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Resumo Fund Ciências Sociais com exercícios e gabarito

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Apostila de 
Fundamentos das Ciências Sociais 
 2014
 
Aluna Monica, 1º período de Gestão de Recursos Humanos, Estácio EAD. 
 
1 
1. Indivíduo e Sociedade 
 
▪ Ciências Sociais: fazem parte do grupo de saberes intitulado Ciências Humanas e 
apresentam métodos próprios de investigação dos fenômenos que analisam. Tem 
como objeto de estudo a sociedade em suas dimensões sociológicas, antropológicas 
e políticas: 
 
A. Sociologia: estuda o homem e o universo sociocultural, analisando as inter-
relações entre os diversos fenômenos sociais. A vida social é analisada a partir de 
diferentes perspectivas teóricas, notadamente as que têm como base conceitual os 
estudos desenvolvidos por Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx. A partir dessas 
matrizes teóricas, estudam-se os fatos sociais, as ações sociais, as classes sociais, 
as relações sociais, as relações de trabalho, as relações econômicas, as instituições 
religiosas, os movimentos sociais etc. 
B. Antropologia: privilegiam-se os aspectos culturais do comportamento de grupos 
e comunidades. Questões cruciais para o entendimento da vida em grupo, como 
alteridade, diversidade cultural, etnocentrismo e relativismo cultural são tratadas 
por essa ciência, que em seus primórdios estudava povos e grupos geográfica e 
culturalmente distantes dos povos ocidentais. 
C. Ciência Política: analisa as questões ligadas às instituições políticas. Conceitos de 
poder, autoridade e dominação são estudados por esta ciência. Analisam-se assim 
as diferenças entre povo, nação e governo, bem como o papel do Estado como 
instituição legitimamente reconhecida como a detentora do monopólio da 
dominação e do controle de determinado território. 
 
As Ciências Sociais lidam não apenas com o que se chama de realidade, com fatos 
exteriores aos homens, mas igualmente com as interpretações que são feitas sobre 
a realidade. Por estudar a ação dos homens em sociedade, de seus símbolos, sua 
linguagem, seus valores e cultura, das aspirações que os animam e das alterações 
que sofrem, as Ciências Sociais constituem ferramenta importante para o 
desenvolvimento da compreensão crítico-reflexiva da realidade. Cada vez mais as 
Ciências Sociais são utilizadas em diversos campos da atividade humana: 
campanhas publicitárias, campanhas eleitorais, elaboração de políticas públicas, 
programação de redes de rádio e televisão etc. 
 
▪ Temas de trabalhos de cientistas sociais: 
Apostila de 
Fundamentos das Ciências Sociais 
 2014
 
Aluna Monica, 1º período de Gestão de Recursos Humanos, Estácio EAD. 
 
2 
> Deslocamentos de pessoas e grupos motivados pelo processo de globalização da 
economia, que intensificou os fluxos migratórios em todo o planeta; 
> Trocas culturais proporcionadas pelo estabelecimento de uma “sociedade em 
rede”; 
> Novos modelos de família e conjugalidade; 
> Novas configurações no campo religioso. 
 Esses trabalhos são utilizados frequentemente como fonte de reflexão por 
governos, sociedade civil e indivíduos que buscam desenvolver sua 
capacidade de compreensão dos acontecimentos e planejamento de ações 
com vistas à atuação na vida social. 
 
▪ Papel do indivíduo na sociedade: 
A. Perspectiva socioantropológica: Não existem sociedades sem indivíduos e os 
indivíduos só se tornam verdadeiramente humanos por meio da socialização, 
processo pelo qual você se torna um membro ativo da sociedade em que nasceu. 
B. Ralph Linton (“O indivíduo, a cultura e a sociedade”): em circunstâncias normais, quanto 
mais perfeito seu condicionamento e consequente integração na estrutura social, 
tanto mais efetiva sua contribuição para o funcionamento uniforme do todo e mais 
segura sua recompensa. 
 
Ser Solitário: tenta proteger a sua própria existência e a daqueles que lhe são 
próximos, satisfazer os seus desejos pessoais e desenvolver as suas capacidades 
inatas. Ser Social: procura ganhar o reconhecimento e afeição dos seus 
semelhantes, partilhar os seus prazeres, confortá-los nas suas tristezas e melhorar 
as suas condições de vida. (Albert Einstein em seu artigo “Porquê o Socialismo?”) 
 
2. Objeto e Método das Ciências Sociais 
 
▪ Ciências Naturais: estudam fatos simples, eventos que presumivelmente têm 
causas simples e são facilmente isoláveis, recorrentes e sincrônicos. Tais fatos 
podem ser vistos, isolados e reproduzidos dentro de condições de controle 
razoáveis, num laboratório. Alcança-se a objetividade científica e as descobertas 
possibilitam o desenvolvimento de novas tecnologias. 
 
▪ Objeto de estudo das Ciências Sociais: Relações que os homens estabelecem 
entre si vivendo em sociedade. O homem nas relações intersubjetivas, os 
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Fundamentos das Ciências Sociais 
 2014
 
Aluna Monica, 1º período de Gestão de Recursos Humanos, Estácio EAD. 
 
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fenômenos sociais, ou seja, eventos com determinações complicadas e que podem 
ocorrer em ambientes diferenciados, fazendo com que toda análise de fenômenos 
dessa natureza seja parcial, subjetiva. 
 
▪ Especificidades das Ciências Sociais: 
A. Lidam com a realidade e com as interpretações que são feitas sobre a realidade. 
B. As percepções são variadas, porquanto históricas apresentadas de modo 
descritivo e narrativo, nunca na forma de uma experiência. 
C. O resultado prático é visto em livros, romances, arte, teatro, novelas, onde tais 
ideias podem ser aplicadas para produzir modificações no comportamento das 
pessoas – nos sistemas de valores. Os fatos sociais são irreproduzíveis em 
condições controladas e, por isso, quase sempre fazem parte do passado. 
 
▪ Objetivos das Ciências Sociais: Responder e/ou compreender questões sobre a 
realidade social, econômica ou cultural; Construir uma visão social da qual seja 
possível entender e criticar a realidade com a finalidade de melhoria da vida. 
 
▪ Imaginação sociológica: O indivíduo consegue estabelecer conexões entre sua 
experiência pessoal e a sociedade em que vive. Ou seja, os indivíduos só podem 
compreender sua existência social percebendo-se parte de um contexto histórico-
cultural determinado. Ao observar os fenômenos sociais, somos levados a enfrentar 
nossa própria posição, nossos valores, nossa visão de mundo que interfere na 
nossa pesquisa. Nossa fala, nossos gestos, nossa modo de ser e de agir revelam o 
tipo de socialização que tivemos e influencia em nossa visão de mundo. 
 
▪ Processo de Socialização: O processo de socialização e aprendizado lapida o ser 
biológico em ser social. 
 
Problemas sociais: Designam algo que atinge um grupo, ou uma categoria de 
indivíduos. É uma situação que afeta um número significativo de pessoas. 
Problemas sociológicos: Objeto de estudo da Sociologia. Observação sistemática 
dos fenômenos sociais. 
 
3. A Análise Antropológica da Cultura 
 
▪ Antropologia: Estudo das diferentes culturas do homem, os diversos grupos 
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Fundamentos das Ciências Sociais 
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sociais, culturais ou étnicos e as transformações ocorridas em função 
da interação entre os grupos.▪ Conceito Antropológico de Cultura: “é todo complexo que inclui conhecimento, 
crença, arte, moral, lei, costume e quaisquer outras capacidades e hábitos 
adquiridos pelo homem na condição de membro da sociedade”, Edward Tylor, primeiro 
antropólogo a sistematizar o conceito de cultura, em Primitive Culture. 
 
▪ Definições usuais para Cultura: 1. Modo de vida global de um grupo, expresso nas 
atividades sociais, linguagem, arte e trabalho intelectual. 2. Ordem global social de 
grupos ligada à perspectiva dos estilos de arte e trabalho intelectual. 3. Conjunto 
de regras que nos diz como o mundo pode e deve ser classificado. 
 
▪ Diversidade Cultural: multiplicidade de formas de vida. 
 
▪ Crítica ao determinismo geográfico: Teoria desenvolvida por geógrafos que 
afirmava que as diferenças do ambiente condicionam a diversidade cultural. O 
homem é resultado do meio cultural. Não basta a natureza criar pessoas 
inteligentes, se estas não obtiverem educação para desenvolverem suas aptidões. 
 
▪ Surgimento da Cultura: Na visão antropológica de Lévi-Strauss, a cultura surge no 
momento em que o homem convencionou a primeira regra. Neste caso, 
trata-se da proibição do incesto, que ocorre na maior parte das sociedades 
humanas. 
 
▪ O olhar eurocêntrico sobre a cultura: 
> Toda construção científica nasce na Europa. A reflexão teórico-científica sobre a 
humanidade se iniciou neste ambiente e nesta perspectiva. Logo, a noção de ser 
humano de referência para todas as Ciências Humanas e Sociais é a do homem 
europeu e da sociedade europeia. 
> A partir dos esforços de conquista de outros continentes, os europeus 
“encontraram-se” com “seres” diferentes o suficiente para causarem 
estranhamento, mas “parecidos” o suficiente para produzirem o seguinte incômodo: 
serão estes seres “humanos”? 
> A relação com agrupamentos humanos de localidades até então desconhecidas 
como as que hoje denominamos África, América, Austrália, fizeram com que os 
europeus se questionassem sobre as características peculiares ao humano e as 
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razões de tanta diferença entre os componentes de uma mesma espécie. 
 
▪ “Antropologia de gabinete”: Até os fins do século XIX, parte dos antropólogos 
escrevia sobre as sociedades não ocidentais, não europeias sem nunca ter estado 
nelas. Estudavam culturas “exóticas” buscando descrever seus hábitos, costumes e 
sua forma de ver o mundo (cosmovisão). No entanto, eles não iam ao campo; não 
eram os antropólogos que experimentavam diretamente o dia a dia dos grupos 
“selvagens”. Enviavam viajantes, pessoas comuns que eram deslocadas para essas 
“tribos” e ali ficavam por um certo tempo, registrando tudo que viam e ouviam, a 
fim de entregar este material aos antropólogos para analisarem estes relatos, 
desenvolvendo suas teorias sobre as diferentes culturas. Na segunda metade do 
século XIX a “antropologia de gabinete” é questionada. Afinal, como falar sobre 
uma cultura que nunca se viu? Como descrever eventos que nunca se vivenciou? 
 
▪ Método Antropológico (Etnografia): 
> Estudo de Campo > Investigação de costumes culturais > Encontro intercultural. 
 
▪ A prática etnográfica: Segundo François Laplantine (Aprender Antropologia), a prática 
etnográfica consiste em “impregnar-se dos temas de uma sociedade, de seus 
ideais, de suas angústias. O etnógrafo é aquele que deve ser capaz de viver nele 
mesmo a tendência principal da cultura que estuda”. Na prática etnográfica, que é 
a metodologia característica da antropologia até os dias de hoje, o próprio 
antropólogo vai ao campo, entra no grupo, vivencia esta cultura diferente, deixa-se 
fazer parte deste dia a dia, registra esta vivência, retorna para sua própria cultura 
e finaliza seu trabalho de escrita que é o registro final desta experiência. 
 
▪ Etnocentrismo: Geralmente estabelecemos a nossa cultura como o padrão, a 
norma. Assim tudo que é diferente é concebido como estranho, e mesmo errado. 
Tal postura é o que denominamos etnocentrismo. Segundo Everardo Rocha (O que é 
Etnocentrismo) trata-se da “visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado 
como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos 
valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano 
intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano 
afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc.“. 
 
> Roberto da Matta (Você tem cultura?) demonstra que “antes de cogitar se 
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“aceitamos” ou não esta outra forma de ver o mundo, a Antropologia nos convida a 
compreendê-la, e verificar que ao seu jeito uma outra vida é vivida, segundo outros 
modelos de pensamento e de costumes. O fato de que o homem vê o mundo 
através de sua cultura tem como consequência a propensão em considerar o seu 
modo de vida como o mais correto e o mais natural. 
 
▪ Antropologia Contemporânea: Tem focado o estudo do “outro” (outros povos, 
suas crenças e costumes). Enfoca o sentido político de mostrar que diferenças 
culturais não significam inferioridade nem justificam a dominação. 
 
▪ Relativismo Cultural: É a postura, privilegiada pela Antropologia contemporânea, 
de buscar compreender a lógica da vida do outro. Parte do pressuposto de que cada 
cultura se expressa de forma diferente. Dessa forma, trata-se de pregar que a 
atividade humana individual deve ser interpretada em contexto, nos termos da 
cultura em que está inserida. 
 
4. Ciência Política 
 
▪ Segundo Marilena Chauí, em Filosofia (2000), o conceito de estado de natureza 
tem a função de explicar a situação pré-social na qual os indivíduos existem 
isoladamente. Duas foram as principais concepções do estado de natureza: 
 
1. Concepção de Hobbes (século XVII): Em estado de natureza, os indivíduos vivem 
isolados e em luta permanente, vigorando a guerra de todos contra todos ou “o 
homem lobo do homem”. Nesse estado, reina o medo e, principalmente, o grande 
medo: o da morte violenta. Para se protegerem uns dos outros, os humanos 
inventaram as armas e cercaram as terras que ocupavam. Essas duas atitudes são 
inúteis, pois sempre haverá alguém mais forte que vencerá o mais fraco e ocupará 
as terras cercadas. A vida não tem garantias; a posse não tem reconhecimento e, 
portanto, não existe; a única lei é a do mais forte, que pode tudo quanto tenha 
força para conquistar e conservar. 
 
2. Concepção de Rousseau (século XVIII): Em estado de natureza, os indivíduos 
vivem isolados pelas florestas, sobrevivendo com o que a Natureza lhes dá, 
desconhecendo lutas e comunicando-se pelo gesto, pelo grito e pelo canto, numa 
língua generosa e benevolente. Esse estado de felicidade original, no qual os 
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humanos existem sob a forma do bom selvagem inocente, termina quando alguém 
cerca um terreno e diz: "É meu". A divisão entre o meu e o teu, isto é, a 
propriedadeprivada, dá origem ao estado de sociedade, que corresponde, agora, 
ao estado de natureza hobbesiano da guerra de todos contra todos. 
 
Para fazer cessar esse estado de vida ameaçador e ameaçado, os humanos 
decidem passar à sociedade civil, isto é, ao Estado Civil, criando o poder político e 
as leis. A passagem do estado de natureza à sociedade civil se dá por meio de um 
contrato social, pelo qual os indivíduos renunciam à liberdade natural e à posse 
natural de bens, riquezas e armas e concordam em transferir a um terceiro – o 
soberano – o poder para criar e aplicar as leis – tornando-se autoridade política. O 
contrato social funda a soberania. 
 
▪ John Locke e a teoria Liberal: O Estado existe a partir do contrato social. Tem as 
funções que Hobbes lhe atribui, mas sua principal finalidade é garantir o direito da 
propriedade. Dessa maneira, a burguesia se vê inteiramente legitimada perante a 
realiza e a nobreza e, mais do que isso, surge como superior a elas, uma vez que o 
burguês acredita que é proprietário graças ao seu próprio trabalho, enquanto reis e 
nobres são parasitas da sociedade. 
 
▪ Formas de Dominação Legítima em Max Weber: A dominação deve ser entendida 
como uma probabilidade de mando e de legitimidade deste mando. A crença é 
condição fundamental para que a relação entre aquele que manda (domina) e 
aquele que obedece (dominado) se realize. Portanto, não é toda e qualquer relação 
de poder que é legitimada, é preciso que aquele que obedece acredite 
voluntariamente naquele que tem poder de mando. 
 
> Weber define os três tipos puros de dominação como: 
1. Dominação racional-legal: Exercida dentro de um quadro administrativo 
composto de regras e leis escritas que devem ser seguidas por todos, não havendo 
privilégios pessoais. Ela é apoiada na crença de uma “legitimidade de ordens 
estatuídas e nos direitos de mando dos chamados a exercer autoridade legal”. Esta 
é baseada em relações impessoais e os funcionários são incorporados ao quadro 
administrativo, através de um contrato, não por suas características pessoais, mas 
por sua competência técnica. Eles são livres, sendo que suas obrigações se limitam 
aos deveres e objetivos de seus cargos que estão dispostos dentro de uma 
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hierarquia administrativa e suas competências são rigorosamente fixadas. Realizam 
seu trabalho e em troca recebem um salário fixo e regular que varia conforme a 
responsabilidade do cargo. Há possibilidade de fazer carreira. A dominação 
burocrática é puramente técnica, com o objetivo de atingir o mais alto grau de 
eficiência. 
2. Dominação tradicional: Repousa na crença das tradições, costumes que existem 
desde outros tempos. É a legitimidade na crença dos indivíduos nas ordens e 
poderes senhoriais tradicionais. A autoridade é exercida e legitimada pela tradição e 
por normas escritas. O quadro administrativo pode ser recrutado não pela 
competência técnica, mas por vínculos pessoais e laços de fidelidade. As tarefas 
não estão claramente definidas, como na dominação racional, e os privilégios e 
deveres encontram-se sujeitos a modificações de acordo com a vontade do 
governante. Há outros tipos de dominação tradicional que são: o patriarcalismo, 
onde o poder é exercício segundo regras fixas de sucessão; e o patrimonialismo ou 
gerontocracia, que é a autoridade exercida pelos mais velhos, em idade, sendo os 
melhores conhecedores da tradição sagrada. 
3. Dominação Carismática: Pode ser caracterizada pelo seu caráter de tipo 
extrordinário e irracional. individíduos carismáticos, enviados por Deus para o 
cumprimento de uma “missão”, reconhecido como um líder por seus seguidores e, 
assim a autoridade é legitimada. 
 
▪ Relação Estado-sociedade na Concepção Marxista: Segundo Marx e Engels (A 
ideologia Alemã, 1987), o Estado é a forma na qual os indivíduos de uma classe 
dominante fazem valer seus interesses comuns e na qual se resume toda a 
sociedade civil de uma época. Segue-se que todas as instituições comuns são 
mediadas pelo Estado e adquirem através dele uma forma política. Daí a ilusão de 
que a lei se baseia na vontade e, mais ainda, na vontade destacada de sua base 
real – na vontade livre. Da mesma forma, o direito é reduzido novamente à lei. 
 
> Marx afirma que o aparelho jurídico do Estado, nesse tipo de sociedade, tem 
como objetivo: 
A. Organizar e justiiccar a dominação da burguesia sobre o proletariado. 
B. Favorecer os negócios da classe dominante. 
 Dessa forma, para Marx, não existe Estado representativo do conjunto da 
sociedade. Seu papel é o representante dos interesses da burguesia. 
 
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5. Sociologia e Antropologia 
 
▪ Revolução Industrial e neocolonialismo: 
> Marcou o século XIX e projetou consequências nos séculos XX e XXI; 
> Desenvolvimento industrial e científico; 
> A indústria cresceu e vieram as crises de produção/consumo, solucionadas com o 
neocolonialismo ou imperialismo, no século XIX. 
> A América escapou desse colonialismo porque se tornara independente pouco 
antes, porém, se não foi dominada politicamente pela Europa e pelos EUA, o foi 
economicamente. 
> A África e a Ásia foram o cenário onde atuou uma infinidade de cientistas e 
religiosos que assumiram o fardo do homem branco. 
 
▪ Cientificismo e Darwinismo Social: 
> As teses de Darwin foram discutidas em todo o meio científico e o liberalismo 
econômico adotou o pressuposto da competição (seleção natural). Ao defender a 
propriedade privada, o liberalismo postula que todo homem compete em igualdade 
no acesso à propriedade; aquele que não conquista, não o faz porque é vicioso ou 
preguiçoso; tese que ainda interessa à manutenção do domínio da classe burguesa. 
> Darwinismo Social: As sociedades se modificam e se desenvolvem como os seres 
vivos. As transformações nas sociedades representam a passagem de um estágio 
inferior para outro superior, onde o organismo social se mostra mais evoluído, 
adaptado e complexo. 
> Foi nesse cenário de constantes conflitos sociais, políticos, econômicos e 
religiosos, cenário pela industrialização e pelo cientificismo, que a Antropologia e a 
Sociologia produziram suas primeiras explicações. 
 
▪ Evolucionismo Social: Os evolucionistas formaram a primeira escola antropológica, 
tendo como paradigma principal a sistematização do conhecimento acumulado 
sobre os “povos primitivos” e o predomínio do trabalho de gabinete. Defendiam a 
ideia de que a historia da Humanidade se dava através de um processo evolutivo 
que ia da selvageria à civilização, passando pela barbárie. Utilizam o método 
comparativo, em que tomavam como parâmetro a sociedade europeia doo século 
XIX para descrever e classificar formas culturais de outros povos, em uma postura 
que se mostrava extremamente etnocêntrica. 
 
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Fundamentos das Ciências Sociais 
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▪ Positivismo: Diretriz filosófica criada por Augusto Comte na segunda metade do 
século XIX, o tema central de sua obraé a Lei dos Três Estados, em que ele divide 
a evolução histórica e cultural da humanidade em três fases, de acordo com o seu 
desenvolvimento; a classificação e a hierarquização das ciências, da mais simples 
até a mais complexa; e a reforma da sociedade, com mudanças intelectuais, morais 
e políticas destinadas principalmente a restabelecer a ordem na sociedade 
industrial. 
 
▪ Estágios de Desenvolvimento Intelectual: 
A. Teológico: O universo era explicado em termos de deuses, demônios e seres 
mitológicos. 
B. Metafísico: A realidade era explicada em termos de abstrações como a essência, 
existência, substância e acidente. 
C. Positivo: Explicações somente poderiam ser baseadas em leis científicas 
descobertas através da experimentação, observação ou lógica. 
 Comte procurou completar o estágio positivo ao criar a mais complexa de 
todas: a Sociologia como ciência. Para reformar a sociedade, Comte propôs: 
> Reconhecer a existência de princípios reguladores; 
> Estudar os processos e estrutura social; 
> Reconhecer a existência de dois movimentos: estático (fator de permanência 
e harmonia) e dinâmico (fator de progresso). 
 
▪ A análise comtiana propõe: a negação da luta de classes (harmonia entres as 
classes sociais), a necessidade de um Estado forte, centralizador, mantenedor da 
ontem. 
 
6. Análise Sociológica – Durkheim 
 
▪ Émile Durkheim: Criado da Escola Sociológica Francesa, define o objeto da 
sociologia como fatos sociais e atribui-lhe um método de investigação: a análise 
objetiva dos fatos sociais, que deveriam ser estudados como “coisas” (relação de 
objetividade do investigador com o objeto estudado). 
 
▪ Fatos sociais: “Maneira de agir, pensar e sentir que apresentam as características 
marcante de existir fora da consciência individual”. (Durkheim, As Regras do Método 
Sociológico): 
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A. Fato social normal: É normal o fato que não extrapola os limites dos 
acontecimentos mais gerais de uma determinada sociedade e que refletem os 
valores e as condutas aceitas pela maior parte da população. O crime é um fato 
social normal, pois pode ser entendido como necessário (útil) para a sociedade. 
B. Fato social patológico: Todo fato que extrapola os limites aceitos pela 
consciência coletiva vigente em uma sociedade, é o comportamento tido como 
desviante. 
 
▪ Consciência coletiva ou comum: “Conjunto de crenças e de sentimentos comuns 
entre os membros de uma mesma sociedade” (Durkheim, Da Divisão do Trabalho Social). 
 
▪ Divisão do Trabalho Social: Organização da sociedade em diferentes funções, 
exercidas pelos indivíduos ou grupos de indivíduos. 
 
7. Análise Sociológica: Max Weber 
 
▪ O método compreensivo de Max Weber: Procura compreender a sociedade como 
um agregado de indivíduos que possuem suas motivações próprias. Ao mesmo 
tempo, o estatuto de realidade objetiva é mudado para uma concepção menos 
determinista de sociedade, segundo a qual a realidade é um fenômeno compósito. 
 
Para compreender a sociedade, é preciso entender as redes de significações 
estabelecidads pelos indivíduos em suas ações e relações sociais. 
 
▪ Objeto da sociologia: para Weber, é o sentido da ação social, que deve ser 
buscado pela apreensão da totalidade de significados e valores atribuídos pelos 
indivíduos. A ação social é determinada por mais de uma causa, sendo que cada 
causa tem importância variada sobre a determinada ação. 
 
▪ Tarefa do sociólogo: “Pesquisa os sentidos e os significados recíprocos que 
orientam os indivíduos na maioria de suas ações e que configuram as relações 
sociais”. 
 
▪ Tipos de ação: Weber, preocupado com o valor que cada indivíduo atribui à sua 
ação, procurou elaborar uma tipologia para compreender as características 
particulares, definindo quatro tipos de ação: 
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1. Ação racional com relação a fins: Motivada por fins objetivos, ou seja, para 
atingir seus fins, o indivíduo planeja e executa seus planos, utilizando-se dos meios 
que considera mais adequada para atingir seus objetivos. Ex. Racionalidade 
econômica capitalista. 
2. Ação racional com relação a valores: Motivada por crenças em valores morais, 
religiosos, políticos etc. O que importa para o indivíduo é seguir os princípios que 
mais lhe são caros, não importando o resultado de sua conduta. Ex. Agente que 
abrem mão de vantagens financeira em função da preservação ambiental. 
3. Ação afetiva: Guiada por uma conduta emocional. Ex. Crimes passionais. 
4. Ação tradicional: Guiada pela tradição, costumes arraigados que fazem com que 
os indivíduos ajam em função deles. Ex. Hábito de saudarmos as pessoas com 
expressões como “bom dia” e “fique com Deus”, independentemente de termos 
grande afinidade com elas ou mesmo alguma fé. 
 
▪ Relação Social: Estabelece-se quando os agentes partilham o sentido de suas 
ações e agem reciprocamente de acordo com certas expectativas que possuem do 
outro. 
 
8. Análise Sociológica: Karl Marx 
 
▪ Materialismo histórico: Refere-se à teoria filosófica preocupada em destacar a 
importância dos seres objetivos (os homens) como elementos constitutivos da 
realidade do mundo. Este é o método de análise social marxista, segundo o qual, as 
relações materiais que os homens estabelecem entre si e o modo como produzem 
seus meios de vida formam a base de todas as suas relações. 
 
▪ Dialética: Modo de pensarmos as contradições da realidade, as diferenças sociais 
e, consequentemente, a transformação permanente da realidade – a realidade 
dialética. Princípios básicos da dialética: 
> Tudo se relaciona; 
> Tudo se transforma; 
> Mudanças qualitativas; 
> Luta dos contrários. 
 
▪ Modo de produção: O entendimento da realidade da vida só é possível à medida 
que conhecemos o modo de produção da sociedade – modo de produção é aqui 
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entendido como a maneira pela qual os homens obtêm seus meios de existência 
material. Não é a consciência que determina a vida material, mas a vida material 
que determina a consciência. Na história, podemos distinguir pelo menos cinco 
grandes modos de produção: 
> Primitivo > Regime asiático > Escravatura > Servidão (Feudal) > Capitalista 
 
▪ Luta de classes: Confronto entre duas classes antagônicas quando lutam por seus 
interesses de classe (Aranha e Martins). No modo de produção capitalista, a relação 
antagônica e faz entre o burguês, que é o detentor dos meios de produção, e o 
proletariado que nada possui e só vive porque vende sua força de trabalho. Na 
perspectiva materialista da história, a luta de classes se relaciona diretamente à 
mudança social, à superação dialética das contradições existentes. 
 
▪ Ideologia: Conjunto de proposições existentes com a finalidade de fazer aparentar 
os interesses da classe dominante com o interesse coletivo, construindo uma 
hegemonia daquela classe, tornando-se uma verdade absoluta e natural. (Chauí)▪ Alienação: É originada na vida econômica. O bem produzido não pertence ao 
trabalhador. Não é mais o operário que projeta o trabalho. Há separação entre 
planejamento e execução, entre pensar e agir. Tem-se como consequência um 
saber mecânico e fragmentado. 
 
▪ Práxis: É um conceito central no pensamento de Marx. A práxis não se confunde 
com a prática. A práxis é a união da interpretação da realidade (teoria – 
conhecimento científico) à prática (realização efetiva, atividade), em outras 
palavras, é a ação consciente do sujeito na transformação de si mesmo e do mundo 
que o cerca. É através da práxis que se dá o combate à alienação. 
 
9. Globalização, desigualdades e exclusão social 
 
▪ Globalização: “Intensificação de relações sociais mundiais que unem localidades 
distantes de tal modo que os acontecimentos locais são condicionados por eventos 
que acontecem a muitas milhas de distância e vice-versa”. Giddens 
 
▪ Homogeneização cultural: Stuart Hall (Identidade cultural na pós-modernidade) apresenta 
três posições contrárias ao sentimento de homogeneização global: 
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1. Juntamente com a tendência à homogeneização global, acontece uma fascinação 
com a diferença e com a mercantilização da etnia e da “alteridade” (Kevin Robin); 
2. A globalização é desigualmente distribuída pelo mundo, entre regiões e estratos 
da população nas regiões = “geometria do poder” da globalização (Doreen Massey); 
3. A globalização continua sendo um fenômeno essencialmente ocidental = afeta de 
forma desigual os diversos espaços geográficos do globo (Kevin Robin). 
 
▪ Consequências da globalização cultural: 
A. Juntamente com a globalização há um reforço das identidades locais; 
B. A globalização é um processo desigual, com sua própria “geometria de poder”; 
C. As identidades culturais estão sendo relativizadas, apesar de reterem aspectos 
da dominação global: migração, legal e ilegal, de enormes contingentes de pessoas 
da periferia para os centros, principalmente das antigas colônias para as potências 
europeias. 
 
Esta formação de “enclaves” étnicos minoritários no interior dos estados-nação do 
Ocidente leva a uma “pluralização” de culturas nacionais e de identidades 
nacionais, tendo como consequência o surgimento de manifestações de xenofobia 
em várias partes do mundo. 
 
▪ Redes Sociais: Segundo Manuel Castells (A era da informação: economia, sociedade e 
cultura) o mundo contemporâneo globalizado constitui uma “sociedade em rede” e 
estas redes constituem a nova morfologia social de nossa sociedade e a difusão da 
lógica de redes modifica de forma substancial a operação e os resultados dos 
processos produtivos e de experiência, poder e cultura. Tudo isso porque elas são 
estruturas abertas capazes de expandir de forma ilimitada, integrando novos nós 
desde que consigam comunicar-se dentro da rede, ou seja, desde que 
compartilhem os mesmos códigos de comunicação (por exemplo, valores ou objetos 
de desempenho). Nesse contexto, a rede é um instrumento apropriado para: 
A. a economia capitalista voltada para a inovação, globalização e concentração 
descentralizada; 
B. o trabalho, trabalhadores e empresas voltadas para a flexibilidade e 
adaptalidade; 
C. uma cultura de desconstrução e reconstrução contínuas; 
D. uma política destinada ao processamento instantâneo de novos valores e 
humores públicos; 
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E. uma organização social que vise a suplantação do espaço e invalidação do 
tempo. 
 
▪ Desigualdade social: As novas desigualdades sociais produzidas por esta estrutura 
de classe têm sido amplamente reconhecidas, mesmo pelas agências multilaterais 
que têm liderado este modelo de globalização, como o Banco Mundial e o Fundo 
Monetário Internacional. É hoje evidente que a iniquidade da distribuição da riqueza 
mundial se agravou nas duas últimas décadas: 54 dos 84 países menos 
desenvolvidos viram o seu PNB per capita decrescer nos anos 1980; em 14 deles a 
diminuição rondou os 35%. 
 
▪ Desigualdade, pobreza e exclusão social no Brasil: Tem sua origem no processo 
de colonização. Ao longo dos anos, apesar de conquistas sociais como o fim do 
regime escravista, a marginalização histórica dos setores mais baixos da escala 
social brasileira permaneceu, a despeito dos avanços verificados nas duas últimas 
décadas. A desigualdade também se expressa nos grandes centros urbanos, onde 
populações desassistidas vivem pelas ruas, e nas periferias das grandes e médias 
cidades brasileiras, um expressivo número de pessoas vive em subocupações ― as 
favelas, localidades em que se registra uma alto índice de criminalidade, decorrente 
da ausência ou ineficiência do poder público, e da ação de grupos que passam a 
exercer autoridade sobre a população, como traficantes e milícias. 
 
10. Novos padrões morais e culturais 
 
▪ Grupo étnico designa uma população que: 
A. se perpetua principalmente por meio biológicos; 
B. compartilha de valores culturais fundamentais; 
C. compõe um campo de comunicação e interação; 
D. tem um grupo de membros que se identifica e é identificado por outros como 
constituinte de uma categoria distinguível de outras. 
 
▪ O ser indígena: Percebe-se um movimento para fora dos limites físicos e culturais 
da aldeia, ao mesmo tempo em que tal movimento reflete a busca da identidade 
indígena por dois grupos sociais: a própria comunidade indígena e alguns setores 
urbanos de classe média e alta. 
 
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▪ Novos padrões familiares: O final da década de 1960 e início da década de 1970 
são marcos fundamentais nas transformações dos papéis femininos e masculinos na 
sociedade brasileira e, consequentemente, da concepção de família (Miriam Goldenberg 
em “Novas famílias nas camadas médias urbanas”). Na atualidade, já não há um ‘modelo 
ocidental’ de família, há vários (Segalen). 
 
Avaliando o Aprendizado 
 
1. As Ciências Sociais se dividem em três ciências específicas: A Sociologia, a Antropologia e a 
Ciência Política. Cada ciência social específica aborda distintos aspectos da realidade social. Essa 
realidade social é repartida conforme as diferenças existentes entre os diversos aspectos que a 
compõem. Esses aspectos constituem aos objetos das três ciências. Assinale a alternativa que 
expressa corretamente qual aspecto da realidade cada ciência social toma por objeto. 
 
a) O uso cultural do twitter pelos indivíduos de uma sociedade é objeto da Ciência Política; o uso 
do twitter como fato social é objeto da Antropologia; o uso do twitter para uma campanha eleitoral 
é objeto da Sociologia. 
b) O uso cultural do twitter pelos indivíduos de uma sociedade é objeto da Ciência Política; o uso 
do twitter como fato social é objeto da Sociologia; o uso do twitter para uma campanha eleitoral é 
objeto da Antropologia. 
c) O uso do twitter para uma campanha eleitoral é objeto da Sociologia; o uso cultural do twitter 
pelos indivíduosde uma sociedade é objeto da Ciência Política; o uso do twitter como fato social é 
objeto da Antropologia. 
d) O uso cultural do twitter pelos indivíduos de uma sociedade é objeto da Antropologia; o uso do 
twitter para uma campanha eleitoral é objeto da Ciência Política; o uso do twitter como fato social 
é objeto da Sociologia. 
e) O uso cultural do twitter pelos indivíduos de uma sociedade é objeto da Antropologia; o uso do 
twitter como fato social é objeto da Ciência Política; o uso do twitter para uma campanha eleitoral 
é objeto da Sociologia. 
 
2. FOLHAPRESS/JC - 13/03/2013 - Opinião Econômica - Marx "A problemática que ele (Karl Marx) 
colocou - o que é o homem e como pode realizar plenamente a sua humanidade diante dos 
constrangimentos que lhe impõe a organização da sociedade - é eterna." Delfim Netto, 
economista. A problemática colocada por Marx nos remete a qual tema central na análise das 
ciências sociais? 
a) O da relação indivíduo-sociedade. 
b) O do instinto de sobrevivência. 
c) O da relação família-sociedade. 
d) O da objetividade do conhecimento. 
e) O da subjetividade do conhecimento. 
 
3. Observe a frase: "NÃO SE NASCE MULHER, TORNA-SE MULHER." A partir de tão conhecida 
frase de Simone de Beauvoir e dos conhecimentos acerca do modo como as Ciências Sociais 
abordam a questão do comportamento de gênero, assinale a alternativa correta sob o ponto de 
vista sócioantropológico: 
a) Ser mulher é um comportamento apreendido através de um processo de socialização. 
b) Ser mulher é uma criação extremamente cultural, mas ser homem é um dado somente natural. 
c) Homens são mais fortes fisicamente que mulheres; portanto, é natural a relação de poder 
instituído e construído numa sociedade entre os sexos. 
d) A diferenciação de papéis sociais entre homens e mulheres baseia-se em critérios puramente 
biológicos. 
e) Partindo da ideia de que a diferenciação entre os sexos é biológica, o movimento feminista 
enquanto fenômeno. 
 
4. "... Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora não possamos aceitá-la, 
para mostrar nossa gratidão concordamos que os nobres de Virginia nos enviem alguns de seus 
jovens, que lhes ensinaremos tudo o que sabemos e faremos deles, homens". Nesse trecho de 
uma carta resposta ao Governo americano os indígenas mostram que: 
a) a cultura aprendida por outros povos é mais significativa. 
b) são agradecidos ao Governo e valoram a cultura americana. 
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c) educar é transmitir os valores, os conhecimentos, as técnicas e o modo de viver do grupo. 
d) a sociedade transmite as novas gerações a valorização pela cultura de outros povos. 
 
5. Estadão - 24/02/2013 22:28 "Torcedor corintiano confessa ter disparado sinalizador São Paulo - 
O torcedor corintiano H.A.M., de 17 anos, confessou neste domingo ter sido o autor do disparo do 
sinalizador que provocou a morte do boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada na última quarta-
feira, durante o jogo entre Corinthians e San José, em Oruro, na Bolívia." A violência juvenil é um 
fenômeno mundial que preocupa as autoridades responsáveis. Observando o caso de H.A.M. e 
outros similares somos levados a nos perguntar se é o homem faz a sociedade ou se é a sociedade 
que faz o homem? Quais das respostas a seguir são coerentes com a visão das ciências sociais: I - 
Na realidade não existe esse abismo entre os indivíduos e a sociedade, ou seja, o homem faz a 
sociedade e a sociedade faz o homem. II - Toda sociedade humana consiste em indivíduos 
distintos e todo indivíduo humano só se humaniza ao aprender a agir, falar e sentir o convívio com 
outros. III - Na realidade a violência expressa os instintos selvagens do indivíduo humano, que 
não dependem da sociedade, mas sim de uma herança genética agressiva. 
a) As respostas I, II e III são coerentes com a visão das ciências sociais. 
b) As respostas não são coerentes com a visão das ciências sociais. 
c) As respostas I e III são coerentes com a visão das ciências sociais. 
d) As respostas II e III são coerentes com a visão das ciências sociais. 
e) As respostas I e II são coerentes com a visão das ciências sociais. 
 
6. "A antropologia é uma disciplina criada a partir da expansão do capitalismo europeu, quando 
este entra em contato com povos étnica e culturalmente diferentes e com os quais teve que 
manter contato em razão de necessidades políticas e econômicas. Assim é que a antropologia 
sempre trabalhou com a lógica do distanciamento, distanciamento entre pesquisador e 
pesquisado, distanciamento entre civilizações e culturas, distanciamento no tempo e no espaço 
entre o europeu e o não-europeu. Ocorre que a história e a crescente internacionalização do 
capitalismo promoveram o contínuo encurtamento dessas distâncias". (COSTA, C. . 2005, p. 17) 
Para o encurtamento das distâncias culturais e geográficas que levaram a antropologia a repensar 
seu objeto podem ser assinalados os seguintes fatos, EXCETO: 
a) A universalização do cristianismo. 
b) A universalização do estado-nação. 
c) A universalização da cultura de massas. 
d) A universalização da indústria. 
e) A universalização dos meios de comunicação. 
 
7. Analise as afirmativas e escolha uma das opções: 
I- Os fatos sociais são irreproduzíveis em condições controladas e, por isso, quase sempre fazem 
parte do passado. 
II - Os fatos sociais são eventos a rigor históricos e apresentados de modo descritivo e narrativo, 
nunca na forma de uma experiência. 
III - Os fatos sociais alcançam a objetividade científica e podem ser reproduzidos em ambiente 
controlado. 
a) As afirmativas I e II estão corretas. 
b) Apenas a afirmativa II está correta. 
c) Apenas a afirmativa I está correta. 
d) Nenhuma das afirmativas está correta 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
8. Quais as áreas que formam o conjunto de disciplinas das Ciências Sociais? 
a) Ciência Política, Ciência das Mídias e Antropologia. 
b) Biologia, Química e Física. 
c) Antropologia, Sociologia e Astronomia. 
d) Astronomia, Física e Biologia. 
e) Ciência Política, Sociologia e Antropologia. 
 
9. O positivismo de Comte compreende três estados de desenvolvimento da sociedade. Quanto ao 
positivismo comteano, há gradações entre um estado e outro. A opção que apresenta 
corretamente a posição do filósofo é: 
a) Para Augusto Comte, o estado positivo não está voltado para a investigação científica, 
superando o estado teológico e o metafísico. 
b) Para Augusto Comte, o estado teológico seria aquele aplicado à pesquisa científica, sendo, 
portanto, considerado pelo filósofo o estado mais importante. 
c) Para Augusto Comte, o estado mais importante a ser alcançado é o metafísico. 
d) Para Augusto Comte, o estado positivo está voltado para a investigação científica, superando o 
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estado teológico e o metafísico. 
e) Para Augusto Comte, o estado metafísico trata do estado mais importante porque trata das 
causas primeiras. 
 
10. Consumo de carne vermelha traz benefícios ao organismo Wilson Rondô Fonte: 
http://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/13169-consumo-de-carne-vermelha-traz-
beneficios-ao-organismo (...) Ela (a carne vermelha) também contém todos os aminoácidosessenciais ao corpo humano, além de ser rica em ferro, zinco, e vitaminas do complexo B, 
principalmente a vitamina B12 - indispensável para o funcionamento das células nervosas do 
corpo humano. O texto acima apresenta uma visão relativa: 
a) às Ciências Tecnológicas. 
b) às Ciências Naturais. 
c) às Ciências Exatas. 
d) às Ciências Sociais. 
e) às Ciências Filosóficas. 
 
11. Considerando as diferenças básicas existentes entre as ciências sociais e as ciências naturais, 
no que se refere aos seus objetos e métodos, podemos afirmar que: 
a) As ciências sociais tratam de fatos ou fenômenos complexos, facilmente isoláveis, recorrentes e 
que podem ser reproduzidos em laboratório. 
b) As ciências sociais estudam fenômenos complexos, que ocorrem em situações não controladas 
e em ambientes diferenciados, fazendo com que toda análise de fenômenos dessa natureza seja 
subjetiva. 
c) As ciências sociais estudam fenômenos de causas simples, o que torna o método objetivo o 
mais apropriado para esse tipo de investigação. 
d) As ciências naturais estudam fenômenos simples e exigem um afastamento entre investigador 
e objeto investigado, sendo a análise subjetiva a indicada para esse tipo de observação. 
e) As ciências naturais tratam de fenômenos complexos, facilmente observáveis, que permitem 
classificação e, portanto, o método mais indicado é o subjetivo. 
 
12. A investigação quantitativa tem como campo de práticas e objetivos trazer à luz dados, 
indicadores e tendências observáveis. Deve ser utilizada para abarcar, do ponto de vista social, 
grandes aglomerados de dados, de conjuntos demográficos, por exemplo, classificando-os e 
tornando-os inteligíveis por meio de varáveis. A investigação qualitativa trabalha com valores, 
crenças, representações, hábitos, atitudes e opiniões. Adequa-se aprofundar a complexidade dos 
fenômenos, fatos e processos particulares e específicos de grupos mais ou menos delimitados em 
extensão e capazes de serem abrangidos intensamente. MINAYO, M. C.; SANCHES, O. 
Quantitativo-Qualitativo: oposição ou complementaridade? Cadernos de Saúde Pública, Rio de 
Janeiro, 9 (3): 239-262, jul/set 1993. (com adaptações) As Ciências Sociais dispõem de métodos 
quantitativos e qualitativos, descritos sinteticamente no texto acima. Considerando essas 
definições, analise as afirmações que se seguem. I. Os métodos qualitativos e quantitativos não 
podem ser empregados em uma mesma pesquisa. II. Os métodos quantitativos são mais 
científicos que os qualitativos. III. Os métodos qualitativos são utilizados em estudos de caso ou 
contextos delimitados. IV. Métodos quantitativos e qualitativos não são mutuamente excludentes. 
É correto apenas o que se afirma em: 
a) I e III. 
b) III e IV. 
c) II e III. 
d) I e II. 
e) II e IV. 
 
13. Sobre a sociologia, como ciência que investiga as relações humanas em sociedade, é 
CORRETO afirmar que: 
a) A sociologia é o estudo da vida social humana, dos grupos humanos e das sociedades. O objeto 
de estudo é restrito à análise de algumas situações sociais específicas. 
b) A sociologia é o estudo da vida social humana, dos grupos humanos e das sociedades. O objeto 
de estudo são os grupos sociais, a divisão da sociedade em classes, a mobilidade social , bem 
como os processos de cooperação, competição e conflito na sociedade. 
c) A sociologia é o estudo da vida social humana, dos grupos humanos e das sociedades. O objeto 
de estudo é o comportamento dos indivíduos como seres sociais e não sociais. 
d) A sociologia é o estudo da vida social humana, dos grupos humanos e das sociedades. O 
objetivo é estudar as relações sociais e as formas de associação, não considerando as interações 
que ocorrem na vida em sociedade. 
e) A sociologia é o estudo da vida social humana, dos grupos humanos e das sociedades. O 
objetivo da sociologia é apresentar visões particulares de mundo dos sociólogos. 
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14. O processo de socialização pode ser definido como: 
a) Um conjunto de interações humanas através do qual indivíduo adquire aptidões que lhe 
permitem ser um membro da sociedade. 
b) Um conjunto de relações de trabalho que definem o formato da divisão da riqueza social 
produzido pelos homens. 
c) Um conjunto de laços afetivos construídos a partir da solidariedade orgânica. 
d) Um conjunto de ações que dão identidade aos grupos sociais no interior da sociedade 
capitalista. 
e) Um conjunto de transformações que permitem aos homens sair do estado de selvageria para o 
estado de anomia. 
 
15. Com base na perspectiva das ciências sociais, analise as proposições apresentadas: 
I - Existe uma relação dialógica entre o indivíduo e a sociedade, pois, desde o nascimento, o 
indivíduo sofre a influência da sociedade e da cultura. 
II - A socialização é um conceito central deste campo do conhecimento, pois os humanos se 
tornam seres sociais através da educação. 
III - Os padrões sociais e as inter-relações entre os seres humanos são variáveis e suscetíveis de 
mudanças no tempo e no espaço. 
IV - Diferentemente dos demais animais, o processo de vida dos seres humanos não é guiado por 
instintos hereditários rígidos. 
Estão corretas as afirmativas: 
a) I, II, IV. 
b) I e II e III. 
c) todas. 
d) II e IV. 
e) II, III e IV. 
 
16. A perspectiva sócio-antropológica aponta para uma relação dialógica entre indivíduo e 
sociedade porque não existem sociedades sem indivíduos e os indivíduos só se tornam 
verdadeiramente humanos por meio do processo de socialização. Assinale a opção correta de 
acordo com o enunciado: 
a) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira. 
b) Tanto a primeira asserção quanto a segunda são proposições falsas. 
c) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda não é justificativa correta da 
primeira. 
d) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. 
e) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da 
primeira. 
 
17. A Revolução Industrial e a Revolução Francesa representaram a consolidação da sociedade 
capitalista moderna. 
a) A Revolução Industrial representou a prosperidade de todos os indivíduos, deixou de existir 
pobres a partir do advento da sociedade capitalista. 
b) A Revolução Industrial representou a distribuição de propriedade das indústrias entre os 
trabalhadores. 
c) A Revolução Industrial representou a união da sociedade em duas classes sociais: servo e 
burguesia. 
d) A Revolução Industrial teve como consequência uma série de transformações sociais, entre elas 
houve um aumento assustador da prostituição, do suicídio, do alcoolismo, do infanticídio, da 
criminalidade, da violência, desemprego e da miséria. 
e) A Revolução Industrial representou a divisão da sociedade em duas classes sociais: servo e 
burguesia. 
 
18. Vários cientistas sociais enfatizam as diferenças metodológicas entre as ciências naturais e as 
ciências sociais. Com base nesta afirmação, examine as proposições apresentadas. 
I - As ciências naturais estudam fenômenos simples e as ciências sociais estudam fenômenos 
complexos. 
II - Os fenômenos sociais não podem ser analisados fora do contexto em que foram originalmente 
produzidos. 
III - O pesquisador não tem como reproduzir os fenômenos sociais em laboratórios de pesquisa. 
IV - A interpretação não é parte do trabalho do cientista social, pois toda ciênciaé objetiva e 
neutra. 
Estão corretas as afirmativas: 
a) Todas. 
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b) II, III e IV. 
c) I, II, IV. 
d) I e II e III. 
e) II e IV. 
 
19. As Ciências Naturais produzem "leis científicas", isto é, argumentos que estabelecem uma 
relação causal única, universal e invariável entre dois fenômenos porque estudam "fatos simples", 
no sentido de que estuda fenômenos que são isoláveis, recorrentes e sincrônicos. A matéria prima 
das ciências naturais, portanto, é todo o conjunto de fatos que se repetem e têm uma constância 
sistêmica, já que podem ser vistos, isolados e, assim, reproduzidos dentro de condições de 
controle razoáveis, num laboratório. Já as Ciências Sociais estudam: 
a) Fenômenos simples, cuja determinação é pouco variada. 
b) Eventos com determinações simples e que não mudam seu significado de acordo com o ator. 
c) Eventos complexos que podem ser isolados e reproduzidos dentro de condições de controle, 
num laboratório. 
d) Fenômenos que são isoláveis, recorrentes e assincrônicos. 
e) Fenômenos complexos, situados em múltiplos planos de causalidade. 
 
20. Aprendemos que existem formas diferentes de compreensão do mundo: a visão do senso 
comum ou o conhecimento científico. Nesse sentido, marque a única opção verdadeira. 
a) O senso comum depende de juízos científicos a respeito das coisas, com envolvimento das 
emoções e dos valores de quem observa. 
b) O senso comum não depende de juízos pessoais a respeito das coisas, com envolvimento das 
emoções e dos valores de quem observa. 
c) O senso comum depende tanto de juízos científicos como de juízos pessoais a respeito das 
coisas, não importando o grau de envolvimento das emoções e dos valores de quem observa. 
d) O senso comum depende de juízos pessoais a respeito das coisas, com envolvimento das 
emoções e dos valores de quem observa. 
e) O senso comum depende de juízos científicos a respeito das coisas, sem envolvimento das 
emoções e dos valores de quem observa. 
 
21. Desde a Revolução industrial, e se observarmos a atual realidade brasileira, um aspecto 
aparece como objeto de constante reflexão da parte da sociologia: 
a) O fato de que tanto a revolução industrial, quanto a revolução científica tornaram possível com 
seus avanços solucionar os mais graves problemas sociais. 
b) O fato de que ainda que a revolução industrial tenha avançado, não ofereceu um avanço de 
fato no que diz respeito ao progresso científico. 
c) Todas as afirmativas são complementares 
d) O fato de que ainda que a revolução científica tenha avançado com a evolução industrial, não 
ofereceu uma solução justa aos problemas sociais ocasionados. 
e) O senso comum depende de juízos científicos a respeito das coisas, sem envolvimento das 
emoções e dos valores de quem observa. 
 
22. Leia um trecho do depoimento de posse do ministro da cultura do governo de Luís Inácio Lula 
da Silva, Gilberto Gil e responda o que está sendo solicitado: 
"Os vínculos entre o conceito erudito de "folclore" e a discriminação cultural são mais do que 
estreitos. São íntimos. "Folclore" é tudo aquilo que não se enquadrando, por sua antiguidade, no 
panorama da cultura de massa é produzido por gente inculta, por "primitivos contemporâneos", 
como uma espécie de enclave simbólico, historicamente atrasado, no mundo atual. Os 
ensinamentos de Lina Bo Bardi me preveniram definitivamente contra essa armadilha. Não existe 
"folclore" o que existe é cultura". (Gilberto Gil, Pronunciamento do discurso de posse como 
ministro da cultura, 2003). 
I. Ao estreitar os vínculos entre o conceito erudito de "folclore" e a questão da discriminação 
cultural, observa-se que o conceito de cultura é tomado como diversificado, apresentando-se 
como a soma dos nossos atos, gestos e jeitos. 
II. Ao utilizar a palavra "folclore" está-se referindo a uma armadilha etnocêntrica que tende a 
definir como negativos e atrasados tudo que vem da cultura popular. 
III. A palavra "folclore" é tomada no discurso de posse de Gilberto Gil como algo relevante e 
salutar para ratificar a homogeneidade cultural brasileira e seus ritos populares. 
IV. Ao afirmar que não existe folclore e, sim, cultura, Gilberto Gil retifica um conceito antigo e 
preconceituoso frente às manifestações de cunho popular. 
Assinale a alternativa CORRETA, após análise das assertivas de I a IV: 
a) Estão corretas apenas as assertivas I e IV. 
b) Estão incorretas apenas as assertivas III e IV. 
c) Está incorreta apenas a assertiva III. 
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21 
d) estão corretas apenas as assertivas I, II e III. 
e) todas as assertivas estão corretas. 
 
23. Antropologicamente podemos definir cultura como: 
a) Aspecto homogeneizante das expressões de povos diferentes. 
b) Manifestação tipicamente humana marcada pela multiplicidade de expressões. 
c) Aspecto que aproxima humanos de sua ancestralidade biológica. 
d) Museus e outras formas de retenção de memória dos grupos dominantes. 
e) Função de base eminentemente orgânica 
 
24. "Enunciado de maneira menos formal, etnocentrismo é o hábito de cada grupo de tomar como 
certa a superioridade de sua cultura"; "Todas as sociedades conhecidas são etnocêntricas"; "A 
maioria dos grupos, senão todos, dentro de uma sociedade, também é etnocêntrica"; "Embora o 
etnocentrismo seja parcialmente uma questão de hábito é também um produto de cultivo 
deliberado e inconsciente. A tal ponto somos treinados para sermos etnocêntricos que dificilmente 
qualquer pessoa consegue deixar de sê-lo". Fonte: HORTON, P. B. & HUNT, C. L. Sociologia. 
Tradução de Auriphebo Berrance Simões. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1982. p. 46-47. 
Com base nessas informações e nos conhecimentos sobre o tema, considera-se etnocêntrica a 
seguinte alternativa: 
a) Acredito fervorosamente em minha religião. 
b) Os heterossexuais possuem um padrão moral superior aos gays, pois podem constituir família. 
c) O crescimento do PIB argentino tem sido muito superior ao do brasileiro nos últimos quatro 
anos. 
d) Não gosto de música sertaneja e de pagode. 
e) A produtividade da mão-de-obra haitiana é inferior à da chilena. 
 
25. Marque a alternativa correta a partir da perspectiva antropológica: 
Ao ouvirmos uma afirmativa do tipo: "a família de João é maluca. Ele ficou doente e ao invés de 
eles procurarem um médico, foram a um Centro Espírita, fazer uma consulta com a Vovó Maria 
Conga. Que horror! Que falta de civilização”: 
a) Este é um exemplo claro de relativismo cultural, porque o autor da frase reconhece, sem 
estabelecer hierarquias, o saber do outro. 
b) Este é um exemplo claro de uma postura tolerante em relação ao outro. 
c) Existem pessoas, como a que expressou essa frase, que revelam em suas atitudes a 
preocupação com a saúde da população. 
d) Quem usa uma afirmativa deste tipo está certo, uma vez que atitudes deste tipo, como a 
realizada pela família de João, podem acabar matando as pessoas. 
e) Este é um exemplo claro de etnocentrismo, porque o autor da frase não reconhece, 
estabelecendo hierarquia, o saber do outro. 
 
26. "O entendimento do significado da cultura, da relatividade dos hábitos, costumes e valores e 
da sua transitoriedade poderão tornar o ser humano maistolerante, pois aquilo que julgamos 
certo ou errado, justo ou injusto, bom ou ruim pode ter diferentes significados em outros lugares, 
e num outro momento" (DIAS, 2005) . Uma atitude contrária a esta tendência é denominada de: 
a) Difusão Cultural. 
b) Etnocentrismo. 
c) Relativismo Cultural. 
d) Diversidade Cultural. 
e) Darwinismo Social. 
 
27. Na segunda metade do século XIX a "antropologia de gabinete" é questionada. Afinal, como 
falar sobre uma cultura que nunca se viu? Como descrever eventos que nunca se vivenciou? Com 
esses questionamentos nasce uma nova pratica na antropologia que tem características próprias 
das Ciências Sociais e é chamada de: 
a) Etnocêntrica. 
b) Etnográfica. 
c) Estudo de caso. 
d) Relativista. 
e) Antropologia de Gabinete. 
 
28. "Na guerra de todos os homens contra todos os homens não pode existir o conceito de injustiça. E 
assim como Rousseau, Hobbes também não atribui a esse estado noções de bem e mal e justiça e 
injustiça. Isso se deve ao fato de que ainda não havia lei e, sem um parâmetro a seguir, não há como se 
falar em injusto. Também, não existe para Hobbes a distinção de propriedade neste estado, nem 
tampouco a concepção do meu e teu, a cada homem só pertencia aquilo que ele era capaz de conquistar 
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e por quanto tempo ele fosse capaz de conservar." 
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O texto se refere ao que Hobbes denominou de: 
a) Estado de Sociedade. 
b) Estado Pré- social. 
c) Estado de Natureza. 
d) Estado Civil. 
e) Estado do homem lobo do homem. 
 
29. SOBRE O CONTRATO SOCIAL E O ESTADO DE NATUREZA E SOCIEDADE EM HOBBES E ROUSSEAU, 
MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA: 
a) O CONTRATO SOCIAL VISA MANTER OS PODERES DOS MAIS FORTES. 
b) NO ESTADO DE NATUREZA De HOBBES O HOMEM É VISTO COMO "O BOM SELVAGEM" QUE É PURO E 
INOCENTE. 
c) HOBBES E ROUSSEAU ACREDITAVAM QUE A PROPRIEDADE PRIVADA ERA UM DIREITO DIVINO. 
d) O ESTADO DE NATUREZA EM ROUSSEAU EQUIVALE AO ESTADO DE SOCIEDADE EM HOBBES. 
e) TANTO NO ESTADO DE NATUREZA EM HOBBES COMO NO ESTADO DE SOCIEDADE EM 
ROUSSEAU O HOMEM É VISTO COMO UM SER VIOLENTO QUE VIVE EM PERMANENTE ESTADO 
BELICOSO. 
 
30. É importante ressaltar que "crenças" transmitidas por profetas, sobre o reconhecimento que 
pessoalmente alcançam os heróis e os demagogos, durante as guerras e revoluções, nas ruas e 
nas tribunas, convertendo a fé e o reconhecimento em deveres invioláveis que lhes são devidos 
pelos governados, corresponde a um tipo de dominação. A obediência a uma pessoa se dá devido 
às suas qualidades pessoais. Segundo Weber estamos nos referindo a: 
a) Dominação Tradicional. 
b) Dominação Carismática. 
c) Dominação Instável. 
d) Dominação Legal. 
e) Dominação Cultural. 
 
31. No contexto do pensamento de John Locke, avalie as seguintes asserções e a relação proposta 
entre elas, assinalando a alternativa correta. 
Com a teoria liberal, a burguesia se vê inteiramente legitimada perante a realeza e a nobreza e, 
mais do que isso, surge como superior a elas, uma vez que o burguês acredita que é proprietário 
graças ao seu próprio trabalho, enquanto reis e nobres são parasitas da sociedade. 
Porque 
Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, deu-lhe o mundo para que nele reinasse e, ao 
expulsá-lo do Paraíso, não lhe retirou o domínio do mundo, mas lhe disse que o teria com o suor 
de seu rosto. Por todos esses motivos, Deus instituiu, no momento da criação do mundo e do 
homem, o direito à propriedade privada como fruto legítimo do trabalho. Por isso, de origem 
divina, ela é um direito natural. 
a) Tanto a primeira quanto a segunda asserções são proposições falsas. 
b) As duas são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da 
primeira. 
c) A primeira é uma proposição falsa, e a segunda, verdadeira. 
d) A primeira é uma proposição verdadeira, e a segunda, falsa. 
e) As duas são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. 
 
32. De acordo com Renato Janine Ribeiro (Hobbes: o medo e a esperança in WEFFORT, Francisco. 
Os clássicos da política, Ed. Ática), o homem em estado de natureza de Hobbes não é um 
selvagem, mas sim o mesmo homem que vive em sociedade, sendo que a natureza deste homem 
não mudaria conforme o tempo, ou a história, ou a vida social, ao mesmo tempo em que este 
homem hobbesiano é o indivíduo que, mais que a fortuna, almeja a honra. Assim, no que se 
refere à natureza humana, sob a ótica hobbesiana, podemos afirmar que: 
I - Tal concepção desempenha papel secundário na maneira como Hobbes constrói / propõe uma 
explicação para a superação do estado de natureza e para o surgimento da sociedade política. 
II - A maneira como Hobbes entende a natureza humana encontra-se claramente referenciada à 
concepção aristotélica do homem como uma criatura que já nasceria apta para a vida em 
sociedade. 
III - Em virtude do egoísmo que caracterizaria a natureza humana, não seria a boa vontade 
recíproca que os homens demonstrariam uns em relação aos outros que estaria na origem das 
sociedades mais importantes e mais duradouras, mas sim o medo recíproco que os homens teriam 
uns em relação aos outros. 
Após analisar cada uma das afirmativas acima (verificando se elas estão CORRETAS ou ERRADAS), 
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assinale, dentre as alternativas apresentadas abaixo, a que melhor reflete o pensamento de 
Hobbes: 
a) Somente a afirmativa III está CORRETA. 
b) Somente a afirmativa II está ERRADA. 
c) Todas as afirmativas estão ERRADAS. 
d) Somente a afirmativa I está CORRETA. 
e) Todas as afirmativas estão CORRETAS. 
 
33. Segundo John Locke, qual a principal finalidade do Estado? 
a) Constituir elementos para a preservação do Estado de Guerra. 
b) Favorecer o estado de felicidade original. 
c) Garantir o direito natural da propriedade. 
d) Defender a hegemonia da sociedade civil. 
e) Possibilitar estratégias de contenção da luta de classes. 
 
34. "Na verdade, a sociologia, desde o seu início, sempre foi algo mais do que uma mera tentativa de reflexão 
sobre a sociedade moderna. Suas explicações sempre contiveram intenções práticas, um forte desejo de 
interferir no rumo desta civilização". (MARTINS, Carlos Benedito. O que é sociologia. São Paulo, 2001, p. 8). 
Qual característica do pensamento sociológico clássico está presente na citação acima? 
a) A falta de cientificidade dos primeiros autores, compromissados que estavam com a atividade política. 
b) A preocupação em buscar soluções para os problemas sociais da época, como o pauperismo, por exemplo. 
c) A proximidade entre a sociologia e a filosofia, pois a vida social sempre foi uma preocupação dos filósofos. 
d) O pouco interesse dos primeiros teóricos da sociologia pelos problemas sociais presentes no mundo 
capitalista. 
e) A proximidade entre a sociologia e o senso comum, pois todas as pessoas formulam explicações para a vida 
social. 
 
35. O positivismo foi uma diretriz filosófica criada por Comte em meados do século XIX. Assinale a 
única característica abaixo que NÃO PERTENCE ao positivismo comtiano: 
a) A classificação e hierarquização das ciências, da mais simples até a mais complexa. 
b) A defesa da reforma da sociedade, com mudançasintelectuais, morais e políticas destinadas 
principalmente a restabelecer a ordem na sociedade capitalista industrial. 
c) A Lei dos Três Estados, em que ele divide a evolução histórica e cultural da humanidade em três 
fases, de acordo com seu desenvolvimento. 
d) A aproximação com o tradicional foi especialmente forte em Comte, que apostava na 
possibilidade do conhecimento metafísico, considerado por ele uma forma de pesquisa 
fundamental e necessária. 
e) Defendia uma "sociocracia" dirigida por cientistas para a unificação, conformidade e progresso 
de toda a humanidade. 
 
36. O ORGANICISMO CONSISTE EM: 
a) A EVOLUÇÃO DA MORFOLOGIA SOCIAL. 
b) A CRENÇA DE QUE A RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE AS DIVERSAS PARTES QUE COMPÕEM A 
SOCIEDADE É SEMELHANTE À RELAÇÃO QUE GUARDAM ENTRE SI OS ÓRGÃOS DE UM 
ORGANISMO VIVO. 
c) A PRIMEIRA CORRENTE TEÓRICA SISTEMATIZADA DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO. 
d) A APLICAÇÃO DAS IDEIAS EVOLUCIONISTAS ÀS SOCIEDADES. 
e) A CRENÇA DE QUE OS ORGANISMOS DOS INDIVÍDUOS DETERMINAM SUA CULTURA. 
 
37. Comte dedicou-se ao estudo da Sociologia, palavra que criou para descrever a Ciência da 
Sociedade. Em sua proposta teórica ele afirma que a evolução histórica e cultural da sociedade 
passou por três estágios ou estados. São eles: 
a) Dialético, positivo e racional. 
b) Teológico, metafísico e positivo. 
c) Racional, metafísico e dialético. 
d) Positivo, racional e teleológico. 
e) Metafísicos, ideológico e positivo. 
 
38. Augusto Comte é considerado o criador do termo sociologia e um dos fundadores de uma nova 
corrente de pensamento social, o Positivismo, e uma nova ciência social, a Sociologia. Quais as 
correntes de pensamento que influenciaram o Positivismo de Comte? 
I. Formalismo; 
II. Cientificismo; 
III. Darwinismo Social; 
IV. Organicismo; 
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V. Funcionalismo. 
Marque a alternativa correta: 
a) II, III, IV 
b) I,III,IV 
c) I,II,III 
d) I, IV, V 
e) III, IV, V 
 
39. O surgimento da Sociologia foi decorrente da necessidade de: 
a) Observar, medir e comprovar as regras que tornassem possível, através da razão, prever os 
fenômenos sociais. 
b) Manter a interpretação dogmática da realidade como patrimônio de um restrito círculo 
sacerdotal. 
c) Considerar os fenômenos sociais como propriedade exclusiva da forças mitológicas. 
d) Condicionar o indivíduo, através de valores simbólicos, a agir e pensar conforme os 
ensinamentos prescritos pelos deuses. 
e) Manter uma estrutura de pensamento mítica para a explicar as origens da hmanidade. 
 
40. O conceito de sociedade desenvolvido na Sociologia dá ênfase à: 
a) noção de indivíduo como o vetor mais forte na relação indivíduo-sociedade. 
b) inexistência de uma qualidade específica dos fenômenos sociais que os diferencie daqueles de 
ordem individual. 
c) ideia de que a vida social é resultado da intervenção de forças divinas. 
d) força do fato social na constituição do indivíduo, definindo modos de pensar, agir e sentir. 
e) ideia de que a sociedade se resume ao somatório das ações individuais. 
 
41. Leia atentamente o texto abaixo: 
"O sistema de sinais que me sirvo, para exprimir pensamentos, o sistema de moedas que 
emprego para pagar dívidas (...) funcionam independentemente do uso que delas faço. (..) 
Estamos, pois, diante de maneiras de pensar e agir que apresentam a propriedade marcante de 
existir fora das consciências individuais. (..)" Extraído de RODRIGUES, J.A. (org.); FERNANDES, F. 
(coord.). Émile Durkheim: Sociologia. 9. ed. São Paulo: Ática, 2006. p. 47. 
No texto acima, Durkheim se refere: 
a) à solidariedade orgânica. 
b) à solidariedade mecânica. 
c) à consciência individual. 
d) à consciência coletiva. 
e) ao fato social. 
 
42. Leia o fragmento abaixo e, em seguida, faça o que se pede: Ao final do século XIX, no período 
de formação da Sociologia enquanto ciência, Émile Durkheim preocupava-se em criar regras para 
o método sociológico, garantindo-lhe um status de saber científico, assim como as demais áreas 
do conhecimento, a exemplo da biologia, da química, entre outras. Contudo, tão importante 
quanto definir o método era definir o objeto de estudo. Assim, segundo Durkheim, à sociologia 
caberia estudar somente os "fatos sociais", e estes consistiriam em maneiras de agir, de pensar e 
de sentir exteriores ao indivíduo, dotadas de um poder de coerção sobre este mesmo indivíduo. 
(http://www.brasilescola.com/sociologia/durkheim-fato-social.htm) A partir dos estudos teóricos 
realizados sobre o conceito de Fato Social, marque a única opção correta: 
a) o fato social possui como única característica a coercitividade social, que consiste em sua 
capacidade de se impor sobre as consciências individuais. 
b) apesar da coercitividade do fato social, permanece uma certa margem de liberdade para as 
consciências individuais se manifestarem e o contradizerem, sujeitando o desvio às sanções 
respectivas. 
c) além da coercitividade, o fato social se caracteriza por permitir uma grande margem de 
liberdade para as consciências individuais se manifestarem e o contradizerem, sem sofrerem 
sanções sociais. 
d) a generalidade do fato social consiste em permitir uma grande margem de liberdade para as 
consciências individuais se manifestarem e o contradizerem, sem sofrerem sanções sociais. 
e) diante da força coercitiva do fato social, não há possibilidade das consciências individuais se 
manifestarem. Portanto, o fato social é processo estático e a imobilidade social é inevitável. 
 
43. O conceito usado por Emile Durkheim para explicar a coesão social na sociedade moderna, 
caracterizada pelo individualismo é o de: 
a) cooperação social. 
b) sistema orgânico. 
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c) solidariedade orgânica. 
d) norma social. 
e) solidariedade mecânica. 
 
44. Segundo a teoria de Èmile Durkheim, anomia seria: 
a) A interdependência oriunda da divisão do trabalho social. 
b) A ausência de regras sociais em situações extraordinárias como nas guerras. 
c) Uma conduta humana baseada em sentimentos irracionais e não planejados. 
d) A ação do movimento estático e do movimento dinâmico de determinada sociedade. 
e) Maneiras de ser, agir e pensar de acordo com o que se considera normal em uma sociedade. 
 
45. Durkheim parte do princípio que o homem seria apenas um animal selvagem que só se tornou 
Humano porque se tornou sociável, ou seja, foi capaz de aprender hábitos e costumes 
característicos de seu grupo social para poder conviver no meio deste. A este processo de 
aprendizagem, Durkheim chamou deSocialização, a consciência coletiva seria então formada 
durante a nossa socialização e seria composta por tudo aquilo que habita nossas mentes e que 
serve para nos orientar como devemos ser, sentir e nos comportar. E esse tudo ele chamou 
de Fatos Sociais, e disse que esses eram os verdadeiros objetos de estudo da Sociologia. 
Segundo Durkheim são características do fato social: 
a) A exterioridade, a coercitividade e a particularidade. 
b) A interioridade, a coercitividade e a particularidade. 
c) A diversidade, a comunicabilidade e a socialização. 
d) A exterioridade, a coercitividade e a generalidade. 
e) A interioridade, a coercitividade

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