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Resumo Negócios Jurídicos/Fato Jurídico

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Luiz Henrique Andrade Duarte
Resumo – Adilson 
Fato jurídico 
Fato: é qualquer ocorrência.
Fato + direito= Fato Jurídico (fato jurídico é o fato qualificado pelo direito).
Fato jurídico  é um termo utilizado no Direito que faz referência a todo acontecimento natural ou humano capaz de criar, modificar, conservar ou extinguir direitos, bem como de instituir obrigações, em torno de determinado objeto. É todo e qualquer acontecimento proveniente da ação do homem ou da natureza, a que a lei confere consequências ou efeitos jurídicos. Dessa forma, os fatos jurídicos possuem três características básicas:
Decorrem de uma ação humana ou da natureza;
Produzem conseqüências de direito, instituídas pelas normas jurídicas;
É um acontecimento externo, decorrendo de uma situação fática ou real.
FATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO: é todo acontecimento natural, que independe da vontade do homem, subdividindo-se em:
a)    Ordinário – é aquele comum, freqüente. Ex: o nascimento, a morte natural, o decurso do tempo.
b)   Extraordinário – são aqueles inesperados. Ex: um furacão no litoral de Salvador, um tsunami.
ATO-FATO JURÍDICO: consiste num fato jurídico qualificado pela atuação humana, produtor de efeitos jurídicos, onde a atuação humana é desprovida de voluntariedade e consciência. É a manifestação de vontade em que se despreza a capacidade do agente, preocupando-se o direito apenas com a legitimidade dos efeitos produzidos. Exemplos: criança comprar um doce no boteco, não tem vontade direcionada a celebração de um contrato de consumo; criança achar um tesouro enterrado no quintal (invenção); louco pintar um quadro e se tornar uma obra de arte.
Negócios Jurídicos: São manifestações de vontades, planejadas pelas partes que geram efeitos de acordo com as suas vontades.
As aquisições dos direitos são os resultados dos efeitos dos fatos jurídicos, mas o que são os fatos jurídicos? São todos os eventos originados de atividade humana ou derivado de fatos naturais com a capacidade de influenciar na órbita do direito, por criarem, ou transferirem ou conservarem, ou modificarem, ou extinguirem as relações jurídicas.
AQUISIÇÃO DE DIREITO:
Aquisição de Direito – Originária: É quando não existe direito anterior, ou seja, aparece pela primeira vez e é feita pelo titular sem nenhum relacionamento com um titular anterior, por exemplo: Compra de uma propriedade sem dono anterior.
Aquisição de Direito – Derivada: Já a aquisição de direito – derivada, possui um direito anterior. Nesse caso o direito era de um titular antecedente e o transfere para um novo titular, por exemplo: compra e venda.
A diferença entre as duas está na relação entre o sucessor e o sucedido, ou seja, quem passa o direito e quem o adquiri.
A aquisição de direito – derivada se da quando há uma relação com o titular antecedente do direito, o titular já tem a posse e deseja transferi-lo para outra pessoa, sendo que este novo titular passa a ter o direito aquisitivo.
Na aquisição de direito – derivada,  acontece o que chamamos de sucessão que pode ocorrer a título singular ou universal:
Aquisição de Direito - Singular
A aquisição de direito – singular, é pela sucessão que passa para o comprador ou om o legatário (pessoa que recebe herança)
Aquisição de Direito - Universal
A aquisição do direito – universal, é quando o titular adquiri um patrimônio ou conjunto de coisas indeterminadas deixado pelo “de cujos” como direito hereditário.
A aquisição do direito - universal, podem ser de forma gratuita ou onerosa. Nos casos em que não há lucro como doações, por exemplo, a aquisição será gratuita, quando uma das partes recebe algum lucro, compra e venda, é a forma onerosa.
SUCESSÃO:
Sucessão é o fenômeno de transferência de patrimônio (direitos e obrigações) de uma pessoa a outra.
Conceito - Suceder e substituir, tomar o lugar de outrem no campo dos fenômenos jurídicos.
Universal: a título universal, em que se transmite a totalidade do patrimônio ao sucessor; A Sucessão à Título Universal Esse tipo de Sucessão ocorre quando o falecido faleceu ab intestato e, todo seu patrimônio será destinado a um único herdeiro ou aos herdeiros existentes, cabendo a estes a cota parte do acervo.
Quando o herdeiro é chamado a suceder na totalidade da herança, fração ou parte alíquota (porcentagem) dela. Pode ocorrer tanto na sucessão legítima como na testamentária.
Singular: a título singular, em que se transfere um direito, um bem, ou mesmo uma fração patrimonial. A Sucessão à Título Singular Quando o testador deixa ao beneficiário um bem certo e determinado. Legatário sucede ao falecido a titulo singular, tomando seu lugar em coisa individuada. Herdeiro sucede a titulo universal, a sucessão legitima é sempre a titulo universal. A testamentária pode ser a titulo universal ou singular dependendo da vontade do testador.
Sucessão Gratuita e Onerosa.
Tal transferência pode ser onerosa ou gratuita, ou seja, o terceiro pode comprar o crédito ou simplesmente ganhá-lo (= doação)  do cedente.
Gratuita: cessão gratuita o sucessor cede, pura e simplesmente, os seus direitos hereditários a outro co- herdeiro ou a terceiro.
Onerosa: A cessão onerosa se faz mediante contra- prestação do cessionário.
Direito Atual e Futuro.
Atual: O direito atual ou direito adquirido, que é aquele cuja aquisição se completou, estando, portanto, apto a ser exercido: Como exemplo de direito atual, ou adquirido, podemos citar o direito à aposentadoria por parte de servidor público cujo regime de trabalho assegure o requerimento de tal benefício após trinta anos de serviço, e que tenha completado esse lapso temporal. Mesmo que lei posterior aumente o limite para trinta e cinco anos, ele poderá, a qualquer tempo, requerer sua aposentadoria, uma vez que seu direito fora adquirido sob o regime anterior.
Futuro: O direito futuro, conceituado como aquele cuja aquisição não se acabou de operar. O direito futuro, por sua vez, e de acordo com o previsto no parágrafo único, subdivide-se em direito futuro deferido e direito futuro não deferido. O primeiro (deferido) tem a aquisição a depender apenas da vontade do sujeito, como o direito à herança numa sucessão aberta, que para ser adquirido precisa ser aceito pelo herdeiro. Já o direito futuro (não deferido) é o que se subordina à ocorrência de fato ou implemento de condição, ambos falíveis (tanto o fato quanto a condição), ou seja, podem se dar ou não. Podemos dar como exemplo, dessa última hipótese, o direito de propriedade a ser adquirido pelo donatário através de um contrato de doação em que o doador subordine o efetivo recebimento do bem doado ao término, ao cabo de determinado tempo, de uma guerra que grasse no país. O direito futuro não deferido é mais amiúde denominado direito condicional, ou eventual, não fazendo o nosso legislador qualquer distinção entre as duas expressões (direito condicional e direito eventual), apesar de alguns autores diferenciarem-nas.
Expectativa de Direito.
É a simples esperança resultante do fato aquisitivo incompleto, mera possibilidade de efetivação de um Direito subordinado a evento futuro, enquanto esse não ocorre o Direito não se consolida. Ex: Herança, filho tem expectativa do Direito a Herança, somente se consolida com a morte do pai ou da mãe, algum patrimônio. O próprio exemplo do candidato aprovado em concurso público e não nomeado é típico da atitude gerada pela EXPECTATIVA do DIREITO. Não houvesse esta possibilidade, ou esta conduta subjetiva de atenção a uma perspectiva conquistada de ser nomeado, as quais se denominam de EXPECTATIVA, um eventual aprovado em concurso público se desmobilizaria, não se daria conta da também eventual possibilidade de se frustrar seu DIREITO de SER NOMEADO.
DIREITO EVENTUAL
 Nasce de um ato ou fato, em que já se encontra um de seus elementos, mas que não possuía o elemento principal para a sua formação.
DIREITO CONDICIONAL
O que fica 'condicionado' a um evento para ocorrer. 
Ex. Você terá direito a uma comissão de 10% se conseguir vendero meu carro. O teu direito a comissão está vinculado a uma condicionante: que é a venda do carro. 
Negócio Jurídico / Termo
DIREITO A TERMO
É o dia em que começa ou se extingue a eficácia do negócio jurídico. É sempre um evento futuro e certo.
O termo pode ser:
TERMO CERTO
Termo certo é o que se reporta a determinada data certa do calendário ou a determinado lapso de tempo
TERMO INCERTO
 Termo incerto é o termo que, embora certo quando a sua ocorrência (por isso não é uma condição), é incerto quanto a sua data (ex.: morte – a morte é uma certeza, mas a data não).
DIREITO POTESTATIVO
 é um direito sem contestação. É o caso, por exemplo, do direito assegurado ao empregador de despedir um empregado; cabe a ele apenas aceitar esta condição.É a prerrogativa jurídica de impor a outrem, unilateralmente, a sujeição ao seu exercício.
Modificação dos direitos 
a) Objetiva - atinge a quantidade (quantitativa) ou a qualidade do objeto ou o conteúdo da relação jurídica (qualitativa);
b) Subjetiva - atinge algum ou alguns dos sujeitos da relação jurídica, sem que esta se extinga. Nem todos os direitos comportam modificação subjetiva, tendo em vista que alguns deles têm caráter personalíssimo. Os julgados têm aceitado a investigação de ancestralidade (relação avoenga) pelos herdeiros de indivíduo não reconhecido.
EXTINÇÃO DOS DIREITOS SUBJETIVOS
Extinção significa destruição da relação jurídica, é absoluta, ou seja, as faculdades jurídicas não serão exercidas nem pelo sujeito atual, e nem por outro qualquer. Exemplo o pagamento integral de uma dívida para o credor, ela deixará de existir, pois não se transferirá para outro sujeito.
A extinção subjetiva: quando o titular do direito, por alguma razão, não pode mais exercer o direito subjetivo. Exemplo: o direito de alcançar o reconhecimento da paternidade pelo filho, somente pode ser exigido, enquanto este filho estiver vivo, se o filho morrer, extingue-se o direito de reconhecer a paternidade, já que é uma ação personalíssima.
A extinção objetiva: se dá quando há a perda ou perecimento do objeto sobre o qual se recai o direito subjetivo. Exemplo: suponhamos que duas pessoas estejam discutindo a propriedade de um cavalo de corrida, se este cavalo morrer, extinguirá qualquer direito que os titulares possam exercer sobre o bem.
Modos de Extinção dos Direitos Subjetivos
Infinitos são os modos de extinção dos direitos subjetivos, contudo, elencaremos alguns deles a fim de proporcionar um melhor entendimento da matéria.
a) Alienação: alienar é transferir por vontade própria o direito subjetivo de qual se é titular. Exemplo: vender, permutar, doar, etc.
b) Renúncia: acontece quando o titular atual de um direito declara sua vontade de desfazer dele, sem transferir a quem quer que seja.
Renúncia Abdicativa – Ato pura e simples de renunciar, ato unilateral declarando a vontade de abdicar deste direito, não o transmitindo para ninguém.
Exemplo: renunciar à herança para o monte
Renúncia Translativa – é a renúncia em favor de alguém, que deve aceitar receber tal direito. É o caso, por exemplo, da renúncia da herança para algum dos outros herdeiros em específico.
São, ainda, causas de extinção: a) a morte do titular, nas causas de direito personalíssimo; b) a caducidade, entendido o termo como perda de um direito como conseqüência legal de um ato do titular (perda do pátrio poder); c) o nascimento de direito incompatível, que o suplanta; d) a confusão.
A Perda do Direito possui caráter relativo, ou seja, o direito subjetivo vai se separar somente de seu atual titular, passando a pertencer a outro sujeito. Exemplo: a transferência de um bem imóvel para outro titular, haverá a perda do direito somente para o antigo adquirente, que não exercerá mais domínio sobre aquele imóvel.
Summum jus, summa injuria
Excesso de direito, excesso de injustiça. Dir Axioma jurídico que nos adverte contra a aplicação muito rigorosa da lei, que pode dar margem a grandes injustiças.
Negócios Jurídicos:
 São manifestações de vontades, planejadas pelas partes que geram efeitos de acordo com as suas vontades.
Agente Capaz: Aptidão de alguém p/ exercer por si os atos da vida civil, são excluídos dessa capacidade os absolutamente e relativamente incapazes. CC art 3º.
Capacidade do agente: Trata da capacidade que o agente tem de exercer por si só os atos da vida civil. O agente capaz é aquele que tem capacidade de exercício de direito e aptidão para contrair e exercer direitos, alcançados quando se completa 18 anos ou se é emancipado .
Obs: Os plenamente incapazes só podem realizar negócios jurídicos se representados por seus responsáveis (no caso de serem menores de 16 anos) ou seus curadores (no caso de doenças mentais, etc.). Caso algum negócio jurídico seja realizado por alguém incapaz, os mesmo serão considerados nulos e não produzirão qualquer efeito jurídico.
  Os relativamente incapazes necessitam receber assistência para validar a sua manifestação de vontade, apesar de possuírem um certo discernimento que lhes permita participar de negócios jurídicos pessoalmente, a lei exige que sejam acompanhados por seus representantes legais (que realizarão os atos jurídicos junto com os mesmos).
  No caso de ser uma pessoa jurídica, ela deve estar representada por um sócio proprietário que possua poderes de representá-la judicialmente e extrajudicialmente.
Objeto lícito, possível, determinado ou determinável: Os objetos do negócio são as vantagens patrimoniais ou extrapatrimoniais que interessam ao indivíduo celebrante do negócio.
a) Lícito: O objeto não pode ter sido adiquirido de forma ilegal.
ex: não se pode vender objetos roubados, o que caracterizaria a nulidade do negócio.
b) Possível: Objeto deve ser possível fisicamente e juridicamente.
ex: não se pode vender terrenos na lua. Negócio nulo.
c) Determinado ou determinável: Tanto pode ser uma prestação de dar, como de fazer, ou não fazer. A coisa, na obrigação de dar, tem que ser possível, determinado ou determinável (ao tempo de execução do contrato) e economicamente apreciável. 
Forma prescrita não defesa em lei: Em geral, a forma é livre, como por exemplo realizamos um negócio de compra e venda quando compramos um picolé, porém nenhuma das partes assina um contrato. Entretanto, há casos onde a forma está prescrita em lei, como o de aquisição imóveis, onde a celebração da compra (ou da venda) deve ser feito mediante contrato obrigatoriamente.
Manifestação de Vontade: A manifestação de vontade, nos contratos, se traduz em um acordo entre as partes, uma que promete e outra que aceita, podendo se expressar de maneira TÁCITA ou EXPRESSA.
MANIFESTAÇÃO TÁCITA:
Dá-se quando a lei não exigir que seja expressa; é aquela que se deduz de atos de razoável entendimento, não manifestados de forma escrita. Tal consentimento depende de resposta, excluindo, pois, o silêncio como exemplo de manifestação tácita.
MANIFESTAÇÃO EXPRESSA:
É aquela representada de forma clara, explícita, por escrito.
Capacidade x Legitimidade:
Capacidade: Capacidade de ser parte é inerente a toda pessoa nascida com vida, desde o primeiro suspiro extra-uterino, porém nem sempre essa mesma pessoa detém a capacidade processual. Assim, a capacidade processual está ligada a capacidade absoluta das partes em litígio, pois o legislador entende que essas podem compreender melhor as causas processuais.
Legitimidade: Quanto à legitimidade, esta interessa ao processo civil. A legitimidade da parte refere-se a ser titular do direito material posto em litígio, ligado à relação processual através da propositura da ação.
Parte, em direito, é cada pessoa que figura num processo como autor, réu ou litisconsorte.
A relação jurídica processual se estabelece na chamada relação trilateral ou tripartite, na qual são sujeitos o Estado-juiz, o autor e o réu, sendo imparcial o Estado-juiz e parciais - portanto, partes - o autor e o réu.1
FATOS JURÍDICOS (lato sensu)
* Fatos Naturais (ordinários: comuns, esperados - Exs.: nascimento, morte, completar 16,18, 70 anos; extraodinários: ocorrem raramente, sendo impossível prevê-los, tampouco evitá-los. Casos fortuitos, força maior -> ex:. terremoto) 
* Atos Jurídicos: ( Lícitos: ato jurídico propriamente dito - vontade simples; negócio jurídico: vontade qualificada; ato-fato jurídico: o ato humano visto pelo Direito como fato, ou seja, os efeitos jurídicos nascem de um comportamento humano, contudo, por não ser razoável invalidar o ato, considerar-se-á o ato como fato. Ex: Um menino de 8 anos de idade compra um sorvete, porém, aquele não possui capacidade jurídica para tal, mas não invalida-se o ato, por não ser razoável, e sim considera-se como fato. . Ilícitos: antijurídicos; contrários à lei)
Conceito: É o ato jurídico com finalidade negocial, ou seja, com o intuito de criar, modificar, conservar ou extinguir direitos. Para diferenciar o Ato jurídico do Negócio jurídico, observa-se que no primeiro a vontade é simples (realizar ou não o ato) e no segundo, por sua vez, a vontade é qualificada (realizar ou não o ato e escolher o conteúdo/efeito do ato), ou seja, no Ato jurídico os efeitos são previstos em lei, ao passo que no Negócio jurídico alguns efeitos decorrem das leis, podendo outros efeitos ser acordados entre as partes.
* Interpretação dos negócios jurídicos: Arts.112,113,114 CC e Arts. 421,422,423 CC
* Existência: Fato de existir o negócio jurídico. Ex:. Compra e venda de objeto.
* Validade: Aceitação legal do negócio jurídico.
* Eficácia: Exercício do direito. Gozo.
REQUISITOS DA EXISTÊNCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO:
 Requisitos de existência são os elementos estruturais do negócio jurídico, faltando qualquer deles, o negócio não existe. São eles: 
a) a manifestação da vontade;
b) a finalidade negocial;
c) e a idoneidade do objeto;
 - Manifestação da vontade
* Expressa: manifestação de vontade clara, por meio de sinais, gestos, não necessariamente escrita, não podendo deixar dúvidas.
* Tácita: nesse caso, da atitude da parte se deduz a vontade. Ex: um táxi estacionado em seu ponto ou próximo a eventos. De tal atitude, se deduz que ele esteja disponível.
* Presumida ( ART. 539, ART. 1807 CC): aquela que decorre da lei. Ex: Financiamento. Quando o credor paga a última parcela, presume-se que houve a quitação da dívida, salvo se comprovado o contrário. 
Obs:
O Silêncio como manifestãção de Vontade -> Art 111 CC: O Silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.
Reserva Mental -> ART. 110 CC: A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.
- Finalidade Negocial
A Finalidade negocial ou jurídica é o propósito de adquirir, conservar, modificar ou extinguir direitos. Sem essa intenção, a manifestação de vontade pode desencadear determinado efeito, preestabelecido no ordenamento jurídico, praticando o agente, então, um ato jurídico em sentido estrito". (GONÇÁLVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Vol I, Parte Geral. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007).
Finalidade negocial – a finalidade negocial ou jurídica é a vontade de criar, conservar, modificar ou extinguir direitos. Sem essa intenção, a manifestação de vontade pode desencadear determinado efeito, preestabelecido no ordenamento jurídico, praticando o agente, então, um ato jurídico em sentido estrito e não um negócio jurídico. Com efeito, a existência do negócio jurídico depende da manifestação de vontade com finalidade negocial, isto é, com a finalidade de produzir os efeitos jurídicos mencionados.
- Idoneidade do objeto
Relação estrutural em vista ao negócio jurídico. "Assim, se a intenção das partes é celebrar um contrato de mútuo, a manifestação da vontade deve recair sobre coisa fungível. No comodato, o objeto deve ser coisa infungível. Para a constituição de uma hipoteca é necessário que o bem dado em garantia seja imóvel, navio ou avião". (GONÇÁLVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Vol I, Parte Geral. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007).
Idoneidade do objeto – a idoneidade do objeto é necessária para a realização do negócio que se tem em vista. Assim, se a intenção é celebrar um contrato de mútuo, a manifestação de vontade deve recair sobre coisa fungível. No comodato, o objeto deve ser coisa infungível. Para a constituição de uma hipoteca, é necessário que o bem dado em garantia seja imóvel, navio ou avião, pois os demais bens são inidôneos para a celebração de tal negócio.
REQUSITOS DA VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO:
 Os requisitos de validade podem ser de caráter geral ou específico. Os requisitos da validade do negócio jurídico são elencados no art. 104º, I, II, III – CC, a saber:
a) Agente capaz;
b) Objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
c) Forma prescrita e não defesa em lei;
REQUSITOS DA EFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO:
CONDIÇÃO: evento futuro e INCERTO que condiciona o início dos efeitos do negócio jurídico. Classifica-se em: a) pura (própria/simples): aquela que depende somente da vontade das partes; b) imprópria (legal/conditio iuris): requisito imposto pela lei para que o negócio jurídico produza efeitos).
É a cláusula que subordina a eficácia do negocio a um evento futuro e incerto. A condição pode ser:
* Suspensiva: é aquela que suspende a aquisição e o exercício do direito até o seu implemento. É aquela que quando verificada dá inicio aos efeitos do negócio.
* Resolutiva: É aquela que quando verificada coloca fim aos efeitos do negócio.
TERMO: evento futuro e CERTO que condiciona o início dos efeitos do negócio jurídico.
Em relação à certeza da ocorrência, o termo classifica-se em: a) termo certo (certus an certus), quando a prefixação do termo é certa quanto ao fato e ao tempo de duração; bO termo incerto (certus an incertus), quando termo certo quanto ao fato, mas, incerto quanto à duração.
ENCARGO/MODO: cláusula acessória à liberalidade, pela qual se impõe uma obrigação a ser cumprida pelo beneficiário. Gera direito adquirido a seu destinatário, que já pode exercer o seu direito, ainda que pendente o cumprimento da obrigação que lhe fora imposta.
Classificação dos Negócios Jurídicos
Negócios jurídicos unilaterais são os que se aperfeiçoam com uma única manifestação de vontade (ex.: testamento, codicilo, instituição de fundação, aceitação e renúncia da herança, promessa de recompensa, etc.).
São de duas espécies:
RECEPTÍCIOS – são aqueles em que a declaração de vontade tem de se tornar conhecida do destinatário para produzir efeitos (ex.: denúncia ou resilição de um contrato, revogação de mandato, etc.).
NÃO RECEPTÍCIOS – são aqueles em que o conhecimento por parte de outras pessoas é irrelevante (ex.: testamento, confissão de dívida, etc.).
Negócios jurídicos bilaterais são aqueles que se perfazem com duas manifestações de vontade, coincidentes sobre o objeto. Essa coincidência chama-se consentimento mútuo ou acordo de vontades (contratos em geral).
Negócios jurídicos plurilaterais são os contratos que envolvem mais de duas partes, ou seja, mais de dois pólos distintos (ex.: contrato social de sociedades com mais de dois sócios).
NEGÓCIOS JURÍDICOS GRATUITOS
Negócios jurídicos gratuitos são aqueles em que só uma das partes aufere vantagens ou benefícios (ex.: doação pura).
NEGÓCIOS JURÍDICOS ONEROSOS
Negócios jurídicos onerosos são aqueles em que ambos os contratantes auferem vantagens, às quais, porém, corresponde uma contraprestação (ex.: compra e venda, locação, etc.).
Conclui-se, portanto, que todo o negócio oneroso é bilateral, mas a recíproca não é verdadeira (ex.: doação, comodato).
NEGÓCIOS JURÍDICOS COMUTATIVOS
COMUTATIVOS – quando a prestação de uma parte depende de uma contraprestação da outra, que é equivalente, certa e determinada.
NEGÓCIOS JURÍDICOS ALEATÓRIOS
ALEATÓRIOS – quando a prestação de uma das partes depende de acontecimentos incertos e inesperados. A álea, a sorte, é elemento donegócio (ex.: contrato de seguro).
NEGÓCIOS JURÍDICOS NEUTROS
 Há negócios que não podem ser incluídos na categoria dos onerosos, nem dos gratuitos, pois lhes falta atribuição patrimonial. São chamados de neutros e se caracterizam pela destinação dos bens. Em geral, coligam-se aos negócios translativos, que têm atribuição patrimonial, como por exemplo a instituição das cláusulas de inalienabilidade e incomunicabilidade.
NEGÓCIOS JURÍDICOS “INTER VIVOS” e “MORTIS CAUSA”
“Inter vivos” – destinam-se a produzir efeitos desde logo, isto é, estando as partes ainda vivas (ex.: promessa de venda e compra).
“Mortis causa” – são os negócios jurídicos destinados a produzir efeitos após a morte do agente (ex.: testamento).
NEGÓCIOS JURÍDICOS SOLENES OU FORMAIS
 São os negócios jurídicos que devem obedecer à forma prescrita em lei para que se aperfeiçoem.
Quando a forma é exigida como condição de validade do negócio, este é solene e a formalidade é “ad solemnitatem”, isto é, constitui a própria substância do ato (ex.: escritura pública na alienação de imóvel, no testamento público, etc.).
 Mas determinada forma pode ser exigida apenas como prova do ato. Nesse caso, se diz tratar-se de uma formalidade “ad probationem tantum” (ex.: assento do casamento no livro de registro – art. 1536).
NEGÓCIOS JURÍDICOS NÃO SOLENES OU DE FORMA LIVRE
São os negócios jurídicos de forma livre. Como a lei não reclama nenhuma formalidade para o seu aperfeiçoamento, podem ser celebrados por qualquer forma, inclusive a verbal (art. 107 – CC).
ENCARGO
Cláusula acessória à liberalidade, pela qual se impõe uma obrigação a ser cumprida pelo beneficiário. Gera direito adquirido a seu destinatário, que já pode exercer o seu direito, ainda que pendente o cumprimento da obrigação que lhe fora imposta. Vale dizer o encargo ocorre em negócios jurídicos inter vivos ou causa mortis. Exemplo: Te deixo minha casa, mas terá de construir uma creche. Em regra, o modo ou encargo não suspende nem interrompe a eficácia do negócio jurídico. Art. 136 e 137
INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
NEGÓCIO JURÍDICO NULO
 O negócio é nulo quando ofende preceitos de ordem pública, que interessam à sociedade. Assim, quando o interesse público é lesado, a sociedade o repele, fulminando-o de nulidade, evitando que venha a produzir os efeitos esperados pelo agente.
Um negocio jurídico pode ser NULO ou ANULAVEL
É nulo o negocio jurídico quando:
i)                   Praticado por pessoa absolutamente incapaz (art. 166, I - CC).
ii)                For ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto (art. 166, II - CC).
iii)              O motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito(art. 166, III - CC).
iv)              Não revestir a forma prescrita em lei (art. 166, IV - CC).
v)                For preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade (art. 166, V - CC).
vi)              Tiver por objetivo fraudar a lei imperativa (art. 166, VI - CC).
vii)           A lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção (art. 166, VII - CC)
viii)         For simulado, subsistindo o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma (art. 167 - CC).
      Algumas vezes, a lei expressamente declara nulo determinado negócio (ex.: arts. 489, 548, 549, 1428, 1475, 1548, etc.). Nesses casos, diz-se que a nulidade é expressa ou textual.
Outras vezes a lei não declara expressamente a nulidade do ato, mas proíbe a sua prática ou submete a sua validade à observância de certos requisitos de interesse geral. Utiliza-se, então, de expressões como “não pode” (arts. 426 e 1521), “não se admite” (art. 380), “ficará sem efeito” (arts. 483 e 485), etc.
Em tais hipóteses, dependendo da natureza da disposição violada, a nulidade será subentendida, sendo chamada de virtual ou implícita.
Será anulável o negócio jurídico, além dos casos expressamente declarados na lei:
O negócio é anulável (nulidade relativa) quando ofende interesse particular. Quando a ofensa atinge o interesse particular de pessoas que o legislador pretendeu proteger, sem estar em jogo interesses sociais, faculta-se a estas, se desejarem, promover a anulação do ato.
 Trata-se de negócio anulável, que será considerado válido se o interessado se conformar com os seus efeitos e não o atacar, nos prazos legais, ou confirmar. A anulabilidade visa à proteção do consentimento ou refere-se à incapacidade do agente.
Assim, o Código Civil declara que, além dos casos expressamente previstos em lei, é anulável o negócio jurídico por:
i)                   Incapacidade relativa do agente (art. 171, I - CC).
ii)                Vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores (art. 171, II - CC).
DEFEITOS DO NEGOCIO JURÍDICO
No negócio jurídico, quando a vontade é declarada, com vício ou defeito que torna mal dirigida, mal externada, estamos, na maioria das vezes, no campo do negocio jurídico ou ato anulável, isto é, o negócio terá vida jurídica somente até que, por iniciativa de qualquer prejudicado, seja pedida sua anulação.
1. Classificação dos defeitos do negócio jurídico
Os defeitos dos negócios jurídicos se classificam em:
a) Vícios do Consentimento: são aqueles em que a vontade não é expressa de maneira absolutamente livre, podendo ser eles: Erro; Dolo; Coação; Lesão e; Estado de Perigo.
b) Vícios Sociais: são aqueles em que a vontade manifestada não tem, na realidade, a intenção pura e de boa-fé que enuncia, sendo eles: Fraude contra Credores e Simulação.
 Do Erro ou Ignorância – CC, 138 a 144
 Do Dolo – CC, 145 a 150
 Da Coação – CC, 151 a 155
 Do Estado de Perigo – CC, 156
 Da Lesão – CC, 157
 Da Fraude Contra Credores – CC 158 a 165
 Da simulação – CC, §1º, 167- 
VICIOS DE VONTADE (ERRO X DOLO X COAÇÃO)
Nos vícios da vontade o prejudicado é um dos contratantes, pois há manifestação da vontade sem corresponder com o seu íntimo e verdadeiro querer. Já os vícios sociais consubstanciam-se em atos contrários à boa fé ou à lei, prejudicando terceiro. São vícios da vontade: o erro, o dolo, a coação, o estado de perigo e a lesão; e vícios sociais: a fraude contra credores e a simulação.
Passemos à análise de cada um deles:
Erro ou ignorância: neste ninguém induz o sujeito a erro, é ele quem tem na realidade uma noção falsa sobre determinado objeto. Esta falsa noção é o que chamamos de ignorância, ou seja, o completo desconhecimento acerca de determinado objeto. O erro é dividido em: acidental erro sobre qualidade secundária da pessoa ou objeto, que não vicia o ato jurídico, pois não incide sobre a declaração de vontade; essencial ou substancial refere-se à natureza do próprio ato e incide sobre as circunstâncias e os aspectos principais do negócio jurídico; este erro enseja a anulação do negócio, vez que se desconhecido o negócio não teria sido realizado.
Dolo é o meio empregado para enganar alguém. Ocorre dolo quando o sujeito é induzido por outra pessoa a erro.
Coação é o constrangimento a uma determinada pessoa, feita por meio de ameaça com intuito de que ela pratique um negócio jurídico contra sua vontade. A ameaça pode ser física (absoluta) ou moral (compulsiva).
Estado de perigo é quando alguém, premido de necessidade de se salvar ou a outra pessoa de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. O juiz pode também decidir que ocorreu estado de perigo com relação à pessoa não pertencente à família do declarante. No estado de perigo o declarante não errou, não foi induzida a erro ou coagida, mas, pelas circunstâncias do caso concreto, foi obrigada a celebrar um negócio extremamente desfavorável. É necessário que a pessoa que se beneficiou do ato saiba da situação desesperadora da outra pessoa.
Lesão ocorre quando determinada pessoa, sob premente necessidade ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestadamente desproporcional ao valor da prestação oposta. Caracteriza-se por um abuso praticado em situação de desigualdade,evidenciando-se um aproveitamento indevido na celebração de um negócio jurídico.
Fraude contra credores é o negócio realizado para prejudicar o credor, que torna o devedor insolvente.
Simulação é a declaração enganosa da vontade, visando obtenção de resultado diverso da finalidade aparente, para iludir terceiros ou burlar a lei. Vale dizer, a simulação é causa autônoma de nulidade do negócio jurídico, diferente dos demais vícios.
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