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O que é a ortodontia?
Ortodontia é a especialidade da Odontologia que cuida da prevenção e correção dos problemas de crescimento, desenvolvimento e amadurecimento da face, arcos dentários e oclusão. Ou seja, previne e trata as disfunções dento-faciais.
Formação Acadêmica
No Brasil, dentro dos cursos de graduação de odontologia existe a cadeira de Ortodontia. Todavia o exercício da especialidade, como especialidade em si, só pode ocorrer por profissionais cujo tenham em sua formação o título de especialista. Em média uma especialização em Ortodontia dura em torno de 36 meses.
Outra modalidade de aprofundamento da Ortodontia são os cursos de atualização. Estes possuem carga horária menor do que a especialização (em média em torno de 12 meses).
Como já explanado muito bem em sala de aula, nem tudo o que convém fazer de fato deve ser feito.
Algumas curiosidades sobre a Ortodontia no Mundo e no Brasil
No Mundo: Desde 1000 a.C. datam os primeiros registros de tentativas de corrigir desordens dentárias. Aparelhos primitivos foram encontrados em escavações gregas e etruscas.
Durante a idade média não houve avanços na “ortodontia” até porque o próprio conhecimento da área odontológica era muito primário. 
Pierre Fauchard, em sua obra “Le chirurgien dentiste” (1728) relatou um aparelho ortodôntico denominado “Bandeau”. Consistia em uma tira de metal flexionada em forma de arco perfurada em dois locais adequados. Os dentes mal posicionados eram movimentados através da ação de fios de fibra, que passavam ao redor de suas coroas e através das perfurações. Quando se amarra o fio sob pressão, aplicava-se a força sobre os dentes, conseguindo apenas o movimento de inclinação dos dentes. Vale lembrar que atualmente existem diversas manobras realizadas pela força da tração dos arcos ortodônticos como: inclinação, extrusão, intrusão, giroversão, mesialização, distalização, tracionamento, etc.
O Bandeau foi o primeiro arco expansão introduzido na ortodontia, que na prática não se mostrava tão eficiente. 
Naquela época o principal objetivo do tratamento era corrigir o apinhamento dos dentes anteriores, principalmente os da maxila (que ficam mais evidenciados s no sorriso).
Em 1836, o francês Joachim Lefoulon designou o termo: Orthodontisie para tratar as deformidades congênitas e acidentais da boca. Em 1849 o termo foi modificado para: Orthodontia do grego: Orto = Reto; e dons= dente, por Chapin Harris.
A partir do século XIX a Odontologia norte americana tomou a frente da odontologia europeia e os avanços surgiam, entre eles varias inovações que seriam muito úteis aos ortodontistas.
Edward Hartley Angle foi quem estabeleceu o primeiro departamento de ortodontia dentro de uma universidade (Marion Sims Dental College) em 1897 na cidade de Saint Louis (Missouri/EUA).
No Brasil
A primeira referencia oficial à ortodontia em nosso país data de 1856. O decreto nº 1764 (14 de maio) discorria sobre as matérias que o dentista deveria dominar para que pudesse receber o titulo de dentista.
O primeiro curso de pós-graduação em Ortodontia no Brasil foi iniciado em 1951, sob a coordenação do professor Arthur do Prado Dantas (Natural de Santos/SP), no departamento de Ortodontia da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD). Tinha duração de dois anos e funcionou ate 1955 formando duas turmas.
Em 1959 foi iniciado o primeiro curso de especialização em Ortodontia em uma universidade brasileira, na Faculdade Nacional de Odontologia da Universidade do Brasil, atual UFRJ, sob a coordenação do professor José Édmo Soares Martins.
Na nossa região temos hoje três instituições particulares que oferecem o curso de especialização e /ou atualização: Duas em Juazeiro (ABO e Funorte) e uma em Petrolina (ABO).
O que é uma imensa conquista para o vale do São Francisco, visto que até bem pouco tempo atrás os profissionais da área odontológica que desejavam obter essa ou qualquer outra especialização tinham que buscar a formação em cidades como Recife ou Salvador.
Divisões da Ortodontia
A ortodontia se divide em dois grandes segmentos: A ortopedia funcional dos maxilares (que será abordada por outro grupo, por esta razão dispensamos o aprofundamento da mesma em nosso trabalho), e a ortodontia. Enquanto a ortodontia se concentra na utilização de estímulos através da força — com o auxílio de aparelhos fixos e móveis — para remodelar as estruturas, a ortopedia funcional trabalha na estimulação de nervos sensoriais encontrados na região da boca, para promover mudanças passivas na estrutura óssea e muscular da arcada.
Dentre as possibilidades de tratamento que a ortodontia oferece temos:
Correção de apinhamento;
Correção da má-oclusão;
Fechamento de diastemas;
Contenção de espaços;
Abertura de espaços para finalização com implantes;
Correção de desvio de linha média;
Correção de giroversão de um ou mais elementos;
Retração; 
Entre outros.
No mercado existem diversas marcas de materiais para Ortodontia, sendo que uma das mais conhecidas no meio Nacional é a Morelli.
Entre os materiais utilizados temos: Braquetes, bandas, fios, elástics, elástico corrente e elásticos para intercuspidação, fios de aço, de níquel termo ativado ou não, diversos acessórios como molas, arcos extraorais, protetores de fio, tubos, etc.
O tempo de duração de um tratamento ortodôntico depende de fatores como:
Problema a ser tratado, colaboração do paciente ao tratamento, fatores biológicos, fatores técnicos, entre outros.
Existem várias técnicas que são ensinadas nos cursos de especialização (MBT, Roth, Auto ligado, etc.), cada técnica possui uma aplicação e uma série de acessórios específicos para serem utilizados.
Não existe uma idade mínima nem máxima para tratamento ortodôntico.
Evidentemente uma criança com dentição decídua talvez não seja o perfil necessário para o uso de aparelho fixo, mas pode a depender da necessidade ser perfil para o uso de aparelhos ortopédicos.
Fatores como: perda óssea, reabsorção radicular, mobilidade, doença periodontal são observados na fase inicial de planejamento de tratamento. Outro ponto fundamental para o bom planejamento de cada caso é a avaliação radiológica. Uma série de exames como: RX periapical, panorâmico, analises cefalométricas, fotos, modelos de estudos, entre outros são feitos antes da colocação do aparelho fixo.
Outro ponto importante é a saúde bucal no inicio do tratamento e ao longo do mesmo. Qualquer incidência de cárie, tártaro ou qualquer outra patologia odontológica deve ser tratada antes, durante e depois do tratamento.
E por fim, ao final do tratamento é recomendável o uso de contenção (fixa ou móvel) por um período determinado pelo Ortodontista a fim de manter o posicionamento obtido com o tratamento ortodôntico.
Normalmente as oportunidades de trabalho para este profissional condensam-se mais na rede privada de atendimento, sendo pouco o acesso da população a este tipo de serviço por vias de serviços públicos.
Fonte de Consulta 
VILELLA, Oswaldo de Vasconcellos. O desenvolvimento da Ortodontia no Brasil e no mundo. Rev. Dent. Press Ortod. Ortop. Facial (Impr.), v. 12, n. 6, p. 131-156, 2007.
www.cfo.com.br
Profissionais entrevistados:

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