PROCESSOS DE ALFABETIZAÇÃO

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PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Pâmela Oenning
Professor- Sônia Amancio Martins
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Curso Pedagogia (PED 0815) – Prática do Módulo IV
23/10/2014
RESUMO
Aprender a ler e escrever, aprender a compreender o que se lê e o que se escreve. O grande desafio em nossa escolas. A criança começa a frequentar a escola, e se depara com um mundo cheio de novos conhecimentos. Entre eles, a alfabetização. Que é o ponto inicial para seu trajeto escolar ser com sucesso. A família, a sociedade são fatores essenciais para nossas crianças, o incentivo maior vem de casa, da leitura dos pais para seus filhos, do exemplo. De ver seus pais gastando muito tempo escrevendo e lendo, a criança quando entra na escola, se depara com algo normal e interessante em seu mundo. O processo de alfabetização é de extrema importância na vida de nossas crianças, pois sendo alfabetizadas corretamente, aprendendo a ler, escrever e interpretar no tempo e idade certa, é um grande avanço para a vida delas e para nossa educação brasileira. Que está com um índice muito baixo de aprendizado na educação, em 2014, ficou em 36° lugar, no ranking mundial, segundo a revista Veja. O que nos falta? Mais educação, mais incentivo de nosso país, mais estudos de qualidade, mais cidadãos que saibam pensar. 
Palavras-chave: Alfabetização. Família. Métodos. 
1 INTRODUÇÃO
A riqueza de um país é sua educação. E estamos em busca de uma educação de qualidade, de professores especializados, que tenham compromisso com a educação de nossas crianças. Em nossa realidade, ainda existem escolas onde alfabetizar, se dá através de um método mecânico como antigamente, onde os professores ensinam a criança a ler e escrever como eles aprenderam. Mais o correto é ensinar através de um método onde o resultado seja aprender a ler, escrever e compreender o que se escreve e lê. Formar um cidadão criador de opinião.
Este trabalho visa compreender como era antigamente o processo de alfabetização, e como se conduz hoje esta trajetória pelos professores. Os métodos da alfabetização, a importância da família na educação de seus filhos desde pequenos, através das leituras dos pais para os seus filhos, o incentivo e o exemplo.
O professor é o guia de seus alunos, e é de responsabilidade dele fazer com que as crianças se interessem pelo assunto, pelo aprender. Seu planejamento se bem elaborado e com atrativos na sua execução, como por exemplo incluir atividades lúdicas, que é um grande estimulador de interesse das crianças, tem grandes chances de trazer um resultado positivo. Cabe ao professor aplicar o método em que nossas crianças aprendam corretamente desde o início de suas trajetórias na escola.
2 ALFABETIZAÇÃO E SEUS METÓDOS
A alfabetização surgiu da necessidade da comunicação no dia-a-dia da humanidade, com a invenção da escrita o homem também fez surgir a necessidade de que a escrita e leitura continuasse a ser usada e passada para as novas gerações. Com relação a origem da escrita, Cagliari (1998, p.14) afirma:
De acordo com os fatos comprovados historicamente, a escrita surgiu do sistema de contagem feito com marcas em cajados ou ossos, e usados provavelmente para contar o gado, numa época em que o homem já possuía rebanhos e domesticava os animais. Esses registros passaram a ser usados nas trocas e vendas, representando a quantidade de animais ou de produtos negociados. Para isso, além dos números, era preciso inventar os símbolos para os produtos e para os proprietários.
Com o tempo surgiu as regras da alfabetização como afirma novamente Cagliari (1998, p.15): “Ao longo do processo da invenção da escrita também incluiu a invenção das regras de alfabetização, ou seja, as regras que permitem ao leitor decifrar o que está escrito e saber como o sistema de escrita funciona, para usá-lo apropriadamente”.
Antigamente, no tempo do surgimento da escrita era considerado alfabetizado quem sabia ler e escrever o básico para sua comunicação. A importância dada ao processo de alfabetização na época era pouca, sendo usado o método mecânico, como segundo Cagliari (1998, p.14) menciona:
Nessa época de escrita primitiva, ser alfabetizado significava saber ler o que aqueles símbolos significavam e ser capaz de escreve-los, repedindo um modelo mais ou menos padronizado, mesmo porque o que se escrevia era apenas um tipo de documento ou texto.
Na época não existiam várias formas de alfabetizar, existia apenas um modelo padronizado e mecânico, onde era a base da cópia e leitura, aprendiam a ler o que estava escrito e depois copiavam o mesmo. 
Existem professores ainda nos dias de hoje, que costumam alfabetizar seus alunos do mesmo modo como eles aprenderam, onde muitas vezes ocorre de maneira errada, até porque os anos anteriores se tinha certa dificuldade principalmente por não haver comunicação ou troca de experiências, outras formas mais fáceis de aprendizagem para os professores da época. Além disso, os professores tinham uma dificuldade enorme em ingressar e terminar uma faculdade, tão menos de ter uma formação continuada.
Podemos definir alfabetização, como a ação de fazer com que a pessoa se aproprie de habilidades que levam a leitura e a escrita. Conforme Val (2006, p.19) afirma:
Pode se definir alfabetização com um processo especifico e indispensável de apropriação do sistema da escrita, a conquista dos princípios alfabético e ortográfico que possibilitem o aluno ler e escrever com autonomia. Noutras palavras, alfabetização diz respeito à compreensão e ao domínio do chamado “código” escrito, que se organiza em torno de relações entre a pauta sonora da fala e as letras (e outras convenções) usadas para representa-la, a pauta, na escrita.
Mais hoje, alfabetizar requer mais importância, é algo mais complexo. A pessoa alfabetizada deve saber ler, escrever, pensar e compreender o que escreve e lê. 
E para isso o professor deve fazer o possível para suas aulas serem atrativas. Uma atividade que costuma sempre trazer resultados positivos, é as atividades lúdicas, que para as crianças é de extrema importância, e para seu desenvolvimento na escola, um grande incentivo, entre outras várias formas. Uma atividade que faça nossas crianças pensarem, conversarem se socializarem.
3. IMPORTANCIA DA FAMILIA NA APRENDIZAGEM
Os processos de alfabetização são responsáveis pelo primeiro passo educacional na vida de uma criança, é através do processo de alfabetização que elas conhecem a escrita e seus sons. Sabemos, que o principal incentivo das crianças na aprendizagem vem de casa, de sua família. Conforme Cagliari (2009, p.18-19) afirma:
Uma criança que viu desde cedo sua casa cheia de livros, jornais, revistas, que ouviu historias, que viu as pessoas gastando muito tempo lendo e escrevendo, que desde cedo brincou com lápis, borracha e tinta, quando entra na escola, encontra uma continuação do seu modo de vida e acha muito natural e lógico o que nela se faz.
Quando a criança convive no meio da educação, desde as leituras de seus pais, o professor responsável pela alfabetização, percebe a facilidade e vontade da criança aprender a ler e escrever, diferenciada daquelas que não tem esse convívio com a educação em sua casa. 
O processo de alfabetização é fascinante na vida de uma criança, algo novo que as desperta curiosidade, de querer saber mais. E quando educador destas crianças vê seus alunos alfabetizados sem dificuldades, pode se orgulhar de seu trabalho, por ser o guia nesta conquista da criança.
4. MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO
Quando se quer ensinar algo, utilizamos de um método, e para alfabetizar não é diferente, o professor deve elaborar seu método para chegar ao seu objetivo. Como afirma Correa e Salch (2007, p.10) sobre a palavra método:
A palavra método tem sua origem no grego métodos e diz respeito a caminho para chegar a um objetivo. Num sentido mais geral, refere-se a modo de agir, maneira de proceder, meio; em sentido especifico, refere-se a planejamento deuma série de operações que se devem efetivar, prevendo inclusive erros estáveis, para se chegar a determinado fim.
A preocupação de muitos professores é qual método usar para alcançar seus objetivos. Sabemos que nenhuma criança é igual a outra, sendo que se usar um método com as crianças, pode trazer um resultado muito bom para algumas, sendo para a outras nem tanto. O processo de alfabetização não tem um método que seja o melhor, o professor deve estabelecer o seu para sua turma, diante da sociedade que está inserido. Caso seu método não trazer resultados positivos, cabe ao professor partir para outro, para melhor ensinar seus alunos.
Quando as crianças iniciam o processo de alfabetização inicial, estão repletas de curiosidade, de disposição para aprender a ler e escrever, e o professor como principal guia desta trajetória, tem a extrema importância de compromisso com esse processo, dedicando-se e buscando sempre mais aperfeiçoamento e conhecimentos sobre a alfabetização, para essa crianças serem alfabetizadas com sucesso.
Existem vários métodos de alfabetização, classificados como métodos sintéticos e métodos analíticos ou globais. E quando o professor escolher seu método, Carvalho (2008, p .46) alerta:
Para a professora, seja qual for o método escolhido, o conhecimento das suas bases teóricas é condição essencial, importantíssima, mas não suficiente. A boa aplicação técnica de um método exige pratica, tempo e atenção para observar as reações das crianças, registrar os resultados, ver o que acontece no dia-a-dia e procurar solução para os problemas dos alunos que não acompanham.
Sobre o método sintético, ele valoriza muito a questão da escrita e do som, e ainda começa a alfabetizar as partes do todo, ou seja, começa a ensinar as letras, partindo para as silabas e depois para as palavras. Segundo Cagliari (1998, p .25): “partia-se do alfabeto para a soletração e silabação, seguindo uma ordem hierárquica crescente de dificuldades, desde a letra até o texto”.
Já o método analítico ou global, os seu objetivo é de alfabetizar a criança a partir das histórias e orações. Esse método visa alfabetizar a criança da parte maior para a menor, ou seja, dos textos e orações para as letras, é o caminho inverso do método sintético. Este método estimula a leitura, pois a criança aprende a ler e escrever a partir de histórias.
Nenhum método é comprovado o melhor. Mais se caso o professor exercer os dois métodos e nenhum trazer os resultados esperados e desejados, o professor deve trabalhar o método analítico-sintético que se entende segundo Carvalho (2008, p.18) como: 
São chamados métodos analíticos-sintéticos, que tentam combinar aspectos de ambas as abordagens teóricas, ou seja, enfatizar a compreensão do texto desde a alfabetização inicial, como é próprio dos métodos analíticos e globais, e paralelamente identificar os fonemas e explicitar sistematicamente as relações entre letras e sons, como ocorre nos métodos fônicos.
Nenhum método é comprovado melhor que o outro. Cabe ao professor a responsabilidade de fazer o melhor para obter sucesso no processo de alfabetização de seus alunos. Requer muito trabalho, estudo e dedicação do professor quando se tem essa responsabilidade, de ensinar as crianças a alfabetização.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste meu trabalho, pude concluir que a alfabetização é um processo de ensino-aprendizagem que tem como objetivo levar a criança a aprendizagem inicial da leitura e escrita. Sendo assim, a pessoa alfabetizada é aquela que domina habilidades básicas para fazer o uso da leitura e da escrita. Antigamente era pouco valorizado a alfabetização, mais que atualmente temos uma luta diária nas escolas para a criança saber ler, escrever e compreender, e não aprender de um método mecânico, onde lê o que estava escrito e depois copiava o que lia.
Para tornar os alunos alfabetizados existem vários métodos que são classificados como sintéticos e analíticos. Sendo o método sintético aquele em que o professor começa a ensinar do menor para o maior, das letras para os textos e orações. E o método analítico o professor começa a ensinar pelo caminho contrário, do maior para o menor, ou seja, dos textos e orações para as letras.
Não existindo um método considerado o melhor na alfabetização, maia a responsabilidade do professor em aplicar o melhor método para sua turma ser alfabetizada com sucesso.
Cabe também a família, o incentivo da leitura, escrita. De participar ativamente na educação de seus filhos, pois é de extrema importância para as crianças.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FLUENTES, André. Impávido Colosso. Disponível em: 
< http://veja.abril.com.br/blog/impavido-colosso/em-ranking-da-educacao-com-36-paises-brasil-fica-em-penultimo >. Acesso em: 16 de outubro de 2014.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o Bá-Bé-Bi-Bó-Bú: Pensamento e Ação no Magistério. 1. Ed. São Paulo: Scipione, 1998.
CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e Letrar: Um diálogo entre a teoria e a Prática. 5. Ed. Rio de Janeiro Vozes, 2008.
CARVALHO, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística: pensamento e ação na sala de aula. São Paulo: Editora Scipione, 2009.
CORREA, Djane Antonucci, SALCH, Bailon de Oliveira e et. Al. Práticas de Letramento: Leitura, escrita e discurso. 1. Ed. São Paulo: Parábola editorial, 2007.
VAL, Maria da Graça Costa. O que é ser alfabetizado e letrado? 2004. In: CARVALHO, Maria Angélica Freire de (org). Práticas de Leitura e Escrita. 1. Ed. Brasília: Ministério da Educação, 2006.