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Universidade Federal do Rio Grande - FURG 16ª Mostra da Produção Universitária - MPU Rio Grande/RS, Brasil, 04 a 06 de outubro de 2017 ISSN: 2317-4420 1 ESTUDO DA ACELERAÇÃO DO PROCESSO DE COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS ORGÂNICOS COSTA, Paloma da Silva ; XAVIER, Breno Hädrich Pavão ; VOGEL, Felipe Werle ; FURTADO, Thaís Ibeiro ; SOUZA, Michele R.A.Z . RADMANN, Elisângela Martha palomadasilvacosta@hotmail.com FURG Palavras-chave: compostagem; resíduos orgânicos; serragem. 1 INTRODUÇÃO O desenvolvimento econômico provocou mudanças nos padrões e hábitos de consumo da sociedade, ocasionando uma maior geração de resíduos, que poluem o meio ambiente. A compostagem, apresenta-se como uma técnica de tratamento de resíduos orgânicos de baixo custo e que produz húmus, um condicionador de solo orgânico. O objetivo deste trabalho foi estudar a influência da granulometria dos resíduos orgânicos do Restaurante Universitário da FURG no processo de aceleração da compostagem. 2 METODOLOGIA Para a avaliação da influência da granulometria dos resíduos orgânicos oriundos do RU, utilizou-se duas leiras de compostagem com iguais dimensões. A composteira 1 foi alimentada com o resíduo íntegro, isto é, da forma com que saiu do restaurante, a composteira 2 teve sua granulometria reduzida pelo uso de um triturador do tipo Trapp (TR-200, Brasil). Usou-se o mesmo volume de alimentação (21 caixas de 0,11m³) e a mesma proporção entre serragem e resíduo (4:1), alterando apenas a granulometria dos resíduos. Apenas os resíduos orgânicos não- tratados foram utilizados, isto é, a sobra de alimentos antes do cozimento e adição de sal. Uma vez por mês foram retiradas amostras das composteiras para análises de umidade, pH, condutividade elétrica e capacidade de retenção de água. Diariamente mediu-se as temperaturas em três pontos das composteiras com a utilização de um termômetro tipo espeto. A umidade foi controlada através da adição de água. Elas também foram reviradas semanalmente durante o primeiro mês de compostagem para garantir melhor aeração e homogeneidade do processo. Após o término do processo, avaliou-se o composto final. 3 RESULTADOS e DISCUSSÃO Ambas as composteiras atingiram temperaturas acima de 40 °C (máxima de 49 °C) durante um período médio de 8 dias, indicando a decomposição da matéria orgânica por microrganismos termófilos, e permaneceram com temperatura média de 40 °C por 13 dias, como se pode ver na Figura 1. Nos dois experimentos foram obtidos valores satisfatórios para umidade durante o processo, conforme era medido no termo higrômetro. Universidade Federal do Rio Grande - FURG 16ª Mostra da Produção Universitária - MPU Rio Grande/RS, Brasil, 04 a 06 de outubro de 2017 ISSN: 2317-4420 2 Figura 1 – Temperatura das leiras de compostagem durante o primeiro mês. Fonte: Os autores. Tabela 1 - Valores dos parâmetros analisados no composto final Parâmetro Leira 1 Leira 2 Umidade 28,19 59,88 pH Condutividade Elétrica Capacidade de Retenção de Água 7,31 1513,0μS/cm 322,51 7,57 1334,0μS/cm 901,07 Conforme se observa na Tabela 1, o pH final do processo alcançou valores próximos de 7. Segundo Rodrigues et al.(2006) a faixa de pH considerada ótima para o desenvolvimento dos microrganismos responsáveis pela compostagem situa- se entre 5,5 e 8,5. A condutividade elétrica diminuiu ao longo do processo indicando que houve redução da salinidade, esse resultado foi o esperado, já que o excesso de salinidade pode prejudicar a germinação, o desenvolvimento e produtividade das plantas. Outro fato importante é que a capacidade de retenção de água da segunda composteira foi de 901,07%, que Kiehl(2012) afirma ser prejudicial, já que pode impedir o consumo de nutriente pelas plantas. Acredita-se que a variação na granulometria da serragem utilizada pode ter afetado este resultado. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O experimento mostrou que a composteira 1 atingiu temperaturas mais altas. Este resultado é satisfatório, uma vez que indica maior atividade microbiana no processo. Portanto, a prática da trituração do resíduo é satisfatória. A partir dos resultados obtidos, deseja-se estudar novos modelos de compostagem, onde se pretende utilizar aceleradores de compostagem visando aumentar ainda mais a eficiência do processo. 5 REFERÊNCIAS RODRIGUES, M. et al. F. COMPOSTAGEM: reciclagem de residuos sólidos orgânicos. FEPAF.Botucatu.p.63-94. KIEHL, E.J.MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO. Piracicaba. 2012
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