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TEXTO+ANGINAS2016

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1 
 
 
CURSO DE ENFERMAGEM 
ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO I 
PROFESSORA: VALQUÍRIA DO AMARAL 
 
DOENÇA ISQUÊMICA DO CORAÇÃO 
A doença isquêmica do coração, também denominada como Doença 
Coronariana; Doença Aterosclerótica do Coração; Cardiopatia Isquêmica do 
Coração ou ainda Cardiopatia Coronariana, em termos gerais, consiste na 
perfusão inadequada provisória ou permanente, em parte ou em todo o 
miocárdio, com ou sem lesão anatômica visível. É na verdade uma quebra de 
equilíbrio entre as necessidades de oxigênio da célula cardíaca e o 
oferecimento à mesma através do sistema coronariano, portanto a 
denominação de doença coronariana implica que o miocárdio está afetado pelo 
fluxo sanguíneo coronariano insuficiente. 
Em cerca de 90% dos casos é a Aterosclerose das Coronárias a 
responsável direta pelas lesões isquêmicas do miocárdio. 
Os sintomas da doença cardíaca coronariana são devidos a má 
oxigenação (hipóxia ou anóxia) do miocárdio e manifestam através de uma 
série de sintomas. Conforme a gravidade, a doença coronariana pode ser 
classificada em: angina do peito, síndrome intermediária e infarto agudo do 
miocárdio. A angina do peito, conforme sua gravidade, pode ainda ser 
classificada em estável e instável. 
 
1. Angina do peito estável: 
Também conhecida como angina de peito clássica ou de esforço. Trata-
se de um complexo sintomático, cuja principal manifestação é uma dor com 
características especiais, a qual decorre do comprometimento do suprimento 
sanguíneo do miocárdio, a quantidade de oxigênio disponível está reduzida e é 
esta insuficiência de oxigenação, descrita como isquemia, que provoca a 
Angina. 
2 
 
Como a dor é sempre o sintoma dominante, descreveremos com 
detalhes suas características: 
- Localização: mais frequentemente na região retroesternal. A dor pode se 
irradiar para a face interna dos braços, em especial cotovelo, punho e dois 
últimos dedos, mandíbulas e regiões escapulares. Reconhece-se que quanto 
mais intensa é a dor, mais frequentemente ela se irradia e mais intensa é a 
zona de irradiação. 
- Tipo: o desconforto é geralmente descrito como uma pressão, sperto ou 
sensação de constrição dentro do peito. Alguns pacientes colocam a mão 
fechada contra o esterno, numa tentativa de caracterizar a natureza constritiva 
da dor. Muito embora um ataque anginoso dure somente poucos minutos, a dor 
é contínua e não é influenciada pela respiração, apnéia forçada ou por 
mudanças de posição corporal. Esta constância da dor retroesternal é um 
aspecto característico da angina. 
- Fator precipitante: qualquer condição que aumente a demanda miocárdica de 
oxigênio é capaz de produzir angina. Geralmente, a demanda de oxigênio está 
relacionada com a intensidade de trabalho cardíaco. Sendo assim, a dor é 
geralmente provocada por um esforço físico, o qual aumenta a frequência dos 
batimentos cardíacos e, por conseguinte, as necessidades de oxigênio. 
Inversamente a angina é aliviada pelo repouso. Esta relação (atividade-dor; 
repouso-alívio da dor) é típica da isquemia miocárdica e distingue a angina de 
outras causas não isquêmicas de dor no peito, nas queixas este padrão não se 
repete. Outros fatores que podem provocar dor anginosa: exposição ao frio, 
causando vasoconstrição e elevação da pressão sanguínea, com o aumento da 
necessidade de oxigênio ; ingestão de uma refeição copiosa, aumentando o 
fluxo sanguíneo para a área mesentérica para a digestão, reduzindo a 
quantidade de sangue disponível para o coração; estresse ou qualquer 
situação que leve à liberação de adrenalina e elevação da pressão arterial 
pode acelerar a frequência cardíaca, aumentando assim a carga de trabalho do 
miocárdio. 
- Duração da dor: a angina é caracteristicamente de curta duração, 
habitualmente de 2 a 5 minutos nas anginas estáveis, nos casos instáveis 
podem durar de 15 a 30 minutos, o que configura um agravamento do curso 
natural da doença. A cessação da dor indica que a necessidade de oxigênio foi 
suprida, e que esse déficit foi transitório e não destrutivo para o miocárdio. 
Caso a dor não cesse em minutos após o repouso, deve-se suspeitar de lesão 
miocárdica. 
- Alívio da dor: pode ser espontâneo pelo repouso, cedendo em geral em 
menos de 5 minutos. Sob a ação de nitritos sublingual ou da nitroglicerina a 
3 
 
cessação da dor ocorre em menos de 1 minuto. O alívio da dor após o uso 
desses agentes, é uma forte suspeita de que o ataque não é anginoso. 
1.1 Diagnóstico de Angina Estável 
- anamnese clínica com ênfase na identificação dos fatores de risco para 
aterosclerose e hábitos de vida. 
- exame físico: fora da crise de dor o exame é com frequência totalmente 
normal. Durante o episódio de dor percebe-se imobilidade que é notável, 
palidez, suor frio, respiração curta e suspirosa, discreta taquicardia, como 
também discreto aumento da pressão arterial. 
- exames laboratoriais: são geralmente normais, com exceção do aumento dos 
triglicerídios (acima de 200mg/dL) e do colesterol (acima de 160mg/dL). 
- raio-x de tórax deve ser realizado para avaliar a área cardíaca e a aórtica e 
para excluir processos pleuro-pulmonares que possam ser a causa de dor no 
peito. 
- eletrocardiograma de repouso: ocasionalmente tem utilidade diagnóstica. 
Durante a crise pode apresentar depressão do segmento “ST”, anomalia da 
onda “T” (inversão ou variação da amplitude). 
- eletrocardiograma ambulatorial ou holter: consiste em um sistema portátil de 
registro em fita de eletrocardiograma. Permite assim avaliar o ritmo cardíacopor 
períodos prolongados e durante as atividades diversas do paciente. 
- eletrocardiograma de esforço ou espirometria: avalia a resposta do miocárdio 
ao esforço com evidências no traço (esteira rolante ou bicicleta ergométrica). 
- cinecoronariografia: discutível nesse tipo de angina. 
 
1.2 Farmacoterapia na angina estável 
- vasodilatadores coronarianos: 
A nitroglicerina sublingual e o dinitrato de isosorbitol sublingual, 
representam a pedra angular da terapêutica farmacológica. Seu efeito se 
faz sentir em 1-2 minutos sendo usado para o controle e prevenção das 
dores anginosas. 
Seu mecanismo de ação resulta na influência sobre a circulação 
periférica através da dilatação das veias sistêmicas com represamento de 
sangue e redução do retorno venoso ao coração, o que diminui a pré-carga, 
o débito e o trabalho cardíaco, reduzindo consequentemente o metabolismo 
4 
 
e o consumo de oxigênio pelo miocárdio. Além disso, dilata as arteríolas 
sistêmicas com diminuição da resistência vascular periférica, diminuindo a 
pressão arterial e portanto a pós-carga cardíaca, o que resulta em menor 
tensão sobre a parede miocárdica, baixando o consumo de oxigênio da 
mesma. 
Em outras palavras, trata-se de uma droga vasoativa que é usada para 
reduzir o consumo miocárdico de oxigênio, diminuindo a isquemia e 
aliviando a dor anginosa. A dilatação das veias facilita o armazenamento do 
sangue venoso por todo o corpo. Consequentemente, menos sangue volta 
para o coração e há diminuição na pressão de enchimento (pré-carga; que 
é a força de distensão do músculo ventricular, antes da contração, é 
determinada pelo volume de sangue no interior do ventrículo, ao final da 
diástole). Os nitratos também relaxam o leito ateriolar sistêmico e, dessa 
forma, provocam uma redução na pressão arterial (pós-carga; que é a 
pressão contra a qual ao ventrículos precisam ejetar o sangue, isto é, a 
resistência à ejeção do ventrículo esquerdo é chamada de resistência 
vascular sistêmica – RVS). 
Admite-se que ocorra dilatação dos vasos colaterais com redistribuição 
sanguínea intracardíaca à favordas áreas isquêmicas. Estes efeitos 
diminuem a necessidade miocárdica de oxigênio, estabelecendo um 
equilíbrio entre oferta e consumo de oxigênio. 
Sua ação máxima ocorre em dois minutos, mantendo-se por 15-30 
minutos. Pode ser repetido duas ou três vezes em intervalos de 5-10 
minutos. 
Alguns cuidados especiais com esses fármacos são necessários tais 
como mantê-los em frascos escuros com tampas de pressão, devem ser 
substituídos a cada 2-5 meses, dentro do prazo de validade deve provocar 
queimação na língua, sensação de quentura no uso sublingual. Guardar 
longe do calor, luz e umidade. Ter sempre consigo e tomar ao primeiro sinal 
de dor ou profilaticamente antes que ocorram fatores conhecidamente como 
precipitantes. Manter a língua imóvel, não deglutir saliva e se dor forte, 
triturar entre os dentes para efeito mais rápido. Também são usados os 
nitratos de ação prolongada por via oral para ação prolongada e persistente, 
à cada 8-12 horas. Outra forma de apresentação são as pomadas de 
nitroglicerina, também de ação prolongada (12-24 horas). 
Os efeitos colaterais mais frequentes são: cefaleia, hipotensão (não 
administrar se a pressão sistólica for igual ou inferior a 90mmHg) e rubor 
facial. 
Nomes comerciais: isordil, isocord, sustrate, nitroglicerina, nistradisc. 
5 
 
- agentes bloqueadores beta adrenérgicos: 
Eles bloqueiam os impulsos simpáticos para o coração, reduzindo assim 
a frequência cardíaca e a pressão arterial, a contratilidade e 
consequentemente diminuem o consumo de oxigênio do miocárdio. Os 
principais efeitos colaterais dessas drogas são: cefaleia, hipotensão 
postural, bradicardia, broncoespasmo, náusea e diarreia. 
Nomes comerciais: propranolol, atenolol, inderal. 
 
- agentes bloqueadores de cálcio: 
Os antagonistas dos canais de cálcio alteram seu fluxo na musculatura 
lisa e vascular, como também nas estruturas eletrofisiológicas (Ex: o nódulo 
ventricular). Reduzem a demanda de oxigênio, melhorando a perfusão 
coronariana. Reduz o trabalho do coração através da redução da 
resistência periférica. Melhora a eficácia do empenho cardíaco. Favorece a 
formação da circulação colateral por dilatação coronariana. 
Fisiologicamente, o cálcio atua em nível celular influenciando a 
contração de todos os tipos de tecido muscular, além de exercer um papel 
importante na estimulação elétrica do coração. 
Os efeitos colaterais incluem hipotensão, distúrbios digestivos, reações 
alérgicas. 
Nomes comerciais: nifedipina, adalat, oxcord, dilacoron. 
 
- agentes antiaglutinantes plaquetários: 
São preventivos de trombose, dificultam a agregação plaquetária no 
ateroma, diminui a liberação de plaquetas. 
Nomes comerciais: aspirina, ronal, persantin, procor, AAS. 
 
- ansiolíticos, sedativos, tranquilizantes: 
Nomes comerciais: diazepam, valium, lexotan, dalmadorm, rohypnol e 
outros. 
 
1.3 Controle dos fatores de risco – educação para a saúde 
6 
 
Várias outras medidas podem ser necessárias para reduzir o consumo 
miocárdico de oxigênio. 
O principal objetivo do tratamento dos pacientes com cardiopatia 
isquêmica é evitar o agravamento da patologia e melhorar a qualidade de 
vida. 
As metas desejadas somente são alcançadas com a participação ativa 
do paciente no processo terapêutico. O paciente cardíaco deve receber 
desde cedo informações precisas acerca de sua doença, através da 
conscientização é que obteremos sua cooperação, arma indispensável para 
o pleno êxito do tratamento. Muitos hábitos de vida devem ser revisados e 
alterados, fatores de risco abolidos como um planejamento de um programa 
de condicionamento físico. 
 
2. Angina de peito instável. 
 
Sua patogenia decorre de uma progressão natural da doença arterial 
coronariana, progressão esta que condiciona o desenvolvimento de grau 
crítico de estreitamento vascular, seja pelo agravamento das lesões 
ateroscleróticas, seja pela pressuposição de trombose coronária ou por 
hemorragia da íntima arterial. 
Trata-se de uma síndrome clínica caracterizada pela ocorrência inicial de 
uma angina grave ou pela mudança no comportamento de uma angina 
estável, isto é, aumento da frequência, duração ou intensidade da dor ou 
ocorrendo a mesma em repouso, configurando uma situação evolutiva em 
vias de se modificar. Considera-se que neste ponto está sendo 
ultrapassada a capacidade da circulação colateral. 
Sua manifestação predominante é a dor cardíaca de origem isquêmica, 
portanto seu diagnóstico deve basear-se predominantemente na história 
clínica do paciente. 
 
2.1 Diagnóstico de Angina Instável 
O diagnóstico de angina instável pressupõe que não existem elementos 
sugestivos de necrose miocárdica. O diagnóstico diferencial com Infarto 
Agudo do Miocárdio se faz pelos exames seriados eletrocardiográficos e 
enzimáticos. 
7 
 
- exame físico: é inespecífico, podendo haver um aumento da frequência 
cardíaca e pequenas elevações da PA. 
- ECG: permanece normal ou com alterações transitórias e reversíveis, 
podendo ser recorrentes. A isquemia miocárdica pode refletir-se no ECG 
pelas seguintes alterações: 1) depressão do “segmento ST”; (2) 
achatamento ou inversão da onda “T”, que pode assumir uma configuração 
profundamente negativa e apiculada, denominada onda “T” isquêmica. 
- ECG de esforço: deve ser realizado depois de mais ou menos 10 dias de 
tratamento com ECG normal sem alterações do segmento ST e onda T, 
sem dor. 
- Raio-x de tórax revelará alterações caso haja condições prévias de 
disfunção do ventrículo esquerdo com aumento do tamanho do coração e 
congestão pulmonar. 
- enzimas séricas: estão inalteradas ou discretamente alteradas. 
- cateterismo cardíaco: possui indicação crescente, tem sua justificativa por 
esclarecer dúvidas diagnósticas e/ou orientar sobre o tipo de tratamento, se 
clínico ou cirúrgico. Deve ser realizado após o controle adequado dos 
sintomas. 
 
2.2 Tratamento da angina instável 
Os objetivos da terapêutica são evitar a morte, prevenir o infarto agudo do 
miocárdio, preservar o miocárdico isquêmico recuperável, prolongar uma vida 
útil e aliviar a dor. 
Além do esquema medicamentoso, o mesmo usado nas anginas estáveis, 
existe indicação de internação em Unidade de Tratamento Coronariano. 
A indicação cirúrgica se faz após a estabilização dos pacientes com 
tratamento clínico e eletivamente se sua evolução clínica seja insatisfatória e 
relacionada a uma angina incapacitante ou naqueles com lesões vasculares de 
localização crítica (ex: tronco da coronária esquerda). 
 
2.3 Diagnósticos de Enfermagem 
-dor aguda relacionada à traumatismo tissular 2º a isquemica miocárdica m/p 
-ansiedade r/c ameaça real/percebida 2ª dor, doença, hospitalização e futuro 
desconhecido m/p 
8 
 
-padrão do sono prejudicado r/c dor e mudanças no ambiente 
(hospitalalização) m/p 
-intolerância à atividade r/c alteração sistema transporte O2 2ª angina e ↑ 
demandas 2ª dor m/p 
-manutenção do lar prejudicada r/c a capacidade funcional comprometida 2ª 
angina e a dor m/p 
- autocontrole ineficaz da saúde: indivíduo r/c conhecimento insuficiente das 
condições, cuidados domiciliares, dieta e medicação m/p 
-constipação r/c inatividade, medo da dor, à medicação, falta privacidade 
m/p 
-padrões de sexualidade ineficazes r/c efeitos sobre e energia/libido 2ª a 
angina, dor ou medo da dor, ansiedade/medo fracasso sexual m/p 
 
2. 4 Intervenções de enfermagem 
- prevenção da dor. O paciente deve conhecer a variedade de sintomas e 
evitar as atividades que, reconhecidamente, causam angina, como esforço 
súbito, exposição ao frio, excitação emocional etc.O paciente precisa 
aprender a alterar, modificar ou se adaptar a esses estresses. 
Existem pacientes nos quais os ataques ocorrem predominantemente 
pela manhã. 
Nesses indivíduos deve ser realizada uma modificação no esquema de 
atividades diárias. Como primeira medida, o paciente deve planejar 
levantar-se mais cedo a cada manhã e barbear-se, tomar banho e vestir-se 
mais tranquilamente. De preferência, esse ritmo de vida tranquilo deve ser 
mantido durante todo o dia, a fim de que as tarefas e compromissos 
programados possam ser realizados sem pressa ou sensação de pressão. 
Todo paciente com angina do peito deve ser instruído a iniciar todos os 
movimentos lentamente, evitar exposição ao frio e ao tabaco, realizar 
refeições leves a intervalos regulares e manter o peso dentro dos limites 
prescritos. O uso de medicamentos vendidos sem receita médica deve ser 
desestimulado, especialmente pílulas para dieta, descongestionantes 
nasais ou outros medicamentos contendo agentes que aceleram a 
frequência cardíaca e aumentam a pressão arterial. 
- redução da ansiedade. Este paciente habitualmente tem muito medo de 
morrer. Permanecer junto ao paciente é importante, como medida para 
aliviar este temor. A assistência de enfermagem é planejada com o objetivo 
9 
 
de reduzir ao mínimo o tempo mantido longe do paciente já que este medo 
da morte é frequentemente aliviado pela presença física de outra pessoa. O 
enfermeiro deve proporcionar informações básicas sobre a doença e 
explicação sobre a importância de seguir as recomendações prescritas. 
- compreensão da doença e estratégias para evitar complicações. A 
educação do paciente com angina tem o objetivo de conscientizá-lo sobre a 
natureza básica de sua doença e fornecer-lhe as condições que precisa 
para reorganizar seus hábitos de vida e reduzir a frequência e gravidade 
dos ataques de angina; retardar o progresso da doença, se isso for possível 
e auxiliar na proteção de outras complicações. 
- adesão ao programa de autocuidado. O programa de autocuidado é 
elaborado em colaboração com o paciente e outras pessoas significativas 
para ele. As atividades devem ser planejadas de forma a reduzir ao mínimo 
a ocorrência dos episódios de dor anginosa. O paciente precisa 
compreender que qualquer dor refratária a estes métodos usuais deve ser 
tratada no pronto socorro mais próximo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo complementar 
- definição dos Des apresentados; 
- possíveis sinais e sintomas expressos pelo cliente; 
- educação do paciente com angina.

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