o julgamento em prisão domiciliar. 19. Regras de Bangkok (que estabelece as regras mínimas de tratamento digno para mulheres reclusas) procuram complementar as Regras Mínimas para o Tratamento do Preso e as Regras Mínimas para a Elaboração de Medidas não Privativas de Liberdade (Regras de Tóquio) considerando as necessidades específicas das mulheres – reconhecendo que é necessário um tratamento igual, mas diferenciado. 20. Princípio interpretativo pro homine: quando se tratar de normas que asseguram um direito, estas deverão ser interpretadas dentro do que que mais amplie o direito. Direito Internacional Marcelo David 1. O deportado poderá voltar ao Brasil, desde que regularize sua situação; 2. O expulso não poderá voltar ao Brasil, a não ser que seja anulado o decreto de expulsão; 3. A deportação se dá quando o estrangeiro está irregular no país; 4. A expulsão ocorre após processo administrativo, com ampla defesa e contraditório; 5. Cabe ao Presidente da República a decisão de expulsar um estrangeiro, materializada por decreto próprio; 6. Cabe habeas corpus contra o decreto de expulsão; 7. A extradição é medida de cooperação jurídica internacional; 8. A extradição passiva passa por juízo de delibação do STF e decisão do Presidente da República; 9. Não cabe extradição de brasileiro nato; 10. A carta rogatória passiva passa por juízo de delibação do STJ e é cumprida pelo juiz federal; 11. A homologação de sentença estrangeira dá-se perante o STJ; 12. Brasileiro nato perderá a nacionalidade se voluntariamente naturalizar-se no exterior; 13. A naturalização pode ser cancelada por sentença judicial transitada em julgado do juiz federal; 14. Os diplomatas gozam de imunidade de jurisdição local, inviolabilidade e isenção de imposto; 15. Os Estados estrangeiros possuem imunidade de jurisdição apenas para os atos de império, não gozando para os atos de mera gestão; 16. Os Estados estrangeiros possuem imunidade de execução; 17. O conflito de leis no espaço é regido pelas regras previstas na LINDB, arts. 7º ao 12; 18. O estatuto pessoal é gerido pela lei do domicílio; 19. As obrigações oriundas de um contrato internacional são regidas pela lei do local da constituição; 20. A lei do local rege o ato. Direito Penal Felipe Novaes 1. A leis penais benéficas sempre retroagem aos fatos anteriores, mesmo que decididos por sentença transitada em julgado. Esta retroatividade somente não ocorre quando se tratar de leis penais temporárias ou excepcionais, art. 3º, que têm ultra‐atividade. 2. A lei penal mais nova aplica-se ao crime continuado, permanente ou habitual próprio quando sua vigência é anterior à cessação da permanência, continuidade ou habitualidade. Essa aplicação ocorre ainda que a nova lei seja mais grave, com um rigor penal maior que a lei anterior, conforme entendimento sumulado pelo STF no enunciado 711 da Súmula do STF. 3. A competência para aplicar a lei benéfica depois do trânsito em julgado da sentença condenatória é do juiz da execução penal, conforme entendimento do STF no enunciado 611 da súmula. 4. A tentativa ocorre quando, iniciada a execução, o crime não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Portanto, ele quer consumar, mas não pode. 5. A desistência voluntária e o arrependimento eficaz ocorrem quando, iniciada a execução, o agente desiste voluntariamente de continuar nela (desistência) ou impede que o resultado se produza (arrependimento). O agente podia continuar, mas não quis. 6. Na tentativa, o agente é punido com a pena do crime consumado diminuída de 1/3 a 2/3. Já na desistência voluntária e no arrependimento eficaz, o agente responde somente pelos atos praticados até aquele momento. 7. Na desistência voluntária e no arrependimento eficaz (art. 15), bem como no arrependimento posterior (art. 16), a lei exige VOLUNTARIAMENTE, mas NÃO exige que seja ESPONTÂNEO, ou seja, se o agente não pode ser forçado a desistir ou se arrepender, mas a ideia pode partir de terceira pessoa, até da própria vítima. 8. Tentativa branca ou incruenta – ocorre quando o bem jurídico não sofre qualquer tipo de lesão como consequência da tentativa. Tentativa vermelha ou cruenta – o bem jurídico é lesionado, embora não chegue à consumação. 9. Coação moral irresistível (diferente da física irresistível, que exclui a tipicidade) e obediência hierárquica, desde que a ordem do superior hierárquico não seja manifestamente ilegal, são excludentes de culpabilidade. ATENÇÃO – somente há hierarquia em relações laborativas PÚBLICAS; em relações privadas, familiares ou religiosas NÃO HÁ hierarquia. Pode haver coação, mas nunca hierarquia. 10. Se o agente NÃO SABE O QUE ESTÁ FAZENDO, ou seja, acha que está fazendo uma coisa, mas na verdade está fazendo outra (esta prevista como crime), estará em erro de tipo. NINGUÉM PODE QUERER FAZER ALGO SEM SABER O QUE ESTÁ FAZENDO, por isso o erro de tipo exclui o dolo ̶ TIPICIDADE. 11. Se o agente SABE O QUE ESTÁ FAZENDO, QUER FAZER, MAS NÃO SABE QUE É CRIME, erra quanto à ilicitude do fato, há erro de proibição, não tem consciência da ilicitude – CULPABILIDADE. 12. Erro quanto a pessoa – art. 20, §3º – quando o agente quer praticar um crime contra determinada pessoa e, por confusão, pratica contra outra, achando que era a que queria atingir, responde como se tivesse praticado o crime contra quem queria atingir. 13. O dolo direto ocorre quando o agente sabe o que está fazendo e QUER realizar tal conduta. 14. O dolo eventual ocorre quando o agente prevê o resultado, não quer causá-lo, mas ACEITA essa possibilidade. 15. Culpa consciente – o agente prevê o resultado como consequência de sua conduta (até aqui igual ao dolo eventual), mas acredita ser capaz de evitá‐lo. Nega o resultado, não quer e não aceita causar o resultado. 16. Culpa inconsciente – o agente NÃO PREVÊ o resultado, embora este resultado seja previsível. ATENÇÃO – só há crime culposo quando o resultado for ao menos previsível. Se o agente prevê a culpa, é consciente; se não prevê, embora previsível, a culpa é inconsciente. 17. A consumação do roubo ocorre quando há inversão da posse, mediante violência ou grave ameaça. Não é necessário que tenha possedesvigiada, mansa e pacífica. 18. No peculato culposo, a reparação do dano extingue a punibilidade quando realizada até o trânsito em julgado da sentença condenatória. Se posterior, reduz a pena pela metade. 19. A corrupção passiva é crime formal, consuma-se independente do recebimento da vantagem indevida. 20. O princípio da insignificância exclui a tipicidade material do fato, tornando-o atípico, desde que a lesão seja inexpressiva, a ofensividade mínima, a periculosidade nenhuma e a reprovabilidade reduzida. Direito Processual Civil Haroldo Lourenço 1. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão (art. 12 do CPC). 2. Podem ser reunidos para julgamento conjunto processos que não tenham conexão, desde que tenha risco de decisões conflitantes (art. 55, §3º, do CPC). 3. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação (art. 337, II c/c 64 do CPC). 4. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal (art. 85, §11º, do CPC). 5. A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas (art. 98, §4º, do CPC). 6. A denunciação da lide pode ser requerida pelo autor ou pelo réu (art. 125 do CPC). 7. O juiz pode dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova (art. 139, VI, do CPC). 8. Os recursos, em regra, não suspendem a eficácia da decisão impugnada (art. 995 do CPC). 9. É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos (art. 1.007, §3º, do CPC). 10. Não se aplica o prazo em dobro para o litisconsórcio com advogados diferentes de escritórios diferentes nos embargos à execução (art. 915, §3º, do CPC). 11. Ainda que o magistrado possa conhecer uma matéria de ofício, antes deve ouvir as partes (art. 10 do CPC). 12. Há quatro tipos de cartas para cooperação jurídica: precatória, rogatória, de ordem e arbitral (art. 237 do CPC). 13. O registro ou a distribuição torna o juízo prevento para a reunião de ações conexas (art. 59 do CPC). 14. A curadoria especial é exercida pela defensoria pública, sendo intimada pessoalmente, tendo prazo dobrado e podendo contestar por negativa geral (arts. 72, 186, §1º, e 341, parágrafo único, do CPC). 15. Em toda petição inicial deve ser informado o estado civil e se há ou não união estável (art. 319, II), porém, se envolver bens imóveis, será necessário o consentimento do cônjuge ou companheiro (outorga uxória), na forma do art. 73, §3º, do CPC. 16. A gratuidade de justiça abrange atos extrajudiciais, como registros e averbações, ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido (art. 98, §1º, IX, do CPC). 17. O amicus curiae pode intervir no processo a requerimento ou por determinação judicial (art. 138 do CPC). 18. O impedimento e a suspeição devem ser alegados em petição específica, no prazo de 15 dias, a contar do conhecimento do fato (art. 146 do CPC). 19. As hipóteses de agravo de instrumento estão no rol taxativo do art. 1.015 e, do contrário, somente poderão ser discutidas no momento da sentença (art. 1.015 c/c 1.009, §1º, do CPC). 20. A arbitragem é um meio “alternativo” de solução dos litígios, inclusive sendo possível para a Fazenda Pública, sendo, ao final, proferida uma sentença, que é um título judicial (art. 515, VII, do CPC). Processo do Trabalho Victor Stuchi 1. A testemunha não será considerada suspeita apenas pelo fato de estar litigando ou ter litigado em face de mesmo empregador – Sum. 357, TST. 2. É inválido o substabelecimento de advogado investido de mandato tácito – OJ nº 200, SDI-1, TST. 3. É possível a aplicação de revelia à pessoa jurídica de direito público – OJ nº 152, SDI-1, TST. 4. A Justiça do Trabalho possui competência para declarar a abusividade da greve – Sum. 189, TST. 5. Não cabe mandado de segurança de decisão judicial transitada em julgado – Sum. 33, TST. 6. Na Justiça do Trabalho, a compensação será possível apenas quanto às dívidas de natureza trabalhista – Sum. 18, TST. 7. Não há prescrição intercorrente na Justiça do Trabalho – Sum. 114, TST. 8. A prescrição deve ser arguida em instância ordinária, sob pena de não ser conhecida – Sum. 153, TST. 9. Na ação rescisória, da decisão do Tribunal Regional do Trabalho, caberá Recurso Ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho – Sum. 158, TST. 10. Em sede de recurso, não será necessário o depósito recursal se não houver condenação a pagamento em pecúnia – Sum. 161, TST. 11. Na ação rescisória será cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios – Sum. 219, II, TST. 12. O termo de conciliação apenas pode ser impugnado por meio de ação rescisória – Sum. 259, TST. 13. É possível interpor recurso adesivo nos casos de embargos, recurso ordinário, recurso de revista e agravo de petição – Sum. 283, TST. 14. A nulidade não será declarada quando for possível a repetição do ato, de forma válida – Art. 796, “a”, CLT. 15. Em inquérito judicial para apuração de falta grave, o número de testemunhas será de, no máximo, 06 para cada parte – Art. 821, CLT. 16. No procedimento sumaríssimo, não há citação por edital – Art. 852-B, II, CLT. 17. Na execução trabalhista, o recurso cabível será o agravo de petição, em 08 dias – Art. 897, “a”, CLT. 18. Exceto em caso de empregador doméstico e micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser obrigatoriamente empregado da Reclamada – Sum. 377, TST. 19. Não é cabível o jus postulandi em ação rescisória, ação cautelar, mandado de segurança e recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho – Sum. 425, TST. 20. A atualização monetária dos danos morais conta- se a partir da data do arbitramento ou da alteração do valor da indenização, enquanto os juros serão devidos desde o ajuizamento da ação – Sum. 439, TST. Direito Processual Penal Rodrigo Bello 1. A tríade constitucional processual é regida pelos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório (art. 5º LIV c/c LVda CRFB). 2. Todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas (art. 93, IX, da CRFB), exceto as decisões do jurado no Tribunal de Júri, que são orientadas pelo princípio da íntima convicção. 3. Súmula 444 STJ: “É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base. 4. Uma das formas de abertura de Inquérito Policial é mediante a Notícia Crime, que pode ser conceituada como um pedido para início das investigações. Da não abertura, cabe Recurso Administrativo para o Chefe de Polícia (art. 5º, §2º, do CPP). 5. Uma das diligências que são possíveis atualmente durante o Inquérito Policial, acrescentadas pela Lei da Primeira Infância (Lei 13.257/16), é obter informações sobre a existência de filhos, idades, se possuem deficiência e contato de eventual responsável. 6. São princípios que regem a ação penal privada (queixa-crime): oportunidade, intranscendência, disponibilidade e indivisibilidade. 7. Súmula 546: “A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor. 8. São detentores de foro privilegiado no STJ: Governadores, Desembargadores, Membros dos Tribunais de Contas dos Estados-DF, Municípios e Membros do MPU que oficiem perante os tribunais. 9. Art. 125 do CPP: “Caberá o sequestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos da infração, ainda que já tenham sido transferidos a terceiro.” 10. Art. 146 do CPP: “A arguição de falsidade, feita por procurador, exige poderes especiais.” 11. Súmula Vinculante 35: “A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao Ministério Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito policial.” 12. São medidas cautelares diversas da prisão, segundo o art. 319 do CPP, comparecimento periódico em juízo, suspensão de função pública, fiança, monitoração eletrônica, proibição de ausentar-se da comarca, recolhimento domiciliar, dentre outras. 13. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. (art. 322 do CPP) 14. A prisão domiciliar é uma substituição da prisão preventiva nos seguintes casos: maior de 80 (oitenta) anos; extremamente debilitado por motivo de doença grave; imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; gestante; mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. 15. A prisão preventiva pode ser decretada durante o inquérito e a ação penal; entretanto, de ofício, pelo juiz, só durante a ação penal. 16. A prisão temporária independe do alvará de soltura (art. 2º, §7º, da Lei 7.960/89). 17. São efeitos recursais: devolutivo, suspensivo, iterativo ou regressivo e extensivo (art. 580 do CPP). 18. Caberá agravo em execução (art. 197 da LEP) em face das decisões interlocutórias proferidas pelo juízo da execução penal. 19. A apelação supletiva (art. 598 do CPP) é cabível por parte do assistente em caso de inércia ministerial e possui um prazo de 15 dias. 20. Sobre o tráfico de pessoas, não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente requisitará às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz. (Incluído pela Lei 13.344/16) Direito do Trabalho Victor Stuchi 1. Quando houver dois ou mais regulamentos na empresa, o empregado poderá escolher um deles, renunciando, assim, ao sistema dos demais – Sum. 51, II, TST. 2. O cálculo para o depósito mensal do FGTS deverá ser realizado com base na remuneração mensal do empregado, inclusive adicionais e horas extras – Sum. 63, TST. 3. A compensação de jornada pode ser estabelecida por acordo individual escrito, acordo ou convenção coletiva – Sum. 85, TST. 4. As horas in itinere não serão devidas apenas em razão de insuficiência de transporte público – Sum. 90, III, TST. 5. As horas extras habituais não repercutem no pagamento do sábado do bancário – Sum. 113, TST. 6. Não se considera salário in natura o vale- transporte fornecido pela empresa – Art. 2º, “a”, Lei 7.418/85. 7. Ainda que não seja realizado o pedido de juros e correção monetária na petição inicial, esses serão incluídos na liquidação – Sum. 211, TST. 8. O fato de o empregador desconhecer que a empregada estava grávida não afasta o direito à indenização decorrente da estabilidade – Sum. 244, I, TST. 9. Empregado que trabalhar no período noturno e for transferido para o diurno perde o direito ao adicional noturno – Sum. 265, TST. 10. Incide Fundo de Garantia do Tempo de Serviço no período do aviso prévio, seja ele trabalhado ou não – Sum. 305, TST. 11. O membro suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista ao titular – Sum. 339, I, TST. 12. O digitador possui direito ao descanso de dez minutos a cada 90 minutos de trabalho consecutivo – Sum. 346, TST. 13. Entre uma jornada de trabalho e outra haverá um período mínimo de 11 horas consecutivas para descanso – Art. 66, CLT. 14. As férias serão concedidas de uma só vez aos menores de 18 e maiores de 50 anos de idade – Art. 134, § 2º, CLT. 15. O adicional de insalubridade poderá ser pago em grau máximo (40%), médio (20%) e mínimo (10%) – Art. 192, CLT. 16. O menor de 18 anos não poderá realizar trabalho noturno – Art. 404, CLT. 17. Não serão incluídas na jornada de trabalho as custas para viagem que não ultrapassem 50% do salário do empregado – Art. 457, §2º, CLT. 18. A cada doze meses de trabalho, o empregado poderá faltar um dia para doação de sangue, sem prejuízo do salário – Art. 473, IV, CLT. 19. O adicional de periculosidade incide sobre o salário básico – Sum. 191, TST. 20. As cláusulas de convenções ou acordos coletivos só poderão ser suprimidas ou modificadas mediante negociação coletiva de trabalho – Sum. 277, TST. Direito Tributário Gabriel Quintanilha 1. Imposto é espécie tributária não vinculada; 2. Empréstimo compulsóriotem receita vinculada, é de competência da União e reservado à lei complementar; 3. A contribuição sindical é tributo; 4. Não incide imposto de renda sobre verbas indenizatórias; 5. O ICMS incide sobre a circulação de mercadorias; 6. Pela isonomia, os contribuintes devem ser tratados de maneira desigual na medida em que se desigualam; 7. A lei tributária não retroagirá para abranger fatos geradores pretéritos; 8. A imunidade recíproca não abrange empresas públicas e sociedades de economia mista, exceto Correios, Casa da Moeda e Infraero; 9. A isenção deve estar prevista em lei e deve ser interpretada literalmente; 10. Na alienação de bens imóveis, as dívidas propter rem seguem o bem, na forma do art. 130 do CTN; 11. Na alienação de estabelecimento empresarial, o adquirente responde pelos tributos devidos caso continue na respectiva exploração; 12. O mero inadimplemento do tributo não gera a responsabilidade pessoal; 13. A denúncia espontânea afasta o pagamento da multa; 14. Uma vez suspensa a exigibilidade do crédito tributário, o Fisco fica impedido de promover a execução fiscal; 15. A decadência é a perda do direito do fisco de constituir o crédito tributário; 16. A prescrição é a perda do direito do Fisco de promover a execução fiscal; 17. A isenção pode ser revogada a qualquer tempo, ressalvada a isenção condicionada e por prazo determinado; 18. A anistia é o perdão da multa; 19. Presume-se fraudulenta a alienação de bens do devedor após a inscrição em dívida ativa do crédito tributário; 20. O prazo para oposição de embargos é de 30 dias contados da garantia do juízo; 21. O depósito é um direito do contribuinte, e não um dever.
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