Buscar

TCC 30.04.2018

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

I. TEMA
O presente projeto se situa na responsabilidade civil no direito de família e tem como tema o abandono afetivo e suas consequências jurídicas.
I.a DELIMITAÇÃO DO TEMA 
Dentro do tema será abordada a eventual reparabilidade pelos danos decorrentes do abandono afetivo por parte dos genitores, trazendo assim a problemática em relação à concepção dos Tribunais e juízes que enfrentam o assunto com insegurança devido a falta de posicionamento doutrinário referente a tal assunto.
II. PROBLEMA DE PESQUISA
 a) Existem consequências jurídicas em razão do abandono afetivo? Se sim, quais são?
b) Pode-se cogitar uma indenização por danos morais pela falta de afeto ou de convivência com os genitores?
III. HIPÓTESES
 a) Sim, conforme preconizado na Carta Magna de 1988, o ordenamento jurídico brasileiro estabeleceu a proteção da dignidade do ser humano como valor supremo, assegurando a todas as pessoas, indistintamente, a efetividade dos direitos e das garantias fundamentais. 
Temos, então, que o princípio da dignidade da pessoa humana é o núcleo da Constituição Federal de 1988, sendo que dele derivam-se os demais princípios e direitos fundamentais constitucionalmente consagrados.
Entre outros mecanismos de proteção no ordenamento jurídico brasileiro, podemos citar os artigos 186,927 e 1634 do Código Civil, art. 3ª do Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como o artigo 227 da Lei Maior, entre outros que abordaremos no presente trabalho. 
b) A condenação ao pagamento de indenização, em decorrência do abandono afetivo, é possível, desde que sejam demonstrados os requisitos ensejadores da responsabilidade civil, ou seja a omissão por parte dos genitores, o dano e o nexo de causalidade.
IV. OBJETIVOS GERAIS.
O trabalho tem como objetivo geral elencar os prejuízos de ordem imaterial à formação da personalidade do abandonado e assima reparação por danos morais por esse abandono afetivo, buscando entender se a reparação se faz eficiente quanto aos prejuízos emocionais.
IV.a OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Discorrer sobre a evolução histórica do abandono afetivo;
Abordar o novo conceito de família na atual conjuntura da sociedade;
Analisar as consequências na formação da personalidade da criança face a ausência do genitor;
Discutir a indenização como forma de compensação do abandono afetivo;
Elencar os entendimentos jurisprudenciais acerca do abandono afetivo;
V. JUSTIFICATIVA 
A ausência da figura de um dos genitores faz com que a criança perca uma de suas referências imprescindíveis para o seu desenvolvimento. Ao ser abandonado pelo pai, se perde o exemplo de força e liderança perante a família, o pai é extremamente importante para o desenvolvimento sociológico do menor. Ao ser abandonada pela mãe, a criança é privada de amor, carinho e afeto, sendo muitas vezes, criada por algum parente próximo, isso quando não é jogada em algum orfanato à mercê da própria sorte. 
O amor é importante tanto como alimentação e a educação para o desenvolvimento físico, mental e emocional da criança. A privação de amor e carinho por um longo período de tempo, por parte de um dos genitores, pode desencadear carência afetiva, que no futuro poderá atrapalhar a maturidade cognitiva, física, emocional e social da criança.
A justiça brasileira, diante da ausência de um dos genitores, impõe o pagamento de uma pensão mensal, enquanto o menor estiver em desenvolvimento, com o objetivo de compensar o abandono e proporcionar ao filho o suporte necessário ao seu crescimento.
Contudo, percebe-se que apenas o pagamento de pensão não é o suficiente para compensar a ausência de um pai ou uma mãe durante a vida, fazendo com que as indenizações comecem a surgir no cenário nacional, visando reparar os danos morais sofridos pelos filhos em decorrência do abandono afetivo parental. Entretanto, percebemos que o assunto vai muito mais além do que a questão pecuniária. 
Em que pese o Código Civil no seu artigo 186 dizer que “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”, o dano psicológico na criança será bem maior do que a indenização paga por um dos genitores. 
O Direito brasileiro também deu tratamento central à pessoa humana ao dispor na Constituição Federal de 1988 que a dignidade da pessoa humana é princípio fundamental, conforme preconizado em seu art. 1º, III, e diante disto as ofensas geradas a qualquer ser humano, independentemente de cor, credo ou classe social, seja de natureza material ou moral devem ser reparadas, conforme a dicção do art. 5º, X da CF/88 e artigo 927 do Código Civil, bem como o art. 186, conforme já falado anteriormente. 
VI. REFERENCIAL TEÓRICO
O tema abandono afetivo tem sido discutido em todas as instâncias do judiciário brasileiro, onde o tema principal se baseia na grande repercussão do abandono por parte dos seus genitores, onde poderá acarretar ao filho sérios prejuízos para sua vida, podendo até gerar transtornos em um dos maiores bens do ser humano, que é a saúde psicológica, e assim ocasionando o pedido de indenização por danos morais.
Os pais são os legalmente responsáveis pela formação de seus filhos, onde nesse mister, tanto o pai quanto a mãe, devem prestar as condições suficientes para garantir que a criança tenha um desenvolvimento pleno, bem como uma educação de qualidade.
Segundo Maria Berenice Dias (2009. P. 388), nesse sentido:
Nesse extenso rol não consta o que talvez seja o mais importante dever dos pais com relação aos filhos: o dever de lhes dar amor, afeto e carinho. A missão constitucional dos pais, pautada nos deveres de assistir, criar e educar os filhos menores, não se limita a vertentes patrimoniais. A essência existencial do poder parental é a mais importante, que coloca em relevo a afetividade responsável que liga pais e filhos, propiciada pelo encontro, pelo desvelo, enfim, pela convivência familiar.
Assim entende Pedroso (2014. P. 135):
A formação de qualquer criança tem início na família, e é na família que os pais devem transmitir valores éticos e morais a seus filhos, pois é no lar que a criança molda sua personalidade. O afeto presente nas relações paterno-filiais não pode ser imposto aos pais como um dever, tanto é que não consta expressamente no artigo mencionado, pois ele só existirá com o tempo, com a convivência. A presença paterna e materna na formação dos filhos é indispensável, destacando-se o cuidado, o amor, a proteção e o afeto que estes devem prestar. Os pais têm o dever de estarem presentes, convivendo com os filhos em cada etapa do seu desenvolvimento, dando referência dos valores adequados a serem seguidos pelos seus filhos.
É sabido que: 
(…) dentre as obrigações parentais previstas constitucionalmente encontra-se a convivência familiar, decorrente do princípio da parentalidade responsável. E deve-se ir mais além: essa convivência familiar precisa ser regrada pelo afeto e cuidado. Surge deste entendimento o princípio da afetividade no Direito de Família: as relações familiares constituídas através de laços de afetividade representam a base da sociedade, pois é por meio do afeto que damos sentido à existência humana, que aprendemos a respeitar o outro e que desenvolvemos nosso caráter. A ausência destes elementos na criação dos filhos produz sequelas emocionais que podem comprometer o desenvolvimento da personalidade da criança e adolescente, assim como a capacidade deste individuo vir no futuro constituir uma base familiar regrada pelo afeto, inclusive em relação a seus próprios filhos. (Krieger, Mauricio Antonacci; Kasper, Bruna Weber. In: Consequências do Abandono Afetivo. Acessado em: 18/04/2018).
Insta salientar que na maioria dos casos, o abandono afetivo ocorre após a separação dos genitores, quando o filho passa a conviver apenas com um dos pais, onde geralmente essa incumbência recai sobre a mãe.
Ocorre que ainda existe uma mentalidade porparte dos genitores, que sua única responsabilidade é apenas a prestação de alimentos, deixando de contribuir na formação da personalidade da criança, sendo o pai, figura inimitável de referência e exemplo.
Esse abandono é fortalecido ainda mais pela constituição de uma nova família por parte do genitor, o qual passa a negligenciar os deveres de afetividade, assistência moral e psíquica que deveria ter com a criança, tornando isso um ato ilícito, passível de indenização.
Sobre a reparação por dano moral, assim corrobora Bernardo Castelo Branco (2006. P. 116):
Havendo violação dos direitos da personalidade, mesmo no âmbito da família, não se pode negar ao ofendido a possibilidade de reparação por dano moral, não atuando esta como fator desagregador daquela instituição, mas de proteção da dignidade dos seus membros. A reparação, embora expressa em pecúnia, não busca, nesse caso, qualquer vantagem patrimonial em benefício da vítima, revelando-se na verdade como forma de compensação diante da ofensa recebida, que em sua essência é de fato irreparável, atuando ao mesmo tempo em seu sentido educativo, na medida em que representa uma sanção aplicada ao ofensor, irradiando daí seu efeito preventivo.
Assim entende Pedroso (2014. P. 154)
Vê-se que o dano moral no âmbito do direito de família merece ser tratado com mais cuidado nas relações entre pais e filhos. Aquele filho que procurou o judiciário para de alguma maneira tentar suprir aquela falta de amor na fase de desenvolvimento, não está procurando uma vantagem patrimonial, mas sim tenta compensar o afeto não recebido, em alguns casos, até para poder pagar um tratamento psicológico em razão do abalo moral.
Sobre a problemática abordada, o Tribunal de Justiça de São Paulo assim se manifestou:
APELAÇÃO. AÇÃO INDENIZATÓRIA. ABANDONO AFETIVO. A condenação ao pagamento de indenização, em decorrência do abandono paterno, é possível, desde que cabalmente demonstrados os requisitos ensejadores da responsabilidade civil, ou seja a omissão paterna, o dano e o nexo de causalidade. Na hipótese, o réu somente soube ser pai do autor por meio de ação de investigação de paternidade, ajuizada quando o filho já contava com 25 anos de idade. Por outro lado, os laços afetivos são construídos ao longo de muitos anos de convivência, e não com a prolação de um provimento jurisdicional. O autor não logrou demonstrar o aventado dano que sofreu, não se desincumbindo do ônus probatório, nos termos do artigo 333, inciso I, do Código de Processo Civil. Sentença mantida. Negado provimento ao apelo. (TJ-SP – APL: 91077933020098260000 SP 9107793-30.2009.8.26.0000, Relator: Fábio Podestá, Data de Julgamento: 30/06/2015, 14ª Câmara Extraordinária de Direito Privado, Data de Publicação: 01/07/2015) http://tj-sp.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/204171037/apelacao-apl-91077933020098260000-sp-9107793-....
Existem já entendimentos em tribunais superiores no judiciário brasileiro que a falta de convívio salutar entre os pais da criança é capaz de gerar consequências psicológicas irreversíveis ao filho, sendo plausível o acionamento do genitor por dano moral, conforme segue:
CIVIL. EMBARGOS INFRINGENTES. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ABANDONO AFETIVO. 1. A indenização por danos morais decorrente de abandono afetivo somente é viável quando há um descaso, uma rejeição, um desprezo pela pessoa por parte do ascendente, aliado ao fato de acarretar danos psicológicos em razão dessa conduta. 2. O fato de existir pouco convívio com seu genitor não é suficiente, por si só, a caracterizar o desamparo emocional a legitimar a pretensão indenizatória. 3. Embargos desprovidos. (TJ-DF – EIC: 20120110447605, Relator: MARIO-ZAM BELMIRO, Data de Julgamento: 26/01/2015, 2ª Câmara Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE: 10/02/2015. Pág.: 98. Fonte: http://tj-df.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/311027847/embargos-infringentes-civeis-eic-201201104476...);
INDENIZAÇÃO DANOS MORAIS – RELAÇÃO PATERNO-FILIAL – PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA – PRINCÍPIO DA AFETIVIDADE. O dor sofrida pelo filho, em virtude do abandono paterno, que o privou do direito à convivência, ao amparo afetivo, moral e psíquico, deve ser indenizável, com fulcro no princípio da dignidade da pessoa humana. (TJMG. AC 408.550-5. DES. UNIAS SILVA. DJ. 01/04/2004)
Desta feita, percebe-se que não basta apenas a falta de convivência com um dos seus genitores para que o requerente tenha direito à indenização por dano moral, mas cada caso será analisado minuciosamente com a ajuda de profissionais capacitados para que tenhamos um diagnóstico preciso do dano psicológico causado por esse abandono. 
VII. METODOLOGIA
 Como tema de estudo temos o abandono afetivo e suas consequências jurídicas, bem como elencar os deveres dos pais para com os filhos, como estão previstos nos artigos 227 e 229 da Constituição Federal de 1988 ; artigos 3º e 22 do Estatuto da Criança e do Adolescente; e artigos 1566, IV e 1634 do Código Civil. 
 Deste modo, será realizado um levantamento bibliográfico através do método qualitativo, buscando a investigação profunda do tema, assim, colhendo os conteúdos necessários em jurisprudências, livros, jornais, revistas e internet, que possam interpelar e esclarecer a problemática do projeto de pesquisa.
 A metodologia escolhida tem como finalidade nos dar condições seguras para entender, definir e resolver os problemas trazidos com o tema abordado. Assim, a metodologia qualitativa servirá de fonte para o aprofundamento e elaboração do trabalho.
 Segundo Teixeira (2008), 
 ‘’a pesquisa qualitativa busca reduzir a distância entre a teoria e os dados, entre o contexto e a ação, se utilizando da análise dos fenômenos, ou seja, da compreensão destes pela sua descrição e interpretação’’
VIII. CRONOGRAMA
	2018
	Atividades 
	Fev.
	Mar.
	Abr.
	Mai.
	Jun.
	Jul.
	Ago.
	Set.
	Out.
	Nov.
	Escolha de tema
	X
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Pesquisa Bibliográfica
	X
	X
	X
	X
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Orientação com orientadora
	 
	X
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Apresentação e discussão dos dados 
	 
	X
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Elaboração Projeto 
	 
	X
	 X
	X
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Entrega Projeto
	 
	 
	 
	 
	X
	 
	 
	 
	 
	 
	Proposta do sumário
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	 
	 
	 
	 
	Redação Primeiro Capítulo
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	 
	 
	 
	 
	Redação Segundo Capítulo
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	 
	 
	 
	Redação terceiro Capítulo
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	 
	 
	Revisão final TCC
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	 
	Apresentação TCC
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	X

Outros materiais