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A paciência pela busca dos mínimos direitos sociais _ Artigos JusBrasil

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23/9/2014 A paciência pela busca dos mínimos direitos sociais | Artigos JusBrasil
http://gutogiangiulio.jusbrasil.com.br/artigos/140553522/a-paciencia-pela-busca-dos-minimos-direitos-sociais 1/4
A paciência pela busca dos mínimos direitos sociais
É válida a busca incessante por um direito social mínimo? Sendo que a maioria dos brasileiros desistem no primeiro
"não" que recebem, quando a disputa é por um direito mínimo.
Publicado por Gustavo Giangiulio - 22 horas atrás
Gustavo Giangiulio Cardoso Pires, graduando em Direito pelo Instituto Municipal de Ensino Superior de Catanduva (IMES Catanduva).
E-mail: gustavogiangiulio@gmail.com
Resumo: Este artigo convida o público leitor a refletir quanto a paciência devida na busca pelos mínimos direitos sociais.
Alguns pensam ser uma perda de tempo reclamar por "qualquer coisa", ou melhor, “por tudo”. Porém, se todos reclamassem por essas coisas, elas
poderiam não estar mais acontecendo!
Para esse questionamento poderíamos ter uma resposta mais analítica se utilizássemos a aplicação da "Prova real da Regra de Três” da ciência exata. Pois
apenas poderemos resolver certos casos se passarmos por eles, para que então tomemos ciência da sua existência.
É obvio que se a Constituição da Republica Federativa do Brasil é a nossa atual Magna Carta, logo temos de cumprir seus artigos.
Mas por que existem as leis e as mesmas por diversos casos não são cumpridas?
JusBrasil - Artigos
23 de setembro de 2014
23/9/2014 A paciência pela busca dos mínimos direitos sociais | Artigos JusBrasil
http://gutogiangiulio.jusbrasil.com.br/artigos/140553522/a-paciencia-pela-busca-dos-minimos-direitos-sociais 2/4
Citando apenas um exemplo, podemos analisar muito bem diversas outras questões do nosso cotidiano:
Por que na maioria das cidades (seja elas pequenas cidades do interior ou as grandes metrópoles) não se consegue encontrar vaga para seu filho ou filha
de até cinco anos? Sendo que o inciso IV do Art. 208 da nossa Constituição prevê como garantia efetiva do Estado, a ‘educação infantil, em creche e pré-
escola, às crianças de até cinco anos de idade'.
Esse dever, sendo garantido através da Constituição Federal não deveria ser real? Porém não é.
A solução para isso é que o responsável pelo menor depois de tendo procurado e não obtendo êxito a pleitear uma vaga de creche ou pré-escola, que
segundo a nossa Constituição lhe está efetivamente garantido, por sua vez, este deve posteriormente a não ter encontrado tal vaga, deve procurar a
Diretoria Regional de Ensino (antiga Delegacia de Ensino), a fim de explicar que está à procura de uma vaga para seu filho menor de idade, pois esta
pessoa necessita trabalhar para custear o sustento da sua família.
O problema é que na maioria das vezes (senão todas), a Diretoria Regional de Ensino, que é o órgão que faz a ponte entre as escolas e as determinações
da Secretaria de Educação, mesmo sabendo da suma importância que é uma criança de até cinco anos estar em contato, em convívio com outras crianças,
interagindo com elas e aprendendo coisas novas no seu diaadia de creche ou pré-escola, ela não tem o poder de obrigar, e exigir do município a colocação
do “pequenino (a)” no novo mundo, que é a educação infantil.
23/9/2014 A paciência pela busca dos mínimos direitos sociais | Artigos JusBrasil
http://gutogiangiulio.jusbrasil.com.br/artigos/140553522/a-paciencia-pela-busca-dos-minimos-direitos-sociais 3/4
Então, mediante tal pressuposto, a condição de “advogado” do direito da criança ao acesso à educação infantil, passar a ser da Secretaria de Educação,
que é diretamente ligada ao poder executivo (municipal ou estadual).
Na teoria, o total empenho de acesso da criança menor de cinco anos à educação infantil, é da Secretaria de Educação, que tem como objetivo principal a
responsabilidade de aplicar devidamente o plano executivo de educação, além de cumprir as leis referentes à educação tais como a Constituição Federal, o
Estatuto da Criança e do Adolescente, as Leis de Diretrizes, e Bases da Educação, tudo isso com o intuito de garantir que o sistema educacional funcione
de maneira eficiente, trabalhando sempre que possível para melhorá-lo.
Porém, como eu disse acima, essa é a teoria. E como estudante de Direito, trabalhador, e pai de família, a vida me ensinou que nem tudo o que está
descrito na teoria se torna válido, real e/ou verdadeiro na prática.
Dessa forma, com a negativa do órgão que deveria resolver essas questões, poderíamos ir galgando os degraus, onde passaríamos pelo Conselho Tutelar,
e pelas Ouvidorias. Porém podemos dar um “pulinho” para então chegarmos direto ao Ministério Público (será que aqui resolve?).
O Ministério Público, sendo um órgão que verdadeiramente atua na proteção e na defesa dos interesses da sociedade num todo, assim como neste caso do
23/9/2014 A paciência pela busca dos mínimos direitos sociais | Artigos JusBrasil
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simples cumprimento do inciso IV do Art. 208 da Constituição Federal.
Como pode, uma coisa tão simples chegar tão longe? – penso eu
Mas essa é a mais pura realidade do nosso país. Pois quem têm conhecimento dos seus direitos, e paciência para fazê-los valer, conseguirá às duras
custas a efetividade deles. Já quem não tem, infelizmente é lesado pelo Estado.
Quanto ao Ministério Público na relação da educação da sociedade, é muito raro eles não resolverem tais questões como a que vos escrevi. Não somente
devido à tamanha insignificância que os órgãos competentes à resolvê-las não dão o devido respaldo, mas sim pela sua responsabilidade na tentativa
efetiva do cumprimento da proteção e na defesa dos direitos e interesses sociais.
Enfim, com o Ministério Público tendo resolvido tal questão, fica aqui minha resposta perante o título deste artigo (A paciência pela busca dos mínimos
direitos sociais):
Vale a pena corrermos atrás dos direitos a que nos são devidos, independente da paciência que nos for pedida, pois somente pleiteando a validade do
nosso direito que está descrito na Constituição Federal, nas Leis Ordinárias, nas Leis Orgânicas, nas Portarias e nos Decretos, poderemos então fazer
prevalecer a Justiça que o Direito tanto procura.
"Se a 'moda' pegasse, o que seria do inciso IV do Art. 7º da Constituição quanto ao salário mínimo?"
Disponível em: http://gutogiangiulio.jusbrasil.com.br/artigos/140553522/a-paciencia-pela-busca-dos-minimos-direitos-sociais
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publicação
Gustavo Giangiulio
Aux.Administrativo, Educador Universitário e Graduando em Direito

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