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Psicologia Aplicada ao Direito AV1

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1 
Psicologia Aplicada ao Direito - Prof. Marisa - Estudo para Av1 
1. A psicologia como ciência 
a. Definições 
Psicologia é a ciência que estuda a mente e o comportamento. 
Psicologia do senso comum ou Psicologia ingênua é o conjunto de ideias, crenças e convicções transmitidas culturalmente e que 
cada indivíduo possui a respeito de como as pessoas funcionam, se comportam, sentem e pensam. É subjetivo, imediatista e 
assistemático 
 Ciência é a atividade eminentemente reflexiva, que procura compreender, elucidar e alterar o cotidiano, a partir de estudos 
sistemáticos. 
O conhecimento científico é crítico, reflexivo, sistemático, exige Método, permite dúvida, pode ser provado e comprovado. Esses 
conhecimentos devem ser obtidos de maneira programada, sistemática e controlada, para que se permita a verificação de sua validade 
 
b. Objeto de estudo da psicologia 
Em sentido lato, a psicologia tem por objetos de pesquisa o comportamento e os processos mentais de todos os seres vivos. 
Define-se por comportamento toda forma de resposta ou atividade observável realizada por um ser vivo. 
Processos mentais são experiências subjetivas que inferimos através do comportamento: sensações, percepções, sonhos, 
pensamentos, crenças, sentimentos. 
 
2. Principais escolas (ou correntes teóricas) da psi 
a. Escola Behaviorismo ou psi. Comportamental 
Behaviorismo: O comportamento é resultante do condicionamento de reflexos inatos influenciados pelo reforço negativo ou 
positivo; 
Na visão Behaviorista o indivíduo é produto do meio. 
Uma criança ao nascer é provida unicamente de um certo número de reflexos, puramente fisiológicos. Tudo o mais, em termos 
comportamentais, ela terá que aprender a partir dos estímulos ambientais que receber. Ela será condicionada pelo meio. 
 
b. Escola Gestalt (entendem o comportamento como processo perceptivo). 
Percepção é a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, a partir de histórico de experiências anteriores. O 
indivíduo organiza e interpreta as suas impressões sensoriais. 
Toda percepção é uma Gestalt, um todo que não pode ser compreendido pela separação em partes (o todo é mais que a soma 
das partes ). Elementos que mais contribuem para o processo de percepção são: as características do estímulo , as experiências passadas, 
atitudes e características da personalidade do indivíduo. 
 
Percepção e sensação 
A diferença básica é que na sensação o indivíduo não nomeia. Sensação é algo percebido, um estimulo. 
Na percepção o indivíduo nomeia o objeto percebido. Sensação acompanhada de significado atribuído. 
A Percepção é importante, pois faz com que diferentes pessoas tenham diferentes interpretações ou visões, inclusive 
contraditórias, do mesmo fato ou pessoa. 
Observação: 
Simplificações frequentes usadas no julgamento das outras pessoas 
Projeção: Os julgamentos distorcidos pela projeção tendem a perceber os outros de acordo com as características do 
observador, e não como os outros são de verdade. 
Estereotipagem: Quando julgamos alguém com base na nossa percepção do grupo do qual ele faz parte. 
 
c. Escola Psicanalítica 
 Entende o comportamento humano como resultante de um processo de motivação inconsciente; o comportamento é visto 
como uma expressão projetiva do mundo interno; 
O inconsciente, segundo Freud, estaria dissociado da realidade e seria regido pelo que ele chamou de princípio do prazer. 
O Comportamento do homem é muito mais determinado pelo Inconsciente. 
Os fatores inconscientes são essenciais à constituição de uma boa saúde mental, estando presentes nas mais diversas e ricas 
expressões do ser humano. Sonhos, esperanças, desejos e fantasias são de interesse da Psicanálise, como também as experiências vividas 
nos primeiros anos de vida em família. 
 
 Teoria sobre a estrutura da mente 
Consciente : O pensamento presente na mente. 
Pré-consciente: todo conteúdo que pode ser consciente através da memória. 
Inconsciente : Conteúdo desconhecido (o que não sabemos de nós mesmos). Pode estar reprimido. 
 
Teoria dinâmica da mente 
ID é a fonte de energia psíquica presente no nascimento; O Instinto. O ID funciona de forma imediatista; regido pelo princípio do 
Prazer; o ID é atemporal e não é verbal; sua linguagem é o sentir. 
EGO é a Instância que se diferencia do ID; intermediário entre o Desejo (mundo interno) e a realidade (mundo externo). 
O EGO desenvolve-se a partir da evolução adaptativa do sujeito com a realidade 
A função do Ego é a autopreservação, adaptação, modificação do mundo externo, como também, o controle dos instintos e das 
tensões de prazer e desprazer. O EGO é o executivo da Personalidade. É o próprio EU. 
SUPEREGO é o responsável pela construção interna dos valores morais e pela internalização das normas sociais. 
 
 2 
Pode-se dizer que alguém que não desenvolveu o SUPEREGO é um PSICOPATA. 
A dinâmica da Personalidade depende da maneira pela qual a energia psíquica é distribuída e utilizada pelo ID – EGO – 
SUPEREGO. 
 
d. Escola Humanista :A terapia deve ser centrada na pessoa e não em teoria; 
Sendo um ramo da Psicoterapia em oposição exclusivamente ao Behaviorismo. 
Principais teóricos foram Carl Rogers e Abraham Maslow. Maslow, em 1962, desenvolveu o conceito de motivação atrelado ao 
modelo de hierarquia de necessidades construída com base numa pirâmide. Carl Rogers baseou seu trabalho no indivíduo, criando a 
chamada terapia centrada na pessoa. 
 
Maslow (motivação hierarquia das necessidades) 
5 – AUTO REALIZAÇÃO ( Realização pessoal) 
4 - STATUS-ESTIMA (Necessidade de estima) 
3 – SOCIAIS (Amizades – relacionamentos amorosos) 
2 – SEGURANÇA (Emprego – família – saúde) 
1 – FISIOLÓGICA (Fome – sono) 
 
Carl Rogers (terapia centrada na pessoa). 
Acreditava que todos os indivíduos possuem uma tendência inata para ser BOM. 
Acreditava na capacidade consciente do indivíduo de modificar seus pensamentos e comportamentos fornecendo a base da 
formação de sua PERSONALIDADE. 
 
e. Escola - A social pelo viés da matriz sócio-histórica (o referencial sócio histórico considera o homem um ser social, histórico e ativo. 
marcado por influências culturais). 
Nesse processo, a pessoa vai construindo a noção de subjetividades com base em características da sócio-histórica que são 
imputadas aos sujeitos por meio de sua relação com os outros e com o mundo. 
Psicologia Sócio-histórica - considera o homem um ser social, histórico e ativo e estabelece relações com claras marcas culturais. 
 
3. Psicologia aplicada ao direito 
A primeira demanda que se fez à Psicologia em nome da justiça ocorreu no campo da psicopatologia. 
No passado, a doença mental e a criminalidade foram o universo de atuação da Psicologia no judiciário, hoje são as crianças, os 
jovens e as famílias os principais protagonistas da intervenção psi. 
Atualmente - o psicólogo encontra espaço e legitimidade nas escolas, nas universidades, nas organizações, nos hospitais, nos 
conselhos tutelares, no judiciário, nas políticas públicas... 
Psicologia Jurídica - intensamente influenciada pelo ideário positivista e privilegiando o método científico. 
 
4. Documentos produzidos pelo psicólogo 
Atestado psicológico / Declaração 
 É um documento expedido pelo psicólogo que certifica uma determinada situação ou estado psicológico, tendo como finalidade 
afirmar sobre as condições psicológicas de quem, por requerimento, o solicita, com fins de: Justificar faltas e/ou impedimentos do 
solicitante; 
É um documento que informa a ocorrência de fatos e situações objetivas relacionadas ao atendimento psicológico. Por exemplo: 
o Sr. X está em atendimento psicológico há dois anos, na frequência de duas vezes por semana, terça e quinta feiras, às 11 horas 
 
Relatório / Laudo psicológico 
 É uma apresentação descritiva acerca de situações e/ou condições psicológicase suas determinações históricas, sociais, 
políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica. Como todo documento, deve ser subsidiado em dados colhidos e 
analisados, à luz de um instrumental técnico (entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos, observação, exame psíquico, intervenção 
verbal), consubstanciado em referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo psicólogo. 
 
Parecer psicológico / Perícia 
 Parecer é um documento fundamentado e resumido sobre uma questão focal do campo psicológico cujo resultado pode ser 
indicativo ou conclusivo. 
 O parecer tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora, no campo do conhecimento psicológico, através de uma 
avaliação especializada, de uma "questão-problema", visando a dirimir dúvidas que estão interferindo na decisão, sendo, portanto, uma 
resposta a uma consulta, que exige de quem responde competência no assunto. 
 
5. Desenvolvimento humano 
Desenvolvimento diretamente influenciado pela hereditariedade e pelo ambiente. 
Construção contínua ; gradativo aparecimento de estruturas mentais – organização e solidificação – equilíbrio – inteligência, vida 
afetiva e relações sociais 
Importância do estudo do desenvolvimento humano ; conhecer características comuns de cada faixa etária; 
Reconhecer individualidades; maior aptidão para a observação e a interpretação dos comportamentos humanos. 
Desenvolvimento é um processo que tem início na concepção e só termina com a morte. 
 
a. Fatores que influenciam o desenvolvimento humano 
 
 3 
 Hereditariedade : Carga genética que estabelece o potencial do indivíduo que pode ou não se desenvolver. Crescimento 
orgânico ( refere-se ao aspecto físico). Maturação neurofisiológica é o que torna possível certos padrões de comportamento. 
Meio Ambiente : Conjunto de influências e estimulações ambientais que altera os padrões de comportamento do indivíduo 
 
Observação 
O estudo do desenvolvimento humano é muito importante para várias questões jurídicas que devem ser avaliadas a partir da 
etapa do desenvolvimento em que o indivíduo se encontra. Por exemplo: 
 O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) pressupõe certo entendimento sobre a infância e a adolescência 
 O Estatuto do Idoso abrange sujeitos que estão em outro ciclo vital, com características específicas. 
 O Código Penal está fundamentado em questões da maioridade. 
 
b. Cultura 
A Cultura influencia as características do comportamento, suas atitudes, seus valores, seus motivos. 
A Família é (desde o início) o maior agente socializante. Esse processo inicia na infância e nos acompanha por toda vida. 
Somos multideterminados: Os fatores básicos são: Hereditariedade e o Ambiente. Mas através interação social , construímos o 
Processo de Socialização. As ações de um indivíduo são ao mesmo tempo resultado e causa das ações de outro indivíduo 
 
c. Erik Erikson 
Seguidor da Escola Psicanalítica . Destacou a importância da sociedade para o Desenvolvimento Humano. 
O Desenvolvimento ocorre durante toda a vida e seria influenciado pela sociedade . Dividido em 8 Estágio 
Cada Estágio envolve uma crise que surge de acordo com a maturação do indivíduo e que deve ser resolvida de forma 
satisfatória para um desenvolvimento saudável. 
 
Princípio Epigenético :Significa que o desenvolvimento ocorre em Estágios sequenciais e claramente definidos. 
Caso não ocorra a resolução eficaz de um determinado estágio, todos os estágios subsequentes refletirão este fracasso, na 
forma de um desajuste físico, cognitivo, social ou emocional. 
 A Crise Interna pode ser considerada como o ponto de virada, período em que o indivíduo se encontra em um estado de maior 
vulnerabilidade. 
Idealmente, se uma crise é dominada com sucesso, a pessoa ganha força e é capaz de avançar para o próximo estágio 
 
Estágios de desenvolvimento de Erik Erikson: 
 
CONFIANÇA vs. DESCONFIANÇA (0 - 1 ano) Relacionado com a persistência, continuidade e uniformidade da experiência de 
maternidade. 
 
AUTONOMIA vs. VERGONHA E DÚVIDA (2 – 3 anos) Neste período, a criança passa a ter controle de suas necessidades 
fisiológicas e a responder por sua higiene pessoal, o que dá a ela grande AUTONOMIA, confiança e liberdade. 
 
INICIATIVA vs CULPA (4-5 anos) Durante este período, a criança passa a perceber as diferenças sexuais (os papéis 
desempenhados por homens e mulheres na sua cultura). 
 
CONSTRUTIVIDADE vs INFERIORIDADE (6 - 11) Criança necessita expandir a compreensão do mundo, continuar a desenvolver 
papéis sexuais apropriados e aprender as habilidades básicas para o sucesso na escola. 
 
IDENTIDADE vs. CONFUSÃO DE PAPÉIS (12 - 18) Identidade do ego: é a segurança originada da própria capacidade de manter a 
uniformidade e a continuidade internas e a sua correspondência na uniformidade e continuidade do que significa para os outro 
 
INTIMIDADE vs. ISOLAMENTO (18 - 35) A tarefa básica é desenvolver relações de intimidade que vão além do amor adolescente 
(perder-se e achar-se no outro 
 
PRODUTIVIDADE vs. ESTAGNAÇÃO (35 - 60) MEIA IDADE Período caracterizado pela capacidade de produzir. O foco está nas conquistas 
profissionais e criatividade. Preocupação relativa a firmar e guiar a nova geração.. 
 
INTEGRIDADE do EGO vs. desesperança (60) VELHICE :Caracteriza-se como um momento de avaliar os próprios sonhos e as 
conquistas. Etapa da “sabedoria”. 
 
d. Personalidades 
 Para a Psicologia a personalidade pode ser definida como um padrão de características duradouras que produzem consistência 
nas atitudes, comportamentos e individualidade. 
Nossa personalidade é única e nos diferencia dos outros. 
 
Personalidade para o senso comum: 
Refere-se à capacidade de rápidas tomadas de decisão; Característica marcante da pessoa como timidez ou extroversão ou 
refere-se a alguém importante ou ilustre 
 
Personalidade para a ciência da psicologia: 
 
 4 
Um conjunto de características que diferenciam os indivíduos; 
Organização dinâmica dos aspectos cognitivos, afetivos, fisiológicos e morfológico (estudo das formas ou estrutura de vida 
social); A Personalidade evolui de acordo com a organização interna do indivíduo. 
 
Personalidade jurídica 
Desde que vive e enquanto vive o homem é dotado de personalidade, que, consoante preconiza Clóvis Beviláqua, "é a aptidão, 
reconhecida pela ordem jurídica a alguém, para exercer direitos e contrair obrigações" 
"É o conjunto de poderes conferidos ao homem para figurar nas relações jurídicas" .Todavia vale dizer, que a personalidade não 
é um direito, mas sim, um conceito sobre o qual se apoiam os direitos a ela inerentes. 
 
A Personalidade humana 
É determinada não apenas de experiências, infantis, mas também pela vida adulta até a velhice. 
O desenvolvimento do EGO é mais do que um resultado de desejos intrapsíquicos ou energias psíquicas internas. 
Também é uma questão de regulagem mútua entre a criança em crescimento e a cultura e as tradições da sociedade. 
 
e.Teorias da personalidade 
 Teoria Psicanalítica : Freud descreveu a estrutura da personalidade em três componentes que são apresentados, de forma 
didática, em separado, mas são interativos e relacionados a aspectos conscientes e inconscientes. São eles: Id, Ego e Superego. 
 
Teorias Sociocognitivas : Enfatizam a influência da cognição — pensamentos, sentimentos, expectativas e valores — e da 
observação do comportamento de outras pessoas na determinação da personalidade. A base da personalidade está na habilidade 
humana consciente e auto motivada de mudar e se aprimorar. 
 
 Teorias Biológicas e Evolucionistas : a personalidade é determinada, em parte, pelos nossos genes. As características da 
personalidade que tiveram sucesso entre os nossos ancestrais apresentam mais chances de serem preservadas e passadas para as 
próximas gerações.Teorias dos Traços : para os teóricos dessa abordagem, seriam características do comportamento consistentes, que aparecem 
em diferentes situações. 
 
f. Avaliação das personalidades (Instrumentos de avaliação da personalidade ) 
Entrevistas (podem ser mais ou menos estruturadas, consistindo em um diálogo que possui um propósito definido. 
Escalas de avaliação gráfica (podem ser respondidas pela própria pessoa ou pelo avaliador; consistem em um registro em 
determinado ponto do gráfico um julgamento referente ao objeto de análise. ) 
 Inventários de personalidade (são questionários bem extensos e minuciosos que o indivíduo responde fornecendo informações 
sobre si mesmo; pode medir uma ou várias características da personalidade.) 
Testes projetivos (caracterizam-se por respostas a estímulos pouco estruturados e bastante ambíguos; o objetivo dos testes 
projetivos é a revelação de aspectos inconscientes e profundos da personalidade. ) 
Testes situacionais (os psicólogos observam o comportamento do indivíduo numa situação simulada da vida real.) 
 A avaliação psicológica é feita com entrevistas e testes que embasam as entrevistas finais de orientação psicológica, além de um 
relatório por escrito. 
 
 g. Conceito de normalidade critérios 
1 - Atitudes Positiva em Relação a Si Próprio; 
2 – Crescimento, Desenvolvimento e Autor realização; 
3 – Integração e Resposta Emocional; 
4 – Autonomia e Autor realização; 
5 – Percepção Apurada da Realidade; 
6 – Domínio Ambiental e Competência Social. 
 
h. Psicologia social 
 Estereótipos - são colocações de certas características a pessoas pertencentes a determinados grupos sociais. Os estereótipos 
podem ser definidos por atitudes positivas ou negativas, em relação a estas pessoas. 
Preconceito - atitude que apresenta duas características especificas: se forma sempre em torno de um núcleo afetivamente 
negativo; e, é dirigido contra um indivíduo ou grupo de pessoas. 
 Discriminação - é o comportamento que deriva do preconceito e do estereótipo. Geralmente, a discriminação é negativa e pode 
intensificar-se em situações de crise (politica, econômica, social e emocional). 
Estigma - a palavra estigma representa algo de mal, que deve ser evitado; que demonstra pertencer a uma categoria com 
atributos incomuns ou diferentes e pouco aceitos pelo grupo social, ou em casos extremos, é considerado mau e perigoso. 
 
 O conceito de normal e patológico é relativo. 
 
 5 
As ideias e os critérios de avaliação destes termos foram sendo construídas com base no desenvolvimento científico, na cultura e 
nos comportamentos daqueles que avaliam os indivíduos. 
 O conceito de Saúde Mental é mais amplo que a ausência de transtornos mentais. 
 Sob o ponto de vista cultural, o que em uma sociedade é considerado normal, aceito e valorizado, em outra sociedade, ou na 
mesma sociedade, em outro momento histórico, pode ser considerado anormal, desviante ou patológico. 
 
 Lei antimanicomial 
 Em 1987, em um Encontro Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental, nasceu o Movimento da Luta Antimanicomial. 
 A lei no 10.216/2001 surgiu como uma garantia de direitos e de reinserção social das pessoas estigmatizadas por serem 
portadoras de transtornos mentais. 
 Ainda se faz necessária uma luta mais ampla pelo respeito e garantia de direitos à diversidade e à singularidade de cada um. 
 
6. A família: relações afetivas e tipos de famílias na contemporaneidade 
A família é, em princípio, o primeiro grupo ao qual o ser humano pertence. 
 O casamento por amor foi se estabelecendo como o desejável e, entre os séculos XVIII e XIX. O amor romântico se torna o ideal 
de casamento e deu sustentação ao casamento monogâmico e à família nuclear burguesa, ou seja, aquela composta por pai, mãe e filhos. 
Com a modernidade e o crescimento do individualismo, amor, sexualidade e casamento se associaram. Um novo ideal de 
conjugalidade fez do casamento o lugar de promessa de felicidade onde o amor e a sexualidade são condições fundamentais. 
 No final do século XIX e início do século XX- passamos de uma sociedade repressiva para uma sociedade mais permissiva. Inicio 
do declínio do modelo patriarcal no meio doméstico ; a relação entre pais e filhos se modificou. 
A família patriarcal evoluiu e deu lugar à família caracterizada como um grupo vinculado pelo afeto. 
 
Observação: 
Referente ao Princípio do melhor interesse da criança: 
Os operadores do direito, ao tratar da filiação, têm que dar valor ao interesse do menor, devem observar o que realmente é o melhor 
para a criança e/ou adolescente, de modo a favorecer sua realização pessoal, independentemente da relação biológica que tenha com 
seus pais, pois muitas vezes eles encontram-se ligados apenas pelo parentesco sanguíneo, não existindo entre os mesmos qualquer tipo 
de ligação afetiva capaz de uni-los verdadeiramente como pais e filhos. 
 
a. Funções da família : 
As famílias como agregações sociais, ao longo dos tempos, assumem ou renunciam funções de proteção e socialização dos seus 
membros, como resposta às necessidades da sociedade pertencente. Nesta perspetiva, as funções da família regem-se por dois objetivos, 
sendo um de nível interno, como a proteção psicossocial dos membros, e o outro de nível externo, como a acomodação a uma cultura e 
sua transmissão. 
 
b. Formas familiar (tipos de família) 
 Nuclear ou conjugal( família padrão, dita tradicional. Pais casados morando com seus filhos biológicos) 
 Consiste num homem, numa mulher e nos seus filhos, biológicos ou adotados, habitando num ambiente familiar comum. A 
estrutura nuclear tem uma grande capacidade de adaptação, reformulando a sua constituição, quando necessário. Existem também 
famílias com uma estrutura de pais únicos ou monoparental, tratando-se de uma variação da estrutura nuclear tradicional devido a 
fenômenos sociais, como o divórcio, óbito, abandono de lar ou adoção de crianças por uma só pessoa. 
 
 A família ampliada ou extensa ou família reconstituída ( define-se pela presença, no lar, de filhos provenientes de uniões 
anteriores de um e/ou de outro cônjuge.) 
 Também dita consanguínea, é uma estrutura mais ampla, que consiste na família nuclear, mais os parentes diretos ou 
colaterais, existindo uma extensão das relações entre pais e filhos para avós, pais e netos. 
 
 Família comunitária: ao contrário dos sistemas familiares tradicionais, onde a total responsabilidade pela criação e educação das 
crianças se relaciona aos pais e à escola, nestas famílias, o papel dos pais é descentralizado, sendo as crianças da responsabilidade de 
todos os membros adultos. 
 
Famílias homoafetiva: colocam em questão o modelo tradicional fundado na reprodução biológica e a heterossexualidade do 
casal. Existe uma ligação conjugal ou marital entre duas pessoas do mesmo sexo, que podem incluir crianças adotadas ou filhos biológicos 
de um ou ambos os parceiros. 
 
Observação: 
Quanto ao tipo de relações pessoais que se apresentam numa família, podemos apresentar três tipos de relação. São elas, a de 
aliança (casal), a de filiação (pais e filhos) e a de consanguinidade (irmãos).

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