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PATOLOGIA – NEOPLASIAS parte I INTRODUÇÃO Grande problema alta freqüência. Estima-se que o câncer mate cerca de 10 milhões de pessoas no mundo/ano. Fatores que contribuíram para aumentar a freqüência de morte/câncer: 1. aumento da longevidade 2. decréscimo de moléstias infecciosas INTRODUÇÃO Segundo a OMS, todos os anos são registrados 11 milhões de novos casos em todo o mundo. E a cada ano, 8 milhões perdem a batalha contra a doença. Especialistas afirmam que 30% dos casos de câncer podem ser evitados. O tabaco continua sendo o maior fator de risco da doença. INTRODUÇÃO Avanços nos tratamento de câncer e redução da mortalidade em alguns países. Apesar desta evolução, a doença ainda é devastadora. Apesar do combate à doença no Brasil, outras infecções acabam deixando o câncer em segundo plano. INTRODUÇÃO No Brasil, as estimativas para o ano de 2009, apontam que ocorrerão 466.730 casos novos de câncer. Os tipos mais incidentes, à exceção do câncer de pele do tipo não melanoma, serão os cânceres de próstata e de pulmão no sexo masculino e os cânceres de mama e de colo do útero no sexo feminino. Fonte: Instituto Nacional do Câncer (INCA) http://www.inca.gov.br/estimativa/2008/index.asp?link=conteudo_view.asp&ID=2 INTRODUÇÃO A cada quatro minutos, um homem é diagnosticado com câncer de próstata no Brasil e, a cada 25 minutos, um paciente morre (Miguel Srougi, prof. urologia USP). A prevenção é a única forma de se diagnosticar o câncer em estágio inicial, quando ele é curável em 90% dos casos. INTRODUÇÃO Uma em três pacientes diagnosticadas com câncer de mama no Brasil já se encontra no estágio mais avançado da doença. A conclusão é de levantamento inédito da ONG Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama (GBECAM). FONTE:http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/04/05/mulheres+descobrem+ca ncer+de+mama+em+estado+grave+5359923.html Mortalidade por câncer de mama no Brasil, 1979-1999. DEFINIÇÕES Neoplasia: novo crescimento (neoplasma). Tumor: termo originalmente criado para designar o aumento de tecido causado por edema inflamatório. Tumor = neoplasma, (oncos: tumor). Oncologia: estuda os tumores ou neoplasmas. Câncer é o termo comum para todos os tumores malignos. DEFINIÇÕES Neoplasma ou neoplasia Oncologista, Dr. Willis: é uma massa anormal de tecido, cujo crescimento ultrapassa e não é coordenado com o dos tecidos normais e persiste na mesma maneira excessiva depois da interrupção dos estímulos que deram origem à mudança. DEFINIÇÕES Neoplasma ou neoplasia Crescimento excessivo, ilimitado e autônomo, formado pela proliferação de células atípicas de um determinado tecido ou órgão. “Todo e qualquer tumor surge de uma única célula que adquire características que a tornam uma célula neoplásica” (Weinberg, 2000) CARACTERÍSTICAS Todos os tumores malignos e benignos apresentam dois componentes básicos: 1. células neoplásicas em proliferação que constituem o seu parênquima; 2. estroma de sustentação formado por tecido conjuntivo e vasos sangüíneos. A nomenclatura é baseada no parênquima. NOMENCLATURA TUMORES BENIGNOS: inclusão do sufixo oma na célula de origem. Fibroblastos fibroma Tumor cartilaginoso condroma Osteoblastos osteoma NOMENCLATURA • TUMORES BENIGNOS: • Tumores Epiteliais: nomenclatura complexa, dependem da origem ou arquitetura. Adenoma forma padrões glandulares Papiloma apresenta projeções digitiformes ou verrucosas. Papiloma de cólon com projeções digitiformes na sua luz NOMENCLATURA • TUMORES BENIGNOS: • Tumores Epiteliais: Cistoadenomas formam massas císticas Cistoadenomas papilares com padrões papilares e protusões para espaços císticos. Pólipos neoplasma com projeção macroscopicamente visível acima da mucosa. Pólipo colônico (A) , aspecto macroscópico (B). NOMENCLATURA • TUMORES MALIGNOS: segue essencialmente o mesmo esquema, com adição de outras expressões. 1. Tumores malignos que surgem no tecido mesenquimal sarcoma porque apresentam pouco estroma conjuntivo e são carnosos (Exemplos: fibrossarcoma, lipossarcoma, rabdomiossarcoma) NOMENCLATURA 2.Tumores malignos originados de células epiteliais carcinomas. adenocarcinoma: crescimento glandular Carcinoma de células escamosas Prática comum: especificar origem (adenocarcinoma de cél. renais ou carcinoma de cél. escamosas broncogênico). NOMENCLATURA • TUMORES MALIGNOS: podem ocorrer alguns de células indiferenciadas e de origem desconhecida tumor maligno pouco diferenciado ou indiferenciado. • Termos inadequados de uso geral: Melanoma melanocarcinomas Hepatoma hepatocarcinomas BIOLOGIA DO CRESCIMENTO TUMORAL As diferenças entre tumores malignos e benignos estão baseadas nas características de transformação, crescimento, invasão local e metástases. Na grande maioria das vezes, um tumor maligno pode ser distinguido de um benigno com bastante segurança pela sua morfologia. 1. DIFERENCIAÇÃO E ANAPLASIA A diferenciação refere-se à extensão com que as células neoplásicas lembram células normais comparáveis morfologicamente e funcionalmente. A falta de diferenciação é chamada de anaplasia, sendo considerada um ponto de transformação maligna. Em geral, os tumores benignos são bem diferenciados, e os malignos variam de diferenciados até indiferenciados. Adenoma de cólon Tumor normal Adenocarcinoma de cólon Necr 1. DIFERENCIAÇÃO E ANAPLASIA Anaplasia marcada por alterações: 1. Pleomorfismo: variação de tamanho e forma; 2. Morfologia nuclear anormal: DNA abundante, núcleos grandes com coloração extremamente escura e formato variável. 3. Mitoses: os tumores indiferenciados têm grande número de mitoses. • Anaplasia marcada por alterações: 4. Perda da polaridade: camadas ou grandes massas de células tumorais crescem de maneira anárquica. 5. Outras alterações: formação de células tumorais gigantes, algumas possuindo apenas um núcleo polimórfico único e enorme, outras possuindo dois ou mais núcleos. 1. DIFERENCIAÇÃO E ANAPLASIA 2. TAXAS DE CRESCIMENTO Questão fundamental compreender os fatores que influenciam as taxas de crescimento dos tumores e o papel destes fatores na evolução clínica e nas respostas terapêuticas. Pergunta: em quanto tempo é produzido um tumor clinicamente detectável? estimativas mínimas das duplicações das células tumorais que precedem a formação de uma massa tumoral clinicamente detectável. Biologia do crescimento tumoral: Evolução clonal e a geração de heterogeneidade das células tumorais. Novos subclones surgem a partir de descendentes da célula transformada original, e com o crescimento progressivo da massa de tumor são enriquecidos por variantes mais aptos a escapar das defesas do organismo e são mais agressivos. Biologia do crescimento tumoral: 2. TAXAS DE CRESCIMENTO • Quando um tumor é clinicamente detectável, ele já completou uma porção importante de seu ciclo vital. Impedimento no tratamento e enfatiza a necessidade de desenvolvimento de marcadores para diagnóstico precoce. 2. TAXAS DE CRESCIMENTO• A taxa de crescimento de um tumor é determinada por três fatores importantes: 1. o tempo de duplicação das células tumorais; 2. a fração das células tumorais que se encontra em divisão celular (figura 7.13); 3. a taxa com que as células são eliminadas e perdidas na lesão crescente. 2. TAXAS DE CRESCIMENTO • Finalmente: podemos concluir que o crescimento progressivo dos tumores e a taxa com que crescem são determinados por um excesso de produção celular em relação à perda celular. Leucemias, tumores de pulmão: fração de crescimento alta evolução rápida. Tumores do cólon e mama: pequena fração de crescimento evolução lenta. 2. TAXAS DE CRESCIMENTO • Em geral, a taxa de crescimento dos tumores se correlaciona com seu nível de diferenciação, e assim a maioria dos tumores malignos cresce mais rapidamente que as lesões benignas. • Entretanto, esta taxa pode não ser constante ao longo do tempo, devido a fatores hormonais, sangüíneos ou outros. 3. INVASÃO LOCAL O crescimento dos tumores é acompanhado por uma infiltração, invasão e destruição do tecido adjacente. Quase todos os tumores benignos crescem como massas expansivas coesas que permanecem em seu sítio de origem e não têm capacidade de se infiltrar, invadir ou metastatizar, como os malignos. 3. INVASÃO LOCAL • Os tumores crescem e se expandem lentamente, em geral desenvolvem uma borda de tecido conjuntivo, chamada de cápsula fibrosa, que as separa do tecido do hospedeiro. • Isto não impede o crescimento do tumor, mas mantém o neoplasma benigno como uma massa circunscrita, facilmente palpável e facilmente removível. Em geral, os tumores malignos são mal demarcados. Alguns podem desenvolver uma cápsula fibrosa aparentemente abrangente e podem se apoiar nas estruturas adjacentes normais. A maioria dos tumores malignos é invasiva e podemos esperar que penetrem nos órgãos ou passem através da superfície da pele. 3. INVASÃO LOCAL A invasibilidade dos tumores possibilita sua penetração nos vasos sangüíneos, linfáticos e cavidades corporais, criando possibilidade de disseminação. Com poucas exceções, todos os cânceres podem metastatizar (exceção: neoplasma maligno das células da glia, os gliomas). 3. INVASÃO LOCAL 4. METÁSTASES Implantes tumorais separados do tumor primário, ou seja, formação de uma nova lesão tumoral a partir da primeira, mas sem continuidade entre as duas. A metástase caracteriza de modo inequívoco um tumor maligno porque os tumores benignos não metastatizam. Imagem microscópica de metástase hepática. Adenoma do pâncreas formou um nódulo metastático no fígado Figado atingido por câncer metastático VIAS DE DISSEMINAÇÃO 1. Implante direto nas cavidades corporais ou nas superfícies (cavidade peritoneal); 2. Disseminação linfática (mais comum); 3. Disseminação hematogênica. Tumor Benigno: cresce lentamente, células diferenciadas (semelhantes às do tecido normal). Na maioria dos casos, podem ser removidos totalmente através de cirurgia e não tornam a crescer. Tumor Maligno: cresce rapidamente, células indiferenciadas, e por isto não respeitam a estrutura e funções do órgão onde crescem. São capazes de invadir estruturas e espalhar-se para outras regiões do organismo. Característica Benigna Maligna Tipo de crescimento Expansivo Infiltrativo Velocidade crescimento Pequena Grande Pseudocápsula Freqüente Raramente presente Mitoses Raras, típicas Freqüentes, típicas e atípicas Cromatina Delicada Grosseira Forma das células Homogênea Variada Volume das células Homogêneo Variado Relação núcleo/citoplasma Próximo do normal Aumentada Diferenciação Diferenciado Não diferenciado Invasão de vasos Ausente Freqüente Metástase Nunca Freqüente Necrose, hemorragia Raras Freqüentes Características diferenciais entre neoplasias benignas e neoplasias malignas Comparação entre tumor benigno do miometrio (leiomioma) e um tumor maligno na mesma origem (leiomiossarcoma)
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