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AULA 10 Complexo do Tornozelo e Pé

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Complexo do Tornozelo e 
Pé
Cinesiologia e Biomecânica
Francisco Xavier de Araujo
Complexo do Tornozelo e Pé
• O tornozelo e o pé formam uma estrutura complexa composta 
de 26 ossos (além de dois sesamóides) 34 articulações 
(incluindo 20 sinoviais), interconectados por mais de 100 
ligamentos e músculos; 
• A articulação do tornozelo sustenta maior carga por área do 
que qualquer articulação do corpo; 
• As articulações e os ligamentos do complexo do pé e do 
tornozelo agem como estabilizadores e adaptam-se de forma 
constante durante, atividades de sustentação de peso. Isso 
ocorre, particularmente, em superfícies irregulares.
Complexo do Tornozelo e Pé
• O pé saudável satisfaz requisitos aparentemente paradoxais 
de absorção de choque, flexibilidade e força. Através de uma 
complexa interação estrutural e funcional entre suas 
articulações, tecidos conjuntivos e músculos. 
• Cinco vezes o peso do corpo é colocado sobre a articulação 
talocrural durante o contato inicial na corrida; 
• O tornozelo e o pé sustentam cargas que são, de fato, 
grandes. Forças verticais máximas alcançam 120% do peso 
corporal durante a caminhada e chegam a 275% na corrida.
Complexo do Tornozelo e Pé
Complexo do Tornozelo e Pé
• Anatômica e biomecanicamente, o pé é, 
muitas vezes, subdividido em retropé (o 
tálus e o calcâneo), mediopé (5 ossos 
do tarso - o navicular, o cuboide e os 
três cuneiformes) e antepé (as 14 
falanges, os cinco metatarsais e os 
sesamoides medial e lateral); 
• O retropé desempenha um importante 
papel nos movimentos e posições do 
mediopé; 
• Os ossos do pé e os ligamentos 
associados formam os três arcos: o arco 
longitudinal medial, o arco longitudinal 
lateral (menor) e o arco transverso.
Terminologia do Movimento
• Os eixos dos movimentos do pé e do tornozelo são 
desviados dos planos simples de movimento que já 
conhecemos; 
• Em outras palavras, os eixos de movimento são oblíquos 
a esses planos de movimento tradicionais; 
• Como resultado, os movimentos que ocorrem ao redor 
desses eixos não são pura flexão-extensão, abdução-
adução, ou rotação medial-lateral; 
• Já que esses eixos de movimento são diferentes dos 
movimentos tradicionais, os nomes dos movimentos 
também são diferentes.
Terminologia do Movimento
• Os movimentos do pé e do tornozelo que ocorrem próximos ao 
plano sagital em torno de um eixo transversal são flexão 
dorsal e flexão plantar. A flexão dorsal ocorre durante a 
aproximação dos dois segmentos da articulação. A flexão 
plantar ocorre quando os dois segmentos se afastam; 
Terminologia do Movimento
• Os movimentos que ocorrem no plano frontal em torno de um eixo 
anteroposterior são denominados inversão e eversão. O movimento 
de inversão caracteriza-se por uma rotação em que a superfície 
plantar do pé roda, ficando de frente para o membro inferior oposto. 
A eversão é o movimento contrário, em que a superfície plantar do pé 
roda lateralmente, direcionando-se para o lado oposto do outro 
membro inferior.
Terminologia do Movimento
• Os últimos movimentos ocorrem em um plano transverso 
em torno de um eixo longitudinal. Esses movimentos são 
abdução e adução, nomeados similarmente aos 
movimentos tradicionais, mas que ocorrem em um plano 
diferente em torno de um eixo distinto da abdução e da 
adução que normalmente conhecemos; 
• Ao longo dos outros segmentos do corpo, abdução e 
adução ocorrem no plano frontal, mas, no pé, ocorrem no 
plano transverso em torno de um eixo vertical. Nesse caso, 
abdução é o movimento do pé distanciando-se da linha 
central, enquanto adução ocorre quando o pé se move na 
direção da linha central.
Terminologia do Movimento
Terminologia do Movimento
• Embora esses movimentos individuais costumem ser mensurados no 
ambiente fisioterápico, eles não são movimentos funcionais. O 
movimento funcional geralmente engloba os três movimentos 
simultâneos. Um único eixo articular que não é perpendicular aos 
planos cardinais mas intersecta os três planos é chamado de eixo 
triplanar; 
• O movimento em torno desse eixo ocorre em todos os três planos. No 
pé e no tornozelo, esses movimentos triaxiais são chamados de 
pronação e supinação. Pronação e supinação são os movimentos 
triaxiais que incluem flexão plantar ou flexão dorsal, inversão ou 
eversão e abdução ou adução ocorrendo simultaneamente; 
• A razão por que a articulação talocrural e, em maior grau, a 
articulação talocalcânea atuam em movimentos triplanares é que seus 
eixos são oblíquos aos planos de movimento verdadeiros.
Articulações
• Os 26 ossos do pé e do tornozelo formam 34 articulações. 
Muitos desses ossos e articulações podem ser comparados 
aos do punho e da mão; 
• No entanto, as articulações do pé servem principalmente 
para funções de sustentação de peso e são capazes de 
gerar ou compensar lesões mais proximais na cadeia 
cinemática; 
• Há duas articulações que mantêm a tíbia e a fíbula firmemente unidas: a 
articulação tibiofibular proximal e articulação tibiofibular distal. A 
membrana interóssea, uma camada de tecido conjuntivo denso, 
também se situa entre os dois ossos e ajuda a manter o alinhamento 
entre eles; 
• Ela também atua como ponto de inserção de vários músculos do 
membro inferior. Embora a articulação tibiofibular superior, ou proximal, 
seja uma articulação sinovial, a articulação tibiofibular inferior, ou distal, 
é uma sindesmose (do grego, syndemos, faixa ou ligamento); 
• Pelo fato de a articulação tibiofibular distal ser uma articulação fibrosa, a 
principal estrutura que a mantém unida é o ligamento interósseo, que é 
uma extensão da membrana interóssea distal. Os ligamentos 
tibiofibulares anterior e posterior também proporcionam suporte à 
articulação tibiofibular distal.
Articulações Tibiofibulares
• Embora a articulação tibiofibular proximal esteja imediatamente distal à 
articulação do joelho, ela não é afetada por ele, mas sim pelo tornozelo. O 
movimento nessa articulação ocorre com a flexão dorsal e a flexão plantar 
do tornozelo enquanto a fíbula se movimenta em relação à tíbia. Mesmo 
com uma amplitude de movimento de apenas alguns graus, o movimento 
dessas duas articulações é vital para a flexão dorsal e a flexão plantar do 
tornozelo. 
• Na articulação tibiofibular proximal, o movimento é limitado pelas 
inserções distais do tendão do músculo bíceps femoral, pelo ligamento 
colateral lateral e pelo tendão do músculo poplíteo; 
• Um leve deslizamento articular pode ser sentido quando se faz a flexão 
dorsal do tornozelo. Lesões do joelho ou cirurgia tratada com imobilização 
podem levar à limitação de movimento na articulação tibiofibular superior, 
o que resulta na limitação da flexão dorsal do tornozelo. 
Osteocinemática
Articulações Tibiofibulares
Articulação Talocrural
• Comumente, refere-se à articulação 
talocrural como a articulação do tornozelo; 
• A articulação talocrural, entre o tálus e a 
tíbia, é uma articulação em dobradiça 
(gínglimo) (pode ser considerada uniaxial 
ou biaxial); 
• Como mencionado, a tróclea do tálus é a 
superfície superior de sustentação de 
peso, que se articula com a extremidade 
distal da tíbia, enquanto as superfícies 
medial e lateral se articulam com o maléolo 
medial da tíbia e com o maléolo lateral da 
fíbula, respectivamente. 
Articulação Talocrural
• https://www.youtube.com/
watch?v=NIOVbq-y_Nc
Articulação Talocrural
• A cápsula é reforçada medial e lateralmente por ligamentos. O 
ligamento colateral medial também é conhecido como ligamento 
deltóideo. Sua função é restringir o movimento de eversão, ou 
inclinação valga do tornozelo;
Articulação Talocrural
• Os ligamentos colaterais laterais da articulação talocrural não são tãofortes ou tão fusionados como os do aspecto medial da articulação. 
Esses ligamentos incluem os ligamentos talofibular anterior e 
posterior, e o ligamento calcaneofibular. Embora o ligamento 
talofibular anterior seja uma faixa plana frágil, os ligamentos 
calcaneofibular e talofibular posterior são mais grossos e fortes; 
• O ligamento talofibular anterior passa sobre o seio do tarso na região 
anterolateral do tornozelo e, dos três, é o ligamento lesionado com 
mais frequência. A lesão desse ligamento ocorre quando o tornozelo 
é flexionado plantarmente e uma força vara ou de adução é aplicada 
sobre ele, como quando um indivíduo cai sobre o pé de outra pessoa.
Articulação Talocrural
• A articulação Talocrural possui dois graus de liberdade (alguns autores 
consideram um grau de liberdade apenas). Ainda que os movimentos 
predominantes sejam de flexão plantar e flexão dorsal, pequenos graus de 
adução e abdução são permitidos; 
• A flexão dorsal e a flexão plantar são, na verdade, movimentos compostos que 
requerem movimentos em outros planos para que ocorram a flexão dorsal e a 
flexão plantar completas. Por causa da orientação oblíqua da articulação talocrural, 
a flexão dorsal e a flexão plantar não são movimentos que ocorrem em um plano 
simples, mas requerem movimento em outros planos além do sagital. 
• Partindo da posição anatômica, a amplitude de movimento média da flexão dorsal 
é de até 30o, enquanto que a flexão plantar é de até 55o; 
• A amplitude de movimento em flexão plantar não é alterada pela posição do joelho 
porque não há nenhum músculo dorsiflexor que atravesse essa articulação. 
Enquanto que a posição do joelho pode limitar a amplitude de dorsiflexão, devido à 
inserção do Gastrocnêmio. 
Osteocinemática
Articulação Talocrural
Articulação Talocrural
Osteocinemática
• A artrocinemática varia em relação ao tipo de cadeia cinética do 
movimento; 
• Em cadeia cinética aberta, o tálus convexo rola e desliza em 
relação ao seu encaixe côncavo na articulação do tornozelo, 
formada pela tíbia e pela fíbula, durante a flexão dorsal e a flexão 
plantar; 
• Quando a articulação se move em flexão dorsal, o tálus obedece ao 
princípio convexo-côncavo, de maneira que, ao rolar anteriormente, 
desliza posteriormente; 
• Os movimentos opostos ocorrem durante a flexão plantar: o tálus 
rola posteriormente enquanto desliza anteriormente.
Artrocinemática
Articulação Talocrural
Artrocinemática
Articulação Talocrural
• A grande e complexa articulação 
S u b t a l a r c o n s i s t e e m t r ê s 
articulações formadas entre as três 
facetas (posterior, média e anterior) 
do Calcâneo que se articulam com 
as facetas correspondentes na 
superfície inferior do Tálus; 
• A faceta articular talar posterior é 
convexa, enquanto as facetas 
articulares talares média e anterior 
são côncavas. Essa configuração 
anatômica impede o deslocamento 
anterior ou posterior do tálus sobre o 
calcâneo.
Articulação Subtalar 
(Talocalcânea)
• Assim como no caso da articulação Talocrural, a articulação Subtalar 
também não se desloca em um plano reto, mas produz movimento em 
um eixo que cria movimento multiplanar; 
• A inversão e a eversão ocorrem em média com amplitudes de 30o e 
18o, respectivamente. O movimento de inversão é bem superior ao 
movimento de eversão. A proporção é definida como de 2:1 ou 3:2 de 
inversão para eversão. 
• É preciso considerar que é muito difícil isolar o movimento da 
articulação subtalar daquele da articulação talocrural, especialmente 
quando se avalia um movimento funcional. 
Osteocinemática
Articulação Subtalar 
(Talocalcânea)
Osteocinemática
Articulação Subtalar 
(Talocalcânea)
• A maior interface facetária da articulação Subtalar apresenta uma 
superfície convexa no osso calcâneo movendo-se sobre uma 
superfície côncava do tálus em uma posição de cadeia cinética 
aberta; 
• Enquanto o calcâneo rola em inversão, ele desliza lateralmente e, 
quando rola em eversão, desliza medialmente.
Artrocinemática
Articulação Subtalar 
(Talocalcânea)
Artrocinemática
Articulação Subtalar 
(Talocalcânea)
• A articulação transversa do tarso 
também é conhec ida como 
articulação de Chopart. Quando 
visualizada de cima, a linha 
articular possui uma forma de S e 
é formada por duas superfícies 
articulares: as articulações 
t a l o n a v i c u l a r e 
calcaneocuboidea;
• Embora sejam duas articulações, 
são mencionadas como uma: a 
articulação transversa do tarso. 
Articulação Transversa do Tarso
• A articulação transversa do tarso participa no movimento do antepé em 
relação ao retropé; ela abaixa o arco longitudinal do pé durante a 
pronação e o eleva durante a supinação;
Osteocinemática
Articulação Transversa do Tarso
• Como são duas as articulações que compõem a articulação transversa do 
tarso, sua movimentação é complexa e gira em torno de dois eixos de 
movimento. Um deles é longitudinal e se situa próximo ao eixo da 
articulação talocalcânea, permitindo movimentos de inversão e eversão; 
• O outro eixo é um eixo oblíquo semelhante ao eixo da articulação 
talocrural onde ocorrem os movimentos de flexão dorsal com abdução e 
flexão plantar com adução do antepé; 
• Esses movimentos são muito difíceis de isolar e mensurar. De um ponto de 
vista clínico, não é necessário identificar a amplitude de movimento em 
cada plano de cada articulação durante a supinação ou a pronação do 
pé.
Osteocinemática
Articulação Transversa do Tarso
• As articulações tarsometatarsais são o elo entre o retropé e o antepé. Elas 
formam o arco transverso do metatarso e fornecem uma pequena 
contribuição para o arco longitudinal; 
• As articulações tarsometatarsais também são chamadas de articulação 
de Lisfranc. O cuboide e os três ossos cuneiformes se articulam com 
as bases dos cinco metatarsos para formar as articulações 
tarsometatarsais; 
• As articulações tarsometatarsais são quase planas. Suas mobilidades 
são limitadas por causa da grande aproximação dos metatarsos 
adjacentes. Embora o movimento seja limitado na articulação 
tarsometatarsal, o movimento da primeira articulação tarsometatarsal é 
maior e útil para a função do pé. Os movimentos da primeira articulação 
tarsometatarsal incluem flexão plantar (flexão) e flexão dorsal 
(extensão) no plano sagital, com inversão e eversão mínimas no plano 
frontal, e abdução e adução ainda menores no plano transverso.
Articulações Tarsometatarsais
Articulações Tarsometatarsais
• Essas articulações correspondem em estrutura àquelas dos dedos das 
mãos, porém, possuem algumas diferenças funcionais. Cada cabeça 
do metatarso, que é convexa, faz par com a base correspondente da 
falange proximal, que é côncava, formando as articulações 
metatarsofalângicas (MTF) do pé; 
• Essas articulações são biaxiais, movendo-se nos planos sagital e 
transverso. Nas articulações MTF dos dedos dos pés a hiperextensão 
é de 90o e a flexão é de apenas 30o a 45o (ao contrário das 
correspondentes nas mãos). A alta amplitude de hiperextensão é 
necessária quando ficamos na ponta dos pés e, durante a caminhada, 
na fase final de apoio, depois que o calcanhar deixa o solo. Embora 
existam músculos para fazer esses movimentos, os movimentos de 
abdução e adução dos dedos dos pés possuem menos amplitude de 
movimento e controle muscular que os da mão.
Articulações Metatarsofalângicas 
e Interfalângicas
• As articulações interfalângicas (IF) dos dedos dos pés são 
semelhantes às presentes nos dedos das mãos. Elas são 
essencialmente articulações em dobradiça (gínglimo) com um grau de 
liberdade;
• O primeiro dedo, ou hálux, possui uma articulação dessa forma entre 
uma falange próxima e uma falange distal, e os demais dedos laterais 
possuem três falangescom articulações IF proximais e distais;
Articulações Metatarsofalângicas 
e Interfalângicas
Osteocinemática
Arcos do Pé
• Os arcos do pé possibilitam importantes funções: permitem que ele 
se adapte a várias superfícies, absorvem as forças de impacto do 
pé durante atividades de cadeia fechada, proporcionam uma 
superfície para a sustentação do peso corporal e transformam o pé 
em uma alavanca para a propulsão do corpo; 
• A capacidade do pé de se transformar de uma estrutura flexível em 
uma rígida em um simples passo é dependente das estruturas 
ósseas dos três arcos do pé, do suporte estático ligamento-fascial 
e da contração muscular dinâmica; 
• No movimento de cadeia fechada, como permanecer em pé, o peso 
corporal apoiado é distribuído, posteriormente, através do tálus e da 
tuberosidade calcânea, e, anteriormente, às cabeças dos ossos 
metatarsos e aos dedos.
Arcos do Pé
Arcos do Pé
• O arco longitudinal medial é o 
mais longo e o mais alto. Ele é 
composto pelos ossos calcâneo, 
tálus, navicular, cuneiforme 
medial e primeiro metatarso. 
Arco Longitudinal Medial
Arcos do Pé
• O arco longitudinal lateral é mais 
baixo e composto por calcâneo, 
cuboide e quinto metatarso. 
Arco Longitudinal Lateral
Arcos do Pé
• O arco transverso é côncavo 
quando não há sustentação de 
peso de medial a lateral nas 
á r e a s m e d i o t a r s a l e 
tarsometatarsal; 
• Distalmente a esse arco, as 
cabeças dos ossos metatarsais 
são flexíveis e se configuram 
conforme a superfície do terreno.
Arco Transverso
Arcos do Pé
• Quando sobrecarregado, o suporte curvo 
do pé se f l ex iona , e f o rças de 
compressão ocorrem no topo (lado 
convexo) e forças de tensão ocorrem na 
superfície plantar (lado côncavo); 
• Esse formato permite forças maiores 
que se o formato estrutural fosse reto. 
Forças ainda maiores podem ser 
suportadas se um tirante for colocado 
através da base de suporte para impedir 
que as duas extremidades se separem;
• No pé, o tirante é representado pela 
aponeurose plantar, que é ativamente 
reforçada pelos músculos intrínsecos e 
extrínsecos do pé.
Arcos do Pé
• Em cadeia cinética fechada, o apoio 
do peso corporal normalmente cai 
próximo a região talonavicular; 
• Este peso é distribuído entre retropé 
e antepé. O peso corporal deprime 
o tálus e achata o arco longitudinal 
medial; 
• A tensão de estiramento dos tecidos 
conectivos como a fáscia plantar 
atuam como uma mola impedindo a 
queda completa do arco.
Arcos do Pé
• Uma queda crônica do arco longitudinal 
é definida como pé plano. Essa 
condição muitas vezes é o resultado de 
f roux idão ar t icu lar no mediopé, 
combinada com estiramento excessivo 
da fáscia plantar e do tendão do tibial 
posterior; 
• A capacidade de dissipar cargas de 
forma ideal e uniforme fica prejudicada; 
• Essa deformidade pode ser rígida 
(congênita), quando o arco é caído 
mesmo em situações sem sustentação 
de peso, ou flexível, quando o arco 
parece normal quando está sem 
descarga de peso.
Músculos
• Os músculos que passam sobre as articulações do tornozelo 
possuem inserções proximais na tíbia e na fíbula, com a exceção do 
gastrocnêmio e do plantar, que se inserem no fêmur; 
• Como nenhum músculo se insere no tálus, os músculos que vão da 
perna para o pé agem simultaneamente nas articulações 
talocalcânea (subtalar) e do tornozelo (talocrural); 
• Assim como na mão, os dedos dos pés são movimentados e 
controlados por músculos extrínsecos, que se originam acima das 
articulações do tornozelo, e por intrínsecos, que se originam dentro 
do próprio pé. 
• Os músculos que agem só no tornozelo ou no tornozelo e nos 
dedos dos pés, e que possuem inserções proximais principalmente 
na perna, são divididos em três grupos: posterior, lateral e 
anterior.
Músculos
Flexores Dorsais/
Inversores
Flexores Dorsais/
Eversores
Flexores Plantares/
Eversores
Flexores Plantares/
Inversores
Grupo de Músculos Posteriores
• Existem dois grupos de músculos posteriores: o 
superficial e o profundo;
• O grupo superficial inclui gastrocnêmio, sóleo e 
plantar; 
• O grupo profundo de músculos posteriores inclui o 
flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux e o 
tibial posterior. 
Grupo de Músculos Posteriores
• O gastrocnêmio compõe o maior volume dos músculos da 
panturrilha. As inserções proximais do músculo se ligam 
parcialmente à cápsula da articulação do joelho. A cabeça 
medial do gastrocnêmio é maior que a lateral, e sua porção 
muscular desce mais distalmente; 
• O sóleo, juntamente com o gastrocnêmio, consistem o 
tríceps sural. Ele situa-se profundamente aos músculos 
gastrocnêmio e plantar, e é facilmente observado logo distal 
aos ventres musculares dos gastrocnêmios medial e lateral; 
• Os tendões do sóleo e do gastrocnêmio se unem formando o 
tendão do calcâneo, ou de Aquiles.
Superficiais - Flexores Plantares
Grupo de Músculos Posteriores
Superficiais - Flexores Plantares
Grupo de Músculos Posteriores
Superficiais - Flexores Plantares
Grupo de Músculos Posteriores
• A flexão plantar do tornozelo é executada sobretudo e 
quase exclusivamente pelo tríceps sural; esse grupo 
proporciona 80% do torque total da flexão plantar. 
• O plantar é o único outro músculo do tornozelo ou do pé 
além do gastrocnêmio cuja inserção proximal é proximal à 
articulação do joelho. Ele é um músculo muito pequeno. 
Sua verdadeira função não é bem conhecida, mas 
presume-se que ofereça cer ta assistência ao 
gastrocnêmio e ao sóleo na flexão plantar do tornozelo.
Superficiais - Flexores Plantares
Grupo de Músculos Posteriores
• Os músculos Tibial Posterior, Flexor Longo do Hálux e 
Flexor Longo dos Dedos estão localizados profundamente 
ao Sóleo; 
• Como um grupo estes músculos surgem a partir da face 
posterior da Tíbia, Fíbula e Membrana Interóssea. Na 
sua junção musculotendínea distal, todos os três músculos 
penetram na região plantar a partir da sua face medial; 
• A posição dos tendões que cruzam o tornozelo e o pé 
explica o forte componente de supinação (inversão) 
destes músculos. 
Profundos - Inversores
Grupo de Músculos Posteriores
Profundos - Inversores
Grupo de Músculos Laterais
• Esse grupo muscular localiza-se na lateral da perna, 
anterior ao grupo da panturrilha, ocupando uma área 
comparativamente menor e separado dos grupos 
musculares anterior e posterior por um septo 
intermuscular; 
• Há dois músculos nesse grupo: o fibular longo e o 
fibular curto.
Grupo de Músculos Laterais
• Os músculos Fibular Longo e Fibular Curto são os 
principais eversores do pé. Fornecem a principal fonte 
de estabilidade ativa para a região lateral do tornozelo; 
• Ambos têm braço de alavanca importantes para a 
eversão subtalar; 
• O maléolo lateral, que serve como roldana fixa, 
determina o caminho dos tendões do fibular posterior ao 
eixo de rotação da articulação talocrural. Portanto, 
ambos também realizam flexão plantar.
Eversores
Grupo de Músculos Laterais
Eversores
Grupo de Músculos Anteriores
• O grupo muscular anterior da perna se localiza no lado 
lateral da margem anterior da tíbia, a protuberante crista 
óssea palpável desde a tuberosidade da tíbia, por toda 
a extensão da tíbia, até o tornozelo; 
• Ele é separado do grupo lateral por um septo 
intermuscular, mas parece, à palpação, ser contínuo a 
ele; 
• Os músculos do grupo anterior incluem tibial anterior, 
extensor longo do hálux, extensor longo dos dedos e 
fibular terceiro. 
Grupo de Músculos Anteriores
• Os quatro músculos anteriores são dorsiflexores. O 
Tibial Anterior também inverte a articulação subtalar; 
• O extensor longo do hálux além de dorsiflexor executaa extensão do hálux, como ele possui um braço de 
alavanca desprezível em relação ao eixo da subtalar sua 
ação como inversor é mínima; 
• Os músculos extensor longo dos dedos e fibular 
terceiro além de dorsiflexores executam eversão. 
Flexores Dorsais
Grupo de Músculos Anteriores
Flexores Dorsais
Grupo de Músculos Intrínsecos
• Quatro camadas de músculos intrínsecos se localizam na 
superfície plantar do pé;
• Embora os músculos intrínsecos possam realizar movimentos 
como abdução, adução e flexão dos dedos, sua função 
principal não inclui esses movimentos; 
• Os músculos intrínsecos são utilizados sobretudo para 
estabilidade e balanço, bem como para gerar suporte e 
assistência ao pé durante a atividade; 
• Os músculos intrínsecos desempenham um importante papel 
na estabilidade do arco transverso do tarso e são, de fato, 
os principais contribuintes ativos para sustentar o arco.
Grupo de Músculos Intrínsecos
Grupo de Músculos Intrínsecos
1a Camada
• Flexor curto dos dedos, 
Abdutor do hálux e Abdutor 
do dedo mínimo;
• Como grupo, estes músculos 
se originam nos processo 
l a t e r a l e m e d i a l d a 
tuberosidade do calcâneo.
Grupo de Músculos Intrínsecos
• Lumbricais e Quadrado Plantar;
• A m b o s o s m ú s c u l o s s ã o 
anatomicamente relacionados aos 
tendões do flexor longo dos dedos; 
• Quadrado plantar auxi l ia na 
estabilização dos tendões do flexor 
longo dos dedos; 
• Lumbricais fletem as articulações 
metatarsofalangeanas e estendem 
as interfelangeanas.
2a Camada
Grupo de Músculos Intrínsecos
• Flexor curto do hálux, Flexor 
curto do dedo mínimo e 
Adutor do hálux;
3a Camada
Grupo de Músculos Intrínsecos
• I n t e r ó s s e o p l a n t a r ( 3 ) e 
interósseo dorsal (4);
• Interósseos plantares realizam a 
adução metatarsofalangeana;
• Interósseos dorsais realizam a 
abdução metatarsofalangeana;
4a Camada

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