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ITCMD e ITBI
Fato gerador
Incidem sobre a aquisição de bens; ora o E tributa com o ITCMD, ora o M com ITBI e a U com os dois, em caso de Territórios, ou DF q tb cumula os dois.
ITCMD – incide sobre transmissão causa mortis e doações. ITBI – transmissão de bens imóveis.
Para identificar os impostos há um caminho: CRFB, Lei complementar de normas gerais, Súmulas do STF e STJ e lei instituidora (caso seja imposto federal).
Na CF os impostos se concentram entre os arts. 153 e 156. As leis complementares são CTN, LC 87/96 (ICMS) e LC 116/03 (ISS). Há várias súmulas e uma série de leis instituidoras.
CFRB
• ITCMD: 155, I e §1°, I a IV
• ITBI: 156, II e §2°, I e II
CTN: arts. 35 a 42.
As aquisições de bem em razão de doação e da mortis de outrem é tributado pelo E. o adquirente por causa mortis, seja herdeiro ou legatário, é cobrado por ITCMD; além disso, é tb por aquisição de bens por doação. É irrelevante, para o FG de causa mortis, se o bem é móvel ou imóvel.
O ITCMD incide sobre aquisição gratuita de bens.
O ITBI incide sobre transmissão intervivos onerosa de bens imóveis, apenas. Do contrário, não cabe ITBI.
Até 1988 não existia a diferenciação entre ITCMD e ITBI; o CTN foi escrito ainda sob a égide da CF de 1946. Assim iremos reler o CTN por filtragem constitucional, adaptando-o ao ordenamento maior vigente. Antes de 1988 havia o ITCM e o ITIV (intervivos), ou seja, uma para causa mortis e outra para intervivos, não importando se eram onerosas ou não ou qual era o bem (móvel ou imóvel).
Hoje a ITIV foi dividido: o que for imóvel e com onerosidade vai para o M, pelo ITBI; o que for gratuito, seja móvel ou imóvel, vai para o E, por ITCMD.
Os arts. 35 a 37 do CTN vão falar de que? De FG de ITCMD e ITBI; o 38 fala de BC; do 39 ao 42 fala do sujeito passivo.
A regra é q ITD e ITBI incidem sobre raras aquisições de bens. Pq? A maioria das pessoas transmite herança? Não, pq a maioria é pobre. É só olhar para nós: adquirimos a maioria de nossos bens por compra não por doação. E quantos de nós adquiriu bens por doação? Ou doou? Quase ninguém. E doação não é presente, é contrato com regras próprias, especiais.
A maioria dos bens q adquirimos são móveis, em vida e por compra e venda; isso é fato atípico. Portanto, em regra, a aquisição de bens não é tributada.
Sujeito passivo
Quem pode ser contribuinte de ITD e ITBI? O costume leva o legislador municipal e o estadual a colocar o adquirente no polo passivo. Se eu estou doando um bem para A quem está sendo beneficiado e manifestando capacidade contributiva. O CTN autoriza, porém, q o legislador municipal coloque tanto adquirente quanto alienante como sujeito passivo; e tb autoriza o legislador estadual a colocar ou o donatário ou o doador. É o art. 42: QUALQUER das partes na relação tributária pode ser sujeito passivo. Se na PROVA disser q o doador foi tributado, pode? Depende, se a lei estadual disser isso, sim. Na verdade, tem q fundamentar no art. 146, III “a” da CF, 42 do CTN e na lei instituidora local.
Base de cálculo
ITBI – NÃO é o valor q se declara na compra e venda, mas valor que a administração avalia e homologa, por tabela oficial. As pessoas declaram valor, na maior parte das vezes, bem menor do que o valor da operação, por diferentes razões, como não querer demonstrar quanto tem de patrimônio. Segundo o art. 38 do CTN, a BC de ITBI é o VVI (valor venal do imóvel).
E o bem arrematado em hasta pública, é sobre o VVI ou da arrematação? O STJ, em jurisprudência pacificada, é o valor do lance em arrematação por hasta pública, pq o valor venal q o imóvel alcança fora de leilão é uma coisa (q serve só de referência para puxar o valor inicial dos lances), e o valor do bem em leilão é outra. A melhor proposta q o bem alcançou em hasta pública, no leilão, este será a BC dele.
ITCM - a BC é o valor de cada quinhão singularmente considerado.
XIII Exame- Questão 2
No município X, a lei determina que, no caso de aquisição de imóvel em hasta pública, o fato gerador do Imposto sobre Transmissão inter-vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis (ITBI) ocorre quando do registro do título aquisitivo no Registro de Imóveis. Em março de 2012, um imóvel localizado no município X é arrematado em hasta pública, e o arrematante paga o ITBI antecipadamente. A emissão da carta de arrematação e o registro da mesma no competente cartório do Registro de Imóveis ocorrem em maio do mesmo ano.
Em novembro do referido exercício, o município X publica lei (vigente a partir da publicação) aumentando a alíquota de ITBI e, ato contínuo, emite lançamento para cobrar, do citado arrematante, a correspondente diferença de ITBI em relação ao já pago.
Responda fundamentadamente:
A) O ITBI incidente sobre a operação narrada deveria ter sido recolhido ao município X? (Valor: 0,25)
B) Procede a cobrança, pelo município X, da diferença referida no enunciado? (Valor: 1,00)
 Espelho de Correção
A) Sim, pois ocorreu fato gerador e o imóvel se situa em X, conferindo a competência para o respectivo ITBI, nos termos do Art. 156, § 2º, II, da CRFB.
B) Não, pois a cobrança se volta para fato ocorrido anteriormente à vigência da lei que majorou o tributo, o que viola o princípio constitucional da irretroatividade tributária (Art. 150, III, “a”, da CRFB). Além disso, trata-se de fato ocorrido no mesmo exercício daquele de publicação da lei majorante e antes de decorridos noventa dias da referida publicação, o que viola os princípios constitucionais da anterioridade de exercício e anterioridade nonagesimal (Art. 150, III, “b” e “c”, da CRFB) cuja aplicabilidade não é excepcionada pela Carta Política, no caso do ITBI.
ITD/ITCMD
Competência dos E e DF.
Não é imposto sobre algum tipo de bem, mas só sobre doação, seja qual bem for. Isto gerou uma tese advocatícia e, sinceramente, será caso a caso, já q “doação” é algo difícil de definir. A CF abre uma membrana tipológica, mas não define. Ela diz “doação”, mas o que é doação é outra questão. A LC deveria definir o q é doação, mas doação é um instituto q remete a um instituto do direito privado, do direito civil. O CC conceitua doação e não seria razoável q o direito tributário manipulasse, a seu bel prazer, o instituto, estuprando-o, descaracterizando-o.
Doação é o contrato pelo qual alguém dispõe bem seu para outrem. Então é o CONTRATO. Ex: pago imposto sobre gorjeta? Não, pq não é contrato. Pago imposto sobre presentes? Não, pq não é contrato.
O CTN abre uma regra de interpretação da CRFB dizendo para se ter cuidado com as interpretações conceituais. É vedado manipular, diz o CTN, a definição, o conteúdo e o alcance de conceitos e institutos. Não pode o legislador local ou o Fisco mudar o conceito histórico de doação, colocando, por ex, como sendo qualquer transmissão gratuita entre vivos. Isto é, na prática, aumentar a quantidade e qualidade de sujeito passivos! Art. 110 do CTN. Há q se respeitar o conteúdo de direito privado pq, caso interprete de outra maneira, estará definindo FG ou sujeito passivo mais do q a própria 
Então, na PROVA, pode cair assim: gorjeta, presente de casamento, presente de amigo secreto etc NÃO são contratos de doação. Não tem contrato nenhum! Se fosse doação, o donatário, se praticar algum ato de ingratidão, o contrato poderá ser revogado! Os mencionados atos são meramente de trato social, de costume. Aliás, o bem q foi presenteado pode ter muito alto. Ex: eu presentear um amigo com um carro de R$250 mil, em razão de seu aniversário.
Todas as leis estaduais no Brasil, porém, autoriza equiparar qualquer troca de bens a doação, mas isto é ERRADO, já q o CTN no art. 110 é claro em dizer q os institutos não podem ser manipulados. Ex: José lhe contrata pq recebeu lançamento de ITBI por ter recebido de seu pai R$4 mil por mês, lhe ajudando em custeio de faculdade e alimentação. Qual é a resposta? O lançamento é ilegal em razão do enlace entre José e seu pai não configura contrato de doação.
PORÉM NÃO OBSTANTE A PROCURADORIA ALEGA QUE ART 155 IIIA,B, QUE A NORMA CONSTITUCIONAL REFERENTE AO ARTIGO NÃO É DE EFICÁCIA CONTDA, LIMITADA PELO QUE A LEI ESTADUAL PODE REGULAR O EXERCÍCIO DACOMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA - NÃO SE REFERINDO AO ART 41 DO CTN P.Q. ESTE TRATA DE IMÓVEL"
Transmissão Causa Mortis
Fato Gerador e Base de Cálculo
É a transmissão dos bens com a morte do de cujus para os beneficiários, herdeiros ou legatários. No momento da morte, por ficção do direito civil, está aberta a sucessão e, por isso, há FG de ITCM (vamos deixar o “D” do ITCMD de lado, analisando só a causa mortis). O E é o herdeiro q a lei “esqueceu” de falar, e q recebe primeiro.
Há 4 tipos de tributação q podem ocorrer. Vamos a exemplos.
Caio tem 3 filhos e deixou herança avaliável em 900 x, em bens móveis e imóveis: uma casa, um carro, $ e outras coisas móveis. A casa vale 450x, carro em 250x e os 200x são o $ e os outros bens imóveis. De acordo com as regras de sucessão do CC, o patrimônio será dividido. Com a morte de Caio se dá a abertura da sucessão, momento em que se dá o FG. Como a morte aconteceu neste momento, não há preocupação, ainda, em abrir o inventário. Mais adiante o inventário será aberto, seja por arrolamento judicial ou em termo extrajudicial.
No inventário se faz referência ao FG e se calcularão a BC e a alíquota, apurando-se o quantum do ITCM. Imagine que antes da morte Caio tinha dívida de R$30 mil para o ISS e só pagou R$3 mil. A dívida de ISS de R$27 mil, as de IPVA do carro, as de IR etc sucederão preferencialmente aos herdeiros, antes inclusive do ITCM. As dívidas tributárias q o de cujus deixou qdo ainda em vida são pagas pelo espólio, até o limite da herança. As dívidas fiscais q o de cujus tinha em vida, obviamente antes da abertura da sucessão, sucedem CONTRA João, Tício e Mévio, os 3 filhos de Caio. É a sucessão das dívidas anteriores à abertura da sucessão, do art. 131, III do CTN. Ou os herdeiros pagam com seu próprio $, antes da adjudicação, ou esperam a avaliação dos bens e se deduz deles o débito que o de cujus deixou.
Aliás, além da sucessão tributária, o de cujus pode ter dívidas não tributárias! Primeiro vão ser pagas os débitos tributários e depois os demais credores! Então, se Caio deixou 60x de dívidas fiscais e 240x de dívidas não fiscais, na verdade o patrimônio q Caio deixou não é 900x mas 600x! Então, a BC do ITCM é o valor de patrimônio líquido. O Fisco estadual, porém, sempre tributa o valor inteiro! Qual resultado seria, por ex, se o de cujus deixasse 900x de patrimônio e 900x de dívida? Quanto os herdeiros herdam? Nada! Qual seria o ITCM sobre esta operação? NADA! O ITCM incide sobre o valor líquido do espólio.
Então duas tributações, até agora:
1. As dívidas q o de cujus tinha em vida
2. O ITCM, em razão da sucessão (já que a BC estará fechada, e cada herdeiro pagará ITCM pelo seu quinhão).
E qual a terceira tributação, então? A do art. 131, II do CTN, pertinente às dívidas fiscais referentes a fatos geradores posteriores à abertura da sucessão (ex: IPVA do carro de Caio, q todo ano vence; IPTU da casa, q todo ano vence; taxa de lixo q todo ano vence) mas anteriores à partilha. 
E qual a quarta tributação? Ou o imposto sobre doação (ITD) ou sobre a transmissão de bens imóveis (ITBI), se houve quebra da partilha. É a tributação da cessão de direitos hereditários:
• ITD – cessão gratuita de direitos hereditários. Ex: João doa parte das cotas a Tício. Neste caso incide ITD. ATENÇÃO pq não é a parte causa mortis do ITCMD, pq o “CM” já incidiu, na segunda fase da tributação.
• ITBI – cessão onerosa de direitos hereditários. É a cessão mediante “torna” ou reposição.
o Isso acontece mto na prática pq a única parte divisível é o $; a casa tem um valor e o carro outro, não dá pra dividir. A solução q o advogado usa ou é a doação das cotas de um para outro ou, caso a pessoa não queira doar, para poder se ressarcir, passa parte de suas cotas para outro herdeiro, desde que este reponha o valor. Isto vai fazer a partilha acabar, enfim.
o O STF equipara, portanto, estas cessões a doação e à cessão de bem imóvel.
o E se todos os bens forem móveis? Se eu fizer cessão hereditária a título oneroso, vai incidir ITBI? SIM, pq direito hereditário é BEM IMÓVEL, ainda q todos os bens do espólio sejam móveis.
o Então: se a cessão for sem torna é ITD; se for com torna é ITBI. E se a pessoa ceder, por ex, 500 cotas mas pedindo torna apenas de metade? Vão incidir AMBOS, pq na prática houve doação de 250 (incidindo ITD) e venda de 250 (incidindo ITBI). Na mesma operação houve dois tipos de cessão. Quem é o sujeito passivo? Pode ser tanto o cedente quanto o cessionário, mas a lei estadual, em regra, coloca no cessionário. Ver a súmula 116 do STF.

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