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Caso concreto 1 : Em datas e horários d iversos, todavia n o período compreendido entre meados d o mês de f evereiro até o mês de maio do ano de 2014, RONALDO ESPERTO, prevalecendo -se da condição d e perito, nomeado pelo juízo da Xª Vara civil d a Comarca da Capital, com o fim de obter indevida vantagem econômica solicitou aos advogados de determinado processo, o pagamento de determinada quantia em dinheiro para fins de elaboração de laudo favorecendo o cliente destes, to davia as vítimas não concordaram em repassar qualquer montan te a RONALDO ESPERTO. Ante o exposto, com base nos estudos realiz ados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas: a) Ronaldo Esperto é considerado funcionário público para fins penais? Responda de forma objetiva e fundamentada. R: Sim, de acordo com o artigo 327, CP, “ Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. ” b) Qual a correta tip ificação de sua con duta? Ainda, responda se a mesma restou tentada ou consumada, haja vista as vítimas não terem concordado em repassar qualquer montante ao agente. R: A conduta d e Ronaldo Esperto se tipifica no cr ime de corrupção passiva, de finido no art. 317 do CP como: “solicitar ou receber, para si o u pa ra outros, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem” . Corrupção passiva consumada, o crime de corrupção passiva já é configurado pelo simples ato de solicitar ou receber vantagem indevida, sem que seja necessário que a pessoa solicitada atenda ao pedido. Acerca dos crimes contra a Administração pública, assinale a resposta correta. a) O crime de denunciação caluniosa (art. 339 do CP), além de outros requisitos de configuração, exige que a imputação sabidamente falsa recaia sobre vítima determinada, ou, ao menos, determinável. b) Para a configuração do crime de peculato -furto (art. 31 2, § 1°, CP) é suficiente que o sujeito ativo, funcionário público, subtraia um bem móvel particular que esteja sob a guarda da Administração pública. c) Considera -se funcionário público, p ara efeitos penais, quem exerce múnus público, assim entendido o ônus ou encargo para com o poder público, como no caso do curador. d) Nos crimes de inserção de dados falsos em sistemas de informações (art. 313 -A do CP) e modificação ou alteração n ão autorizada de sistema de informações (art. 313 -B do CP) se exige que figure, como sujeito ativo da conduta, o funcionário público autorizado. e)Ao contrário do que ocorre n a extorsão, o crime de concussão é classificado como delito material, operando -se quando o agente aufere a vantagem indevida almejada. Objetiva: letra A (O crime de denunciação caluniosa (art. 339 do CP), além de outros requisitos de configuração, exige que a imputação sabidamente falsa recaia sobre vítima determinada, ou, ao menos, determinável CASO 2 Túlio, Guarda Municipal, encontrava-se em serviço em frente a determinado prédio público, quando verificou que José iniciava uma pichação naquele prédio. Em razão disso, ordenou a Flaviano Bom de Tinta que parasse de imediato e entregasse o material que estava sendo utilizado na pichação. Ocorre que Flaviano Bom de Tinta, para garantir sua fuga, desferiu chutes na canela do funcionário e, de imediato, empreendeu fuga, não vindo a ser alcançado. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas: a) Diferencie as condutas de desacato, resistência e desobediência. Responda de forma objetiva e fundamentada. Art. 331 CP Desacato é quando o indivíduo agredir verbalmente o agente público. Já o art. 329 Resistência, já que naquele eventual violência ou ameaça perpetrada contra funcionário público, como vimos Flaviano ter dados chutes na canela do funcionário. Art. 330 Desobediência ocorre quando o sujeito ativo da prática deliti va não atende a ordem legal emanada por funcionário público competente, através de um comando expresso àquele que tem o dever jurídico de obedecer. E no caso cima Flaviano não obedece a ordem do funcionário público. B). Qual a correta capitulação da conduta de Flaviano Bom de Tinta? Responda de forma objetiva e fundamentada. R: Flaviano Bom de Tinta respondera nos art 329 e 330 do CP. Por Flaviano ter dados chutes na canela do funcionário e Flaviano não obedece a ordem do funcionário publico. CASO 3 ARNALDO, jovem de 17 anos, após praticar o crime de roubo d e um veículo automotor, procura s eu amigo LAURO e o solicit a que mantenha o carro guardado em sua casa por um tempo. LAURO aceita a incumbência e age conforme o combinado, unicamente com a in tenção de ajudar ARNALDO. Contudo, a autoria do roubo é descoberta, pois a Polícia Civil consegue recup erar o veículo que ainda estava com LAURO. Dos fatos, ARNA LDO e LAURO são d enuncia dos em processo -crime pelo delito de roubo, sendo LAURO, considerado partícipe do delito. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra o Patrimônio e Administração Pública, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões : a) A capitulação da conduta de LAURO está correta? Responda de forma objetiva e fundamentada. R: A capitulação correta é crime d a favorecimento real, conforme p revisão do artigo 349 do CP, pois Lauro s e encarregou somente de dar guarda ao prov eito do roubo do veículo cometido por Arnaldo. Não se fala em participação, nem em coautoria de Lauro no crime de roubo, já ele não agiu, não auxiliou o referido delito e nem sequer sabia previamente do mesmo. b) O fato de ARNALDO ser ini mputável pos sui alguma relevância par a a conduta de LAURO? R: A menoridade de Arnaldo apenas o t orna inimputável e, assim, fica isento de pena, mas sujeito à medida socioeducativa conforme previsto no, ECA. Portanto, essa inimputabilidade do agente que cometeu o crim e anterior, Arnaldo, é irrelevante par a a tipificação da conduta de Lauro, já que o crime anterior existiu. Arnaldo incorreu no crime de favorecimento real, à luz do artigo 349 do CP. CASO 4 A polícia de São P aulo procura um mot oqueiro suspeito de matar um a adolescente, na capital. Tudo aconteceu porque o criminoso queria roubar o tênis do namorado dela. O crime aconteceu po r volta das 20h de segunda - feira (14). Uma câmera de se gurança gravou a aproximação de uma moto preta, em baixa velocidade na avenida A rraias do Araguaia, em Sapopemba. A polícia suspeita que o rapaz que aparece nas imagens, de capacete preto e blusa ve rmelha, procurava uma vítima pelo bairro - e encontrou assim que entrou na travessa Alessandro Tassoni. Era um casal que saiu de uma padar ia caminhando e foi parad o quase na porta de casa. O namorado contou à polícia que o ladrão desceu da moto, apontou umaarma para o casal e exigiu que ele entregasse o ênis. Quando o rapaz se abaixou para tirar o calçado dos pés, o motoqueiro fez um disparo que atingiu a cabeça da n amorada, que estava ao lado. O b andido fugiu sem levar nada. Os namorados tinham saído de casa só para trocar dinheiro e j á estavam voltando quando foram abordados. O rapaz contou aos policiais que tudo foi mui to rápido e quando ele pediu calma, o ladrão atirou. Gabriela dos S antos, de 17 anos, foi socorrida pelos parentes. Chegou com vida ao pronto socorro, m as algumas horas depois os médicos constataram a morte cerebral da adolescente. A vizinhança passou o dia tentando acalmar a família da jovem. Revoltados, os amigos e os parentes n ão quiseram falar sobre o crime. Até agora ninguém foi preso. A polícia disse que o suspeito aparenta ter menos de20 anos e cerca de um 1,80m de altura. Com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécies e delit os hediondos, responda às questões formuladas: a) Qual a correta capitulação d a conduta do motoqueiro? Ainda, o delito restou tentado ou consumado? Responda de forma objetiva e fundamentada. R: De acordo com o tribunal o S TF prevê que a sumula 610 STF s e consuma o crime mesmo não havendo subtração da coisa. b) Caso o motoqueiro venha a ser preso e p osteriormente condenado pelo delito praticado, s endo no curso do processo-crime descoberto que o mesmo é reincidente, qual será o prazo mínimo de cumprimento de pena para a progressão de regimes? Responda de forma objetiva e fundamentada. R:De acordo com a lei 8.072/90 do arti go 2 §2 o Motoqueiro sendo Reincidente ele poderá progredir de regime quando cumprir 3/5 da pena condenado. Rei ncidente por crime hediondo ou equiparado praticado a partir de 29/03/2007. CASO 5 ROMOALDO, padrasto de L.T , de 11 anos de idade, foi denunciado pelos vizinhos po r ter submetido a criança a intenso sofrimento físico e mental com o fim de castigá -la ao agredi-la por diversas vezes com a utilização de seu cinto , pois esta estava brincando na sala de sua casa no momento em qu e ROMOALDO assistia ao jo go fi nal do campeo nato estadual de futebol e o barulho da brincadeira atrapalhava sua concentração no jogo. Dos fatos, R OMOALDO resto u denunci ado pelo delito de maus tratos, previsto no art.136,§1º, do Código Penal. Ante o exposto , com ba se nos estudos realizados sobre o s crimes em esp écie e crimes hediondos e equiparado s, responda de forma objetiva e fundamentada se a capitulação da conduta de ROMOALDO está correta. R:A situação n arrada versa sobre a distinção entre os delitos de tortura, equiparados o delito hediondo e o delito de maus t ratos p revistos no art. 136/CP. Desta forma pode mos observar claramente a finalidade do réu em faz er a vitima experimentar sofrimento físico e emocional, o que se exige para o caracterização do delito de tortur a previsto no art.1, inciso 2 d a lei 9455/97. Para Guilherme nu cci o dolo específico do agente neste delito e de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo, acrescentando que não se trata de submeter alguém a uma situação de maus tratos. CASO 6 1) LEONARDO foi surpreendido por policiais militares, na noite de sábado, 11 de janeiro de 2014, às 00h30min, próximo a um bar localizado na Asa Nort e de Brasília, trazendo consigo uma porção de cocaína tot alizando massa líquida de 26,45g. No carro em que ele estava foi encontrada a droga em um saco pl ástico e dinheiro. Dos fa tos restou denunciado e condenado pelo delito de tráfico de dro gas, previsto no art.33, caput, da Lei n.11343/20 06. Em sede de apelação criminal suscitou sucessivamente: (i) atipicidade material da conduta pelo princípio da insignificância; (ii) desclassificação para o delito de porte de drogas para uso. Ante o exposto, sendo certo que no momento da abordagem, seus atos não poderiam qualificar sua conduta como sendo a de vendedor de drogas, analise a pos sibilidade de aplicação das teses defensivas. Responda de forma objetiva e fundamentada R: O entendimento que prevalece é pela não aplicabilidade do princípio da insignificância haja vista que é um crime de perigo abstrato e que te m como bem jurídico tutelado a saúd e pública. Portanto a co nduta ultrapass a a esfera pessoal do acusado e atin ge toda a coletividade, em face da própria potencialidade ofensiva em delito de porte de drogas. CASO 7 Leia a situação hipotética abaixo e responda, de f orma ob jetiva e fundamentada, às questões formuladas: Astolfo, nascido em 15 de março de 1940, sem qualquer envolvimento pretérito com o aparato judicial, no dia 22 de março de 2014, estava em sua casa, um barraco na comunidade conhecida como Favela d a Zebra, localizada em Goiânia/GO, quando foi visitado pelo chefe do tráfico d a comunidade, conhecido pelo vulgo de Russo. Russo, que estava armado, exigiu que Astolfo transportasse 50 g de cocaína para outro traficante, que o aguardaria em um Posto de Gasolina, sob pena de Astolfo ser expulso de sua residência e não m ais poder morar na Favela da Zebra. Astolfo, então, se viu obrigado a aceitar a det erminação, mas quando estava em seu automóvel, na direção do Posto de Gasolina, foi abordado por policiais mili tares, sendo a droga encontrada e apreendida. Astolfo foi denunciado perante o juízo competente pela prática do crime p revisto no Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06. Em que pese tenh a sido preso em fla grante, foi concedida liberdade provisória ao agente, respondendo ele ao processo em liberdade. Astolfo, em suas alegações finais, confirmou que f azia o transporte da droga, mas alegou que somente a giu dessa forma porque foi obrigado p elo chefe do tráfico local a adotar tal conduta, ainda destacando que residia há mais de 50 anos na comunidade da Favela da Zebra e que, se fosse de lá expulso, não teria outro lugar para morar, pois s equer possuía familiares e amigos fora do local. (XX Exame OAB Unificado. PROVA PRÁTICO-PR OFISSIONAL Aplicada em 18/09/2016 Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos previstos na Lei n.11343/2006, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: a) A partir da premissa de que Astolfo é primário e não possui antecedentes, apresente as possíveis teses defensivas. R: Sofreu coação moral irresistível, o que exclui a sua culpabilidade no elemento inexigibilidade de c onduta diversa, devendo ele s er absolvido com base n o artigo 386 Inc. V I do CPP. Subsidiariamente poderá suscitar a sua p rimariedade, seus bons antecedentes, que não se dedica a atividades cr iminosas e que não integra qualquer organização criminosa para ter sua pena reduzida com base no §4º do art. 33 da le i 11343/06. b) À conduta de Astolfo aplicam-se os institutos repressoresda lei de crimes hediondos? R: O entendimento atual do STF é que o traficante privilegiado não pr atica conduta equiparada a hediondo, sendo inclusive cancelada a Súmula 512 do STJ. c) Uma vez condenado, será possível a substituição de pena privativa de liberdade? R: É possível a conversão da P PL em PRD segundo o STF no crime de t ráfico, desde que pre enchidos os requisi tos do art. 44 do Cp, porque o STF declarou a inconstitucionalidade da vedação da conversão d a PP L em PRD prevista no art. 44 da lei 13343/06, que teve a sua ex ecução suspensa pela resolução n. 5 do Senado publicado 15-02-2012. CASO 8 A Justiça condenou a 16 anos de prisão um dos integrantes de uma organização criminosa preso com drogas e uma escopeta em Fortaleza. O acusado foi condenado pelos crimes de tráfico de drogas, associação pa ra o tráfico e posse ilegal de arma de fogo. O juiz Ernani Pires Paula Pessoa Júnior, titular da 1ª Vara d e Delitos de Tráfico de Drogas de Fortaleza, estabeleceu o cumprimento da sentença inicialmente em regime fechado. O magistrado negou aind a o direito de recorrer em liberdade. “A gravidade dos crimes im putados ao réu e a quantidade dos entorpecentes apreendidos, de patente nocividade à s aúde pública, justificam a s egregação antecipada do mesmo, a fim de evitar novos atentados à ordem públ ica e a aplicação da lei pen al, em caso de confirmação desta condenação”, desta cou o juiz. Segundo os autos do processo, Mayandreson Araújo Albuquerque foi preso em f lagrante no dia 18 de abril de 2016 no Bairro Granja Lisboa. Po liciais militares notaram u ma movi mentação suspeita em frente a uma residência e abordaram o réu. Com ele foi apreendido 116.650 gramas de maconha, 910 gramas de crack, uma escopeta calibre 12, munição e uma balança digital. Em depoimento, o acusado confessou ser responsável por rec e ber, guardar e distribuir no Ceará os entorpecentes que eram trazidos do estado da Paraíba. Habeas corpus negado: A J ustiça do Ce ará também negou habeas corpus para Marcos Au rélio de Sousa, acusado de corrupção de menores, posse de arma de fogo, tráfico d e entorpecentes, asso ciação ao tráfico. Ele é apontado pela polícia com integrante d e uma outra organização criminosa com atuação no Ceará e em outros estad os brasileiros. O acusado foi preso junto com outros 31 suspeitos em um sítio localizado no parque Tijuca, em Mar acanaú, Região M etropolitana de Fortaleza. No momento da operação, ele estava em uma moto à frente da r esidência. A prisão foi realizada po r poli ciais civis que estavam investigando, há vários meses, a ex istência e atuação da organização criminosa no Ceará. Ante o exposto, com base nos estudos realizados responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: a)Diferencie as condutas de or ganização criminosa, associação criminosa e associação criminosa para fins de tráfico de drogas. Resp.:Organização Criminosa : Prevista na lei 12.8 50/2013.Necessita d e pel o penos de 4 ou mais pessoas, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, co m objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, m ediante a pr ática de inf rações penais (crimes e contravenções penais) cujas penas máx imas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transacional. Associação criminosa: Prevista no art. 288,CP . É uma infração de m édio potencial ofensivo. Conduta: pune-se a associação de 3 ou mais pessoas para o fim específico de cometer c rimes, de acordo com Mirabete, o a gente que integra mais d e uma associação criminosa, viola diversas vezes a lei, caracterizando concurso material de delitos. Associação c riminosa para fins de tráfico de drogas: previsão legal no art. 35 da lei 11.343/06: Associar 2 ou mais pessoas para o fim de, reiteradamente ou não, traficar (prática do art. 33 caput, § 1º e 34 da lei 11.343/06) b)Identifique a correta capitulação das condutas de Mayandreson Araújo Albuquerque. Resp.: Aplica-se a l ei d e drogas pelo principio da especialidade, ainda que haja uma estrutura organizada com 4 ou mais pessoas, irá se aplicar o art. 35 da lei de drogas; CASO 9 Mediante denúncia anôn ima, foi descoberto que ROBERTO possuía no interior de sua residência, armas de fogo e munições de uso permitido com os respectivos registros vencidos. Indagado por policiais, informou que tinha conhecimento das regras estabelecidas pelo Estatuto do Desarmamento, mas que não tinha a int enção de utiliz á -las, mas, de tornar-se um colecionador de armas, pois acreditava ser esta conduta permitida por lei. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o Estatuto do Desarmamento, responda de forma objetiva e fundamentada às questões: A)Qual a tipificação dada à conduta de ROBERTO? Resp.:Duas correntes divergem sobr e o tema, uma entende que o registro vencido não configura crime do estatuto do desarmamento uma vez que está ausente o requisito subjetivo de não ter o registro da arma configurando assim apenas uma irre gularidade administrativa. Já a segunda entende que caracterizaria o crime de porte ilegal de arma de munição permitida, do estatuto, uma vês que não preencheria os requisitos exigidos na lei e que mesmo autorizados a adquirir a arma, somente poderia manter a poss e mediante o documento legal exigido, que tem caráter temporário e tem que deve ser renovado por meio de comprovação periódica b) Uma vez denunciado, quais teses defensivas a serem apresentadas? Resp.: A tese defensiva seria a mera infração adm inistrativa, não respondendo assim por crime CASO 10 No dia 25 de julho de 2014, por volta de 20h30min, em via pública localizada na Est rada Velha de Búzios, bairro Tangará, NORBERTO, de forma livre e consciente, conduziu o veículo automotor caminhão VW, p laca KXX-0000, cor branca, com capacidade psicomotora alterada em razão da infl uência de álcool, conforme laudo de fl. 09. Nas mesmas condições de tempo e lugar, o denunciado praticou lesão corporal na direção de veículo automotor, obrando com imperícia e causando lesões em FERDINANDO, descritas no Boletim de Atendimento Médico e no Auto de Exame de Corpo de Delito. Momentos após, no mesmo local , NORBERTO, também de f orma livre e consciente, desacatou funcionários públicos no exercício das suas funções. Na ocasião dos fatos, a vítima FERDINANDO es tava trafegando na mesma Estrada quando, ao reduzir a velocidade para passar por quebra -molas, sentiu um forte impacto na traseira do seu veículo, qual seja, um FIAT UNO, cor vermelha, placa KYY - 1111, sendo arrastado por cerca de 200m, vindo a parar na outra pista, quase colidindo com u ma motocicleta que trafegava no sentido contrário. A colisão, que gerou lesões corporais na vítima, foi provocada pelo denunciado, que dirigia embriagado e de maneira imprudente. Pouc o depois, ospoliciais militares ora arrolados como testemunhas chegaram ao local dos fatos, momento em que foram desacatados pelo denunciado que os chamou de "viados", "policiais de merda", "ladrões", incitando-os a "cair na porrada". Em sede policial, o denunciado assumiu a pr ática do fato delituoso afirmando, para tanto, que, no dia dos fatos, estava embriagado e, conduzindo um caminhão, colidiu na traseira de um veículo e que não lembrava de ter ofendido os policiais." Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a Teoria Geral do Delito e nos delitos previstos na Lei.9503/1997, indaga-se: qual a correta ti pificação da conduta de NORBERTO? Responda de forma objetiva e fundamentada. Resp.: Existe duas correntes que disputam esse tema. O agente responderá tanto pelo art.306,CTB (embriaguez ao volante), quanto pelo art. 303 do CTB, em concurso material. A segunda corrente (Guilherme Nucci) entende que toda vez que t iver no mesmo contexto de fático o crime de perigo e de dano, o se gundo crime absorverá o primeiro aplicando-lhe o princípio da consunção. Quando o crime é de desacato a doutrina entende que o fato dele es tar embriagado ou mesmo co m o comportamento alterado não exclui o dolo para a pratica deste crime contra a administração da justiça CASO 11 Foi instaurado inquérito policial pela Delegacia de Polícia Fazendária SR/DPF/RJ, em face de FERNANDO A LBERTO CHIQUE, com o fim de investigar su posto delito de sonegação fiscal, relativo à dec laração do IRPF, entre os anos 2002 a 2005 . S endo certo que ainda tramitava procedimento administrati vo-fiscal quando da instauração do inquérito policial, FERNANDO ALBERTO C HIQUE impetrou Habea s Corpus com vistas ao trancamento d a ação pen al. Ante o expos to, com base nos estudos realizados sobre os crimes contra a ordem econômica, indaga-se: a)Identifique, sob o as pecto jurídi co-penal, as condutas de sonegação fiscal na Legislação Penal Especial? Resp.: condutas omissivas e comissivas. Conforme os ensinamentos d e Ricardo Antônio Andreucci, o elemento subjetivo dos crimes de sonegação fiscal consiste na vontade livre e conscient e de praticar as condutas típicas, a saber as do Art 1º e 2º da Lei nº 8.137/90: Art. 1° Constitui crime contra a ord em tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias; II - fraudar a fis calização tributária, inserindo elementos inex atos, ou omi tindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal; B) Qual a tese defensiva a ser apresentada para fins de trancamento da ação penal? Resp.:A tese defensiva apresentada no habeas corpus é de que há necess idade que se tenha uma decisão definitiva no proc edimento administrativo- fiscal em trâmite, isso tudo com base na Súmula Vinculante nº 24 do Supremo Tribunal Federal: “Não s e tipifica crime material contra a ordem tri butária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tribut tri butária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo. CASO 12 CELSO, conhecido como Professor Celso, foi denunciado por ter e stabelecido e explorado atividade irregular de Educação Infantil e Ensino Fundamental, bem como por ter promovido publi cidade e celebrado contratos, omiti ndo de seus contratantes que a referida instituição não estava credenciada e autorizada perante a Secretaria de Estado de Educação do Estado para funcionar. Tal denúncia teve por objeto a notícia crime apresentada po r NAYAR A, mãe de alunos da r eferida escola, sob a alegação de qu e a escola contratada não estava apta a of erecer os serviços relativos à educação fundamental e no mom ento que optou por rescindir o referido contrato descobriu a inexistência da referida autorização, tendo sido necessário o ajuizamento de Ação de Reparação de Danos perante o Primeiro Juizado Especial Cível da Comarca da Capital. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra as relações de consumo, responda de forma objetiva e fundamentada: qual a correta capitulação da conduta de CELSO? R: A conduta de Celso se capitula no Art. 66 e 67 do Código de Defesa do Consumidor, pois Celso promoveu publicidade (enganosa) e celebrou contratos, omitindo de seus contratante s que a referida instituição não estava credenciada e autorizada perante a Secretaria d e Estado de Educação do Estado para funcionar, tu do previsto co mo inf ração penal no CDC, o u seja, capitulado nos seguintes artigos
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