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PENAL IV

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Caso concreto 1 : Em datas e horários d iversos, todavia n o período 
compreendido entre meados d o mês de f evereiro até o mês de maio do ano 
de 2014, RONALDO ESPERTO, prevalecendo -se da condição d e perito, nomeado pelo juízo da Xª 
Vara civil d a Comarca da Capital, com o fim de obter indevida vantagem 
econômica solicitou aos advogados de determinado processo, o pagamento de 
determinada quantia em dinheiro para fins de elaboração de laudo 
favorecendo o cliente destes, to davia as vítimas não concordaram em repassar 
qualquer montan te a RONALDO ESPERTO. Ante o exposto, com base nos 
estudos realiz ados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às 
questões formuladas: a) Ronaldo Esperto é considerado funcionário público para fins penais? 
Responda de forma objetiva e fundamentada. 
R: Sim, de acordo com o artigo 327, CP, “ Considera-se funcionário público, 
para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce 
cargo, emprego ou função pública. ” 
b) Qual a correta tip ificação de sua con duta? Ainda, responda se a 
mesma restou tentada ou consumada, haja vista as vítimas não terem concordado em 
repassar qualquer montante ao agente. 
R: A conduta d e Ronaldo Esperto se tipifica no cr ime de corrupção 
passiva, de finido no art. 317 do CP como: “solicitar ou receber, para si o 
u pa ra outros, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes 
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de 
tal vantagem” . Corrupção passiva consumada, o crime de corrupção passiva já é configurado 
pelo simples ato de solicitar ou receber vantagem indevida, sem que seja necessário que a pessoa 
solicitada atenda ao pedido. 
Acerca dos crimes contra a Administração pública, assinale a resposta correta. 
 a) O crime de denunciação caluniosa (art. 339 do CP), além de outros 
requisitos de configuração, exige que a imputação sabidamente falsa recaia sobre vítima 
determinada, ou, ao menos, determinável. 
 b) Para a configuração do crime de peculato -furto (art. 31 2, § 1°, CP) é suficiente que o sujeito 
ativo, funcionário público, subtraia um bem móvel particular que esteja sob a guarda da 
Administração pública. 
c) Considera -se funcionário público, p ara efeitos penais, quem exerce múnus 
público, assim entendido o ônus ou encargo para com o poder público, como no caso do 
curador. 
 d) Nos crimes de inserção de dados falsos em sistemas de informações (art. 313 -A 
do CP) e modificação ou alteração n ão autorizada de sistema de informações 
(art. 313 -B do CP) se exige que figure, como sujeito ativo da conduta, o 
funcionário público autorizado. 
e)Ao contrário do que ocorre n a extorsão, o crime de concussão é classificado como delito 
material, operando -se quando o agente aufere a vantagem indevida almejada. 
 Objetiva: letra A (O crime de denunciação caluniosa (art. 339 do CP), além de outros requisitos de 
configuração, exige que a imputação sabidamente falsa recaia sobre vítima determinada, ou, ao 
menos, determinável 
 
CASO 2 
Túlio, Guarda Municipal, encontrava-se em serviço em frente a determinado 
prédio público, quando verificou que José iniciava uma pichação naquele 
prédio. Em razão disso, ordenou a Flaviano Bom de Tinta que parasse de imediato e 
entregasse o material que estava sendo utilizado na pichação. Ocorre que Flaviano 
Bom de Tinta, para garantir sua fuga, desferiu chutes na canela do 
funcionário e, de imediato, empreendeu fuga, não vindo a ser alcançado. Ante o 
exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, 
responda às questões formuladas: a) Diferencie as condutas de desacato, 
resistência e desobediência. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
 Art. 331 CP Desacato é quando o indivíduo agredir verbalmente o agente público. Já o 
art. 329 Resistência, já que naquele eventual violência ou ameaça perpetrada contra funcionário 
público, como vimos Flaviano ter dados chutes na canela do funcionário. Art. 330 Desobediência 
ocorre quando o sujeito ativo da prática deliti va não atende a ordem legal 
emanada por funcionário público competente, através de um comando expresso 
àquele que tem o dever jurídico de obedecer. E no caso cima Flaviano não 
obedece a ordem do funcionário público. 
B). Qual a correta capitulação da conduta de Flaviano Bom de Tinta? Responda de forma 
objetiva e fundamentada. 
R: Flaviano Bom de Tinta respondera nos art 329 e 330 do CP. Por 
Flaviano ter dados chutes na canela do funcionário e Flaviano não obedece a ordem do 
funcionário publico. 
 
CASO 3 
 
ARNALDO, jovem de 17 anos, após praticar o crime de roubo d e um 
veículo automotor, procura s eu amigo LAURO e o solicit a que mantenha o 
carro guardado em sua casa por um tempo. LAURO aceita a incumbência e 
age conforme o combinado, unicamente com a in tenção de ajudar ARNALDO. 
Contudo, a autoria do roubo é descoberta, pois a Polícia Civil consegue 
recup erar o veículo que ainda estava com LAURO. Dos fatos, ARNA LDO e 
LAURO são d enuncia dos em processo -crime pelo delito de roubo, sendo 
LAURO, considerado partícipe do delito. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra o 
Patrimônio e Administração Pública, responda de forma objetiva e fundamentada às 
seguintes questões : 
a) A capitulação da conduta de LAURO está correta? Responda de forma 
objetiva e fundamentada. R: A capitulação correta é crime d a 
favorecimento real, conforme p revisão do artigo 349 do CP, pois Lauro s e 
encarregou somente de dar guarda ao prov eito do roubo do veículo cometido 
por Arnaldo. Não se fala em participação, nem em coautoria de Lauro no 
crime de roubo, já ele não agiu, não auxiliou o referido delito e nem 
sequer sabia previamente do mesmo. 
 
b) O fato de ARNALDO ser ini mputável pos sui alguma relevância par a a 
conduta de LAURO? R: A menoridade de Arnaldo apenas o t orna 
inimputável e, assim, fica isento de pena, mas sujeito à medida socioeducativa 
conforme previsto no, ECA. Portanto, essa inimputabilidade do agente que 
cometeu o crim e anterior, Arnaldo, é irrelevante par a a tipificação da 
conduta de Lauro, já que o crime anterior existiu. Arnaldo incorreu no crime de 
favorecimento real, à luz do artigo 349 do CP. 
 
 
CASO 4 
A polícia de São P aulo procura um mot oqueiro suspeito de matar um a 
adolescente, na capital. Tudo aconteceu porque o criminoso queria roubar o 
tênis do namorado dela. O crime aconteceu po r volta das 20h de segunda -
feira (14). Uma câmera de se gurança gravou a aproximação de uma moto 
preta, em baixa velocidade na avenida A rraias do Araguaia, em Sapopemba. 
A polícia suspeita que o rapaz que aparece nas imagens, de capacete preto 
e blusa ve rmelha, procurava uma vítima pelo bairro - e encontrou assim 
que entrou na travessa Alessandro Tassoni. Era um casal que saiu de uma 
padar ia caminhando e foi parad o quase na porta de casa. O namorado 
contou à polícia que o ladrão desceu da moto, apontou umaarma para o 
casal e exigiu que ele entregasse o ênis. Quando o rapaz se abaixou para 
tirar o calçado dos pés, o motoqueiro fez um disparo que atingiu a cabeça 
da n amorada, que estava ao lado. O b andido fugiu sem levar nada. Os 
namorados tinham saído de casa só para trocar dinheiro e j á estavam 
voltando quando foram abordados. O rapaz contou aos policiais que tudo 
foi mui to rápido e quando ele pediu calma, o ladrão atirou. Gabriela dos 
S antos, de 17 anos, foi socorrida pelos parentes. Chegou com vida ao 
pronto socorro, m as algumas horas depois os médicos constataram a morte 
cerebral da adolescente. A vizinhança passou o dia tentando acalmar a 
família da jovem. Revoltados, os amigos e os parentes n ão quiseram falar 
sobre o crime. Até agora ninguém foi preso. A polícia disse que o suspeito 
aparenta ter menos de20 anos e cerca de um 1,80m de altura. 
 
Com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécies e delit os 
hediondos, responda às questões formuladas: 
a) Qual a correta capitulação d a conduta do motoqueiro? Ainda, o delito 
restou tentado ou consumado? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
R: De acordo com o tribunal o S TF prevê que a sumula 610 STF s e 
consuma o crime mesmo não havendo subtração da coisa. 
 
b) Caso o motoqueiro venha a ser preso e p osteriormente condenado pelo 
delito praticado, s endo no curso do processo-crime descoberto que o mesmo 
é reincidente, qual será o prazo mínimo de cumprimento de pena para a progressão de 
regimes? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
R:De acordo com a lei 8.072/90 do arti go 2 §2 o Motoqueiro sendo Reincidente ele poderá 
progredir de regime quando cumprir 3/5 da pena condenado. Rei ncidente por 
crime hediondo ou equiparado praticado a partir de 29/03/2007. 
 
CASO 5 
ROMOALDO, padrasto de L.T , de 11 anos de idade, foi denunciado pelos 
vizinhos po r ter submetido a criança a intenso sofrimento físico e mental com o fim 
de castigá -la ao agredi-la por diversas vezes com a utilização de seu cinto , pois esta estava 
brincando na sala de sua casa no momento em qu e ROMOALDO assistia ao 
jo go fi nal do campeo nato estadual de futebol e o barulho da brincadeira 
atrapalhava sua concentração no jogo. Dos fatos, R OMOALDO resto u 
denunci ado pelo delito de maus tratos, previsto no art.136,§1º, do Código Penal. 
Ante o exposto , com ba se nos estudos realizados sobre o s crimes em 
esp écie e crimes hediondos e equiparado s, responda de forma objetiva e 
fundamentada se a capitulação da conduta de ROMOALDO está correta. 
R:A situação n arrada versa sobre a distinção entre os delitos de tortura, 
equiparados o delito hediondo e o delito de maus t ratos p revistos no 
art. 136/CP. Desta forma pode mos observar claramente a finalidade do réu 
em faz er a vitima experimentar sofrimento físico e emocional, o que se exige 
para o caracterização do delito de tortur a previsto no art.1, inciso 2 d a lei 
9455/97. Para Guilherme nu cci o dolo específico do agente neste delito e de 
aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo, acrescentando que não 
se trata de submeter alguém a uma situação de maus tratos. 
 
CASO 6 
1) LEONARDO foi surpreendido por policiais militares, na noite de sábado, 
11 de janeiro de 2014, às 00h30min, próximo a um bar localizado na Asa 
Nort e de Brasília, trazendo consigo uma porção de cocaína tot alizando massa 
líquida de 26,45g. No carro em que ele estava foi encontrada a droga 
em um saco pl ástico e dinheiro. Dos fa tos restou denunciado e condenado 
pelo delito de tráfico de dro gas, previsto no art.33, caput, da Lei 
n.11343/20 06. Em sede de apelação criminal suscitou sucessivamente: (i) 
atipicidade material da conduta pelo princípio da insignificância; (ii) 
desclassificação para o delito de porte de drogas para uso. Ante o exposto, sendo certo 
que no momento da abordagem, seus atos não poderiam qualificar sua 
conduta como sendo a de vendedor de drogas, analise a pos sibilidade de 
aplicação das teses defensivas. 
Responda de forma objetiva e fundamentada 
R: O entendimento que prevalece é pela não aplicabilidade do princípio da 
insignificância haja vista que é um crime de perigo abstrato e que te m 
como bem jurídico tutelado a saúd e pública. Portanto a co nduta ultrapass a a 
esfera pessoal do acusado e atin ge toda a coletividade, em face da própria 
potencialidade ofensiva em delito de porte de drogas. 
 
 
CASO 7 
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de f orma ob jetiva e 
fundamentada, às questões formuladas: Astolfo, nascido em 15 de março de 
1940, sem qualquer envolvimento pretérito com o aparato judicial, no dia 22 
de março de 2014, estava em sua casa, um barraco na comunidade 
conhecida como Favela d a Zebra, localizada em Goiânia/GO, quando foi 
visitado pelo chefe do tráfico d a comunidade, conhecido pelo vulgo de 
Russo. Russo, que estava armado, exigiu que Astolfo transportasse 50 g de 
cocaína para outro traficante, que o aguardaria em um Posto de Gasolina, 
sob pena de Astolfo ser expulso de sua residência e não m ais poder 
morar na Favela da Zebra. Astolfo, então, se viu obrigado a aceitar a det 
erminação, mas quando estava em seu automóvel, na direção do Posto de 
Gasolina, foi abordado por policiais mili tares, sendo a droga encontrada e 
apreendida. Astolfo foi denunciado perante o juízo competente pela prática do 
crime p revisto no Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06. Em que pese tenh a sido preso 
em fla grante, foi concedida liberdade provisória ao agente, respondendo ele 
ao processo em liberdade. Astolfo, em suas alegações finais, confirmou que 
f azia o transporte da droga, mas alegou que somente a giu dessa forma porque foi 
obrigado p elo chefe do tráfico local a adotar tal conduta, ainda destacando 
que residia há mais de 50 anos na comunidade da Favela da Zebra e 
que, se fosse de lá expulso, não teria outro lugar para morar, pois s equer 
possuía familiares e amigos fora do local. (XX Exame OAB Unificado. PROVA 
PRÁTICO-PR OFISSIONAL Aplicada em 18/09/2016 
 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos previstos 
na Lei n.11343/2006, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
a) A partir da premissa de que Astolfo é primário e não possui 
antecedentes, apresente as possíveis teses defensivas. 
 R: Sofreu coação moral irresistível, o que exclui a sua culpabilidade no 
elemento inexigibilidade de c onduta diversa, devendo ele s er absolvido com 
base n o artigo 386 Inc. V I do CPP. Subsidiariamente poderá suscitar a sua 
p rimariedade, seus bons antecedentes, que não se dedica a atividades cr 
iminosas e que não integra qualquer organização criminosa para ter sua pena 
reduzida com base no §4º do art. 33 da le i 11343/06. 
b) À conduta de Astolfo aplicam-se os institutos repressoresda lei de crimes hediondos? 
 R: O entendimento atual do STF é que o traficante privilegiado não pr atica 
conduta equiparada a hediondo, sendo inclusive cancelada a Súmula 512 do STJ. 
c) Uma vez condenado, será possível a substituição de pena privativa de liberdade? 
 R: É possível a conversão da P PL em PRD segundo o STF no crime de 
t ráfico, desde que pre enchidos os requisi tos do art. 44 do Cp, porque o 
STF declarou a inconstitucionalidade da vedação da conversão d a PP L em PRD 
prevista no art. 44 da lei 13343/06, que teve a sua ex ecução suspensa pela resolução n. 
5 do Senado publicado 15-02-2012. 
CASO 8 
A Justiça condenou a 16 anos de prisão um dos integrantes de uma 
organização criminosa preso com drogas e uma escopeta em Fortaleza. O 
acusado foi condenado pelos crimes de tráfico de drogas, associação pa ra o 
tráfico e posse ilegal de arma de fogo. O juiz Ernani Pires Paula Pessoa Júnior, 
titular da 1ª Vara d e Delitos de Tráfico de Drogas de Fortaleza, estabeleceu o 
cumprimento da sentença inicialmente em regime fechado. O magistrado negou aind a 
o direito de recorrer em liberdade. “A gravidade dos crimes im putados ao réu e a 
quantidade dos entorpecentes apreendidos, de patente nocividade à s aúde 
pública, justificam a s egregação antecipada do mesmo, a fim de evitar novos 
atentados à ordem públ ica e a aplicação da lei pen al, em caso de 
confirmação desta condenação”, desta cou o juiz. Segundo os autos do 
processo, Mayandreson Araújo Albuquerque foi preso em f lagrante no dia 18 
de abril de 2016 no Bairro Granja Lisboa. Po liciais militares notaram u ma movi 
mentação suspeita em frente a uma residência e abordaram o réu. Com ele foi 
apreendido 116.650 gramas de maconha, 910 gramas de crack, uma escopeta 
calibre 12, munição e uma balança digital. Em depoimento, o acusado 
confessou ser responsável por rec e ber, guardar e distribuir no Ceará os 
entorpecentes que eram trazidos do estado da Paraíba. Habeas corpus negado: 
A J ustiça do Ce ará também negou habeas corpus para Marcos Au rélio de 
Sousa, acusado de corrupção de menores, posse de arma de fogo, tráfico 
d e entorpecentes, asso ciação ao tráfico. Ele é apontado pela polícia com 
integrante d e uma outra organização criminosa com atuação no Ceará e em 
outros estad os brasileiros. O acusado foi preso junto com outros 31 suspeitos 
em um sítio localizado no parque Tijuca, em Mar acanaú, Região M 
etropolitana de Fortaleza. No momento da operação, ele estava em uma 
moto à frente da r esidência. A prisão foi realizada po r poli ciais civis que 
estavam investigando, há vários meses, a ex istência e atuação da 
organização criminosa no Ceará. Ante o exposto, com base nos estudos 
realizados responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
 a)Diferencie as condutas de or ganização criminosa, associação criminosa e 
associação criminosa para fins de tráfico de drogas. 
Resp.:Organização Criminosa : Prevista na lei 12.8 50/2013.Necessita d e pel o penos de 
4 ou mais pessoas, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de 
tarefas, ainda que informalmente, co m objetivo de obter, direta ou 
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, m ediante a pr ática de inf rações 
penais (crimes e contravenções penais) cujas penas máx imas sejam superiores a 
4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transacional. 
Associação criminosa: Prevista no art. 288,CP . É uma infração de m édio 
potencial ofensivo. Conduta: pune-se a associação de 3 ou mais pessoas para 
o fim específico de cometer c rimes, de acordo com Mirabete, o a gente que 
integra mais d e uma associação criminosa, viola diversas vezes a lei, caracterizando 
concurso material de delitos. 
Associação c riminosa para fins de tráfico de drogas: previsão legal no art. 
35 da lei 11.343/06: Associar 2 ou mais pessoas para o fim de, reiteradamente ou 
não, traficar (prática do art. 33 caput, § 1º e 34 da lei 11.343/06) 
b)Identifique a correta capitulação das condutas de Mayandreson Araújo Albuquerque. 
Resp.: Aplica-se a l ei d e drogas pelo principio da especialidade, ainda que 
haja uma estrutura organizada com 4 ou mais pessoas, irá se aplicar o art. 35 da lei de drogas; 
 
CASO 9 
Mediante denúncia anôn ima, foi descoberto que ROBERTO possuía no interior 
de sua residência, armas de fogo e munições de uso permitido com os 
respectivos registros vencidos. Indagado por policiais, informou que tinha 
conhecimento das regras estabelecidas pelo Estatuto do Desarmamento, mas 
que não tinha a int enção de utiliz á -las, mas, de tornar-se um colecionador 
de armas, pois acreditava ser esta conduta permitida por lei. Ante o exposto, 
com base nos estudos realizados sobre o Estatuto do Desarmamento, responda 
de forma objetiva e fundamentada às questões: 
A)Qual a tipificação dada à conduta de ROBERTO? 
 Resp.:Duas correntes divergem sobr e o tema, uma entende que o registro 
vencido não configura crime do estatuto do desarmamento uma vez que está 
ausente o requisito subjetivo de não ter o registro da arma configurando 
assim apenas uma irre gularidade administrativa. Já a segunda entende que 
caracterizaria o crime de porte ilegal de arma de munição permitida, do 
estatuto, uma vês que não preencheria os requisitos exigidos na lei e que 
mesmo autorizados a adquirir a arma, somente poderia manter a poss e 
mediante o documento legal exigido, que tem caráter temporário e tem que 
deve ser renovado por meio de comprovação periódica 
b) Uma vez denunciado, quais teses defensivas a serem apresentadas? 
Resp.: A tese defensiva seria a mera infração adm inistrativa, não respondendo assim por crime 
 
CASO 10 
No dia 25 de julho de 2014, por volta de 20h30min, em via pública localizada 
na Est rada Velha de Búzios, bairro Tangará, NORBERTO, de forma livre e 
consciente, conduziu o veículo automotor caminhão VW, p laca KXX-0000, cor 
branca, com capacidade psicomotora alterada em razão da infl uência de 
álcool, conforme laudo de fl. 09. Nas mesmas condições de tempo e lugar, 
o denunciado praticou lesão corporal na direção de veículo automotor, 
obrando com imperícia e causando lesões em FERDINANDO, descritas no 
Boletim de Atendimento Médico e no Auto de Exame de Corpo de Delito. 
Momentos após, no mesmo local , NORBERTO, também de f orma livre e 
consciente, desacatou funcionários públicos no exercício das suas funções. Na 
ocasião dos fatos, a vítima FERDINANDO es tava trafegando na mesma 
Estrada quando, ao reduzir a velocidade para passar por quebra -molas, sentiu 
um forte impacto na traseira do seu veículo, qual seja, um FIAT UNO, cor 
vermelha, placa KYY - 1111, sendo arrastado por cerca de 200m, vindo a parar na 
outra pista, quase colidindo com u ma motocicleta que trafegava no sentido contrário. 
A colisão, que gerou lesões corporais na vítima, foi provocada pelo 
denunciado, que dirigia embriagado e de maneira imprudente. Pouc o depois, 
ospoliciais militares ora arrolados como testemunhas chegaram ao local dos 
fatos, momento em que foram desacatados pelo denunciado que os chamou 
de "viados", "policiais de merda", "ladrões", incitando-os a "cair na porrada". Em 
sede policial, o denunciado assumiu a pr ática do fato delituoso afirmando, para tanto, 
que, no dia dos fatos, estava embriagado e, conduzindo um caminhão, colidiu na traseira 
de um veículo e que não lembrava de ter ofendido os policiais." 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a Teoria Geral do 
Delito e nos delitos previstos na Lei.9503/1997, indaga-se: qual a correta ti 
pificação da conduta de NORBERTO? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Resp.: Existe duas correntes que disputam esse tema. O agente responderá tanto pelo 
art.306,CTB (embriaguez ao volante), quanto pelo art. 303 do CTB, em concurso 
material. A segunda corrente (Guilherme Nucci) entende que toda vez que t 
iver no mesmo contexto de fático o crime de perigo e de dano, o se 
gundo crime absorverá o primeiro aplicando-lhe o princípio da consunção. 
Quando o crime é de desacato a doutrina entende que o fato dele es tar 
embriagado ou mesmo co m o comportamento alterado não exclui o dolo para a 
pratica deste crime contra a administração da justiça 
 
CASO 11 
Foi instaurado inquérito policial pela Delegacia de Polícia Fazendária 
SR/DPF/RJ, em face de FERNANDO A LBERTO CHIQUE, com o fim de investigar 
su posto delito de sonegação fiscal, relativo à dec laração do IRPF, entre os anos 
2002 a 2005 . S endo certo que ainda tramitava procedimento administrati vo-fiscal 
quando da instauração do inquérito policial, FERNANDO ALBERTO C HIQUE 
impetrou Habea s Corpus com vistas ao trancamento d a ação pen al. Ante o 
expos to, com base nos estudos realizados sobre os crimes contra a ordem econômica, 
indaga-se: 
a)Identifique, sob o as pecto jurídi co-penal, as condutas de sonegação fiscal 
na Legislação Penal Especial? 
Resp.: condutas omissivas e comissivas. Conforme os ensinamentos d e Ricardo Antônio 
Andreucci, o elemento subjetivo dos crimes de sonegação fiscal consiste na 
vontade livre e conscient e de praticar as condutas típicas, a saber as do 
Art 1º e 2º da Lei nº 8.137/90: Art. 1° Constitui crime contra a ord em 
tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, 
mediante as seguintes condutas: I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às 
autoridades fazendárias; II - fraudar a fis calização tributária, inserindo elementos inex 
atos, ou omi tindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal; 
 
B) Qual a tese defensiva a ser apresentada para fins de trancamento da ação penal? 
 Resp.:A tese defensiva apresentada no habeas corpus é de que há necess 
idade que se tenha uma decisão definitiva no proc edimento administrativo-
fiscal em trâmite, isso tudo com base na Súmula Vinculante nº 24 do Supremo Tribunal 
Federal: “Não s e tipifica crime material contra a ordem tri butária, previsto no 
art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tribut tri 
butária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento 
definitivo do tributo. 
 
CASO 12 
CELSO, conhecido como Professor Celso, foi denunciado por ter e stabelecido 
e explorado atividade irregular de Educação Infantil e Ensino Fundamental, 
bem como por ter promovido publi cidade e celebrado contratos, omiti ndo de 
seus contratantes que a referida instituição não estava credenciada e autorizada 
perante a Secretaria de Estado de Educação do Estado para funcionar. Tal 
denúncia teve por objeto a notícia crime apresentada po r NAYAR A, mãe de 
alunos da r eferida escola, sob a alegação de qu e a escola contratada não 
estava apta a of erecer os serviços relativos à educação fundamental e no 
mom ento que optou por rescindir o referido contrato descobriu a inexistência 
da referida autorização, tendo sido necessário o ajuizamento de Ação de 
Reparação de Danos perante o Primeiro Juizado Especial Cível da Comarca da Capital. 
 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra 
as relações de consumo, responda de forma objetiva e fundamentada: qual a 
correta capitulação da conduta de CELSO? 
 R: A conduta de Celso se capitula no Art. 66 e 67 do Código de 
Defesa do Consumidor, pois Celso promoveu publicidade (enganosa) e celebrou 
contratos, omitindo de seus contratante s que a referida instituição não estava 
credenciada e autorizada perante a Secretaria d e Estado de Educação do 
Estado para funcionar, tu do previsto co mo inf ração penal no CDC, o u seja, 
capitulado nos seguintes artigos

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