Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Políticas Públicas em Saúde da Mulher Facilitadora: Kéllida Feitosa Faculdade Estácio Departamento de Enfermagem Disciplina: Ensino Clínico II POR QUÊ É IMPORTANTE ESTUDAR SAÚDE DA MULHER CENÁRIO DA SAÚDE DA MULHER Representa a maioria da população (51,2%). Apesar da predominância: discriminação (discrepância salariais, jornada dupla/tripla, violência contra a mulher). Nº de mulheres se sobressai: Grupos etários 0-19 anos 1980 2010 Idade acima de 39 anos Expectativa de vida Escolaridade Feminização do envelhecimento CENÁRIO DA SAÚDE DA MULHER Principais usuárias do sus. 65% da população feminina Idade fértil (10 a 49 anos). As mulheres vivem mais do que homens, porém adoecem mais. Expectativa de vida: Homens 70,6 anos x Mulheres 77,7 anos Países desenvolvidos Cardiovasculares Crônico-degenerativas Países subdesenvolvidos Infectocontagiosas, desnutrição, mortalidade materna Doenças CENÁRIO DA SAÚDE DA MULHER PRECARIEDADE NA ASSISTÊNCIA EM ANTICONCEPÇÃO. VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SEXUAL. VULNERABILIDADE FEMININA FRENTE A CERTAS DOENÇAS. CAUSAS DE MORTE: PELA DESIGUALDADE E DISCRIMINAÇÃO SOCIAL DO QUE POR FATORES BIOLÓGICOS. 1ª Acidente cardiovascular (AVC). 2ª AIDS. 3ª Homicídio. 4ª Câncer de mama. 5ª Hipertensão. 6ª Neoplasias de órgãos digestivos. 7ª Diabetes mellitus. 8ª Doença isquêmica do coração. 9ª Câncer do colo do útero. 10ª Câncer do tecido linfático. Obs: A mortalidade associada ao ciclo gravídico-puerperal NÃO aparece entre as 10 principais causas de óbito em mulheres. MORTE EM MULHERES EM IDADE FÉRTIL PRINCIPAIS CAUSAS CENÁRIO DA SAÚDE DA MULHER Altas taxas de mortalidade por câncer de mama. Óbitos por Câncer em mulheres em idade fértil no Brasil: 1ª Câncer de mama; 2ª Câncer de colo do útero; 3ª Câncer de órgãos genitais; 4ª Câncer de pulmão. Mortalidade materna – 92% dos óbitos são eventos evitáveis, refletindo a precariedade da atenção obstétrica. Abortamento em condições de risco (4ª causa de morte materna no Brasil). 1ª Hipertensão; 2ª Hemorragia; 3ª Infecção; 4ª Aborto. A mulher aprende a cuidar desde pequena A mulher que cuida de todos, que cuida de todo mundo Quem cuida da mulher??? ... CENÁRIO DA SAÚDE DA MULHER Começo do século XX: a situação das mulheres brasileiras era equivalente à dos escravos. Recaía o “domínio do macho”, da família tradicional, dos discursos da Igreja, da Ciência, da Moral. Década de 30 a 70 Programa materno-infantil EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS Proteger os grupos de risco e em situação de vulnerabilidade (CRIANÇAS E GESTANTES) Verticalização da assistência. Sem integração com outros programas. Fragmentação da assistência; Baixo impacto nos indicadores de saúde da mulher. Século XX – Permanecem as limitações, com significativos avanços na formalização dos direitos das mulheres. No Brasil – Anos 80: • Avanços na consolidação dos direitos das mulheres: reconhecimento dos direitos pelo Estado brasileiro. CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE FEMININA Conquistas Mudanças Entrada das mulheres no mercado de trabalho. Crescimento do número de mulheres chefes de família. Participação de homens e mulheres no mercado. ASSUMEM QUE TÊM OS SEUS DIREITOS RECONHECIMETO DA IGUALDADE: HOMENS E MULHERES DETERMINARAM UMA NOVA CULTURA No campo da saúde, o movimento feminino adotou uma postura firme, no sentido do DIREITO À SAÚDE PAISM PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER 1984 Resposta às reivindicações dos movimentos feministas e de mulheres na área da saúde. Quebra-se a tradicional perspectiva dos Programas materno-infantis (décadas de 30, 50 e 70), que traduziam uma visão restrita sobre a mulher, baseada em sua especificidade biológica e no seu papel social de mãe e doméstica. PAISM A assistência à saúde da mulher é um direito e dever do Estado, em todas as etapas de sua vida. Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher INTEGRALIDADE, UNIVERSALIDADE EQUIDADE Estratégia de organização da assistência No mesmo período do Movimento da Reforma Sanitária, o PAISM serviu de arcabouço para a formação do SUS. PAISM Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher O QUE PROPÕE O PAISM? Atender integralmente à mulher da adolescência à menopausa: Atenção ginecológica; Planejamento familiar; DST; Menopausa; Prevenção do câncer de colo e de mama; Sexualidade; Pré-natal, parto e pós- parto; • 2004: Princípios norteadores da PNAISM: – Integralidade – Enfoque de gênero, raça, etnia – Promoção à saúde. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER - PNAISM Atenção ao climatério; Queixas ginecológicas; Reprodução humana assistida; Atenção ao abortamento inseguro; Saúde mental; Situação de vulnerabilidade (Próximos slide) Preenche as lacunas antigas lacunas Além disso... • Propõe novas ações para mulheres em situação de vulnerabilidade: mulheres trabalhadoras rurais, com deficiência, negras, indígenas, presidiárias, lésbicas e bissexuais, quilombolas, ciganas, prostitutas e moradoras de rua. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER - PNAISM POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER - PNAISM Planejamento reprodutivo; Câncer ginecológico; Atenção às mulheres e adolescentes em situação ou risco de violência; Atenção obstétrica. Atualmente a Saúde da Mulher atua em 4 áreas prioritárias: BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE DA MULHER: Diminuição da fecundidade; Melhorias na atenção pré-natal, incluindo a assistência realizada pelo enfermeiros nos Postos de Saúde – Equipe Multidisciplinar: Redução da mortalidade infantil; Aumento do acesso ao exame de prevenção do câncer de colo do útero e de mama; Construção de redes estaduais e municipais de atenção aos adolescentes em situação de Violência Doméstica e Sexual. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER - PNAISM OBJETIVOS GERAIS: Melhoria das condições de vida e de Saúde da Mulher Brasileira, (Promoção, Prevenção, Assistência e Recuperação da Saúde). Redução da morbidade e mortalidade feminina, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais. Garantir, ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no SUS. Atenção às mulheres e adolescentes em situação de violência doméstica e sexual; POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER Prevenção e controle das DST e infecção pelo HIV/AIDS na população feminina; Ampliar e qualificar a atenção clínico–ginecológica. Estimular a implantação e implementação do Planejamento Familiar, para homens e mulheres, adultos e adolescentes. Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada, incluindo a assistência ao abortamento em condições inseguras, para mulheres e adolescentes; POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DAMULHER Objetivos Específicos Reduzir a morbimortalidade por câncer na população feminina; Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob enfoque de gênero; Implantar e implementar a atenção à saúde da mulher climatério; Promover a atenção da mulher na terceira idade; POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER Objetivos Específicos Promover a atenção à saúde da mulher negra; Promover a atenção à saúde das trabalhadoras do campo e da cidade; Promover a atenção à saúde da mulher indígena; Promover a atenção à saúde das mulheres em situação de prisão, incluindo a promoção das ações de prevenção pelo HIV/AIDS nessa população. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER Objetivos Específicos Todas as conquistas, até hoje, foram resultado de uma luta incansável, principalmente das mulheres dos movimentos feministas. Sem elas, certamente não conseguiríamos TANTAS CONQUISTAS. Finalizando a Aula!!!! Vamos revisar? O que é PAISM? Qual o perfil de morbimortalidade da população feminina? Quais os objetivos gerais e específicos do Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher? Quais os desafios atuais no avanço da Atenção à Saúde da Mulher? OBRIGADA !
Compartilhar