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POLÍTICAS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NA SAÚDE
Solange de Fatima Liçaraça da Silva
 Vívian de Borba Esperança Alves
Almerinda da Rocha Silva: Tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci _UNIASSELVI
Serviço Social (SES 0305) _Prática do Módulo VI
25/09/2017
RESUMO
Atualmente abordar sobre o profissional de assistência social na saúde pública é uma questão necessária, levando em conta todo o processo de trabalho que envolve sua atuação. Assim pudemos observar que o trabalho dos assistentes sociais tem suas próprias necessidades dentro do contexto da saúde pública, capaz de nos fazer refletir sobre o assunto e buscar entender melhor sua importância na saúde. O assistente social é de extrema importância para o atendimento e solução das mazelas da questão social junto aos usuários do Sistema Único de Saúde e efetivação da igualdade e universalidade dos direitos dos usuários. O trabalho teve como fonte de pesquisa a prática real, conversamos de forma clara e objetiva com uma assistente social já inserida no campo de trabalho da saúde pública em um munícipio da região onde conhecemos as políticas públicas utilizadas pela Secretaria de Saúde e Bem Estar no seu munícipio, suas rotinas e atribuições como assistente social no local.
PALAVRAS-CHAVE: Política de Saúde, Assistente Social, SUS
1 INTRODUÇÃO
 Este trabalho tem o intuito de trazer ao conhecimento a história das políticas sociais no Brasil, mais precisamente as políticas de saúde pública, trazendo toda a luta da classe e das políticas para que a população fosse amparada e tivesse acesso a essas leis de forma universal e igualitária, que foi concedida a todos os usuários com implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), por entendermos que sua implantação foi um acontecimento que marcou profundamente a vida de todos os cidadãos à medida que ampliou o atendimento da saúde a todos que dela necessitam. E também como se deu a inserção do profissional de assistência social nessa área, sua atuação e competências junto a saúde pública no país. 
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 HISTÓRIA DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL
 O movimento ocorrido no âmbito do Serviço Social latino-americano, a partir da década de 1970, mudou decisivamente os rumos da profissão no continente. No Brasil, o debate instaurado em torno da profissão, e sobre a relação visceral entre Serviço Social e política social, floresceu e aprofundou-se significativamente ao longo das duas últimas décadas do século 20 e consolida-se no início do século 21. Isso pode ser explicado pela alteração nos sistemas de proteção social brasileiros, após o retorno do país ao Estado de Direito, em 1985. Período de intensa mobilização de segmentos a sociedade civil, no sentido de ampliar e garantir direitos em setores de ponta, ou seja, o núcleo da política social – saúde, previdência e assistência –, e de forte investimento nos marcos profissionais, para expandir os saberes sobre a relação entre questão social e política social. Estabelece-se um amplo processo de produção de conhecimento em torno da política social, que tem se constituído em um pilar central na consolidação do Serviço Social como área de conhecimento no campo das ciências sociais. Este fato favoreceu tanto a inserção da profissão e de seus profissionais no embate político da sociedade brasileira como, também, a discussão sobre a intervenção profissional dos assistentes sociais no terreno da política social. Também neste ano houve um momento em que se exige do setor assistencial práticas inovadoras para demandas postas pela nova realidade nacional de transição democrática, em que um número crescente da população pedia respostas mais ágeis e efetivas de uma política assistencial. Desde então se discutiu mais intensamente o caminho para se formular uma política pública de assistência social através da inclusão de direitos sociais e, mais especificamente, do direito à seguridade social, e nela, a garantia à saúde, à assistência e previdência social na Constituição Federal. A Constituição Federal de 1988 é o marco legal para a compreensão das transformações e redefinições do perfil histórico da assistência social no País, que a qualifica como política de seguridade social - art. 194 da Constituição Federal, Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Com o aprofundamento da investigação sobre a inter-relação política social e Serviço Social nas bases da teoria social crítica, pôde-se avançar o conhecimento em direção ao A Constituição Federal de 5 de outubro de 1988 trazia em suas disposições transitórias a definição de que a organização da seguridade social e dos planos de custeio e de benefícios seriam apresentados (pelo Poder Executivo) no prazo máximo de seis meses ao Congresso Nacional, que teria idêntico período para apreciá-los, ou seja, desde 5 de outubro de 1989, o país deveria ter dotado o conjunto de lei regulamentador da seguridade social, cuja implantação progressiva deveria ter acontecido até o prazo máximo de 5 de abril de 1991. Porém, até o prazo constitucional de 5 de abril de 1989, e logo depois desse prazo, o Poder Executivo não havia encaminhado ao Congresso propostas de lei da Assistência Social. Houve algumas tentativas de instituições como o IPEA e a UnB, além do MPAS de apresentarem uma proposta da LOAS. Contudo, nenhuma delas prosperou no sentido de induzir o Executivo a propor a regulamentação. Neste período, foram realizados vários eventos com o objetivo de colher subsídios para a formulação da lei orgânica. Em junho de 1989, o Legislativo toma a iniciativa de legislar sobre a matéria, apresentando o Projeto de Lei n.º 3099/89, de autoria do Deputado Raimundo Bezerra que, após emendas e dois turnos de votação, é aprovado pela Comissão Temática e aprovado pela Comissão de Finanças em 23 de maio de 1990 e, posteriormente, pelo Senado. Porém, em setembro do mesmo ano, através da mensagem n.º 672/85 ao Presidente do Senado, o Presidente da República, Fernando Collor, veta integralmente a Lei Orgânica da Assistência Social. Em 11 de abril de 1991, a matéria volta a ser colocada em pauta no legislativo por iniciativa do Dep. Geraldo Alckmim Filho e Reditário Cassol, que reapresentam, com pequenas mudanças, o projeto do Dep. Raimundo Bezerra, agora como Projeto de Lei. Novo esforço foi empreendido, culminando com o 1º Seminário Nacional de Assistência Social, realizado em Brasília, em 1991, por iniciativa de diferentes entidades da categoria profissional. Daí surgiu a Comissão pela LOAS, cujos trabalhos resultaram no documento "Ponto de Vista que Defendemos", que serviu de subsídio a um novo projeto de lei, o de n.º 3154, encampado pelo Deputado Eduardo Jorge e outros, tendo a Deputada Fátima Pelaes como relatora. Este projeto foi ameaçado por uma ação de inconstitucionalidade, por omissão, pelo Procurador Geral da República, Dr. Aristides Junqueira, pelo fato de ainda não se ter regulamentado a política de Assistência Social. O Executivo se posicionou somente em meados de abril de 1993, na gestão do Ministro de Bem-Estar Social, Jutahy Magalhães Júnior, articulado a um movimento representativo da sociedade civil. Nessa época, o Ministério do Bem-Estar Social em estreita parceria com a LBA, SESC e SESI promoveu encontros regionais em todo o país para a discussão da LOAS, tendo como base para a discussão o projeto n.º 3154. Participaram desses encontros representantes de organizações da sociedade civil, do Poder Legislativo, servidores e dirigentes da FLBA, integrantes da Comissão de Seguridade e Família da Câmara dos Deputados, representantes do Movimento pela Ética na Política, da Associação Brasileira de Organizações não-governamentais – ABONG e do Conselho Nacional de Segurança Alimentar. Esses encontros culminaram com a Conferência Nacional de Assistência Social, realizada em junhode 1993. O executivo produziu uma nova versão da LOAS, contrária à que vinha sendo negociada até o momento, que se referia a organização dos órgãos integrantes do sistema de assistência social. Com a pressão de entidades e especialistas na área, e tendo à frente a vereadora Aldaíza Sposati, a plenária presente à referida Conferência se posicionou e conseguiu reverter o processo, apoiando, por aclamação os principais pontos propostos no projeto n.º 3154. A lei foi discutida, artigo por artigo, e alguns ganhos foram conquistados. O Executivo submeteu o projeto de lei da LOAS ao Conselho Nacional de Seguridade Social. Este a aprovou apresentando várias sugestões como a redução do limite de idade do idoso amparado pelo projeto. Porém, o então Ministério do Bem-Estar Social, orientado pelo equipe econômica, justificou a manutenção da idade de 70 anos ou mais por motivo de dificuldades financeiras por que passa o país e, visando evitar repercussões de natureza também financeira, não reduziu os prazos de implantação dos benefícios previstos e nem ampliou o conceito de pobreza da referida lei. A proposta de projeto de lei da LOAS foi encaminhada pelo MBES em 13 de julho de 1993 para aprovação do Presidente Itamar Franco. Remetido ao Congresso e encaminhado à Comissão de Seguridade Social e Família, o projeto chegou às mãos da Deputada Fátima Pelaes e foi aprovado em setembro de 1993 pela Câmara e em novembro do mesmo ano pelo Senado. Após a apresentação, discussão e negociação de vários projetos e emendas, a LOAS foi sancionada pelo Presidente Itamar Franco em 7 de dezembro de 1993 e publicada no Diário Oficial da União de 8 de dezembro de 1993, sem o consenso dos órgãos gestores quanto ao reordenamento ou extinção das instituições gestoras da Assistência Social no Brasil. A história da LOAS não termina com sua promulgação. Pelo contrário, a partir deste momento começa-se uma grande luta para a sua implementação. Percebe-se que as ambiguidades das questões conceituais não foram esgotadas antes da promulgação da Constituição Federal e durante o processo de discussão da LOAS. Isso contribuiu, em grande parte, para dificultar o processo de validação e legitimação da política de assistência social como política claramente definida e relacionada a outras políticas setoriais.
 A LOAS inaugura uma nova era para a assistência social brasileira, consignando-se enquanto Política Pública. Ela propõe romper com uma longa tradição cultural e política. Considerando os níveis de desigualdade que o Brasil vem acumulando nessas últimas décadas, a LOAS foca suas diretrizes no atendimento aos cidadãos em situação de vulnerabilidade e pobreza. Sabe-se que problemas provenientes dessa exclusão social jamais poderão ser enfrentados por meio de um assistencialismo meramente complementar e emergencial. A exposição de motivos da LOAS enfatiza que se levou em consideração, em sua elaboração, o comprometimento da assistência social com o estatuto da cidadania, entendendo-se que a assistência social somente será um direito social a medida que extrapolar os limites de sua ação convencional. Acrescenta-se que é com base nesta concepção, que a assistência social configura-se como um tipo particular de política social que assume duas formas: restritiva, voltada para os segmentos populacionais em situação de pobreza extrema; e ampla, que conflui para as demais políticas sociais, contribuindo para a extensão destas políticas aos mais necessitados e, portanto, para a modernização da assistência social. A colocação da Assistência Social entre os direitos sociais de cidadania , há uma assistência que é devida e o dever do estado em prestá-la, implica na reversão da abordagem antes vigente na área, em que serviços e auxílios assistenciais eram oferecidos de forma paternalista, como dádivas ou benesses de forma descontínua e sem maiores preocupações com a qualidade, na medida da disponibilidade de recursos e dos interesses políticos dos governantes, ou de exercer o controle social sobre os grupos pobres e marginalizados, ou de obter legitimação e, principalmente apoio político-eleitoral. (Barbosa,1991:5) A LOAS propõe a introdução de mudanças estruturais e conceituais na assistência social pública, transformando e criando, através dela, um novo cenário com novos atores e, seguramente, novas estratégias e práticas, além de novas relações interinstitucionais e com a sociedade.
2.2 A INSERÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
 O Serviço Social desde seu surgimento tem relação com a saúde, no Brasil o período de 1930 a 1945 foi caracterizado pelo surgimento desta profissão, que tinha no período influência europeia, a saúde fazia parte da formação profissional, no entanto não era a área que concentrava a maior parte dos profissionais. A partir de 1945 ocorre o aprofundamento do capitalismo e o término da 2ª Guerra Mundial o que traz consequências sociais, com isso ocorre à expansão do Serviço Social na área da saúde, a atuação deste profissional também é ampliada. Os assistentes sociais brasileiros passaram a defender o ensino e a profissão nos Estados Unidos, pois compreendiam que a estes fatores neste país haviam atingido um grau superior aos demais, com isso se desvincula do Serviço Social europeu e vincula-se ao dos Estados Unidos, passando a ação profissional que era de julgamento moral em relação aos clientes para uma análise de cunho psicológico. Neste mesmo período houve um agravamento na saúde da população, sobretudo a população de países periféricos, a Política Nacional de Saúde que se esboçava desde 1930 foi consolidada no período de 1945-1950, com ela redefiniu-se um novo conceito de saúde, que requisitou a atuação de outros profissionais para trabalhar na saúde e com eles o assistente social. Sucede a ênfase no trabalho em equipe multidisciplinar o que ampliou a abordagem em saúde, introduzindo programas com alguns segmentos da população que mais necessitavam da atenção médica, já que era inviável a atenção médica universal, e introduziu conteúdos preventivos e educativos, o profissional do Serviço Social atuou nesses programas prioritários e tinha sua intervenção relacionada à tarefa educativa em relação aos hábitos de higiene e saúde. Nessa perspectiva o assistente social passa a trabalhar nos hospitais sendo um intermediário entre a população e a instituição, para assim viabilizar o acesso dos usuários aos serviços e benefícios, que nesse período passou a ser custeados total ou parcialmente pelos próprios beneficiados, para realizar tal intermediação o profissional utilizava-se de plantão, triagem ou seleção, encaminhamento, concessão de benefícios e orientação previdenciária. As propostas racionalizadoras na saúde a partir da década de 50 não tiveram repercussão no Serviço Social na saúde. Após a década de 60 que a situação começou a modificar surgindo um debate na profissão questionando o conservadorismo, que rebateu no Serviço Social na saúde, sedimentando sua ação na pratica curativa, principalmente na assistência médica previdenciária. De 1974 à 1979 o Serviço Social passou por um processo organizativo e surgiram novas direções para a profissão, no entanto no âmbito da Saúde a profissão não se alterou. Na década de 80 a profissão ampliou o seu debate teórico e incorporou algumas temáticas como o Estado e as políticas sociais fundamentadas no marxismo, nesse contexto o Serviço Social passa por uma revisão interna, assim surge uma disputa pela nova direção dada pela profissão. Com a Constituição Federal de 1988 foi consolidada a conquista da saúde como um direito de todos e dever do Estado, nela constitui também um Sistema Único de Saúde. A saúde juntamente com a assistência social e previdência social passam a integrar a Seguridade Social. A conjuntura neste período era de crise do Estado brasileiro, de falência da atenção à saúde e do movimento de ruptura com a política de saúde vigente e a construção de uma reforma sanitária brasileira. Neste contexto o Serviço Social sofreu influências,contudo estava passando por um processo interno de revisão, um processo de negação do Serviço Social tradicional, e foi neste período o início da maturidade da tendência hegemônica atual da profissão, este período ocorreu à vinculação da profissão com a tradição marxista. Contudo, os avanços e debates construídos na época não foram suficientes para articular na década de 90 a categoria ao Movimento de Reforma Sanitária. Nesta mesma década consolida-se o projeto político econômico neoliberal que confronta com o projeto profissional hegemônico no Serviço Social e com o projeto da Reforma Sanitária, com isso a dificuldade de construir e concretizar uma prática de um Estado participativo e de políticas sociais equânimes e universais é maximizado. O Projeto da Reforma Sanitária é questionado e o projeto de saúde articulado ao mercado ou privatista é consolidado, com esta consolidação o Estado reduz a sua atuação, garantindo apenas o mínimo aos que não podem pagar e os demais, os cidadãos consumidores, pagam pelo atendimento. O governo Lula teve inicio em 2003, neste programa de governo a saúde é entendida como um direito fundamental e há o compromisso com a garantia do acesso universal, igualitário e integral as ações e serviços de saúde, o Ministério da Saúde busca incorporar a Reforma Sanitária, busca também ampliar o atendimento do SUS ressaltando também a política de educação para o SUS, a capacitação dos conselheiros de saúde, ampliação dos agentes comunitários de saúde e fortalecimento do Programa de Saúde da família. Contudo as ações do governo em relação à saúde não estão sendo suficientes já que ora o governo fortalece a Reforma Sanitária, ora o Projeto privatista. As forças conservadoras que fortalecem o Projeto privatista rebatem sobre o Serviço Social, essas forças interferem no posicionamento de que o marxismo não apresenta respostas às demandas atuais. Na saúde segmentos de profissionais ao se especializarem na saúde passam a identificar como sanitarista, pois acabam exercendo outras atividades distanciando da ação do Assistente Social que deve passar pela compreensão dos aspectos sociais, econômicos, culturais que interferem no processo saúde-doença e a busca para o enfrentamento destas questões. Nesse sentido o profissional do Serviço Social deve através de seu conhecimento teórico-metodológico das diferentes expressões da questão social na área da saúde, criar meios para que os usuários (cidadãos em geral) possam adquirir consciência de seu direito à saúde e compreendam esta como dever do Estado em prove-la, como também fortalecer o caráter público das ações e serviços de seguridade social. Este profissional deve efetivar a promoção, prevenção, proteção, como está posto nos princípios do SUS, podendo ser realizado também trabalhos educativos com a comunidade, fortalecendo também as ações e serviços de atenção básica, pois estes são portas de entrada do sistema de saúde. O Assistente Social deve criar espaços coletivos para a democratização de informações e conhecimentos para que através de uma prática reflexiva e crítica desse processo de promoção da saúde e prevenção de doenças possam acontecer. Essas ações não devem se restringir aos usuários dos serviços, mas também aos profissionais da saúde de uma forma geral. O eixo central para o trabalho do Assistente Social na saúde é a busca criativa e incessante da incorporação dos conhecimentos e das novas requisições, articulados aos princípios do projeto de reforma sanitária e ético-político do Serviço Social. O profissional do Serviço Social deve articular aos demais profissionais trabalhando com uma equipe multiprofissional e Inter profissional da saúde para que possam defender o Sistema Único de Saúde e formular estratégias para a consolidação dos direitos á saúde. A profissão do Serviço Social é regulamentada pela Lei nº 8.662/93, sendo o seu exercício profissional regido pelo Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais, resolução do Conselho Federal de Serviço Social. É a profissão que atua no campo das Políticas Sociais com o compromisso de defesa e garantia dos Direitos Sociais da população, usando o fortalecimento da Democracia. O exercício profissional é fundamentado em legislação federal que protege e assegura os direitos sociais do cidadão, dentre elas citamos: Legislação Previdenciária; Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS; Estatuto da Criança e do Adolescente Legislação Previdenciária; Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA; Lei Orgânica de Saúde – LOS; Política Nacional do Idoso – PNI; Política e Serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial às vítimas de negligências e maus tratos, exploração e abuso, crueldade e opressão; Política Nacional para a integração da Pessoa Portadora de Doenças Especiais; Política sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais; Legislação que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde – SUS. Além de garantir os direitos sociais à população tem como atribuições: Planejar, assessorar, executar, avaliar programas e projetos em políticas públicas de saúde. As atividades estão prioritariamente concentradas nos seguintes campos de atuação: Ações em caráter emergencial, atendimento especializado, Planejamento e assessoramento, Promoção em Saúde. A Organização Mundial de Saúde - OMS define saúde como "Completo bem-estar Físico e Mental e Social do Indivíduo". Este conceito ampliado traz novos desafios para a atuação dos serviços públicos de saúde e para os profissionais que atuam nas diversas áreas. Atualmente, vivenciamos uma transição demográfica com o envelhecimento progressivo da população e a mutação epidemiológica, onde problemas de saúde pública presumivelmente superados tais como parasitoses, desnutrição, dengue, hanseníase, tuberculose, etc. persistem em aparecer juntamente com doenças da modernidade como: neoplasias, doenças cardiovasculares, stress, doenças ocupacionais, transtornos psiquiátricos, doenças psicossomáticas, etc. A atuação do profissional também está inserida em um contexto de permanentes desafios como a exclusão social, o desemprego, a violência, as situações de risco social, etc. Neste contexto, o profissional de Serviço Social deve em seu trabalho cotidiano interpretar e compreender a realidade social, facilitando a inserção do cidadão nas políticas públicas. A saúde pública centra sua ação a partir da ótica do Estado com os interesses que ele representa nas distintas formas de organização social e política das populações. Na concepção mais tradicional, é a aplicação de conhecimentos (médicos ou não), com o objetivo de organizar sistemas e serviços de saúde, atuar em fatores condicionantes e determinantes do processo saúde-doença controlando a incidência de doenças nas populações através de ações de vigilância e intervenções governamentais. O Sistema Único de Saúde (SUS) é considerado um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, muitas vezes exemplificado como modelo para outros países. O SUS foi criado em 1988 pela Constituição Federal, amparado por um conceito ampliado de saúde pública, visando garantir o direito à saúde de toda a população. O SUS tem como conceito básico a universalização do atendimento. Isso significa que “a saúde é direito de todos” como afirma a Constituição Federal, seu propósito é que toda a população tenha acesso ao atendimento público de saúde. Para implementar de maneira organizada o acesso aos serviços de saúde, o SUS possui políticas e programas governamentais em todos os segmentos. Frequentemente, quando se fala do SUS, ficam associadas situações como problemas de acesso, longas filas, infraestrutura inadequada, que o sistema não responde as necessidades de toda população, entre outros. As críticas são importantes para que possam ser questionadas e enfrentadas. No entanto, o SUS também precisa ser visto do ponto de vista da amplitude de ações que ele engloba, como as de promoção, prevenção e assistência à saúde dos brasileiros.
2.3AS ATRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL NA SAÚDE PÚBLICA
 Na saúde, os avanços conquistados pela profissão no exercício profissional são considerados insuficientes, pois o Serviço Social chega à década de 1990 ainda com uma alteração do trabalho institucional, continua enquanto categoria desarticulada do Movimento da Reforma Sanitária, sem nenhuma explícita e organizada ocupação na máquina do Estado pelos setores progressistas da profissão. O projeto privatista vem requisitando ao assistente social, entre outras demandas, a seleção sócio econômica dos usuários, atuação psicossocial por meio de aconselhamento, ação fiscalizatória aos usuários dos planos de saúde, assistencialismo por meio da ideologia do favor e predomínio de práticas individuais. O projeto da reforma sanitária vem apresentando como demandas que o assistente social trabalhe nas seguintes questões: democratização do acesso as unidades e aos serviços de saúde; estratégia de aproximação das unidades de saúde com a realidade; trabalho interdisciplinar; ênfase nas abordagens grupais; acesso democrático às informações e estímulo à participação popular. Considera-se o Código de Ética da profissão apresenta ferramentas imprescindíveis para o trabalho dos assistentes sociais na saúde em todas as suas dimensões: na prestação de serviços diretos à população, no planejamento, na assessoria, na gestão e na mobilização e participação social. As competências e atribuições dos assistentes sociais, nessa direção com base na Lei de Regulamentação da Profissão, requisitam do profissional algumas competências gerais que são fundamentais à compreensão do contexto sócio histórico em que se situa sua intervenção, a saber:
 - Apreensão crítica dos processos sociais de produção e reprodução das relações sociais numa perspectiva de totalidade;
 - Análise do movimento histórico da sociedade brasileira, apreendendo as particularidades do desenvolvimento do capitalismo no país e as particularidades regionais; 
- Compreensão do significado social da profissão e de seu desenvolvimento sócio histórico, nos centenários internacional e nacional, desvelando-se as possibilidades de ações cotidianas na realidade; 
- Identificação das demandas presentes na sociedade, visando formular respostas profissionais para o enfrentamento da questão social, considerando as novas articulações entre o público e o privado. A equipe profissional na área da saúde no munícipio pesquisado é composta pelos profissionais: assistente social, psicólogo, médicos clínicos gerais, equipes de enfermagem, agentes comunitários de saúde, vigilância sanitária e epidemiológica, vacinadores e dentistas. O Serviço Social na instituição visa:
- acolhimento das famílias junto a equipe multidisciplinar;
- elaboração de relatórios sociais e avaliação sócio econômica;
- realização de entrevista individual (usuário e família) para avaliação e conduta;
- orientação e encaminhamento para recursos externos nos programas sociais;
- visitas domiciliares para avaliação do usuário e sua situação;
- relatórios social para obtenção de medicamento;
- planeja, organiza e executa grupos de apoio a terapias de saúde mental, gestantes e crianças;
- intervém em situações de risco e vulnerabilidade junto a familiares;
- trabalha na recuperação do vínculo familiar afetivo;
- discute caso com a equipe multiprofissional e busca a melhor alternativa para resolução da situação. O assistente social age de forma a minimizar todas as mazelas da questão social e principalmente as advindas da questão saúde doença. O Assistente Social na Secretaria de Saúde, é o profissional que atua junto aos usuários do SUS, efetivando por meio de suas ações o acesso destes à politica de saúde. O trabalho, tendo como finalidade a garantia do bem-estar físico, mental e social dos usuários, tendo como foco em suas ações os princípios da Lei regulamenta as ações e serviços da saúde, sendo esta Lei de n.º8.080, 19/09/1990. 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 A nova configuração da saúde pública no Brasil possibilita ao assistente social novas dimensões, nas condições de trabalho, na formação profissional, na ampliação da demanda e na relação com os demais profissionais e movimentos sociais, isso possibilitou uma reflexão sobre a práxis do Assistente Social que atua na área da Saúde, um profissional que utiliza suas competências e seus conhecimentos, articulados aos princípios do projeto ético-político da profissão, na compreensão dos aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais que interferem no processo saúde-doença, buscando estratégias para o enfrentamento desta situação. E, neste sentido, é fundamental o papel do Assistente Social que garante aos usuários o acesso às informações, para que estes tenham condições de reivindicar direitos e lutar pela sua efetivação. Além disso, compete ao Assistente Social incentivar a participação dos usuários nos conselhos, plenárias e fóruns, espaços onde se materializa o controle social fundamental para a construção de uma nova ordem social, mais justa, mais igualitária. O trabalho do assistente social junto a saúde do munícipio pesquisado tem por objetivo o acolhimento, atendimento e orientações aos pacientes que necessitam do setor de serviço social da secretaria de saúde. O Assistente Social na Secretaria de Saúde, é o profissional que atua junto aos usuários do SUS, efetivando por meio de suas ações o acesso destes à politica de saúde. Seu trabalho, tem como finalidade a garantia do bem-estar físico, mental e social dos usuários, tendo como foco em suas ações os princípios da Lei que regulamenta as ações e serviços da saúde, sendo esta Lei de n.º8.080, 19/09/1990. Concluímos com este trabalho que a Constituição Federal de 1988 foi o marco principal para a mudança que se precisava para que a população menos favorecida obtivesse acesso aos serviços de saúde, previdência e assistência social, foi um passo importante para que o Estado se tornasse responsável pela seguridade social nacional e buscasse seu aperfeiçoamento junto com a implementação das Políticas Públicas Sociais e Políticas de Saúde.
REFERÊNCIAS
BRAVO, Maria Inês Souza. Política de Saúde no Brasil. http://www.escoladesaude.pr.gov.br/arquivos/File/Politica_de_Saude_no_Brasil_Ines_Bravo.pdf. Acesso em 23 de agosto de 2017.
______. Questão da Saúde e Serviço Social: as práticas profissionais e as lutas no setor. Tese de Doutorado. Departamento de Serviço Social PUC/SP, 1991.
______ . As Políticas Brasileiras de Seguridade Social: Saúde. In: CFESS/ CEAD. Capacitação em Serviço Social e Política Social. Módulo III: Política Social. Brasília: UnB- CEAD/ CFESS, 2000.
CFESS-Conselho Federal de Serviço Social. Parâmetros para Atuação de Assistentes Sociais na Política de Saúde. Brasília 2010. http://cfess.org.br/arquivos/Parametros_para_a_Atuacao_de_Assistentes_Sociais_na_Saude.pdf. Acesso em 03 de setembro de 2017.
 LEI FEDERAL nº 8.080, de 19 de setembro de 1990.http://ftp.medicina.ufmg.br/osat/legislacao/Lei_8080_12092014.pdf. Acesso em 15 de agosto de 2017.
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE A FOME. Norma Operacional Básica NOB/SUAS. http://www.assistenciasocial.al.gov.br/sala-de-imprensa/arquivos/NOB-SUAS.pdf/view. Acesso em 23 de agosto de 2017.
REIS, Denizi Oliveira. ARAUJO, Eliane Cardoso. CECÍLIO, Luiz Carlos de Oliveira.Políticas Públicas de Saúde no Brasil: SUS e pactos pela Saúde. http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/modulo_politico_gestor/Unidade_4.pdf. Acesso em 23 de agosto de 2017.

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