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Direito Penal II – Atividade 4 Aluna: Lais Fernandes Pereira CASO CONCRETO JONATAS, 28 anos, aproveitando-se do caos que se instalou no Estado do Espírito Santo, por conta da manifestação de greve da polícia militar, subtraiu de uma grande estabelecimento empresarial varejista, na cidade de Vitória, uma televisão de 40 polegadas. Sua atividade ilícita foi filmada por câmeras da Prefeitura e passada em Programa Jornalístico de grande audiência nacional. O jovem, envergonhado perante seus familiares, deliberadamente no dia seguinte devolve a res furtiva, sendo processado criminalmente pelo seu ato. O Juiz, no momento da aplicação da penal criminal, entendendo que ao caso concreto nenhuma pena seria necessária ao réu, considerando a vergonha que este passou, deixou de aplicar a pena tendo em vista que o CP, no seu art. 59 preconiza que o juiz estabelecerá conforme seja “necessário” e “suficiente” para reprovação e prevenção do crime. Considerando o caso acima, aponte, fundamentadamente, a legalidade da decisão judicial. A decisão do juiz foi equivocada. O principio da inderrogabilidade da pena, reconhece que uma vez constatada a pratica do crime, a pena não pode deixar de ser aplicada por liberalidade do juiz ou de qualquer outra autoridade. Não está previsto no art. 107 CP, o perdão judicial para crimes de furto (Art. 155 CP), neste caso o máximo que pode ser adotado é uma causa de diminuição de pena devido ao arrependimento posterior, devolução da res furtiva, art. 16 do CP, onde terá uma diminuição de 1 a 2/3. JURISPRUDENCIA Processo APL 712681820108260050 SP 0071268-18.2010.8.26.0050 Orgão Julgador 12ª Câmara de Direito Criminal Publicação 01/11/2012 Julgamento 24 de Outubro de 2012 Relator João Morenghi Ementa FURTO. Tentativa. Princípio da insignificância ou bagatela. Expressividade da lesão ao bem jurídico tutelado. Princípio da insignificância ou bagatela. Reconhecimento. Impossibilidade. Tipicidade material. Existência. Absolvição. Impossibilidade. O princípio da insignificância somente tem aplicação aos casos em que a res furtiva é de valor desprezível, entendimento demasiadamente extensivo acerca da insignificância implicaria afronta ao princípio da inderrogabilidade da pena, a gerar insegurança jurídica e impunidade intoleráveis no Estado Democrático de Direito; somado a isso, o valor subtraído é muito superior ao que se pode considerar ínfimo.FURTO PRIVILEGIADO. Fixação da pena privativa de liberdade. Motivação na escassez patrimonial do acusado. Inidoneidade. Fixação da pena de multa. Necessidade. - O argumento da escassez patrimonial do acusado não permite ao magistrado afastar a aplicação da pena mais benéfica prevista no art. 155, § 2º, do CP, a multa, em seu detrimento, pois isso configura discrimen que está em descompasso com o principio da isonomia. DOUTRINA Dispõe Fernando Capez: Inderrogabilidade: salvo as exceções legais, a pena não pode deixar de ser aplicada sob nenhum fundamento. Assim, por exemplo, o juiz não pode extinguir a pena de multa levando em conta seu valor irrisório. QUESTÕES OBJETIVAS 1 )Na reincidência: a) O Brasil adotou o sistema da perpetuidade. b) O tratamento se assemelha a maus antecedentes. c) O Brasil adotou a especial ou específica. d) O Brasil adotou a espécie ficta. 2) Um réu reincidente: a) é possível ter inicialmente seu regime prisional semiaberto, desde que favoráveis as circunstâncias judiciais e sua pena seja igual ou inferior a 4 anos. b) não pode ter progressão de regime c) não poderá ter sua pena privativa de liberdade substituída. d) possui, necessariamente, maus antecedentes
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