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PRÁTICA SIMULADA III – PENAL.
ALUNA: MARCIANA SILVA DA COSTA.
MATRÍCULA: 2012.014.279.41
DATA: 05/09/2017
CASO CONCRETO 03: RESPOSTA À ACUSAÇÃO. 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DO ESTADO XXX.
MATEUS, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador do RG de nº (xxx), inscrito no CPF sob nº (xxx), residente e domiciliado à (Rua), (nº), (complemento), (bairro), (Cidade) e (Estado), (endereço eletrônico), através de seu (ua) advogado (a) que esta subscreve (procuração anexa), vem perante a Vossa Excelência e em cumprimento aos Art. 396 e 396-A, do Código de Processo Penal e Art. 5º, inciso LV, CF/88, oferecer RESPOSTA À ACUSAÇÃO, pelas razões de fato e de direito a seguir expostos:
DA TEMPESTIVIDADE
O acusado teve sua citação efetivada na data de 18 de novembro de 2016, portanto estando em tempo hábil para sua defesa legal. 
I – DOS FATOS
MATEUS, foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas previstas no art. 217-A, §1º, c/c art. 234-A, III, todos do Código Penal, por crime praticado contra Maísa, de 19 anos de idade. Na peça acusatória, a conduta delitiva atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes termos:
No mês de agosto de 2016, em dia não determinado, Mateus dirigiu-se à residência de Maísa, ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol.
Naquela ocasião, aproveitando-se do fato de estar a sós com Maísa, o denunciado constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato que ocasionou a gravidez da vítima, atestada em laudo de exame de corpo de delito. Certo é que, embora não se tenha valido de violência real ou de grave ameaça para constranger a vítima a com ele manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou-se do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente mental, incapaz de reger a si mesma. 
II – DO DIREITO
Ocorre Excelência que após tomado conhecimento dos autos do processo, foi constatado que havia somente a peça inicial acusatória, os depoimentos prestados na fase do inquérito e a folha de antecedentes penais do acusado. 
Portanto, não havendo documento algum que possa levar ao convencimento de que o acusado possa ser conhecido como autor da ação penal imposta pelo Ministério Público.
A ação penal imposta pelo Ministério Público carece de legitimidade tendo em vista que a “vítima” não era deficiente mental, e que o acusado já a namorava havia algum tempo.
O acusado informou ainda que sua avó materna, Olinda, e sua mãe, Alda, que moram com ele, sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas e que a mesma não quis dar ensejo à ação penal, tendo o promotor, segundo o acusado, agido por conta própria.
Consequentemente a ação penal deverá ser anulada em inteligência ao art. 564, § 3º, III, alínea “a” do CPP, abaixo transcrito:
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
(...)
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante;
A Ação Penal carece de legitimidade, conforme art. 225, § único do CP:
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação.
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável. 
Vale ressaltar o entendimento do nobre doutrinador Marcellus Polastri no qual denomina:
“...a representação da ação penal condicionada de pedido autorização, aduzindo que "a representação nada mais é do que a manifestação de vontade da vítima ou de seu representante legal autorizando o Ministério Público a processar o agressor [...], bem como entende ser ela instituto de natureza mista (penal e processual), pois a falta dela leva à decadência e, consequentemente, à extinção da punibilidade, evitando-se o jus puniendi, que tem natureza penal, persistindo, entretanto, o seu caráter processual penal como condição de procedibilidade para a propositura da ação (art. 395, II, do CPP)" Manual de Processo Penal. 6ª ed. 2012. Editora Lumen Juris.
Sendo assim, por não constar nos autos qualquer prova da debilidade mental da vítima e que a mesma poderá comparecer para depor a favor do acusado em juízo, constata-se dessa forma a carência de representação.
III – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
Rejeição da denúncia por falta de legitimidade processual ocasionando a decadência e consequentemente a extinção de punibilidade, conforme art. 395, inciso II do CPP;
Não sendo atendido o pedido acima exposto, pede-se a absolvição sumária conforme art. 395, III, CPP;
Alternativamente, não sendo acolhidos os pedidos “a” ou “b” pede-se o exame de sanidade mental da vítima.
IV. DAS PROVAS:
Protesta em especial provas pericial e testemunhal.
Termos em que,
Pede e aguarda deferimento.
(Cidade) 28 de novembro de 2016.
_______________________
ADVOGADO
OAB/XX
Rol de testemunhas:
Maísa (vítima), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portadora do RG de nº (xxx), inscrita no CPF sob nº (xxx), residente e domiciliada à (Rua), (nº), (complemento), (bairro), (Cidade) e (Estado), endereço eletrônico (xxx);
Alda (mãe), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portadora do RG de nº (xxx), inscrita no CPF sob nº (xxx), residente e domiciliada à (Rua), (nº), (complemento), (bairro), (Cidade) e (Estado), endereço eletrônico (xxx);
Olinda (Vó), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portadora do RG de nº (xxx), inscrita no CPF sob nº (xxx), residente e domiciliada à (Rua), (nº), (complemento), (bairro), (Cidade) e (Estado), endereço eletrônico (xxx).

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