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Petição inicial
Introdução
O Código de Processo Civil, prevê a necessidade de requisitos intrínsecos e extrínsecos da petição inicial (já era assim no CPC/73). Há algumas novidades com relação aos requisitos e também quanto a aplicação de princípios, como a cooperação das partes no processo e a utilização de formas consensuais de solução de conflitos.
Identificar os elementos tem importância no que se refere a temas como a legitimidade, a extensão da causa de pedir e suas implicações, como o reflexo dela nos limites da sentença e a possibilidade de ingresso com determinada ação, considerando a litispendência e a coisa julgada.
A petição inicial deve ser feita de forma simples e objetiva, porém clara. Como o juiz é um terceiro que desconhece os fatos, deve haver uma boa narração dos acontecimentos, de forma lógica e cronológica, para que possa ter a exata dimensão do ocorrido e entender a delimitação dos pedidos que serão feitos, já que deverá respeitar o princípio da congruência ao pedido em sua decisão. 
Além disso, não devem ser utilizadas expressões ofensivas à parte contrária ou ao magistrado, pois há previsão legal para que o juiz determine sejam excluídas dos autos do processo, conforme artigo 78 do CPC/15.
As petições não devem ter muito longas e o advogado deve procurar observar a orientação do Tribunal de Justiça no sentido de que a petição tenha, no máximo, dez laudas. (Artigo Flavio Yarshel Carta Forense Petição 10 sentença 10)
O artigo 319 do CPC/15 é o que traz os requisitos da petição e que devem ser observados em todos os procedimentos. Porém, não é exaustivo. No artigo 106, o legislador estabeleceu a obrigação de o advogado que atuar em causa própria indicar, na inicial, o endereço onde receberá intimações. 
Outro requisito da petição inicial que também está fora do artigo 319 do código, é o uso da língua portuguesa, previsto no caput artigo 192.
Inciso I
Com relação ao inciso I do art. 319, apenas uma observação, no sentido de que fala em juízo e não mais em juiz ao qual é dirigida a petição. Apesar da alteração trazida pelo novo diploma legal, é claro que isso não ocorrerá nas comarcas em que tem mais de uma vara, pois continuará havendo a distribuição das ações propostas, conforme previsão expressa do artigo 284 do CPC/15.
Inciso II
O inciso II do artigo 319 prevê um requisito bastante importante, porque identificará as partes no processo, demonstrando sua legitimidade. Como compõem, junto com o pedido e a causa de pedir, os elementos identificadores da ação, tem importância também para se verificar se houve litispendência ou coisa julgada.
O novo CPC determina ainda a necessidade da indicação de número de identificação da parte, como CPF, RG ou CNPJ, quando for pessoa jurídica. Caso não se tenha todos os dados do réu, não deverá ser obstada a propositura da ação. (o § 2º do art. 319 faz referência expressa ao fato de que a petição não será indeferida por falta deste requisito, se for possível citar o réu).
Inciso II
Outra exigência é que seja indicado o nome completo do autor e do réu. Não havendo tal informação, o novo código, em seu artigo 256, prevê a citação por edital e a hipótese que está no inciso I, trata de quando desconhecido ou incerto o citando. Este caso serve de base legal para a solução nas ações de reintegração de posse, onde muitas vezes não se sabe quem é o invasor (réu) e também para situações em que tivesse que ser proposta a ação contra os sucessores de um devedor, diante do falecimento deste.
Deve-se atentar ainda para as hipóteses de litisconsórcio necessário, previstas no artigo 73, pois, diante dessa ocorrência, se não houver a citação dos litisconsortes, haverá irregularidade no polo passivo. Assim se a parte pretende propor uma ação reivindicatória e não tem a informação sobre o estado civil do réu, é necessário que seja requerida a citação do cônjuge, se casado for, por exemplo.
Inciso II
O novo CPC traz ainda no inciso II a necessidade de indicação de existência de união estável e o endereço eletrônico. Este se justifica diante do avanço da utilização da informática e do processo eletrônico.
O legislador preocupou-se com o aproveitamento dos atos e a questão do acesso à Justiça. Para tanto, o § 3º do art. 319 prevê que não haverá o indeferimento da inicial por falta dos requisitos do inc. II, se for impossível ou extremamente onerosa à obtenção deles.
Inciso III
Este inciso trata da causa de pedir, que é composta pelos fatos e pelos fundamentos jurídicos.
O autor deve descrever os fatos objetivamente, mas com a clareza necessária para a compreensão dos mesmos. 
A importância de uma boa descrição dos fatos decorre da vinculação que eles trarão à decisão do juiz, diante da teoria da substanciação. Não basta afirmar a existência da relação jurídica, é preciso fundamentar a demanda, com a precisa narração dos fatos, que levarão ao acolhimento do pedido.
Inciso III
Deve haver sincronia entre a narrativa dos fatos, a fundamentação jurídica e o pedido feito pelo autor. Caso contrário, a petição será inepta. A inadequação na narrativa de fatos não deve levar ao imediato indeferimento, sem que antes se permita ao autor emendar a petição inicial. A emenda à inicial é um direito subjetivo da parte autora. 
Caso o autor pretenda postular a concessão de tutela de urgência de natureza antecipada, deverá descrever fatos e juntar provas que demonstrem a verossimilhança das alegações, além de fundamentar a possibilidade de concessão da medida.
Inciso III
Outro elemento que compõe a causa de pedir é a fundamentação jurídica do pedido, que não deve ser confundida com a base legal. Normalmente os advogados tem o hábito de mencionar o número do artigo na inicial, mas este não é requisito obrigatório, uma vez que o juiz conhece o direto.
É comum também que o advogado coloque a transcrição de artigos, doutrina e jurisprudência em sua petição. Fundamentar juridicamente significa fazer o enquadramento da situação fática na previsão de uma norma. É trazer para a inicial a consequência jurídica que pode ser aplicada no caso concreto, tendo por base a descrição dos fatos.
Inciso IV
O autor na inicial quando faz seu pedido, na verdade está fazendo dois: um pedido imediato, ou seja, aquilo que ele pretende do Estado, a tutela jurisdicional; e um mediato, o que quer receber do adversário, o bem da vida. Os dois pedidos devem constar expressamente da peça inicial.
Com relação ao pedido imediato, o advogado deve postular a procedência da ação, com a condenação, declaração ou constituição, dependendo do tipo de ação proposta. Assim, ao invés incluir que pede a condenação do réu ao pagamento, deve-se pedir a procedência total do pedido, para condenar o réu ao pagamento do valor da dívida, acrescidos de juros legais e correção monetária. 
Inciso IV
O novo CPC solucionou uma impropriedade do código anterior, que estabelecia no artigo 286 que o pedido deveria ser certo ou determinado. O artigo 322 do novo dispositivo legal prevê a necessidade de que o pedido seja certo e estabelece hipóteses de pedidos implícitos. No artigo 324, o código trata do pedido determinado e os casos em que ele será genérico. 
Essas hipóteses (pedido genérico) estabelecem casos em que, no momento da elaboração da inicial, o autor não tem condições de indicar todos os dados. Isto ocorre quando se postula uma universalidade de bens fungíveis ou quando não há como estabelecer, desde logo, toda a consequência do ato ou fato ou, quando o autor, para saber o objeto ou valor da condenação depende da atitude do réu. 
O legislador estendeu a possibilidade de pedido genérico à reconvenção (§ 2º).
Inciso IV
O pedido pode ainda ser alternativo, quando a satisfação da obrigação puder ocorrer de mais de um modo, conforme artigo 325; ser cominatório, quando o autor postular que o juiz fixe uma multa, com efeito coercitivo para as obrigações de fazer, não fazer ou entregar coisa. Pode o pedido ser, inclusive, decorrente de obrigações de tratosucessivo ou prestações sucessivas, significando, neste caso, que as prestações serão incluídas no pedido tendo ou não sido formuladas de forma expressa, conforme artigo 323.
Na inicial é possível fazer cumulações subjetivas ou objetivas de ações. Ocorrerá cumulação subjetiva, quando houver a formação de litisconsórcio facultativo; e cumulação objetiva, quando, na mesma inicial, houver a cumulação de pedidos. 
Inciso IV
O autor pode, na inicial, cumular objetivamente os pedidos de três formas: em cumulação alternativa eventual, cumulação simples ou sucessiva eventual. 
A alternativa eventual significa que o autor fará dois ou mais pedidos e que estabelecerá uma ordem de preferência. Assim, o primeiro será o principal, e os demais, subsidiários, para a hipótese de não ser possível o atendimento do primeiro. A característica principal desta cumulação é o fato de que o juiz jamais atenderá aos dois pedidos. Ele só analisará o subsidiário se rejeitar o primeiro. 
Uma novidade trazida pelo CPC/15 foi a previsão de um parágrafo único no artigo 326 que permite a formulação de mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles.
Inciso IV
Na cumulação simples, o autor faz vários pedidos, que podem ser acolhidos, cada um de forma absolutamente independente. Não há vinculação entre eles. O juiz pode julgar os dois procedentes, improcedentes ou procedente um e não o outro. Isto ocorre por exemplo quando o autor postula créditos decorrentes de negócios jurídicos distintos. Nesse caso nem haveria conexão entre as ações, pois os pedidos resultam de relações materiais diversas, e apenas a identidade de partes não gera conexão, mas a lei autorizou a cumulação por questão de economia processual. Esta cumulação está prevista no artigo 327, onde o legislador traz as exigências para que a cumulação seja possível. 
A última alternativa de cumulação é a sucessiva eventual, que ocorrerá nos casos em que o pedido, tido como acessório, só puder ser acolhido quando o pedido principal for acolhido também, ou seja, o pedido acessório é dependente do principal.
Inciso IV
Se o autor narrou fatos, para provocar uma intervenção de terceiros, como a denunciação da lide, deve formular pedido expresso de que o juiz julgue procedente o pedido feito na ação de denunciação. Isto precisa ser feito já que se trata de uma outra ação, para que possa haver a condenação da seguradora ao pagamento do direito regressivo.
A doutrina sempre admitiu a possibilidade da existência de pedidos implícitos (juros, correção monetária e encargos de sucumbência). Agora está expresso no art. 322, § 1º. Porém, é recomendável que sejam incluídos na inicial. 
O § 2º desse mesmo dispositivo fala em interpretação do pedido observado o princípio da boa fé, o que é louvado por alguns e alvo de críticas por parte da doutrina.
Inciso V
Este inciso trata da indicação do valor da causa, indispensável para fixação de custas processuais, competência, em algumas situações, e também para estabelecer as verbas de sucumbência.
Os critérios para essa atribuição estão no art. 292 e seguintes do CPC, bem como em legislações esparsas, como na Lei de Locação, onde o artigo 58, inciso III, estabelece regras de fixação. Quando não se tem um valor certo, atribui-se o valor de alçada.
Inciso V
Uma novidade relativamente ao valor da causa que merece destaque foi a inclusão do inc. V, prevendo que na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor da causa será o valor pretendido. No código anterior, como não havia previsão específica, os advogados optavam por não atribuir um valor certo quando o pedido envolvia o dano moral. Era comum pedir o dano moral de forma genérica com a solicitação de que o magistrado fixasse o valor do dano ao proferir a sentença, atribuindo à causa valor simbólico. Assim procedendo, o valor de pagamento das custas era bastante reduzido no momento da propositura da ação. 
A alteração implicará que quando se for pleitear valores elevados, em razão do pedido feito, a consequência será de pagamento de custas na mesma proporção. 
Inciso V
Sempre existiu muita discussão a esse respeito, existindo inclusive estudos para a elaboração de uma ‘tabela’ para fixação dos danos morais. Daniel Amorim Assumpção Neves sustenta que a previsão do inciso V contraria a posição consolidada do Superior Tribunal de Justiça, pois era autorizada a fixação do valor da causa de forma genérica. 
Caso o autor não fixe corretamente o valor da causa, o juiz poderá determinar a correção de ofício ou o réu impugnar o valor atribuído. Isso será feito em preliminar de contestação, sob pena de preclusão (art. 337, III). A consequência, em razão da decisão constatando o erro no valor da causa, será a complementação de custas. O CPC/15 simplificou bastante a forma de impugnação do valor da causa, dispensando a realização de petição própria, com formação de apenso.
Inciso V
Essa questão da possibilidade do valor da causa ser corrigido de ofício pelo juiz merece comentário.
Na vigência do código anterior, o posicionamento doutrinário era no sentido de que o juiz podia corrigir de ofício o valor da causa, quando ele estava determinado na legislação. Parece que a mesma regra deve ser aplicada para o CPC/15. A doutrina apresenta uma distinção entre valores legais e aqueles que são estimados pela parte quando não há valor econômico que possa ser de pronto indicado. Assim, se o valor da causa estiver previsto no art. 292 ou em legislações esparsas, o juiz poderá corrigir de ofício a inadequação do valor indicado na inicial. No entanto, se não houver regra legal específica, o magistrado dependerá de impugnação pelo réu, em preliminar de contestação, com possibilidade de preclusão caso ele não use esta prerrogativa. 
Requerimentos
No CPC/73, o primeiro requerimento que o autor fazia era o de citação do réu. O CPC/15 suprimiu este requisito, o que é bastante lógico, pois se o autor ingressa com a ação e se a relação processual só se completa com a citação do réu é mais do que evidente que a citação é ato pretendido pelo autor.
Outro requerimento obrigatório é o de produção de provas. Ele não deve ser feito de forma genérica e sem a especificação das provas ‘requer a produção de todos os meios de provas admitidos em direito’. É preciso especificar as provas que se pretende produzir.
Requerimentos
No art. 319 o legislador acrescentou mais um requisito (inciso VII), que é a opção do autor pela realização da audiência de conciliação ou de mediação. Há o estímulo ao uso de meios consensuais de resolução de conflito e, dessa forma, a doutrina entende que se o autor não fizer qualquer menção ao seu desejo de não realizar a audiência, o juiz deve designá-la. 
No art. 334, § 4º, foram estabelecidas hipóteses em que a audiência de conciliação ou mediação não será realizada. A primeira delas envolve a disponibilidade das partes, pois se autor e réu expressamente afirmarem que não querem a audiência, ela não será designada. Como vimos o autor terá que manifestar-se na inicial e o réu terá que peticionar até 10 dias antes da audiência designada, pela não realização dela, na forma do art. § 5º do mesmo artigo. 
Outros requisitos
Conforme mencionado no inicio desta aula, nem todos os requisitos da petição inicial formam listados pelo legislador no artigo 319. Segundo o art. 330, § 2º, nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.
Dessa forma, a petição inicial, neste caso, deverá preencher mais um requisito intrínseco que é o cálculo, sob pena de ser considerada inepta. 
Outros requisitos
Outro requisito esparso é o do artigo 106, que conforme já mencionado estabelece que na inicial deverá constar o endereço para receber intimações, o número deinscrição na OAB e o nome da sociedade de advogados da qual participa, quando o advogado postular em causa própria. Nesse caso, vale destacar a alteração de prazo para a emenda da inicial. Agora o prazo será de 5 dias e o não atendimento dele terá como consequência o indeferimento da inicial (§ 1º).
Complemento da petição
Além dos requisitos internos da petição, outros existem e também precisam ser destacados. Os documentos indispensáveis à propositura da ação são requisitos extrínsecos da inicial. Devem acompanhá-la necessariamente, sob pena de haver a determinação da emenda e, em caso de não cumprimento da ordem do juiz, o indeferimento da inicial, conforme artigos 320 e 321. 
Dentre os documentos indispensáveis, está a procuração, exceto se o advogado estiver atuando em causa própria. Neste caso, no item da qualificação das partes o advogado deve fazer referência expressa a esta condição, no momento em que faria referência ao procurador legalmente constituído. 
A procuração é obrigatória, porque é o instrumento que representa a capacidade postulatória da parte, pressuposto para que o processo possa prosseguir. Contudo, existem hipóteses de outorga da procuração na própria audiência, bem como casos em que, pela possibilidade de perda do direito - pela prescrição ou decadência – ou em razão da preclusão, poderá haver a propositura da ação, sem o referido documento (art. 104). 
Como o artigo 287 exige a juntada da procuração na inicial, o advogado deve fazer uma justificativa e postular a juntada da procuração no prazo de quinze dias.
Existem outros requisitos extrínsecos da peça, que são os documentos que foram referidos na petição inicial. Todos aqueles referidos pelo autor na narrativa dos fatos devem ser anexados. É o momento oportuno para isso.
Além destes, é importante juntar os documentos pessoais das partes. Eles demonstram a existência de regularidade quanto à capacidade das partes, e servem para que o juiz conceda algum benefício, como na questão da prioridade de tramitação do feito, quando o postulante for idoso.
Emenda da inicial
Art. 321 – emenda da inicial – Prazo 15 dias
Juiz deve indicar o que deve ser emendado – princípio da cooperação (art. 6º).
Grande novidade frente a regra anterior, onde o advogado ficava sem saber qual seria o ‘defeito’ de sua petição.
Indeferimento inicial
Hipóteses – art. 330
Art. 331 – cabimento de apelação contra a decisão de indeferimento, com possibilidade de retratação do juiz
Recurso com contraditório – citação do réu para responder - § 1º
Prazo para contestação em caso de reforma - § 2º
Não havendo apelação – Intimação do réu do transito em julgado - § 3º
Se intempestiva a apelação, vedada retratação – Enunciado 293 Fórum Permanente de Processualistas
Improcedência liminar
Hipóteses - Art. 332 e incisos
§ 1º - improcedência liminar reconhecendo prescrição e decadência – viola regra estabelecida art. 10 (decisão surpresa)
Possibilidade de retratação - § 3º
Respeito ao contraditório - § 4º

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