Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Modelagem de Sistemas de Controle por Espac¸o de Estados A modelagem por espac¸o de estados possui diversas vantagens. • Introduz a teoria conhecida como“Controle Moderno”; • Adequada para sistemas de mu´ltiplas entradas e mu´ltiplas sa´ıdas (MIMO); • Possibilita o projeto de controladores usando te´cnicas avanc¸adas. 1 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Modelagem de Sistemas de Controle por Espac¸o de Estados Algumas definic¸o˜es: • Estado: O estado de um sistema dinaˆmico e´ o menor conjunto de varia´veis (chamadas varia´veis de estado) tal que o conhecimento destas varia´veis para t = t0 ,juntamente com a entrada para t ≥ t0, determina completamente o comportamento do sistema para qualquer instante t ≥ t0. • Varia´veis de estado: As varia´veis de estado de um sistema dinaˆmico sa˜o o menor conjunto de varia´veis que determinam o estado do sistema dinaˆmico. Se pelo menos n varia´veis x1(t), x2(t), . . . , xn(t) sa˜o necessa´rias para descrever completamente o comportamento de um sistema dinaˆmico (tal que uma vez dada a entrada para t ≥ t0 e o estado inicial em t = t0, o estado futuro do sistema esta´ completamente determinado), enta˜o as tais n varia´veis x1(t), x2(t), . . . , xn(t) sa˜o um conjunto de varia´veis de estado. 2 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Modelagem de Sistemas de Controle por Espac¸o de Estados • Se n varia´veis de estado sa˜o necessa´rias para descrever completamente o comportamento de um sistema, enta˜o estas n varia´veis de estado podem ser consideradas como as n componentes de um vetor x(t). Tal vetor e´ chamado de vetor de estados. • O espac¸o n dimensional cujo eixos de coordenadas sa˜o x1, x2, . . . , xn, e´ chamado espac¸o de estados. Qualquer estado pode ser representado por um ponto no espac¸o de estados. 3 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Modelagem de Sistemas de Controle por Espac¸o de Estados Trabalhamos nesse curso com o sistema linear na forma x˙(t) = Ax(t) + Bu(t) (1) y(t) = Cx(t) +Du(t), (2) onde A e´ chamada de matriz de estado, B matriz de entrada, C matriz de sa´ıda e D matriz de transic¸a˜o direta. Uma representac¸a˜o do diagrama de blocos deste sistema de equac¸o˜es lineares pode ser representado em diagrama de blocos, como mostrado na Figura 1. 4 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Figura: Diagrama de blocos de um sistema linear de tempo cont´ınuo representado no espac¸o de estados. 5 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Exemplo Representar circuito RLC na forma x˙(t) = Ax(t) + Bu(t) y(t) = Cx(t) +Du(t) 6 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Relembrando a lei da tenso˜es de Kirchhoff: L di(t) dt + Ri(t) + eo(t) = ei (t) e Cdeo(t) dt = i(t) Denomine x1(t) = i(t) [corrente no Indutor], x2(t) = eo(t) [tensa˜o no Capacitor], u(t) = ei (t) [entrada de tensa˜o] para escrever as duas equac¸o˜es: Lx˙1(t) + Rx1(t) + x2(t) = u(t) Cx˙2(t) = x1(t) 7 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Podemos reescrever as duas equac¸o˜es anteriores de modo equivalente a: [ x˙1(t) x˙2(t) ] = [ −R L −1 L 0 1 C ] [ x1(t) x2(t) ] + [ 1 L 0 ] u(t) (3) Se consideramos eo(t) a sa´ıda, enta˜o y(t) = [0 1] [ x1(t) x2(t) ] . 8 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Circuitos RLC Para um circuito ele´trico RLC, pode-se empregar o seguinte procedimento para obtenc¸a˜o da representac¸a˜o em espac¸o de estados: 1. Escolha cada tensa˜o independente de capacitores e toda corrente independente de indutor como varia´veis de estado; 2. Encontre um conjunto de correntes de malha e expresse as varia´veis de estado e suas respectivas derivadas primeiras em termos das correntes de malha; 3. Escreva as equac¸o˜es de malha e elimine todas as varia´veis, exceto as de estado e suas primeiras derivadas, das equac¸o˜es encontradas nos passos anteriores. 9 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Circuitos RLC Exemplo Obtenha uma representac¸a˜o em espac¸o de estados para o circuito da Figura abaixo. 10 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Passo 1: Ha´ um capacitor e um indutor no circuito. Assim a corrente x1 no indutor e a tensa˜o x2 no capacitor sera˜o escolhidas como varia´veis de estado. Passo 2: A relac¸a˜o entre as correntes de malha e as varia´veis de estado sa˜o dadas por: x1 = i2 (4) 1 2 x˙2 = i2 − i3 (5) Passo 3: As equac¸o˜es de malha sa˜o: 4i1 − 2i2 = v (6) 2 (i2 − i1) + x˙1 + x2 = 0 (7) −x2 + 3i3 = 0 (8) Eliminando i1, i2 e i3 das equac¸o˜es anteriores, segue que: x˙1 = 2 (−i2 + i1)− x2 = −x1 + 1 2 v − x2, (9) 11 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil E x˙2 = 2x1 − 2 3 x2. (10) Portanto, [ x˙1 x˙2 ] ︸ ︷︷ ︸ x = [ −1 −1 2 −2/3 ] ︸ ︷︷ ︸ A [ x1 x2 ] ︸ ︷︷ ︸ x + [ 1/2 0 ] ︸ ︷︷ ︸ B v . (11) Considere que a sa´ıda seja a tensa˜o no resistor de 2Ω da malha mais a` direita, ou seja, y = 2i3 = 2 3 x2, (12) ou seja, y = [ 0 2/3 ] ︸ ︷︷ ︸ C [ x1 x2 ] ︸ ︷︷ ︸ x + 0︸︷︷︸ D v . (13) Vale lembrar que a forma de representac¸a˜o em espac¸o de estados na˜o e´ u´nica. 12 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Representac¸a˜o em Espac¸o de Estados de Sistemas de EDO Lineares com derivadas na entrada Considere um sistema dinaˆmico descrito pela equac¸a˜o diferencial (n) y +a1 (n−1) y + · · · an−1y˙ + any = b0 (n) u +b1 (n−1) u + · · ·+ bn−1u˙ + bnu, (14) ou, equivalentemente, pela func¸a˜o de transfereˆncia T (s) = Y (s) U(s) = b0s n + b1s n−1 + · · ·+ bn−1s + bn sn + a1sn−1 + · · ·+ an−1s + an (15) 13 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Uma das poss´ıveis representac¸o˜es em espac¸o de estados que pode ser obtida, neste caso, consiste em definir as n varia´veis de estado da seguinte forma: x1 = y − β0u x2 = x˙1 − β1u x3 = x˙2 − β2u ... xn = x˙n−1 − βn−1u onde, β0 = b0 β1 = b1 − a1b0 β2 = b2 − a1β1 − a2b0 ... βn = bn − a1βn−1 − · · · − an−1β1 − anb0 14 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Com tal escolha, pode-se mostrar que: x˙1 = x2 + β1u x˙2 = x3 + β2u ... x˙n−1 = xn + βn−1u x˙n = −anx1 − an−1x2 − · · · − a1xn + βnu Em termos de vetor e matriz, tem-se: x˙1 x˙2 ... x˙n−1 x˙n ︸ ︷︷ ︸ x = 0 1 0 · · · 0 0 0 1 · · · 0 ... ... ... ... ... 0 0 0 · · · 1 −an −an−1 −an−2 · · · −a1 ︸ ︷︷ ︸ A · x1 x2 ... xn−1 xn ︸ ︷︷ ︸ x + β1 β2 ... βn−1 βn ︸ ︷︷ ︸ B u (16) 15 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil y = [ 1 0 . . . 0 ] x1 x2 ... xn + β0u (17) Em seguida sera˜o vistas algumas outras formas de representac¸a˜o da Equac¸a˜o (14) no espac¸o de estados. 16 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Sistemas lineares No espac¸o de estados, e´ possivel determinar G(s) = Y (s) U(s) . Note que x˙(t) = Ax(t) + Bu(t) (18) y(t) = Cx(t) + Du(t) (19) Aplicando a transformada de Laplace na equac¸a˜o anterior e considerando condic¸o˜es iniciais nulas, tem-se que sX (s) = AX (s) + BU(s) (20) Y (s) = CX (s) + DU(s) (21) 17 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR,Brasil Da primeira equac¸a˜o, tem-se que (sI− A)X (s) = BU(s)⇒ X (s) = (sI − A)−1BU(s) (22) Substituindo X (s) na segunda equac¸a˜o, tem-se que Y (s) = [ C(sI− A)−1B+ D ] U(s) (23) Portanto, Y (s) U(s) = C(sI− A)−1B+ D = G(s) (24) Como o termo (sI − A)−1 aparece na expressa˜o de G(s), verifica-se que G(s) = Q(s) det (sI− A) , (25) onde Q(s) e´ um polinoˆmio em s e det(·) e´ o determinante de uma matriz. Note que os polos de G(s) sa˜o os autovalores de matriz A. 18 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Soluc¸a˜o de Equac¸o˜es de Estado Homogeˆneas A soluc¸a˜o de uma equac¸a˜o diferencial homogeˆnea do tipo x˙(t) = ax(t), (26) e´ dada por x(t) = eatx(0) (27) Analogamente para uma equac¸a˜o de estado homogeˆnea do tipo x˙(t) = Ax(t), (28) tem-se a seguinte soluc¸a˜o: x(t) = eAtx(0) (29) 19 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil O termo eAt e´ chamado de matriz exponencial. Pode-se mostrar que eAt = ∞∑ k=0 Aktk k! (30) Algumas propriedades: • d dt eAt = AeAt; • eAte−At = eA(t−t) = I; • e(A+B)t = eAteBt, se AB = BA; • e(A+B)t 6= eAteBt, se AB 6= BA; • eA(t+τ ) = eAteAτ . A soluc¸a˜o da equac¸a˜o de estados homogeˆnea tambe´m pode ser feita utilizando a transformada de Laplace. Aplicando-se a transformada na equac¸a˜o x˙ = Ax , verifica-se que sX(s)− x(0) = AX(s)⇒ (sI− A)X(s) = x(0) (31) Portanto, X(s) = (sI − A) −1 x(0) (32) 20 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Aplicando a transformada inversa de Laplace, tem-se: x(t) = L−1 [ (sI− A) −1 ] x(0) (33) Portanto, tem-se que: L −1 [ (sI− A)−1 ] = eAt (34) Exemplo Considere o sistema linear[ x˙1(t) x˙2(t) ] = [ 0 −1 1 −2 ] [ x1(t) x2(t) ] com condic¸o˜es iniciais x0 = [1 1] ′. Determine x(t). Soluc¸a˜o: Precisamos determinar eAt para usar a expressa˜o x(t) = eAtx0 . 21 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Note que (sI − A)−1 = [ s 1 −1 s + 2 ] −1 = 1 (s + 1)2 [ s + 2 −1 1 s ] Aplicando te´cnica de expansa˜o por frac¸o˜es parciais chega-se a: 1 (s + 1)2 [ s + 2 −1 1 s ] ⇒ exp(At) = [ (1 + t) exp(−t) −t exp(−t) t exp(−t) (1− t) exp(−t) ] Enta˜o [ x1(t) x2(t) ] = [ (1 + t) exp(−t) −t exp(−t) t exp(−t) (1− t) exp(−t) ] [ 1 1 ] = [ exp(−t) exp(−t) ] 22 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Soluc¸a˜o do Sistema Linear Considere o sistema linear x˙(t) = Ax(t) + Bu(t), t ≥ 0. Dada a condic¸a˜o inicial x(0) e a entrada u(t) para todo o instante de tempo t ≥ 0, a soluc¸a˜o do sistema e´: x(t) = eAtx(0) + ∫ t 0 eA(t−τ )Bu(τ)dτ Homework: Considere o sistema linear[ x˙1(t) x˙2(t) ] = [ 0 −1 1 −2 ] [ x1(t) x2(t) ] + [ 1 0 ] u(t) com condic¸o˜es x0 = [1 1] ′ e u(t) = 1, ∀t ≥ 0. Determine x(t). 23 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Realimentac¸a˜o completa de estados Considere o sistema a controlar representado no espac¸o de estados por: x˙(t) = Ax(t) + Bu(t) (35) Supondo a existeˆncia de sensores ou medidores de todas as varia´veis de estado em x(t) = [x1(t), . . . , xn(t)] ′, podemos enta˜o usar elementos x1(t), . . . , xn(t) para implementar a realimentac¸a˜o de estados. • A sa´ıda y(t) = Cx(t) pode ser reescrita com C igual a matriz identidade. Isso significa que y(t) = x(t). • Se cada uma das varia´veis de estado xi (t) for empregada no controle atrave´s de um ganho ki , havera´ n ganhos ki , representados pelo vetor K = [k1 · · · kn] que podem ser ajustados para produzir os valores desejados dos polos de malha fechada atrave´s da formula u(t) = Kx(t) + r(t), no qual r(t) representa a entrada de referencia (pode ser degrau, rampa, senoide, ou outra entrada qualquer). 24 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Com a realimentac¸a˜o estados, tem-se que: x˙ = Ax+ B (Kx+ r) = (A+ BK) x+ Br (36) 25 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil • No problema de rastreamento consideramos r(t) 6= 0 qualquer (degrau, rampa, etc). • No problema de regulac¸a˜o consideramos r(t) = 0 (sempre nulo). Vamos supor que desejamos trabalhar a regulac¸a˜o. Disto a equac¸a˜o caracter´ıstica do sistema descrito em (36) e´ dada por det (sI− [A+ BK]) (37) Suponha que desejamos alocar os po´los da malha fechada em p1, . . . , pn. Enta˜o pc(s) = (s − p1) · (s − p2) · · · (s − pn) , (38) e por isso o vetor K pode ser obtido como det (sI− [A+ BK]) = (s − p1) · (s − p2) · · · (s − pn) (39) Se o sistema dinaˆmico x˙(t) = Ax(t) + Bu(t) e´ controla´vel, enta˜o sempre existe K = [k1 k2 · · · kn], tal que det (sI− [A+ BK]) = pc(s) para qualquer polinoˆmio pc(s) de grau n especificado. 26 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Controlabilidade • Conceito importante: Controlabilidade. • Dizemos que um sistema linear x˙(t) = Ax(t) + Bu(t) e´ controla´vel se a matriz C = [ B AB A2B · · · An−1B ] possui rank(C)=n. Isso significa que todas as linhas de C obrigatoriamente devem ser linearmente independentes entre si. Exemplo Considere o sistema descrito por x˙(t) = 0 1 00 0 1 −1 −5 −6 x(t) + 10 1 u(t) E´ poss´ıvel alocar os polos de malha fechada do sistema controlado em s = −2 + j4, s = −2− j4 e s = −10? Se sim determine K tal que u(t) = Kx(t) realiza essa tarefa. 27 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Soluc¸a˜o: O Sistema e´ controla´vel pois n = 3, C = 1 0 10 1 −7 −1 −7 37 e o rank(C)=3 pois todas as linhas de C sa˜o linearmente independentes. Portanto a resposta e´ sim. Projeto do controle: defina K = [k1 k2 k3] A+ BK = k1 k2 + 1 k30 0 1 k1 − 1 k2− 5 k3− 6 tem-se que: det (sI− [A+ BK]) = s −1 00 s −1 1− k1 5− k2 s + 6− k3 = k2 − 6k1 + 5s − 6k1s − k2s + k3s − k1s 2 − k3s 2 + 6s2 + s3 + 1 = s3 + (6− k1 − k3) s 2 + (5− 6k1 + k3 − k2) s + (1 + k2 − 6k1) 28 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Usando os polos em s = −2 + j4, s = −2− j4 e s = −10 podemos escrever (s − (−2 + j4))(s − (−2− j4))(s + 10) = s3 + 14s2 + 60s + 200 Logo, s3 + (6− k1 − k3) s 2 + (5− 6k1 + k3 − k2) s + (1 + k2 − 6k1) = s3 + 14s2 + 60s + 200 Da igualdade acima obtemos (Homework: determine k1, k2, k3) K = [k1 k2 k3] 29 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Realimentac¸a˜o de sa´ıda Considere o sistema a controlar representado no espac¸o de estados por: x˙(t) = Ax(t) + Bu(t) (40) Suponha que exista somente alguns sensores ou medidores dispon´ıveis. Isso quer dizer que na˜o temos sensores simultaneamente para x1(t), . . . , xn(t). Equivalentemente, a matriz C e´ “deitada”, ou seja, rank(C ) e´ menor que n. Adotamos u(t) = Fy(t) = FCx(t) • Problema: determinar F = [f1, . . . , fq] de modo que os polos de malha fechada de A+ BFC satisfac¸am especificac¸o˜es de projeto 30 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Realimentac¸a˜o de sa´ıda Homework Considere o sistema linear descrito por x˙ = 4 2 41 0 0 0 1 0 x + 10 0 u y = [ 1 0 1 0 1 0 ] x (a) Encontre (se poss´ıvel; se na˜o for poss´ıvel, justifique) uma realimentac¸a˜o de estados u = Kx , K ∈ R1×3, que aloque os autovalores do sistema em malha fechada A+ BK em −1,−2,−3. (b) Encontre (se poss´ıvel; se na˜o for poss´ıvel, justifique) uma realimentac¸a˜o de sa´ıda u = Fy , F ∈ R1×2, quealoque os autovalores do sistema em malha fechada A+ BFC em −1,−2,−3. 31 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Conversor DC-DC buck Conversor DC-DC buck Este conversor e´ muit´ıssimo utilizado em aplicac¸o˜es de Eletroˆnica. Sua caracter´ıstica ba´sica e´ prover na sa´ıda (ou seja em vo(t)) uma tensa˜o inferior aquela da entrada vg (t). Determine a representac¸a˜o em Espac¸o de Estados. 32 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Conversor DC-DC buck Soluc¸a˜o O conversor DC-DC opera em dois modos: ON ou OFF. Note na Figura que o Driver envia ao MOSFET um sinal PWM que liga-desliga o MOSFET. Tal comportamento faz o MOSFET atuar como uma chave“fechada”ou“aberta”. 33 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Conversor DC-DC buck • CASO 1: MOSFET no modo ON: MOSFET se comporta como chave fechada e o diodo na˜o conduz. Enta˜o o circuito do conversor DC-DC buck pode ser reescrito na forma da figura acima. [Considere sempre iinj(t) = 0]. Escreva RON = RL + Rt 34 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Conversor DC-DC buck 35 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Conversor DC-DC buck • CASO 2: MOSFET no modo OFF: MOSFET se comporta como chave aberta e o diodo conduz. Enta˜o o circuito do conversor DC-DC buck pode ser reescrito na forma da figura acima. [Considere sempre iinj(t) = 0]. Escreva Roff = RL + Rd Observac¸a˜o: Neste Caso 2 as equac¸o˜es sa˜o as mesmas do Caso 1, exceto que deve- se fazer al´ı vg (t) = 0 e tro- car RON por Roff para re- cuperar as expresso˜es exa- tas para o Caso 2. 36 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Conversor DC-DC buck Importante Observe que obtemos dois sistemas distintos, o primeiro va´lido para ON e o segundo para OFF. Qual deles devemos adotar? 37 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Conversor DC-DC buck • Qual dos sistemas devemos adotar? Resposta: Sistema me´dio obtido como combinac¸a˜o linear de ambos. Fato: Quando a frequeˆncia do PWM e´ superior a 10 KHz, a representac¸a˜o me´dia apresenta-se muito adequada para capturar o comportamento real do conversor buck. 0 ≤ δ(t) ≤ 1 δ(t) representa a porcentagem do tempo ON do Duty-cycle do PWM. 38 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Conversor DC-DC buck Representar me´dia do Conversor DC-DC buck O sistema me´dio do conversor buck e´ dx(t) dt = δ(t)[A1x(t) + B1u(t)] + (1 − δ(t))[A2x(t) + B2u(t)] Lembrando que iinj(t) = 0 e que A1 = A2 temos dx(t) dt = A1x(t) + B1Vg (t)δ(t) y(t) = C1x(t) Normalmente supomos a entrada Vg (t) um valor constante, enta˜o δ(t) passa a ser a entrada de controle restrita a assumir valores somente no intervalo [0, 1]. 39 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Exerc´ıcio do conversor DC-DC buck Exerc´ıcio Considere o conversor buck da figura acima e adote valores abaixo: Rt = RL = RC = 1mΩ L = 20mH C = 100µF R = 10Ω Vg (t) = 25V 1. Determine a equac¸a˜o de espac¸o de estados do conversor. 2. Determine se o sistema e´ controla´vel. 3. Determine o ganho K = [k1 k2] de modo que a matriz do sistema em malha fechada A+ BK seja esta´vel. 40 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Exerc´ıcio do conversor DC-DC buck Exerc´ıcio Considere o conversor buck da figura acima e adote valores abaixo: Rt = RL = RC = 0 L = 2H C = 1F R = 2Ω Vg (t) = 4V (a) Determine a soluc¸a˜o de x(t) considerando x(0) = [0 0]′ e δ(t) = 0.5, ∀t ≥ 0. (b) Determine a corrente e tensa˜o do conversor quando o tempo tende a infinito. 41 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Dica de atividades Dica 1. Fazer os Exerc´ıcios apresentados no livro K. OGATA,“Engenharia de Controle Moderno”. 42 of 42 B. A. Angelico, P. R. Scalassara, A. N. Vargas, UTFPR, Brasil Modelagem de Sistemas de Controle por Espaço de Estados Controle por Realimentação de Estados
Compartilhar