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BENS resumo civil ii

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RESUMO DE BENS
1 -  OS BENS COMO OBJETO DE RELAÇÕES JURÍDICAS: O significado do termo "bem" e suas abrangências é alvo de constantes discussões nas doutrinas do mundo jurídico. Alguns autores se limitam a definir como bem um conjunto de anseios e desejos materiais ou não, que sejam de interesse da pessoa humana (BEVILÁQUA). Para o direito o conceito de bem adquire a característica de ser toda a utilidade física ou ideal, que seja objeto de um direito subjetivo, dessa forma todo bem material é um bem jurídico, mas nem todo bem jurídico é um bem material.
2 - BEM X COISA: Essa é uma questão que também não se tem consenso doutrinário, para ORLANDO GOMES bem é o gênero e coisa é espécie (PABLO STOLZE), assim a noção de bem estaria para os objetos jurídicos sem valor econômico, ao passo que coisa ficariam com os objetos materiais.
            MARIA HELENA DINIZ E SILVIO VENOZA são contrários ao conceito anterior, para eles o conceito de coisa abrange o de bem, tendo em vista que o termo coisa é mais vasto, por abranger tudo o que existe no universo, como o ar atmosférico, o espaço, etc.
            Nosso código civil se assegura no modelo Alemão, onde o termo bem jurídico engloba tanto a coisa (bens materiais) como os ideais (bens imateriais).
3 - PATRIMÔNIO JURÍDICO: O conceito de patrimônio do nosso código civil tem como finalidade definir todos aqueles bens jurídicos que podem ser mensurados, assim o direito da família e o direito da personalidade por exemplo seriam classificados como bens extrapatrimoniais.
4 - CLASSIFICAÇÃO DOS BENS JURÍDICOS: Os bens jurídicos são divididos atualmente em nosso código civil como: Bens considerados em si mesmos, Bens reciprocamente considerados e Bens públicos e particulares.
            4.1 Dos Bens considerados em si mesmos (Art. 79/91, CC/02):
                        4.1.1 Bens corpóreos e incorpóreos: A distinção entre bens corpóreos e incorpóreos é definida como os bens tangíveis no caso do primeiro e os imateriais no caso do segundo. Os bens corpóreos ou materiais podem ser objetos de contratos de compra e vendaao passo que os bens incorpóreos ou imateriais só podem ser transferidos por meio de cessão, assim como não podem ser objetos de usucapião.
                        4.1.2 Bens móveis e imóveis: A classificação dos bens está relacionada a sua natureza, sendo os bens imóveis aqueles que ao serem transportados perdem sua estrutura principal, já os bens móveis podem ser transportados facilmente sem que sua estrutura principal seja ameaçada, ainda temos os bens que se movem por vontade própria como é o caso dos semoventes.
                   Os bens imóveis exigem que em sua alienação que seja feita toda uma formalidade, neste caso seria a venda registrada em cartório por exemplo, já os bens móveis dispensam essa formalidade, porém alguns bens móveis necessitam de um mínimo de formalidade como a venda de um carro por exemplo (é preciso fazer alguns ajustes junto ao detran).
                        a) Classificação dos bens imóveis:
                        - Imóveis por sua própria natureza: São considerados imóveis por sua própria natureza, o solo e tudo aquilo que nele naturalmente se encontrar como jazidas, água, rochas (Art. 79, CC/02). No caso das árvores para derrubada temos uma exceção, elas são consideradas móveis por antecipação.
                        - Imóveis por acessão física, industria ou artificial: Serão considerados imóveis por acessão aqueles bens que forem incorporados ao solo sem que tenha a intenção de remover, como os edifícios, casas, telhas de casas. No caso de partes dos bens imóveis removidas com o intuito de serem recolocadas, serão consideradas como imóveis (Art. 79, CC/02).
                        - Imóveis por acessão intelectual: São bens inseridos em um imóvel, cujo o interesse do proprietário é de ter comodidade, exploração industrial ou aformoseamento (Art. 79, CC/02).
                        - Imóveis por determinação legal: O novo código civil adotou como imóveis todos os bens que são incorporados ao solo com o interesse de nele permanecer. Porém temos uma exceção a este caso que é o imóvel por determinação legal, este não passa de um direito de um herdeiro por exemplo à um determinado bem imóvel, neste caso o direito também é imóvel (Art. 80, CC/02), sendo assim passível de toda as formalidade da alienação como se um bem imóvel fosse.
                        Ainda sobre os direitos de cessão aberta (causa de herdar direitos sobre bem imóvel), temos que a regra aplicada é que no momento da alienação deva existir consentimento da conjugue, mesmo que em regime de separação total de bens, porém esta regra não se aplica neste caso, uma vez que o herdeiro iria se recusar a aceitar tal herança (MARIA HELENA DINIZ).
                        b) Classificação dos bens móveis:
                      - Móveis por sua própria natureza: São aqueles que podem ser transportados sem que haja prejuízo a sua integridade.
                     - Móveis por antecipação: São os imóveis que tem a finalidade de se tornarem móveis, como é o caso da madeira.
                    - Móveis por determinação legal: São bens que por via de lei são considerados móveis como é o caso dos direitos sobre trabalho intelectual, ou o fornecimento de energia, etc (Art. 83, CC/02).
                      - Semoventes: São os bens móveis que se movem de um lugar para o outro por força de vontade própria, como é o caso dos animais (Art. 82, CC/02).  
                        4.1.3 Bens fungíveis e infungíveis: Ao diferenciar os bens fungíveis dos infungíveis, devemos inicialmente observar a natureza deste bem, pois é esta a principal motora da diferenciação.
                        Os bens fungíveis são aqueles que podem ser substituído por outros desde que tenham a mesma quantidade, característica, natureza, já os bens infungíveis são os que devido a sua natureza peculiar não podem ser substituído, vejamos o exemplo de um vazo da dinastia ming, obviamente este vazo hoje tem valor incalculável, mas não foi sempre assim, em seu tempo aquele poderia ser só mais um vazo, ou seja, um bem fungível.
                        4.1.4 Bens consumíveis e inconsumíveis: A principal diferença entre um bem consumível e outro não, não se encontra na deterioração ou alteração de seus aspectosnaturais e sim naquele que se tem sua natureza alterada com o primeiro uso, é o caso dos alimentos por exemplo, já os carros tendem sim a deteriorarem, porém eles não somem após o primeiro uso.
                       Além disso nós podemos eleger um bem consumível para se tornar inconsumível como é o caso de uma rara garrafa de vodka, é só acrescentar a ela o fator tempo e logo se tornará um artigo raro.
                        4.1.5 Bens singulares e coletivos: Ao diferenciar bens singulares dos bens coletivos devemos observar a natureza dos bens. Os bens singulares são bens que em sua natureza estão isolados, é o caso de uma árvore, estes bens podem ser divididos em simples ou compostos, sendo os bens simples aqueles que são encontrados na natureza de forma espontânea e singular, já os bens compostos são formados pela atuação voluntária ou não do homem, como por exemplo um carro ou um relógio.
                        Os bens coletivos por sua vez são aqueles formados pela união de vários singulares com a finalidade unitária, sendo por exemplo a biblioteca ou um alojamento masculino. A legislação ainda discorre sobre esses bens os classificando como de direito ou de fato. Bens coletivos de fato é a união fática de singulares, como por exemplo uma floresta, já os bens coletivos de direito são formados por força de lei, é um conjunto de bens singulares unidos não por vontade do possuidor e sim pela lei, como por exemplo o patrimônio, o espólio, etc.
            4.2 Dos bens reciprocamente considerados (Art. 92/97, CC/02): Este critério de classificação leva em consideração as relações que existem entre os bens acessórios e os principais,sendo os bens acessórios aqueles que não existem se não houver um bem principal, herdando em muitos casos até a natureza destes "accessorium sequitur suum principale".
            São considerados bens acessórios:
a)    os frutos;
b)    os produtos;
c)    os rendimentos (frutos civis);
d)    as pertenças;
e)    as benfeitorias;
f)     as partes integrantes;
g)    aquisições.
                        4.2.1 Classificação dos bens acessórios:
                                   4.2.1.1 Os Frutos: Os frutos são todas as utilidades que a coisa principal produz e que possa ser retirado sem que se modifique a substância da coisa principal, como por exemplo o feijão, a soja, etc, se acontecer de o fruto ao ser retirado extinguir a coisa principal, neste caso não há no que falar em frutos. Os frutos podem ser classificados quanto a sua natureza em naturais, industriais ou civis.
a) Os frutos naturais são os gerados pelo bem principal independente da intervenção direta humana;
b)   Os frutos industriais são os decorrentes da atividade industrial humana;
c)  Os frutos civis são aqueles que periodicamente geram uma renda, por questões de classificação falaremos melhor deles nos rendimento, mas que fique registrado que não há diferença técnica entre eles.      
     
                                    Os frutos ainda podem ser divididos quanto a ligação com sua coisa principal em:
a)  colhidos ou percebidos: são frutos que já destacaram-se da coisa principal, porém ainda existem;
b)    pendentes: são aqueles que ainda não se destacaram da coisa principal;
c)    percipiendos: são os frutos que ainda não se destacaram da coisa principal, mas já estão prontos para tal;
d)    estantes: são os destacados da coisa principal e armazenados;
e)    consumidos: são os que já não mais existem.
                                    4.2.1.2 Os produtos: Os produtos diferente dos frutos são originários também dos bens principais, porém estes ao serem retirados modificam um pouco a substância dos principais, como é o caso de uma pedreira por exemplo.
                                    Não existem legislação específica que trata dos efeitos dos produtos, isso faz com que tenhamos alguns casos não previstos pelo ordenamento, como é o caso de um herdeiro que herda de boa fé um patrimônio e nele se encontra um bem principal que gera produtos por cinco anos, depois disso é descoberto que aquele bem não o pertencia, neste caso a lei não garante a ele direito pelos produtos colhidos como acontece com os frutos.
                                        4.2.1.3 Os rendimentos: Os rendimentos como dito anteriormente são os considerados como frutos civis. Temos uma definição do Prof. SILVIO RODRIGUES de que os rendimentos são frutos produzidos pela utilização da coisa principal por terceiros, como alugueis, juros, etc.
                                      4.2.1.4 As pertenças: As pertenças são bens acessórios que não fazem parte da coisa principal, mas que são utilizadas com a finalidade de complementar ou ajudar o bem principal, como as máquinas agrícolas por exemplo ou os aparelhos de ar-condicionado.
                                       4.2.1.5 As benfeitorias: As benfeitorias são definidas por qualquer modificação em termos de construção realizada por ação humana em um bem principal, assim sendo ela é sempre originária na ação humana, como por exemplo uma garagem em construída em um cômodo da casa.
                                    As benfeitorias ainda podem ser classificadas quanto a sua natureza, podendo ser necessárias, úteis ou voluptuárias. Porém a classificação fica cercada de critérios subjetivos, uma piscina por exemplo construída em uma mansão é considerada voluptuária, já construída em uma escola é considerada como útil e se construída em uma academia de hidroginástica é considerada como necessária.
                                    As benfeitorias necessárias devem ser indenizadas, ao passo que as úteis dependem da autorização do proprietário e as voluptuárias não devem ser objetos de indenização, afirma CARLOS ROBERTO GONÇALVES.
                                         4.2.1.6 As partes integrantes: São os bens acessórios que se não tiverem ligados aos bens principais ficam a carecer de utilidade, é o caso das lâmpadas ou dos pneus de um carro.                   
            4.3 Bens particulares e públicos: São particulares os bens que não pertencem a união e sim a iniciativa privada, já os bens pertencentes a União, estados e municípios são considerados como públicos, podendo ser divididos em:
                        4.3.1 Bens de uso comum do povo: São aqueles que para serem utilizados não se submetem a nenhum tipo de fruição e não podem ser alienados, é o caso das praias, rios, estradas, etc.
                        4.3.2 Bens de uso especial:  São aqueles que por força de lei são atribuídos a pessoas específicas, bem como aqueles que são utilizados pelo poder público como é o caso dos imóveis escolares por exemplo, vale ressaltar que eles também são considerados inalienáveis.
                        4.3.3 Bens dominicais ou dominiais: São bens que não são afetados diante a sua utilização pelo povo, mas pertencem ao domínio estatal e podem ser alienados. São os bens utilizados pelas pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de privado.
5 - BENS DA FAMÍLIA:  A principal defesa neste ponto é o interesse familiar e seu direito a um patrimônio livre de juros, alienabilidade por meio de dividas, etc, em resumo os bens da família é formado por um patrimônio necessário para que se constitua uma família, patrimônio este inviolável e inalienável.
6 - COISAS FORA DO COMÉRCIO: A princípio todos os bens podem ser alienados e negociados, porém existem algumas exceções que constituem os chamados bens de fora do comércio.
            6.1 inapropriáveis de sua própria natureza: Nesta definição temos os bens que por natureza não podem ser apropriados como as coisas comuns (mar, luz solar), apesar de serem chamados de coisas, não o são, visto que falta o fator ocupabilidade. Ainda temos os direitos da personalidade.
            6.2 legalmente inalienáveis: São bens que possuem não natureza, mas sim requisito legal para se tornarem inalienáveis, salvo caso que tenha decisão judicial, esses bens são de uso público, como os bens dotais, terras ocupadas por índios, bens da família. 
          6.3 inalienáveis pela vontade humana: Os bens inalienáveis por vontade humana são aqueles que por força de contrato ficam de fora das opções de alienabilidade, podem ainda admitir relativização de tais clausulas contratuais por via de decisão judicial.
Fonte:
http://estudandojus.blogspot.com.br/2013/11/direito-civil-i-bens-juridicos.html
OS BENS E SUA CLASSIFICAÇÃO
Bens são coisas materiais, concretas, úteis aos homens e de expressão econômica suscetíveis de apropriação bem como as de existência imaterial economicamente apreciáveis.
“O ser humano possui necessidade de acordo com a realidade vivida por cada ser. São elas satisfeitas com utensílios que podem decorrer da racionalidade e criação humana, ou da própria natureza. Podem ainda ser perceptíveis ou não aos órgãos do sentido. Mas o que importa para o mundo jurídico é que tal utensílio tenha uma raridade e uma utilidade que a torne objeto de apreciação econômica. Ao preencher tais requisitos, a lei lhes atribui a qualidade de bens e passa a classificá-los.”
Sentido Filosófico: Tudo que satisfaz uma necessidade humana.
Sentido Jurídico: Utilidade física material ou imaterial apta a servir como objeto numa relação jurídica.
Sentido Econômico: é a utilidade dotada de valor pecuniário.
Classificações
Bens considerados em si mesmos
Corpóreos – São os que têm existência física, material, e podem ser tangidos pelo homem.
Incorpóreos – São os que têm existência abstrata, mas com valoração econômica – como, por exemplo, o direito autoral, crédito, sucessão aberta.
Imóveis– As coisas que não podem ser removidas de um lugar para outro sem destruição. Podem ser por sua natureza (o solo e tudo quanto se lhe incorporar naturalmente, compreendendo as árvores e os frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo), por acessão física, industrial ou artificial (inclui tudo o que o homem incorpora definitivamente ao solo, como a semente, os edifícios, construções, de modo que não possam ser retirados sem destruição ou modificação em sua estrutura) e por acessão intelectual ou por destinação ( são as coisas móveis que o titular mantêm no  imóvel para a exploração de atividade econômica ou industrial ou para sua comodidade – tratores oi máquinas agrícolas, equipamentos e ornamentos) e por disposição legal.
Móveis – Podem ser transportados, suscetíveis de movimentação própria ou de locomoção por força alheia. Podem ser: por natureza ( são os removíveis sem danos), por determinação legal ( as energias que tenham valor econômico, os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes e os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações) e por antecipação (são os incorporados ao solo mas com a intenção de separá-los oportunamente e convertê-los em móvel).
Bens Fungíveis – São aqueles que podem ser substituídos por outro de mesmo gênero-espécie, quantidade e qualidade, sendo certo que tal classificação é típica de bens moveis como, por exemplo, o café, a soja, o dinheiro.
Bens infungíveis – São aqueles não passíveis de substituição, encarados segundo suas qualidades individuais, vistos como de natureza insubstituíveis, v. g. , uma obra de arte, o manuscrito original de um consagrado autor.
Bens Consumíveis – Sãos os bens cujo uso importa a destruição instantânea da própria substância. De modo geral, são os que se destroem tão logo usados, bem como aqueles destinados à alienação. Subdividem-se em consumíveis de fato, como os alimentos, e consumíveis de direito, como o dinheiro.
Bens Inconsumíveis – São os que permitem uso contínuo, sem prejuízo do seu perecimento ou destruição progressiva e natural de modo a permitir o aproveitamento de suas utilidades sem violação à sua integridade como um carro, por exemplo. A diferenciação entre bens consumíveis e inconsumíveis tem como norte a sua durabilidade.
Bens Divisíveis – São os passiveis de divisão em frações homogêneas e distintas que guardam a qualidade de não se alterarem nem desvalorizarem a essência do todo. Segundo Maria Helena Diniz, “Deve cada parte ser autônoma, tendo a mesma qualidade e prestando as mesmas utilidades e serviços do todo. Por exemplo, se repartir um pacote de açúcar, cada metade conservará as qualidades do produto”.
Bens Indivisíveis – São os desprovidos de caráter fracionário.
A.      Da própria natureza do bem, v. g., animal vivo;
B.      De determinação legal, v. g., a hipoteca, como direito real sobre coisa alheia;
C.      Convencional ou voluntário, devido à manifestação da vontade das partes interessadas –art. 259 e parágrafo único.
D.      Econômica, posto que um eventual fracionamento  do bem, muito embora mantenha a sua substancia, acarretará em considerável diminuição do valor da coisa, por exemplo, uma pedra preciosa.
Orlando Gomes assevera:
“A distinção entre bens divisíveis e indivisíveis aplica-se às obrigações e aos direitos. A regra dominante para as obrigações é que mesmo quando a prestação é divisível o credor não pode ser compelido a receber por partes se assim não se convencional. Se a prestação for indivisível e houver pluralidade de devedores cada qual será obrigado pela divida total”.
Bens singulares são aqueles avaliados em sua individualidade, representados por uma unidade autônoma e por isso distinta de quaisquer outras (um lápis, um livro, uma árvore). Os bens singulares podem ser divididos em simples e compostos, estes são os que têm suas partes ligadas artificialmente pelo homem, enquanto que aqueles são os que compõem um todo homogêneo, cujas partes unidas pela natureza ou pelo engenho humano, nenhuma determinação especial reclamam da lei pois podem ser materiais (um cavalo, uma planta) ou imateriais (como um crédito).
Os bens coletivos ou universalidades são aqueles que, sendo compostos de vários bens singulares, acabam por formar um todo homogêneo como, por exemplo, o rebanho ou uma biblioteca. Ademais, podem ser divididos em bens coletivos de fato e coletivos de direito. Os de fato são o conjunto de bens singulares (simples ou compostos) AGRUPADOS PELA VONTADE DA PESSOA, tendo destinação comum e permitindo a sua desconstituição pela mesma manifestação de vontade. Os coletivos de direito, entendidos como um complexo de direitos e obrigações, são dotados de valor econômico e reconhecidos pela lei como bens que têm caráter UNITÁRIO.
Bens reciprocamente considerados
Principal – é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente (A árvore em relação ao fruto).
Acessório – é  bem cuja existência depende da principal (fruto em relação à árvore).
Frutos – São as utilidades que uma coisa periodicamente produz, ou seja, nascem e renascem da coisa sem acarretar-lhe destruição no todo ou em parte.
Frutos
Quanto à sua natureza
Naturais – São oriundos do bem principal de modo que essa geração não resulta de intervenção humana. São os que se desenvolvem e se renovam periodicamente pela própria força orgânica da coisa¹.
Industriais – Advém da atividade industrial humana. São os decorrentes do engenho humano, como, por exemplo, a produção de uma fábrica².
Civis – Rendimentos periódicos oriundos da utilização de coisa frutífera por outrem que não o proprietário, como as rendas, aluguéis, juros, dividendos e foros ³.
Quanto à ligação com a coisa principal
Colhidos ou percebidos – São os frutos já separados da coisa que o produziu.
Pendentes – Aqueles ligados à coisa que o produziu.
Percipiendos - Os que deviam ser, mas não foram, percebidos, apesar de terem todas as condições para sua separação da coisa frugífera.
Estantes – São os armazenados em depósito para expedição ou venda.
Consumidos – Os que não mais existem, porque foram utilizados, perdidos, transformados, gastos ou vendidos.
Produtos
Utilidades não sujeita à renovação posto que a percepção diminui a substância da coisa principal, como, por exemplo, o metal precioso de uma mina.
Rendimentos
Fruto civil como aluguel, renda percebida pela aplicação do capital, juro, foro etc.
Pertenças
Coisa acessória destinada a conservar ou facilitar o uso do bem principal , sem ser parte integrante. É o bem que se destina de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Apesar de acessório, mantém sua individualidade e autonomia, tendo apenas com o principal uma subordinação econômico-jurídica, pois, sem haver qualquer incorporação, vincula-se à principal para que esta atinja suas finalidades. São pertenças todos os bens móveis ajudantes que o proprietário, intencionalmente, empregar na exploração industrial de um imóvel, no seu aformoseamento ou na sua comodidade. Por serem acessórios, acompanham a sorte do principal. Excepcionalmente nada obsta a que se ligue, pertinencialmente, um imóvel a outro, para servi-lo na consecução de seus fins.
Benfeitorias
Obras ou despesas feitas em bem móvel ou imóvel para conservá-lo (necessária), melhorá-lo (útil) ou embelezá-lo (voluptuária). São qualidades que se acrescentam à coisa em virtude de obra humana.
Benfeitorias necessárias – Obras ou despesas feitas na coisa para conservá-la ou evitar que se deteriore, por exemplo, reforço das fundações de um prédio, desinfecção de um pomar atacado de praga etc.
Benfeitorias úteis – Obras ou despesas que visam aumentar ou facilitar o uso da coisa, por exemplo, instalação de aparelhos hidráulicos modernos, construção de uma garagem.
Benfeitorias voluptuárias – Obras ou despesas de mero deleite ou recreio, não tendo por fim aumentar o uso habitual do bem ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor, por exemplo, revestimento em mármorede piso de cerâmica em bom estado, construção de piscina numa residência etc.
Partes Integrantes
Bem que, ligado à coisa principal, passa a integrá-la de modo que sua separação prejudicará a fruição do todo, ou seja, a utilização do bem jurídico principal. Bem acessório que, unido ao principal, forma com ele um todo, sendo desprovido de existência material própria, embora mantenha sua identidade. Por exemplo, a lâmpada de um lustre.
Bem público – É o que tem por titular do seu domínio uma pessoa jurídica de direito público interno, podendo ser federal, se pertencente à União, estadual, se do Estado, ou municipal, se do Município. ¹
Bem público “de uso comum do povo” – Aquele que, embora pertencente a pessoa de direito público interno, pode ser utilizado, sem restrição, gratuita ou onerosamente, por todos, sem necessidade de qualquer permissão legal. Por exemplo, rua, praça, estrada, jardim, praia, golfo, enseada, mar etc. ² O uso de tais bens podem estar condicionadas às condições impostas por regulamentos. Nada impede que o poder público suspenda seu uso por razões de segurança nacional ou do próprio usuário. (CC, Art. 99, I)
Bem público “de uso especial” – É o utilizado pelo próprio Poder Público, constituindo imóvel aplicado a serviço ou estabelecimento federais, estaduais ou municipais, como, por exemplo, prédio onde funciona tribunal, escola pública, secretaria, ministério, quartel etc. É o que tem, portanto, uma destinação especial. ³ (CC, Art. 99, II)
Bem dominical – É o que compõe não só o patrimônio da União, dos Estados ou dos Municípios, bem como das pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado a estrutura de direito privado, como objeto do direito pessoal ou real dessas pessoas de direito público interno. Pode abranger coisas móveis ou imóveis, como: título de divida pública, estrada de ferro, terra devoluta, terreno de marinha, mar territorial, oficina e fazenda do Estado, queda d´água, jazida e minério, arsenal das Forças Armadas etc. 4 São bens passiveis de alienação, desde que por determinação legal, de conversão em bens de uso comum ou especial.
(CC, 99, III – CF, Art.  20, I a IV, 176, 26, I a IV – CC, 99, parágrafo único)
Inalienabilidade dos bens públicos – Ensina-nos Maria Helena Diniz:
“Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis. Tal inalienabilidade poderá ser revogada desde que: a) o seja mediante lei especial; b) tenham tais bens perdidos sua utilidade ou necessidade, não mais conservando sua qualificação; c) a entidade pública os aliene em hasta pública ou por meio de concorrência administrativa5”.
Alienabilidade dos bens públicos dominicais – Os bens públicos dominicais são passiveis de alienação desde que sejam observadas as exigências legais.
Inalienabilidade dos bens públicos e a questão do usucapião – De caráter inalienável, os bens públicos não podem ser usucapidos.
Imprescritibilidade e Impenhorabilidade dos bens públicos como características decorrentes da sua inalienabilidade – De caráter imprescritível, os bens públicos não são passíveis de aquisição mediante usucapião; são impenhoráveis porque inalienáveis.
Fonte:
http://www.civilize-se.com/2012/12/os-bens-e-sua-classificacao.html#.WEY-LNUrLcc

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