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PRATICA SIMULADA 7 A 12

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CASO 7 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL 
DA COMARCA DA CAPITAL 
 
MATIAS, brasileiro, solteiro, profissão, portador da cédula de identidade 
nº, inscrito no CPF sob o nº, residente e domiciliado na rua (qualificação do endereço 
do autor da ação), vem por meio de seu advogado, à presença de Vossa Excelência, 
requerer o RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE, com fulcro no artigo 5º, 
inciso LXV, da Constituição Federal, pelas razões de fato e de direito a seguir 
expostas: 
 
I – Dos Fatos: 
Conforme consta do auto de prisão em flagrante, em anexo, o requerente 
foi preso ilegalmente no dia 15/11/2016, em razão da suposta prática do crime de 
Receptação art. 180, CP, ocorrido no dia 15/11/2016 por volta das 22 horas, sem que 
houvesse sido perseguido em circunstâncias que fizessem presumir ser ele o autor da 
prática delitiva, muito menos foi encontrado, logo depois da prática do crime, em seu 
poder quaisquer instrumentos, armas ou objetos que o ligassem a tal prática delitiva. 
O Requerente foi detido quando se encontrava tranquilamente quando 
conduzia o veículo automotor, marca Volkswagen, modelo Gol, placa XYX0611, pela 
Av. Brasil, quando foi abordado por uma guarnição da Policia Militar 02 dias depois do 
delito ter sido cometido, não foi preso durante a prática do delito, nem quando ele tinha 
acabado de ser cometido. 
O indiciado foi preso em flagrante por suspeitas dos policiais, alegando 
que o veículo em que se encontrara seria produto de crime. 
Diante de tais fatos, chega-se ao direito. 
II – Do Direito: 
Excelência, não há motivos para a manutenção da prisão do Requerente. 
Com efeito, a prisão em flagrante imposta não atendeu às exigências legais. Sabe-se 
que referida modalidade de prisão só pode ser imposta diante das hipóteses previstas 
no art. 302 do Código de Processo Penal: 
“Art. 302. 
Considera-se em 
flagrante delito quem: 
 I – está cometendo a 
infração penal; 
 II – acaba de cometê-la; 
III – é perseguido, logo 
após, pela autoridade, 
pelo ofendido ou por 
qualquer pessoa, em 
situação que faça 
presumir ser autor da 
infração; 
IV – é encontrado, logo 
depois, com 
instrumentos, armas, 
objetos ou papéis que 
façam presumir ser ele 
autor da infração.”. 
Conforme verificado no caso em apreço, não ocorreu estado de 
flagrância, tendo em vista que Requerente foi detido 02 dias depois do delito ter sido 
cometido, sem que houvesse qualquer perseguição. Não houve nexo entre o momento 
da prisão e a prática do delito. O Requerente não foi encontrado logo depois da prática 
de uma infração penal, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que fizessem 
presumir ser ele o seu autor. Restando afastado o requisito temporal. 
Sendo assim, não caracterizada qualquer das hipóteses previstas no 
artigo 302, do Código de Processo Penal, não pode subsistir a prisão efetuada pela 
autoridade policial como sendo em flagrante delito. 
É inevitável reconhecer-se a arbitrariedade da prisão que pesa contra o 
Requente. O que paira contra o mesmo, até o presente momento, é uma mera 
suspeita da prática de um delito, porém sem nenhuma evidência concreta da realidade 
da autoria. Patente, portanto, a ilegalidade da prisão em flagrante. 
A esse propósito importante destacarmos o entendimento jurisprudencial 
externado pelo Egrégio Tribunal Regional de Justiça/RS, a seguir transcrita: 
RGL 
Nº 70054985924 (N° CNJ: 0223219-97.2013.8.21.7000) 
2013/CRIME 
HABEAS CORPUS. PRISÃO EM 
FLAGRANTE POR RECEPTAÇÃO E 
ADULTERAÇÃO DE SINAL 
IDENTIFICADOR DE VEÍCULO 
AUTOMOTOR. ART. 580, DO CPP. 
PRISÃO PREVENTIVA REVOGADA. 
O paciente foi denunciado pelos crimes 
de receptação, formação de quadrilha ou 
bando e adulteração de sinal 
identificador de veículo automotor, 
crimes cometidos sem violência ou 
grave ameaça. Outros dois co-réus, nas 
mesmas condições do paciente, foram 
postos em liberdade provisória, sob 
condições. Decreto de prisão preventiva 
fundamentado na gravidade dos delitos, 
não apontando qualquer causa objetiva 
que denotasse a periculosidade do 
agente. Cabível a aplicação das 
medidas cautelares diversas da prisão. 
ORDEM CONCEDIDA EM PARTE, POR 
MAIORIA. 
 
RELATÓRIO 
DES. ROGÉRIO GESTA LEAL 
(RELATOR) 
Trata-se de habeas corpus, com pedido 
de liminar, impetrado em favor de 
Carlos Leandro da Silva pelo fato de 
este ter sido preso em flagrante sob a 
acusação do cometimento dos delitos de 
receptação (art. 180, CP), quadrilha ou 
bando (art. 28, caput, do CP) e 
adulteração de sinal identificador de 
veículo automotor (art. 311, CP). 
Em razões, sustentou que o paciente 
está preso desde 15 de maio de 2013, 
defendendo não estarem presentes os 
requisitos para sua manutenção, pois se 
trata de medida extrema. Alegou que os 
outros dois co-réus obtiveram a 
liberdade provisória através de 
julgamentos da Quinta Câmara Criminal 
desta Corte, postulando a extensão dos 
efeitos ao presente feito. Por outro lado, 
apontou o excesso de prazo na 
perquirição da culpa. Requereu a 
concessão da liminar, expedindo 
imediatamente o alvará de soltura. Ao 
final, a confirmação do decidido. 
Distribuídos os autos ao eminente 
Desembargador Gaspar Marques 
Batista, indeferiu a liminar, em face da 
prova da materialidade e indícios 
suficientes de autoria, além da falta de 
informação da existência de trabalho 
lícito (fl.13). 
A autoridade coatora prestou 
informações (fls.21-7). 
Em parecer ministerial, a Procuradoria 
de Justiça opinou pela denegação da 
ordem. 
Pleiteada a reconsideração da decisão, 
restou indeferida (fl. 45), vindo-me os 
autos redistribuídos, em virtude do gozo 
de licença-prêmio pelo Relator. 
É o relatório. 
Por fim, em caráter subsidiário e apenas por cautela, vale ressaltar que 
no caso em comento não existe a possibilidade de ser decretada a prisão preventiva 
do requerente, inexistindo quaisquer das hipóteses que autorizariam a prisão 
preventiva, configurando-se evidente a impossibilidade de manutenção do requerente, 
no cárcere, a qualquer título. 
III – Do Pedido: 
Diante de todo o exposto, postula-se o relaxamento da prisão em 
flagrante imposta ao requerente, diante da flagrante ilegalidade de sua prisão, ouvido o 
ilustre representante do Ministério Público, determinando-se a expedição do 
competente alvará de soltura em seu favor, como medida da mais lídima justiça. 
Nesses termos, 
Pede e espera deferimento. 
São José, 24 de Maio de 2017. 
Nome do Advogado 
OAB/SC 
 
 
CASO 8 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR DA ...DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. 
 
ALBERTO, brasileiro, solteiro, advogado, nº OAB 12323/RJ, com 
escritório na rua das Flores, nº 123, bairro Jardins, CEP 68907-654, vem, com base no 
art. 5º, LXVIII, CRFB, e nos artigos 647/667, CPP, perante Vossa Excelência, impetrar 
o presente 
 
 
HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO 
 
 
 
Em favor do paciente MICHAEL DA SILVA, brasileiro, indicando como 
autoridade coatora o MM. JUIZ DA 22ªVARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL, 
alegando o seguinte. 
 
 
 
I-DOS FATOS 
 
 
MICHAEL DA SILVA foi preso em flagrante no dia 10 de julho de 2016 
pela prática do crime previsto no art. 16, § único, IV da Lei 10.826/03 e art. 28 da lei 
11.343/06. No auto de prisão em flagrante constavam os depoimentos dos policiais 
que efetuaram a prisão. 
Michael fora preso em razão de uma notitia criminis realizada por sua 
mulher Angelina afirmando que o mesmo possuía armas dentro de casa com 
numeração raspada e isso a assustava. 
 Diante da informaçãoe com o consentimento de Angelina, os policiais 
se dirigiram a casa onde o casal residia e após uma intensa busca no imóvel, 
encontraram três revólveres calibre 38 com a numeração raspada, em um armário 
dentro do quarto. Em outro armário, os policiais encontraram 50 munições. Em 
seguida, encontraram um papelote contendo 0,9 decigramas de cocaína. 
Perguntado sobre a posse do material encontrado, MICHEL afirmou 
que adquirira as armas em Angra dos Reis de um amigo, e quanto à maconha, disse 
que era para seu uso pessoal. 
O auto de prisão em flagrante foi devidamente lavrado e distribuído ao 
juízo da 22ª Vara Criminal da Capital, onde foi requerida a sua liberdade provisória, 
que foi negada pelo juiz ao argumento de que se tratava de crime grave, haja vista o 
preso possuir 03 revólveres com numeração raspada em sua residência e em razão do 
depoimento da sua esposa que afirmou ser ele um homem agressivo. Não há 
anotações na folha de antecedentes de MICHAEL. 
 
II- DO DIREITO 
 
2.1- DA DESNECESSIDADE DA PRISÃO EM DECORRÊNCIA DA 
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA. 
 
A prisão do paciente não preenche os requisitos do artigo 312 do 
Código de Processo Penal necessários para prisão preventiva. 
 
Ausentes portanto Periculum libertatis requisito da cautelar. 
 
 
III- DO PEDIDO 
Por esses motivos, o impetrante pleiteia a concessão da ordem, 
revogando a prisão preventiva decretada, com a consequente expedição de alvará de 
soltura. 
 Espera deferimento. 
 
Rio de janeiro –RJ, 10 de julho de 2016 
 
___________________ 
 
Advogado Inscrição OAB nº 
 
 
CASO 9 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL 
DA COMARCA DA CAPITAL 
 
 
 
 
NOME ADVOGADO, advogado inscrito na OAB sob o Nº xxx, com 
escritório na Rua xxx, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, impetrar 
ORDEM DE HABEAS CORPUS COM PEDIDO LIMINAR, com fulcro no artigo 5º, 
inciso LXVIII, da Constituição Federal e artigos 647 e 648 do Código de Processo 
Penal, em favor de SARAJANE, nacionalidade, acompanhante, portador da cédula de 
identidade nº, inscrito no CPF sob o nº, residente e domiciliado na rua xxx, pelas 
razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 
 
I – Dos Fatos: 
O delegado do Distrito Policial da Capital determinou, aos seus 
agentes, a 
prisão de todas as meretrizes que atuam na região, pois pretende 
restabelecer os bons 
costumes na cidade, como afirmou em entrevista à rádio local. 
O delegado do Distrito Policial da Capital determinou, aos seus 
agentes, a 
prisão de todas as meretrizes que atuam na região, pois pretende 
restabelecer os bons 
costumes na cidade, como afirmou em entrevista à rádio local. 
O delegado do Distrito Policial da Capital determinou, aos seus 
agentes, a prisão de todas as garotas de programa que atuam na região, pois pretende 
restabelecer os bons costumes na cidade, como afirmou em entrevista a rádio local. 
Algumas horas após a ordem, os agentes de polícia realizaram as 
primeiras prisões. Sarajane, que atua como acompanhante na localidade, passou a 
temer ser presa no horário em que realiza os seus encontros, razão pela qual deixou 
de fazê-los. 
II – Do Direito: 
No entanto, a determinação do Delegado de Polícia constitui ato ilegal, 
impondo à paciente restrição indevida em seu direito de ir e vir, pois como é sabido, 
não constitui fato típico a prostituição. Cabe também ressaltar a inconstitucionalidade 
do fato, por contrariar direitos,fundamentais previstos na carta magma. Como prever o 
art. art. 5, XV, CF/88, a 
locomoção dentro do território nacional é livre, quando isto não infringir 
a lei, ora, 
como já exposto anteriormente, a prostituição não constitui fato típico, 
desta forma 
não contaria nenhuma previsão legal, desta forma não há por quê o 
cerceamento da 
liberdade de Sarajane,. 
Ainda há a contrariedade ao disposto no art. 5º, LIV da CF. A ordem de 
prisão se 
deu a um mero capricho do delegado, que ignorou a norma e sucumbiu 
à sua própria 
vontade, sem se importar com a norma, sem seguir o devido processo 
legal, pois como 
prevê o artigo supramencionado a “ninguém será privado da liberdade 
ou de seus bens 
sem o devido processo legal”. 
 
 
III – Do Pedido: 
Ante ao exposto, é a presente impetração para requerer seja oficiada a 
autoridade coatora, a fim de que esta preste informações, intimando-se o membro do 
Ministério Público para que se manifeste, assim como a concessão da EXPEDIÇÃO 
DE SALVO CONDUTO em favor de SARAJANE, com o fim de que seja mantido o seu 
direito constitucional de liberdade de locomoção, com fundamento legal no artigo 648 
do CPP. 
 
Nesses termos, 
Pede e espera deferimento. 
São José, 31 de Maio de 2017. 
 
Nome do Advogado 
OAB/SC 
 
CASO 10 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __ VARA CRIMINAL DO TRIBUNAL 
DO JURI DA COMARCA DE ___ DO ESTADO ___ 
 
Autos do processo nº: ... 
Autor: MP 
Ré: Jerusa Sobrenome ... 
 
Jerusa Sobrenome ..., já qualificada nos autos da presente ação penal 
movida pelo Ministério Público, vem, respeitosamente, à presença de Vossa 
Excelência, por seu advogado, regularmente constituído conforme procuração 
acostada aos autos em folhas ..., inconformado com a decisão de folhas ..., interpor, 
com fundamento no artigo 581, IV do CPP, o presente RECURSO EM SENTIDO 
ESTRITO, requerendo seja o mesmo recebido com as razões e, após apresentadas as 
contrarrazões ministeriais, seja feito o juízo de retratação, nos termos do art. 589 do 
CPP. Contudo, caso seja mantida a decisão ora atacada de fls. ..., seja o presente 
recurso encaminhado ao Tribunal de Justiça do Estado de ...., para regular 
processamento e julgamento do mérito, onde se espera a reforma da decisão 
impugnada. 
 
Nestes termos 
Pede deferimento 
Local / data 
Advogado/ OAB 
 
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado... 
Colenda Câmara Criminal 
Eminentes Desembargadores 
Autos do processo nº: ... 
Autor: MP 
Ré: Jerusa Sobrenome ... 
 
Jerusa Sobrenome..., já qualificada nos autos da presente ação penal 
que lhe moveu o Ministério Público, vem, respeitosamente, perante esta Egrégia Corte, 
por seu advogado, regularmente constituído e qualificado, com procuração acostada 
aos autos, apresentar, com fundamento no artigo 588 do CPP, suas RAZÕES DE 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, pelos motivos de fato e de direito que abaixo 
seguem. 
 
I – DOS FATOS 
 O Ministério Público ofereceu denúncia em face da acusa pela 
suposta prática de crime de homicídio doloso, tipificado no art. 121 do CP, com 
fundamento no fato de que a mesma, ao ultrapassar veículo automotor em via de mão 
dupla, não sinalizou com a seta luminosa vindo a atingir Diogo, motociclista que, em 
alta velocidade, conduzia sua moto no sentido oposto, falecendo mesmo após a 
presteza do socorro diligenciado pela acusada. 
 Diante da denúncia, e, após regular instrução criminal, o douto 
magistrado deste juízo, proferiu decisão de pronúncia da acusada, que, data venia, 
deve ser reformada conforme fundamentos abaixo aduzidos. 
 
II – DO DIREITO 
 Em primeiro lugar, a acusada não agiu com dolo em sua 
conduta, uma vez que além de diligenciar socorro prestativo à vítima, o acidente 
ocorreu nestas circunstâncias por imprudência do motociclista que estava em alta 
velocidade, não sendo previsível ou não tendo assumido o risco de tal fato a acusada, 
cuja conduta se amolda ao crime de homicídio culposo na direção de veículo 
automotor, tipificado no art. 302 do CTB, razão pela qual, deve ser desclassificado o 
crime de homicídio doloso, tipificado no art. 121 caput do CP, para o supracitado crime. 
 Nesta mesma esteira, não severifica o dolo na conduta da 
acusada, pois mesmo que se admita configurar o dolo eventual, este exige além da 
previsão do resultado, que o agente assuma o risco de ocorrência do mesmo, 
consoante ao art. 18, I parte final, do CP, que adotou a teoria do consentimento, não 
encontrando tal hipótese, contudo, suporte na realidade destes autos. 
 Em segundo lugar, consequentemente à desclassificação de 
crime acima fundamentada, não é competente para julgar a acusada o Tribunal do Júri, 
nos termos do art. 74 §1º do CPP, havendo os autos de ser remetidos para juiz de 
Direito da Vara Criminal, na forma do art. 419 do CPP, que expressamente prevê esta 
hipótese. 
 
IV – DOS PEDIDOS 
 Ante ao exposto requer: 
a) Seja conhecido o presente recurso e suas razões; 
b) Seja desclassificado o crime de homicídio doloso, previsto no art. 
121 caput do CP, imputado na denúncia à acusada, para o crime de homicídio culposo, 
previsto no art. 302 do CTB; 
c) Seja, consequentemente, os autos remetidos ao competente Juiz de 
Direito de Vara Criminal da Comarca de ..., para o devido processamento e julgamento 
do feito, nos termos do art. 419 do CPP c/c art. 74 §1º do CPP. 
 
Nestes termos 
Pede deferimento 
Local / data 
Advogado/ OAB 
 
 
 
CASO 11 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL 
DA COMARCA DO MUNICÍPIO X 
PROCESSO nº 
BRAD NORONHA, já devidamente qualificado nos autos da ação penal 
n°________,, por seu advogado regularmente constituído conforme procuração em 
anexo as folhas ___, inconformado com a sentença proferida nas folhas ____, vem, 
perante a Vossa Excelência, interpor o presente 
RECURSO DE APELAÇÃO, 
o que faz tempestivamente, com base no artigo 593, I do CPP 
consoante razões recursais em anexo. 
.Requer assim que, após recebida, com as razões anexas, seja 
reformada a decisão impugnada em sede de juízo de retratação, nos termos do art. 
589,CPP. Caso mantida a decisão, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal 
de Justiça, onde deverá ser processado o presente recurso. 
Nestes termos, 
Pede Deferimento. 
Local, 25 de Março de 2017. 
 
Advogado 
OAB/UF 
RAZÕES DE APELAÇÃO 
 
 
 
 
APELANTE: BRAD NORONHA 
APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO 
PROCESSO nº 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
COLENDA CÂMARA CRIMINAL 
 
1. DOS FATOS 
 
Brad Noronha foi denunciado e processado, pela prática de roubo 
qualificado em decorrência do emprego de arma de fogo. Durante o inquérito policial, o 
apelante foi reconhecido pela vítima. Em sede de instrução criminal, nem a vítima, nem 
as testemunhas, afirmaram ter escutado qualquer disparo de arma de fogo, mas foram 
uníssonas no sentido de assegurar que o réu portava arma. Não houve perícia, pois os 
policiais que prenderam o réu em flagrante não lograram êxito em apreender a arma. 
Tais policiais afirmaram em juízo que, após escutarem gritos de “pega 
ladrão!”, viram o réu correndo e foram ao seu encalço. Afirmaram que, durante a 
perseguição, os passantes apontavam para o réu, e que este jogou um objeto no 
córrego que passava próximo ao local dos fatos, que acreditavam ser a arma de fogo 
utilizada. O recorrente foi condenado a dez anos e seis meses de reclusão, por roubo 
com emprego de arma de fogo, tendo sido fixado o regime fechado para o 
cumprimento da pena. 
 A decisão condenatória, contudo, merece ser reformada, senão 
vejamos. 
2- DO DIREITO: 
 
2. 1- Preliminar: 
A inobservância do procedimento de reconhecimento de pessoa 
expresso no art. 226 do CPP gera nulidade do processo, por omissão de formalidade 
que constitua elemento essencial do ato, por isso mesmo, pede-se que seja 
reconhecida a nulidade processual, nos termos do artigo 564, IV do CPP, pois No caso 
em tela, o ato do reconhecimento do apelante foi realizado de forma inválida. Requer, 
portanto, a nulidade do processo. 
 
2.2 - DO MÉRITO: 
Evidentemente que, pelo que consta dos autos, merece o Apelante ser 
absolvido da imputação que lhe é feita através da denúncia posto que, vítima e 
testemunhas afirmam não ter ouvido disparos de arma de fogo, que a propósito, não 
fora encontrada e periciada como meio de prova. Portanto, não há provas suficientes 
de tal fato. Somado ao fato de que houve nulidade no reconhecimento de pessoa, 
sequer pode-se falar em comprovação da autoria do crime. 
Indubitavelmente consta nos autos que a vítima reconheceu o 
acusado, ora Apelante, em procedimento totalmente impróprio e inadequado, já que 
„espiou‟ por um pequeno orifício da porta em direção à sala onde se encontrava o réu 
sendo o correto colocar o acusado em sala própria, ao lado de outras pessoas 
parecidas, a fim de que pudesse ser verdadeiramente, identificado pela vítima, e assim 
procedendo, não observou à autoridade as condições impostas pela legislação penal 
para o reconhecimento de pessoas, expressamente dispostas no artigo 226, II do 
Código de Processo Penal. Assim procedendo, incorreu inclusive, em prova ilícita, 
contrariando também o contido no artigo 157 do CPP. Portanto, não há como se 
sustentar esteja provado a autoria, imputando-lhe, não reconhecida a nulidade, a 
absolvição por ausência de prova da autoria. 
Frise-se, também, que a coleta da prova, irregular e ilícita, foi feita em 
sede policial, não tendo sido judicializada e, por isso mesmo, é clara a caracterização 
do fruto da árvore envenenada, devendo tal prova ser desentranhada do processo, 
pois se torna imprestável para sustentar a condenação do acusado, ora Apelante. 
Por outro prisma, apenas para argumentar, caso tivesse sido o agente 
autor de algum delito, esse não poderia ser de roubo majorado pelo emprego de arma. 
A arma não foi apreendida e, se ela existisse, deveria ter sido periciada posto que os 
policiais afirmaram ter sido a mesma jogada em um córrego. Embora exista tal 
afirmação, não houve qualquer empenho na busca pela suposta arma, portanto não 
poderia, sequer ser considerado crime de roubo, eis que não há prova, nos autos, do 
emprego de violência ou grave ameaça contra pessoa tampouco a comprovação da 
utilização de arma de fogo. Assim, se alguma condenação deva pesar sobre o ora 
Apelante, essa deverá se constituir pela prática de furto, mas não de roubo 
3 – DOS PEDIDOS: 
 Posto isso, venho requerer: 
a) A reforma da decisão proferida pelo MM. Juiz „a quo‟ para decretar a 
absolvição do Apelante, com fulcro no artigo 386, V do Código de Processo Penal, vez 
que não ficou provado que o acusado tenha concorrido para prática da infração penal. 
b) No caso de não ser decretada absolvição, seja declarada nula a 
decisão condenatória, eis que não observadas às condições impostas para o 
reconhecimento de pessoas, existindo omissão quanto à formalidade essencial do ato, 
de acordo com o previsto no artigo 226, II do CPP e artigo 564, IV do mesmo diploma 
legal. 
c) Ainda, não havendo convencimento quanto à absolvição ou à 
nulidade, seja o acusado, ora Apelante, beneficiado pelo princípio do in dúbio pro reo, 
a fim de vê-lo, no máximo, condenado por crime de furto. 
 
 
Por ser medida de justiça, 
Pede deferimento. 
Local, 02 de Abril de 2017. 
Advogado 
 OAB/UF 
 
 
 
 
CASO 12 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI 
DA COMARCA DE …. 
 Processo nº .... 
 
 George Vasconcelos Pereira, nos 
autos da ação penal pública que lhe move o Ministério Público, vem, por seu advogado 
abaixo assinado, com fulcro no art. 593, inciso III, d, CPP c/c art. 416 do CPP, 
inconformado da r. sentença de fls. ..., interpor perante Vossa Excelência. o presente 
recurso de APELAÇÃO requerendo desde já o processamento do presente recurso, 
com as inclusas razões. 
 
Termos em que, 
 Pede deferimento. 
. 09 de Dezembro de2016. 
 
 
 
 
 
RAZÕES DA APELAÇÃO 
 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
COLENDA CÂMARA 
EMÉRITOS DESEMBARGADORES 
RECORRENTE: GEORGE VASCONCELOS PEREIRA 
RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO 
PROCESSO nº: ... 
 George Vasconcelos Pereira, no 
processo crime que lhe é movido pela Justiça Pública por infração do art. 121, § 2º, II 
do CP, que tramitou perante a ... Vara do Tribunal do Júri da Cidade de ..., vem, 
respeitosamente, por sua advogada e procuradora infra assinado (proc., fls.), apelar, 
da r. sentença condenatória definitiva, proferida pelo M.M. Juiz de ... da ... Vara do 
Tribunal do Júri da ..., que expõe a seguir: 
 
 
I-DOS FATOS. 
 
 O recorrente foi pronunciado, na 
forma do art. 413 do CPP, pelo crime previsto no art. 121, § 2º, II do CP, por em tese 
ter matado a vítima Leônidas Malta em uma briga na saída da boite TheNight. 
 O processo tramitou regularmente 
na primeira fase do procedimento, com designação de AIJ para o dia 11 novembro de 
2015, tendo sido o recorrente pronunciado no dia 2 de março de 2016. Assim, o 
julgamento em Plenário ocorreu efetivamente no dia 9 de dezembro de 2016. 
 Em sede de debates orais o MP 
sustentou a acusação nos limites da denúncia, sendo certo que ocorreu legítima 
defesa, conforme prevista no art. 5º, LXIII da CRFB/88. Bem como a ausência de 
provas nos autos que comprovassem o que fora sustentado pela acusação. 
 Em réplica, o ilustre membro do 
Parquet apontou para o acusado e sustentou para os jurados que “se o acusado fosse 
inocente ele não teria ficado calado durante o interrogatório, que não disse nada 
porque não tem argumentos próprios para se defender e que, portanto, seria 
efetivamente o responsável pela morte da vítima, pois, afinal, quem cala consente”. A 
defesa reforçou seus argumentos de defesa em tréplica, contudo, o recorrente foi 
condenado pelo Conselho de Sentença e o Juiz Presidente fixou a reprimenda estatal 
em 15 anos de reclusão em regime inicialmente fechado por homicídio qualificado por 
motivo fútil (art.121, §2º, II, CP). 
 
II- DO DIREITO 
 
 Subsidiariamente, no caso em 
tela, está claro a legítima defesa do réu, haja visto que o réu, foi tentar repelir eminente 
e injusta agressão, estando presentes os requisitos do artigo 25 do Código Penal, 
excluindo-se a ilicitude do fato, nos termos do artigo 23, inciso II do Código Penal. 
 Caso Vossa Excelência não 
entenda deste modo, requer seja desclassificado o crime de homicídio qualificado para 
o crime de lesão corporal seguida de morte, nos termos do artigo 129, parágrafo 3º, de 
modo que o que o réu desejava era apenas lesionar a vítima e não atingir o resultado 
morte, remetendo-se então o processo ao juízo competente. 
 Outrora, caso esse ainda não 
seja o entendimento de Vossa Excelência, requer seja desconsiderada a qualificadora 
do inciso II do artigo 121 do Código Penal, haja visto a ausência das situações fáticas 
no caso concreto, sendo que o motivo não foi fútil, mencionado no inciso II. 
 Caso Vossa Excelência atenda a algum 
pedido acima, requer seja recalculada a pena do réu, levando em consideração a 
ausência das circunstâncias que poderiam elevar a pena do artigo 59, fixando-o a pena 
no mínimo legal. Posteriormente, que seja lhe atribuído o regime inicial aberto, nos 
termos do artigo 33, parágrafo 2º, alínea C do código de processo penal. 
 Ainda, caso Vossa Excelência 
acate algum pedido acima e o mesmo se enquadre no artigo 44 do Código Penal, 
pede-se que a pena do réu seja substituída por restritiva de direitos, o sancionando a 
alguma das prestações inseridas no artigo 43 do Código de Processo Penal. 
III- DO PEDIDO. 
 Pede-se e espera-se que essa Colenda Corte digne-se receber, 
processar, conhecer e acolher este recurso, anulando a r. sentença recorrida, nos 
termos da preliminar; se vencida esta, digne-se reformar totalmente a r. sentença 
condenatória, ordenando a expedição do alvará de soltura em favor do recorrente, 
contendo a cláusula se por alvará não estiver preso, como medida de inteira justiça. 
Cumpridas as necessárias formalidades legais, pede-se que se 
conheça, espera-se o provimento do presente recurso. 
 
 
 
 
 Nesses termos, 
 Pede deferimento. 
 
 
 
 
 
Local..., ... de ... de ... 
 
Advogado 
OAB/UF

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