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Pesquisa sobre as influências biopsicossociais sobre um indivíduo na fase adulta tardia

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - UNESA
TEORIAS E EXAMES PSICOLÓGICOS I
ATIVIDADE ESTRUTURADA 2
Macaé - RJ
2016.2
OBJETIVO
O objetivo desse trabalho é a realização de uma pesquisa sobre as influências biopsicossociais sobre um indivíduo na fase adulta tardia (50 a 65 anos de idade) em suas Atividades de Vida Diária (AVD).
JUSTIFICATIVA
A presente pesquisa será realizada com a finalidade de aprimorar nossos conhecimentos em entrevista psicológica e visa aprender a reduzir (ou eliminar) nossos valores, estereótipos e preconceitos durante esse processo de coleta e interpretação de dados, para que em nossa futura atuação como psicólogos, nossa subjetividade não venha impactar no progresso de entrevista.
METODOLOGIA
Apenas uma pessoa será pesquisada na realização desse trabalho, assim, essa atividade consiste em um estudo de caso, ou seja, é um estudo específico, detalhado e concentrado em um único caso.
A atividade possuirá duas etapas, a primeira etapa será a coleta de dados, e a segunda etapa será a interpretação dos dados com base em teorias do curso de vida (LifeSpan).
Para coletar os dados será realizada uma entrevista de no máximo uma hora em um ambiente satisfatório, cuja as informações que identificam o entrevistado serão codificadas, essa entrevista será padronizada apenas nas perguntas, ou seja, as perguntas serão preestabelecidas, mas permitirão respostas livres e abertas. A escolha do tipo de entrevista padronizada apenas nas perguntas se justifica pela falta de experiência em entrevista dos entrevistadores, assim, esse tipo de entrevista possibilita respostas amplas, mesmo sendo efetuada por entrevistadores limitados e inexperientes.
As perguntas preestabelecidas serão um conjunto de seis, abrangendo o máximo possível de forma simplificada das esferas da vida biopsicossociais. As perguntas seguem na próxima página:
Avaliação da rotina diária – Como é seu dia a dia? Qual a tarefa de que mais gosta de fazer? Você tem percebido mudança em sua rotina nos últimos anos? Quais são elas?
Avaliação cognitiva – Você costuma lembrar fatos recentes e de longo prazo? Possui alguma dificuldade para lembra-los?
Conhecimento geral da história de vida – De um modo geral, fale de sua vida. Como você a avalia?
Conhecimento geral da relação familiar – De um modo geral, fale de sua relação com a família. Como você avalia a convivência com sua família?
Conhecimento da relação amorosa – Se você foi casado (a), como avalia a sua relação?
Conhecimento do projeto de vida – Hoje, você tem algum projeto de vida? Qual?
Dois são os critérios para selecionar o sujeito pesquisado:
Que o sujeito possua acima de 50 a 65 anos de idade;
Que o sujeito concorde espontaneamente em fazer a entrevista e disponibilizar seus dados codificados para pesquisa.
Esta atividade estruturada possui dois integrantes, no qual um ficará responsável por pronunciar as perguntas elaboradas previamente e por coletar as palavras e ideias que forem relevantes, enquanto o outro ficará responsável em observar as expressões faciais e corporais do sujeito durante as respostas. Após a coleta de dados a dupla analisará conjuntamente as informações e correlacionarão com teorias do curso de vida, levantando se possível problemas e hipóteses.
DESCRIÇÃO DO PESQUISADO:
Senhora I., 64 anos, pensionista, trabalhou como doméstica, nasceu e vive na cidade de Macaé – RJ, é viúva e possui duas filhas e dois netos.
PLANEJAMENTO DA ENTREVISTA:
Foi estabelecido um horário propicio para iniciar a entrevista com a senhora I., de modo que ela pudesse realizar suas tarefas do dia, higienizar-se, alimentar-se, estar descansada e satisfeita fisicamente e psicologicamente. Dona I. foi informada que a entrevista teria duração de no máximo uma hora, para que não surgisse (ou fosse minimizada) a ansiedade, necessidades fisiológicas ou interrupção do processo de entrevista para tomar seus medicamentos. Foi assegurado que o ambiente domiciliar proposto para a coleta de informações, estivesse limpo, ventilado, sem ruído, sem indivíduos transitando, fosse adequadamente iluminado, que proporcionasse um acento confortável, e mantivemos nossos celulares desligados; de modo que nada interferiu, desapercebeu ou interrompeu o processo de entrevista que teve duração de 47 minutos.
ENTREVISTA:
Avaliação da rotina diária – Como é seu dia a dia? Qual a tarefa de que mais gosta de fazer? Você tem percebido mudança em sua rotina nos últimos anos? Quais são elas?
Senhora I. diz que “seu dia é agitado e movimentado”, e suas tarefas preferidas são aquelas que lhe proporcionam autonomia e produz dinamismo em sua rotina, como: “arrumar, cozinhar, limpar, comprar e pagar”. Ela afirma que a maior mudança em sua vida foi a morte de E., seu marido há 18 anos, vítima de câncer de próstata, ocasionando: “saudades das conversas, aconselhamentos, passeios, fotos, danças e sorrisos”. Com relação ao aspecto genético-biológico, ela se queixa de insônia, necessitando de remédio para dormir.
Avaliação cognitiva – Você costuma lembrar fatos recentes e de longo prazo? Possui alguma dificuldade para lembra-los?
Dona I. respondeu que se lembra dos fatos recentes e de longo prazo, e não possui dificuldades para evoca-los.
Conhecimento geral da história de vida – De um modo geral, fale de sua vida. Como você a avalia?
Ela expõe que o contato com seu pai era raro, pois ele morava com outra família, enquanto ela foi criada por sua mãe e padrasto, apesar das dificuldades econômicas, viviam bem. Senhora I. conta com orgulho que trabalhou como doméstica, pois: “enquanto muitos se envergonham dessa profissão”, I. afirma que: “foi ali que eu aprendi a cuidar da casa e conquistei minhas coisas”, cita também que nem sempre seus patrões lhe proporcionaram o salário e almoço no dia de sua tarefa, mas ela nos acrescenta: “mesmo assim, eu fazia, e fazia o melhor de mim, pois eu sabia que Deus iria me recompensar”. Informa ainda, que se relacionou, teve filhas e separou-se desse indivíduo, sem detalhar a respeito. Ela diz que o grande marco de sua vida foi conhecer o senhor E., que posteriormente se tornou seu marido, que modificou para melhor sua vida, I. finaliza dizendo: “que através da sabedoria de E., eu me aproximei do meu pai, conheci muitos lugares bonitos, fiz muitos amigos, tirávamos muitas fotos, e aproveitamos muito a vida, até em sua morte, ele deixou uma bagagem (condições financeiras), que me proporcionou estabilidade até hoje”.
Conhecimento geral da relação familiar – De um modo geral, fale de sua relação com a família. Como você avalia a convivência com sua família?
Senhora I. inicia dizendo: “minha família sobe e desce”, ou seja, existe uma instabilidade afetiva nas relações familiares, ela acrescenta que “essa geração é diferente, o que eu não posso fazer, eu não faço”, expondo seu ponto de vista na qual tanto seus parentes como a população de adultos e jovens, em sua grande parcela, desejam aquilo que está além de suas capacidades de conquista e nunca se precavem contra situações futuras, gerando posteriormente sofrimento por tal atitude, I. conta-nos: “Eu oriento para que todos façam uma poupança, para estarem prevenidos contra tempos de crise como agora, mas não, eles não me escutam e depois ficam jogando a bagagem um para cima do outro e no final para mim, e nessas horas eu finjo que não é nem comigo”. Dona I. informa-nos que embora os integrantes de sua família habitem próximos uns dos outros, eles não possuem um costume de se reunirem cotidianamente e poucas são as ocasiões que se reúnem nos feriados e datas festivas, ela descreve: “cada um está em um canto, e eu bato um papo mais com o povo da rua”. I. conta-nos que mora com seu neto de 17 anos, ao qual ela diz: “dá trabalho, tem o desentendimento, mas somos unidos”, e menciona que faz sua função na família, e espera que cada um cumpra respectivamentecom a sua, para o bom andamento da rede familiar e desse modo, ninguém precisar assumir as consequências de outro integrante da família. Ela finaliza dizendo: “tem que ser paciente, saber guardar as palavras e acalmar os ânimos para manter um bom relacionamento com a família”.
 Conhecimento da relação amorosa – Se você foi casado (a), como avalia a sua relação?
Dona I. conta-nos que ao longo de sua vida se envolveu apenas com dois homens. O primeiro foi o pai de suas filhas, o qual ela não casou, apenas moravam na mesma residência e posteriormente se separaram, ela afirma que eles mantinham uma boa relação, mas não entrou em detalhes a respeito. O segundo homem foi o senhor E., de quem é viúva há 18 anos e manteve um casamento de 25 anos. Ela expressa que esse relacionamento “foi obra de Deus”; com ele, a senhora I. conheceu muitos lugares agradáveis, formou uma rede de amigos que lhe proporcionaram amparo até o presente momento, registrou várias fotos as quais ela preserva com muito afeto, provia a sua mãe e padrasto suas necessidades, estabeleceu vínculos com seu pai, aprendeu sobre questões essenciais da vida. No final da vida do senhor E., que ficou acamado por ser portador de câncer de próstata, Dona I. nos conta: “fiquei até o último momento ao lado dele, sem abandonar, muitos diziam que eu era boba, mas eu não sai de perto dele”, ela informou que sente orgulho de cumprir os votos até o final. Nos conta que antes de morrer, o senhor E. deixou uma carta com orientações e palavras de afeto para que I. conduzisse sua vida de maneira sábia, para adquirir estabilidade e conforto; e para que jamais esquecesse de seu amor por ela. Senhora I. inclui que sente muita falta dele e expressou com alegria: “vocês precisavam conversar com ele, quem dera se ele estivesse nessa entrevista sentado aqui ao lado, vocês iriam ver como ele era” e terminou a frase com um suspiro, porém acrescentou que mesmo depois de morrer ele deixou condições financeiras para que sua vida fosse estável, e proporcionou uma rede de amigos influentes em diversas áreas para ampara-la. Ela finaliza avaliando sua vida no período que esteve com ele como: “vida de prazer, vida de alegria e de satisfação”.
Conhecimento do projeto de vida – Hoje, você tem algum projeto de vida? Qual?
Ela diz que atualmente não possui nenhum projeto de vida, pois sua casa já está quitada e possui tudo de que precisa, e finaliza complementando que: “tudo que eu queria era E. de volta”.
INTERPRETAÇÃO DOS DADOS:
Faremos uso da Teoria do Curso de Vida ou LifeSpan, que segundo Paul Baltes:
Compreende o desenvolvimento como um processo contínuo, multidimensional e multidirecional de mudanças orquestradas por influências genético-biológicas e socioculturais, [...], marcado por ganhos e perdas concorrentes e por interatividade entre o indivíduo e a cultura.
A partir dessa teoria é possível entender de maneira mais profunda o desenvolvimento do sujeito entrevistado.
No aspecto genético-biológico, notamos características objetivamente observáveis quanto a aparência da entrevistada. Observamos características comuns da fase adulta tardia, como por exemplo: cabelos esbranquiçados e pele pálida, menos elástica e enrugada. Ela relata na primeira questão que possui insônia; esta pode referir-se ao fato que: “Pessoas idosas tendem a dormir menos [...]. Suas horas de sono profundo são mais curtas, e elas podem acordar mais facilmente em razão de problemas físicos e exposição à luz” Czeiler (1999, citado por: PAPALIA, D. E.; FELDMAN R. D., 2013) e “como resultado de mudanças relacionadas à idade na capacidade do corpo de regular os ciclos circadianos de sono e vigília” Cajochen (2006, citado por: PAPALIA, D. E.; FELDMAN R. D., 2013). Por outro lado, podemos levantar uma hipótese, caso essa insônia, relatada por I. fosse diagnosticada como crônica, que “pode ser um sintoma, ou quando não tratada, um precursor de depressão” Gamgswisch (2008, citado por: PAPALIA, D. E.; FELDMAN R. D., 2013), afirmação essa, que se pudesse ser avaliada e confirmada, poderíamos supor sua origem na saudade e falta do falecido marido, a qual ela incluiu em todas as questões, inclusive nas perguntas que não teria ligação direta ou indireta com o mesmo; “A dor da perda também pode trazer problemas de memória, [...] insônia e disfunção social”, Stroebe (2007, citado por: PAPALIA, D. E.; FELDMAN R. D., 2013, Grifo nosso).
No aspecto cognitivo, dona I. respondeu que se lembra dos fatos recentes e de longo prazo, e não possui dificuldade para evoca-los. Todavia em uma questão posterior ela diz: “Bruna (nome da observadora) né? Seu nome é Bruna. Eu pergunto assim porque ultimamente pra lembrar das coisas novas eu fico repetindo para mim mesma”, ou seja, há uma dificuldade para armazenar e evocar lembranças, mas que tais lembranças aparentemente referem-se as informações novas (recentes); isso não foi deduzido pelo esquecimento do nome da observadora, mas pelo ato de exercício que dona I. indicou que realiza para assimilar novas informações, exercício esse que ela não realizou durante sua vida toda, mas deu início a partir da fase adulta tardia. Quanto a memória de longo prazo, não notamos nenhuma perda, pois senhora I. lembra dos fatos de sua infância à fase adulta, datas, nomes das pessoas envolvidas na época, falas etc.
Quanto aos aspectos psicossociais, observamos que dona I. tem pouco a revelar sobre o seu relacionamento com sua descendência, a qual não foi referida por ela de modo espontâneo, porém os cita na pergunta 4 (a qual direcionamos-a de certo modo a nos contar um pouco sobre seus vínculos com suas filhas e netos); por outro lado ela oferece muito material com relação ao seu falecido marido (o qual será abordado de modo mais detalhado mais a frente); talvez essa tendência de não pronunciar de modo natural sobre suas filhas e netos esteja relacionado com alguns fatores, como: o fraco vínculo que possui com sua prole, ainda que os mesmos morem próximos, como ela ressalta na questão 4: “cada um está em um canto, e eu bato um papo mais com o povo da rua”; a percepção que ela possui, cuja sua família não assimila suas orientações: “Eu oriento para que todos façam uma poupança [...] mas não, eles não me escutam”; e o desagrado que ela possui causado pela sua família por não seguir seus conselhos e a incluir na situação após o fracasso: “depois ficam jogando a bagagem um para cima do outro e no final para cima de mim, e nessas horas eu finjo que não é nem comigo”. Notamos que I. momento algum falou automaticamente de sua família, o que nos leva a hipotetizar que possa haver algumas frustrações com relação a sua parentela. 
Abordaremos o papel da viuvez na vida da senhora I., a qual incluiu seu falecido marido em todas as respostas (ainda que não transcrevemos sobre ele em todas as questões), o que revela a influência do senhor E. na vida dela; o forte vínculo e dependência que dona I. possuía em relação a ele é evidente ao observar os dados da entrevista e atentar para suas expressões faciais durante o momento em que falava; em um estudo: “viúvas continuaram a falar do falecido e a pensar nele décadas após a perda, mas esses pensamentos raramente as deixavam transtornadas” Carnelley (2006, citado por: PAPALIA, D. E.; FELDMAN R. D., 2013) e outro estudo ainda diz: “viúvos ou viúvas que tinham uma forte ligação com o cônjuge ou de quem dependiam muito, tendiam a se tornar mais ansiosos e sentiam mais falta dele(a) do que pessoas que não tinham uma ligação tão forte ou não eram tão dependentes” Carr (2000, citado por: PAPALIA, D. E.; FELDMAN R. D., 2013, Grifo nosso). Podemos hipotetizar que esse “dia agitado e movimentado”, que a senhora I. descreve, possa ser uma influência de ansiedade, e esse comportamento ansioso juntamente com o auto-relato da saudade do senhor E. e seu problema de insônia podem (ideia, hipótese) ter origem ao vínculo com o falecido marido que foi interrompido pela morte do mesmo.
CONSIDERAÇÕES PESSOAIS:
Observamos a partir dessa atividade estruturada,nossa dificuldade para abordar pessoas, com objetivo de realizar uma pesquisa sobre as influências biopsicossociais sobre as Atividades de Vida Diária (AVD), em um indivíduo na fase adulta tardia. Essa dificuldade se deu pelo fato de sermos introvertidos. No entanto notamos que uma vez que a entrevistada aceitou o convite, depositando sua confiança em nós, que apresentamos seriedade e compromisso na exposição da atividade acadêmica, conseguimos superar nossas inibições e passamos a assumir a função de pesquisadores (e entrevistadores).
Percebemos outra complicação na pesquisa, essa surgiu durante o processo de entrevista, que foi a necessidade de retomar ao assunto proposto ou encerra-lo, pois em algumas questões, a entrevistada prolongava-se excessivamente em dados que não contribuiriam com a pergunta em questão. Ainda que de modo constrangido, realizamos a retomada de assunto ou finalizamos com questões que retomavam ao proposto no trabalho, sem sermos rudes, ásperos e ansiosos, de maneira que a entrevistada não percebesse que resgatamos a ideia introduzida inicialmente.
Durante a organização de ideias e a realização de debates, após a entrevista, conseguimos identificar e separar nossa subjetividade, valores, crenças e interpretações dos fatos apresentados, com o modo que realmente era encarado pelo sujeito entrevistado. Essa tarefa foi complexa e exigiu diversas revisões do trabalho.
A pesquisa de um modo geral contribuiu em diversos aspectos para nosso desenvolvimento acadêmico e futuramente em entrevista, através dessa atividade estruturada conseguimos ter uma experiência previa do que é a entrevista psicológica, e o quanto precisamos adquirir conhecimento teórico e prático para trabalhar nosso equilíbrio emocional, concentração, expressões faciais, capacidade de comunicação, autoconfiança e postura profissional.
BIBLIOGRAFIA:
NERI, A. L. O legado de Paul B. Baltes à Psicologia do Desenvolvimento e do Envelhecimento. Psicologia Unicamp, Ribeirão Preto, v.14, n.1, jun. 2006. <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2006000100005>. Acesso 18 out. 2016.
PAPALIA, D. E.; FELDMAN R. D. Desenvolvimento Humano. 12ª edição. AMGH Editora LTDA, 2013. 785p.
Aulas presenciais e seus respectivos conteúdos. Curso: Psicologia. Disciplina: Teorias e Exames Psicológicos I. Professor (a): Aline Guarani. Universidade Estácio de Sá, Macaé – RJ, 2016.2.

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