Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* Prof. Adriana C. Soares de Souza Farmacologia Clínica I Tratamento do Diabetes Mellitus tipo 1 * * INSULINOTERAPIA Acompanhamento 2/2 meses EDUCAÇÃO EM DIABETES AUTOMONITORIZAÇÃO Glicemia Glicosúria MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA Dieta Programa de atividades físicas PILARES FUNDAMENTAIS DO TRATAMENTO DO DM1 * * Normalizar glicemias de jejum Normalizar glicemias pós-prandiais Minimizar o risco de hipoglicemias Reduzir o risco e os custos das complicações crônicas INTRODUÇÃO Objetivos da boa insulinização no DM1: * * LIMITAÇÕES DA INSULINOTERAPIA NO DM1 Dificuldade para manter um controle glicêmico adequado e constante devido à variabilidade na absorção e biodisponibilidade da insulina. Risco de hipoglicemias. Adaptado de: Implications of the DCCT for national health care reform. Specialty versus primary physician care for type 1 diabetes-Point. R.S. Mazze and D.D. Etzwiler. Diabetes Review, Volume 2, Number3, Summer 1994. * * Clínica de Tratamento Intensificado em Diabetes Tipo 1 Serviço de Endocrinologia, Metabolismo e Medicina Nuclear. Hospital Italiano de Buenos Aires. Diretor: Dr. León E. Litwak INSULINOTERAPIA NO DM1 O TRATAMENTO INTENSIFICADO CONSISTE EM REALIZAR A SUBSTITUIÇÃO INSULÍNICA, IMITANDO DE FORMA DINÂMICA A SECREÇÃO PANCREÁTICA, UTILIZANDO DIFERENTES ESQUEMAS TERAPÊUTICOS ADAPTADOS ÀS NECESSIDADES DE CADA INDIVÍDUO. OBJETIVOS PARA UMA BOA INSULINIZAÇÃO EM PACIENTES COM DM1 Níveis de HbA1c ............................................: 6% a 7% Glicemias de jejum e pré-prandiais .............: entre 70 mg/dl e 120 mg/dl Glicemias pós-prandiais ...............................: <160 mg/dl Sem aumentar o risco de hipoglicemia * * TIPOS DE INSULINA E TEMPOS DE AÇÃO (HORAS) Adaptado de Skyler JS Insulin Treatment. Int therapy for Diabetes Mellitus and Related Disorders. 3ra ed. Lebovitz HE, Ed Alexandría, VA, ADA, 1998 pp.186-203. 20 - 24 24 18 - 20 24 10 - 16 não tem 6 - 10 2 a 4 PROLONGADA Ultralenta Glargina (Análogo) ou Lantus 14 - 18 10 - 16 6 - 10 2 - 4 INTERMEDIÁRIA NPH e Lenta 6 - 8 3 - 6 2 - 3 0,5 - 1 RÁPIDA Regular (Solúvel) 4 - 6 3 - 4 0,5 - 1,5 < 0,25 ULTRA-RÁPIDA Lispro ou Aspart (Análogos) DURAÇÃO MÁXIMA AÇÃO EFETIVA AÇÃO MÁXIMA INÍCIO TIPOS DE INSULINA * * DURAÇÃO DA AÇÃO DAS INSULINAS 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 horas 0 10 20 30 40 50 60 70 Intermediária Glargina Ultra-rápida Regular * * TIPOS DE PRÉ-MISTURA DE INSULINAS E TEMPOS DE AÇÃO (HORAS) IR* = Insulina regular Adaptado de Skyler JS Insulin treatment. In therapy for Diabetes Mellitus and Related Disorders. 3ra ed. Lebovitz HE, Ed. Alexandria. VA, ADA, 1998 pp.186-203. * * DEVEM SER MANTIDAS REFRIGERADAS ENTRE 2 E 8°C AS INSULINAS SÃO AFETADAS PELAS MUDANÇAS DE TEMPERATURA AS INSULINAS DEVEM SER PROTEGIDAS DA LUZ SOLAR DIRETA DEVEM SER DESCARTADOS FRASCOS COM ASPECTO ANORMAL ARMAZENAMENTO DAS INSULINAS * * C A L J AD PERFIL INSULÍNICO NORMAL DURANTE AS 24 HORAS PICOS PRANDIAIS INSULINEMIA BASAL * * C A L J AD 2 injeções ESQUEMA 1 2 DOSES DE INSULINA NPH + INSULINA REGULAR NA MESMA INJEÇÃO Regular NPH 1 NPH 2 * * C A L J AD 3 Injeções ESQUEMA 2 2 DOSES DE NPH + INSULINA REGULAR Regular NPH 1 NPH 2 * * ESQUEMA 3: 1 DOSE DE GLARGINA + 3 DOSES DE INSULINA ULTRA-RÁPIDA (LISPRO OU ASPART) ULTRA-RÁPIDA GLARGINA C A L J AD 4 injeções Glargina * * Barreiras Resistência a múltiplas injeções Medo das hipoglicemias Medo do aumento de peso Soluções propostas “Canetas” com agulhas mais confortáveis Bombas de infusão Maior conhecimento da farmacocinética da insulina, maior proporção de insulinas de ação rápida e ultra-rápida na dose diária total Melhor distribuição dos horários das injeções de insulina BARREIRAS E SOLUÇÕES SUGERIDAS PARA UMA INSULINOTERAPIA ADEQUADA * * Edema transitório Aumento de peso INSULINOTERAPIA EM DM1 INCONVENIENTES COMPLICAÇÕES - Hipoglicemia - Lipodistrofias: atrofia ou hipertrofia do tecido adiposo - Alergia/ resistência imune à insulina (raros) * * Causas prováveis Falta de educação diabetológica Falta de ajustes diante da realização de atividade física Irregularidade nos horários das refeições Irregularidade no conteúdo de hidratos de carbono das refeições Realização e interpretação inadequadas da automonitorização glicêmica Erros no cálculo da dose total Distribuição inadequada das doses de insulina Escolha inadequada do tipo de insulina HIPOGLICEMIA POR INSULINOTERAPIA * * Prevenção Evitar glicemias inferiores a 70 mg/dl Conseguir níveis de HbA1c menores que 7%, porém maiores que 6% Adaptar a Terapia Intensiva de Insulina ao estilo de vida de cada paciente Começar gradualmente a educação da Terapia Intensiva de Insulina (principalmente em crianças e idosos) HIPOGLICEMIA POR INSULINOTERAPIA * * AS CANETAS DE APLICAÇÃO DE INSULINA As canetas de aplicação de insulina apresentam vantagens de praticidade e segurança de uso para os pacientes diabéticos. * * A insulinoterapia intensiva deve ser realizada em todos os pacientes com DM1, com poucas exceções. CONCLUSÃO * * O tratamento do DM1 tem 4 pilares fundamentais: 1-) Mudanças no estilo de vida, incorporando dieta e um programa de atividades físicas. 2-) Automonitorização com glicemias capilares e/ou medição da glicose urinária. 3-) Insulina utilizada em diferentes esquemas. 4-) Educação diabetológica para entender por que e para que devem-se cumprir estas orientações. * * * * As diversas insulinas podem se classificar de acordo com seus tempos de ação em 4 tipos: 1-) Ultra-rápida 2-) Rápida 3-) Intermediária 4-) Prolongada * * As pré-misturas de insulina foram desenvolvidas para facilitar sua administração, sem necessidade de que os pacientes realizem a mistura. São recomendadas para: 1-) Pacientes com controle metabólico estável 2-) Indivíduos adultos 3-) Indivíduos com limitações de compreensão para o manejo dos esquemas insulínicos (baixo nível cultural, dificuldades visuais, manuais, etc.) Não devem ser utilizadas em tratamentos intensificados, na etapa de ajuste de dose ou de instabilidade. * * C: Café da manhã (desjejum) A: Almoço L: Lanche J: Jantar AD: Antes de Deitar (8h a 9h antes do desjejum) * Este é um dos esquemas classicamente mais utilizados, ainda que pouco fisiológico, uma vez que aumenta o risco de hipoglicemia durante a manhã e durante a primeira parte da noite. Consiste na administração de 65% da dose total de insulina como NPH basal (inicialmente dois terços (2/3) antes do desjejum e um terço (1/3) antes do jantar). Suas doses devem ser ajustadas cada 3 a 5 dias, baseando-se nos valores da monitorização glicêmica da madrugada (3h) e pré-prandiais correspondentes ao desjejum, almoço, lanche e jantar. Os 35% restantes se administram como insulina regular e a distribuição das doses se faz de acordo com a ingestão de hidratos de carbono no desjejum e no jantar. Estas doses são ajustadas em relação às glicemias pré-prandiais e aos valores da monitorização glicêmica das 2h pós-prandiais do desjejum e jantar. Este esquema pode ser recomendado em locais onde o desjejum é muito abundante e nos primeiros 2 a 3 anos da doença. Podem-se misturar as insulinas, quando indicado. * Este é um esquema mais fisiológico que o anterior, uma vez que administrando a 2ª dose de insulina no momento de deitar-se (AD: aproximadamente 8h antes do desjejum) evita as hipoglicemias da 1ª parte da noite e não seriam necessários os lanches noturnos. Sem dúvida, persiste ainda o risco das hipoglicemias matinais. Consiste na administração de 65% da dose total de insulina como NPH basal (2/3 antes do desjejum e 1/3 antes do jantar). Devem ser ajustadas cada 3 a 5 dias, baseando-se nos valores da monitorização glicêmica correspondente à madrugada (3h) e pré-prandiais correspondentes ao desjejum, almoço, lanche e jantar. Os 35% restantes são administrados como insulina regular e a distribuição das doses será feita de acordo com a ingestão de hidratos de carbono no desjejum e no jantar. Estas doses serão ajustadas em relação às glicemias pré-prandiais e aos valores da monitorização glicêmica das 2h pós-prandiais do desjejum e do jantar. Recomenda-se este esquema em locais onde o desjejum é muito abundante e também pode ser utilizado em DM1 com vários anos de evolução. Podem-se misturar as insulinas, quando indicado. * Igual ao esquema anterior, com a observação de administrar toda a dose de insulina basal na forma de uma só injeção de glargina antes de deitar. É possível que se necessite maior quantidade de insulina glargina que a necessária com insulinas NPH, lenta ou ultralenta. * * É necessário saber quais são as complicações que podem ocorrer ao se insulinizar um paciente com diagnóstico recente ou ao intensificar a insulinoterapia em paciente com DM1. A hipoglicemia ocorre como conseqüência de uma relação inadequada entre a dose total de insulina, distribuição da dose, horários de aplicação e tipos de insulina utilizadas (ver Slide: como evitar hipoglicemias). Os distúrbios visuais por mudanças agudas na glicemia levam muitas vezes a uma preocupação grande por parte dos pacientes. É necessário esclarecer que devem esperar até alcançar um melhor equilíbrio metabólico antes de tomar decisões relativas à troca de lentes de óculos. Podem-se observar edemas, sobretudo quando se compensa rapidamente as glicemias de certos pacientes. Os edemas podem diminuir paulatinamente. O aumento de peso ocorre freqüentemente quando se compensa o paciente. Deve-se vigiar pra que não ultrapasse o IMC correspondente. Para se evitar esta situação é necessário se reavaliar o valor calórico total do plano alimentar (dieta), a dose total de insulina e o estilo de vida do paciente. * * * As canetas de aplicação de insulina representaram um grande avanço para os diabéticos usuários de insulina, tanto em termos de praticidade como em termos de segurança e precisão na aplicação da dose escolhida. *
Compartilhar