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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE VITÓRIA/ ESPIRITO SANTO 
 
 
GERSON (SOBRENOME), brasileiro, solteiro; sem indicio de união estável, 
médico, portador da carteira de identidade nº, expedida pelo, inscrita 
no CPF/MF sob o nº, endereço eletrônico, telefone celular, residente e 
domiciliado a rua, número, Vitoria, Espirito Santo, CEP, por seu advogado, 
com endereço profissional a rua, número, bairro, Esta do, CEP para fins 
do artigo 77, inc. V, do CPC, e conforme o artigo 319, CPC vem a este 
juízo, propor 
 
 
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGOCIO JURIDICO 
 
Pelo procedimento comum, em face de BERNARDO (SOBRENOME), 
nacionalidade, viúvo; sem a existência de união estável, profissão, 
portador da carteira de identidade nº, expedida pelo, inscrita no CPF/MF 
sob o nº, endereço eletrônico, telefone celular, residente e domiciliado a 
rua, número, Bahia, Salvador, CEP, pelos fatos que a seguir passa a expor. 
 
I. DOS FATOS 
 
Ocorre que o autor é credor da ré, conforme nota promissória no valor 
de R$80.000,00 (oitenta mil reais), já vencida em 10/10/2016. Ocorre que, 
Bernardo, dias após o vencimento da dívida e o não pagamento da 
mesma, fez uma doação, de seus dois imóveis, um localizado em na 
cidade de Aracruz e o outro localizado em Linhares, ambos no Espírito 
Santo, no valor de R$ 300.000,00, para sua filha Janaina, menor impúbere, 
residente em Macaé /RJ, com sua genitora, com cláusula de usufruto 
vitalício em seu favor do próprio Bernardo, além da cláusula de 
incomunicabilidade, conforme Certidão de Ônus Reais. Cumpre salientar 
que as dívidas de Bernardo ultrapassam a soma de R$ 400.000,00, sendo 
certo que o imóvel doado para sua filha está alugado para terceiros. 
Ante o exposto, faz-se arguir o direito inerente ao caso concreto. 
 
 
 
II. DO DIREITO 
O primeiro momento é o do artigo 113, que tem uma função 
interpretativa, ao prescrever: 
 “os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os 
usos do lugar de sua celebração” 
Entende-se boa-fé como um conceito ético de conduta, moldado nas 
idéias de proceder com correção, com dignidade, pautada a atitude 
nos princípios da honestidade, da boa intenção e no propósito de a 
ninguém prejudicar. 
O vício de consentimento, manifestamente comprovado pela 
documentação apresentada, autoriza o Autor a formular seu pedido 
com fundamento no art.147, Código Civil, "in verbis": 
Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma 
das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja 
ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio 
não se teria celebrado. 
E a doutrina tem se manifestado no sentido de que: 
O negócio jurídico para ter eficácia, depende da manifestação da 
vontade do agente. É a pressão exercida sobre alguém através de uma 
operação psicológica é a coação civil, moral. A vítima vendo-se diante 
de uma ameaça e tentando salvar a si mesma ou uma pessoa da 
família, ou mesmo seus bens, é obrigada a concordar com os que a 
coagem. 
Segundo Clóvis Beviláqua a coação civil atua como: “um estado de 
espírito em que o agente, perdendo a energia moral e a 
espontaneidade do querer, realiza o ato, que lhe é exigido”. 
Desta forma, no presente caso, configura-se o estado de perigo que 
está devidamente conceituado no artigo 156, CC. 
Pode-se ainda apresentar o conceito do doutrinador Theodoro Junior: 
 
“A configuração do estado de perigo compõe-se de requisitos objetivos 
e subjetivos. O primeiro diz respeito à ameaça de grave dano – atual ou 
iminente – à própria pessoa ou à pessoa de sua família, que leva a 
pessoa à assunção de obrigação excessivamente onerosa. O segundo, 
ao conhecimento do perigo pela outra parte, que obtém vantagem 
com a situação. (2 001, p. 252 -253)” 
 
Apresenta-se ainda o entendimento do Tribunal de Justiça: 
 
“Processo: AC 70055865521 RS; Relatora: Ana Beatriz Iser; Julgamento: 
18/09/2013; Órgão Julgador: Décima Quinta Câmara Cível; Publicação: 
Diário da Justiça do dia 25/10/2013; Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO 
PRIVADO NÃO-ESPECIFICADO. AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO 
JURÍDICO. 
DESPESAS MÉDICO -HOSPITALARES. ESTADO DE PERIGO. 
INOCORRÊNCIA. 
 
 
III. DOS PEDIDOS 
Por todo o exposto, uma vez constatado a efetiva anulabilidade 
do negócio jurídico celebrado, requer o Autor : 
 A declaração anulatória do negócio jurídico gratuito que 
ocorrera no caso aqui discutido, tendo em vista o claro objetivo 
de fraudar o direito do credor, ora Autor, nos termos do artigo 
158 do CC; 
 Do reconhecimento do título extrajudicial que deu início a 
ação proposta, por ocorrência de sua quantia certa, líquida e 
exigível, em atendimento ao que dispõe o artigo 784, II do CPC; 
 Deixar expresso a possibilidade receber as quantias relativas aos 
alugueis dos imóveis até que ocorra o efetivo pagamento total 
do débito, qual seja o montante de R $ 80.000,000 (oitenta 
mil reais), como é sabido, tais bens en contram-se alugados e 
rendendo frutos financeiros ao Réu ; 
 Protestar em provar o alegado por todos os meios de provas em 
direito admitidos,estando já em poder do título executivo 
extrajudicial devidamente assinado pelo devedor, acostado 
aos autos; 
 Deixar expresso a possibilidade para audiência de mediaçã o e 
conciliação; 
 Honorários advocatícios em 20% sobre o valor da causa. 
 O deferimento do pedido de justiça gratuita,visto que o 
mesmo é pobre no sentido jurídico do termo. 
 
IV. DAS PROVAS 
 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, 
incluindo a testemunhal, pericial e documental, incluindo o 
testemunho oficial da ré, conforme dispoe o artigo 369 do 
Novo Codigo Civil vigente. 
V. VALOR DA CAUSA

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