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AULA 4 - VALIDADE DO CASAMENTO

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DIREITO CIVIL V 
Aula 4 – Validade do Casamento
Tema da Apresentação
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NOME DA DISCIPLINA
Conteúdo Programático desta aula
Diferenciar os pressupostos de existência, validade e eficácia do casamento.
Identificar os impedimentos matrimoniais e estudar suas consequências jurídicas.
Identificar as causas suspensivas para o casamento e estudar suas consequências jurídicas.
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Pressupostos de Existência do Casamento
diversidade de sexos; 
consentimento de ambos os nubentes
autoridade competente em razão da matéria.
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Plano da Regularidade do Casamento
As preliminares (que antecedem o casamento e dizem respeito ao processo de habilitação, publicação dos editais e certificado de habilitação, estudados na aula anterior) e as concomitantes (que dizem respeito ao momento da celebração do casamento).
 
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Plano de Validade Casamento
Nas condições naturais de aptidão física analisam-se:
a puberdade (idade núbil, arts. 1.517 e 1.520, CC); 
a potência (aptidão para conjunção carnal ); 
sanidade
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Plano de Validade Casamento
Nas condições naturais de aptidão intelectual:
observa-se o consentimento,só servindo à anulação do casamento o erro substancial quanto à pessoa
do outro cônjuge e a coação moral (lembre que a coação física é causa de inexistência do casamento).
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Plano de Validade Casamento
Nas condições de ordem moral e
Social:
aferem-se o grau de parentesco entre os nubentes, 
a inexistência de casamento anterior e a viuvez
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Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald ensinam que podem ser identificadas as seguintes situações com relação ao casamento: 
“i) existir, ser válido e eficaz (casamento celebrado entre pessoas maiores e capazes e desimpedidas de casar entre si; ii) existir, ser inválido e ineficaz (o casamento celebrado entre irmãos, em incesto);
iii) existir, ser inválido , porém eficaz (como no exemplo do casamento putativo – aquele que é inválido, porém, em razão da boa-fé dos cônjuges, obtém eficácia por força de decisão judicial, conforme permissivo do art. 1.561 da Lei Civil); 
iv) inexistir, ser inválido e ineficaz (é o casamento celebrado sem a manifestação de vontade dos nubentes)”.
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Impedimento para o Casamento
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
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Impedimento para o Casamento
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
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Causas Suspensivas
Art. 1.523. Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
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III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
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CASAMENTO PUTATIVO
Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.
§ 1º Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão.
§ 2º Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão.
 
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Art. 1.564. Quando o casamento for anulado por 
culpa de um dos cônjuges, este incorrerá:
I - na perda de todas as vantagens havidas do 
cônjuge inocente;
II - na obrigação de cumprir as promessas que lhe 
fez no contrato antenupcial.
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I- O que diz respeito a identidade, honra e boa fama;
II- A ignorância de crime, que por sua natureza, torne insuportável a vida em comum;
III- A ignorância de defeito físico irremediável, ou a de moléstia grave transmissível;
IV- A ignorância de doença mental grave.
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Exercícios semanas 4 e 5
 Carlos era civilmente casado com Joana com quem viva feliz há dez 
anos. Em 20 de outubro de 2003 Joana faleceu. Carlos foi 
prontamente consolado por Lourdes (mãe de sua falecida esposa) com
quem, passado algum tempo do falecimento, passou a ter um 
relacionamento mais próximo, até que um dia se descobriram 
apaixonados. Pergunta-se:
1- Poderia Carlos casar com a mãe de sua falecida esposa? Justifique 
sua resposta.
2- Suponha que Carlos e Lourdes tenham casado apenas no religioso. 
Este casamento pode gerar efeitos civis? Justifique sua resposta.
3- Suponha, agora, que Carlos e Lourdes estejam coabitando e 
publicamente mantendo relacionamento estável, contínuo e duradouro.
Poderiam eles pedir o reconhecimento da união estável entre eles 
constituída? Justifique sua resposta.
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(OAB-PR – 1º Exame 2004 - adaptada) Clitemnestra, viúva de
Agamêmnon, contrai núpcias com Egisto, no dia 31 de outubro de 
2003, após regular procedimento de habilitação. Do casamento entre 
Clitemnestra e Agamêmnon, resultou o nascimento de quatro filhos,
Elektra, Orestes, Ifigência e Crisótemis. Ocorre que a nubente, quando 
do segundo casamento, ainda não havia realizado o inventário dos
bens do primeiro esposo, falecido, Com base exclusivamente nos fatos
narrados, responda.
* Todas as respostas deverão ser justificadas e fundamentadas, inclusive indicando-se os respectivos artigos
a. O casamento de Clitemnestra com Egisto é nulo? Justifique.
b. Incide sobre o caso, nos termos do Código Civil de 2002, algum impedimento matrimonial (dirimente)?
c. Qual o regime de bens aplicável, como regra, a casos como o narrado acima?
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Questão objetiva
(MPPR 2008) É correto afirmar:
a) É anulável o casamento contraído por infringência de impedimento.
b) A decretação de nulidade do casamento pode ser promovida 
mediante ação direta, por qualquer interessado, ou pelo Ministério
Público, em qualquer hipótese.
c) É nulo o casamento realizado pelo mandatário, sem que ele ou o
outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não 
sobrevindo coabitação entre os cônjuges.
d) O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve 
por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial 
quanto à pessoa do outro.
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
Gabarito: D
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Caso Concreto 1
Analise a notícia: As hipóteses previstas no Código Civil sobre [...] (invalidade 
do casamento), estão taxativamente previstas, descabendo interpretação
extensiva. A decisão é da 8ª Câmara Cível do TJRS, julgando um raro caso –
cheio de intrincados detalhes – em que uma jovem mulher do interior, em
pequena cidade do RS, pediu a chancela judicial para que fosse anulado seu
matrimônio e ela pudesse voltar ao estado civil de solteira. Tanto a juíza local
Jocelaine Teixeira, quanto os desembargadores José Ataídes Trindade,
Alfredo Englert e Antonio Carlos Stangler Pereira indeferiram o pleito (que
requeria o reconhecimento da invalidade do casamento). A decisão judicial 
formaliza apenas a separação de corpos – que, na prática, já acontecera. A 
ação narra o casamento que teria ocorrido porque a nubente (que já era mãe
solteira), após quatro meses de namoro, se impressionara com o namorado,
que se apresentava como “pastor da Assembléia de Deus” e “psiquiatra”. Além
disso, desempenharia as funções de policial. O jovem par de namorados –
durante o período de conhecimento – chegou a formar sociedade comercial,
 com a abertura de uma lanchonete em Passo Fundo. Na prática, depois do
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matrimônio, nunca foi provada a formação profissional do marido em Medicina, 
nem sua vinculação religiosa, menos ainda que fosse concursado na Polícia 
Civil. Ocorrido o casamento, a primeira relação sexual só se consumou cinco
meses depois. E nas semanas seguintes, a jovem esposa descobriu que o
marido tinha tendências homossexuais – situação por ele próprio admitida. [...]
A revelação feita pelo réu, à esposa após o casamento, de que era 
homossexual “não tornou insuportável a vida em comum e não foi a causa
determinante da separação – esta ocorrida, segundo o próprio depoimento
pessoal da autora, porque o réu passou a ter uma vida noturna sem a 
companhia da depoente”. O desfazimento do vínculo conjugal, assim, não será
possível na via da [...] – mas apenas através da ação de separação judicial e,
posteriormente, do divórcio. (Proc. em segredo de justiça).
* as omissões indicadas pelos colchetes são propositais. Notícia retirada do site Espaço Vital.
a) A notícia se refere à alegação de causa de inexistência, nulidade ou 
anulabilidade do casamento? Fundamente sua resposta.
b) O Tribunal poderia ter decidido de forma diferente? Fundamente sua 
resposta.
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Caso Concreto 2
Analise a seguinte notícia - O matrimônio não consumado devido à
recusa permanente ao relacionamento sexual revela desconhecimento
sobre a identidade psicofísica do parceiro, tornando insuportável o
convívio conjugal, o que caracteriza a [....]. Esse foi o entendimento
dos integrantes da 7ª Câmara Cível do TJRS que, por maioria,
atenderam apelação do marido e do Ministério Público, contra
sentença que, na comarca de Guaíba (RS) julgou improcedente o
pedido de [...]. O matrimônio ocorreu em setembro de 2002. O agente
ministerial alegou não ter ficado esclarecido o motivo pelo qual a
esposa se recusava a manter relações sexuais com o marido. Argumentou que a negativa poderia decorrer de problemas físicos
ou mentais, ou mesmo da vontade da mulher, o que dá causa à [...].
Sustentou ser injusto sujeitar o cônjuge ao status de separado ou
divorciado, com as conseqüências patrimoniais decorrentes. O marido
declarou tratar-se de rejeição contínua desde a noite de núpcias.
Manifestou que a relação sexual integra a vida em comum, não
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aceitando a omissão da esposa, que poderia ter declarado antes do
casamento sua negativa às relações sexuais. Asseverou que a recusa
injustificada caracteriza [...], conduzindo à [...]. Salientou, em petição, que "se
soubesse previamente da opção da mulher em negar-se ao ato sexual, não
teria casado com ela". A mulher declarou que a abdicação às relações sexuais
não afeta os planos de existência, validade e eficácia do matrimônio. Disse
que as partes coabitaram por quase um ano, e asseverou ter o casamento
fracassado em razão da incompreensão do marido, que deveria ter procurado
superar o problema em conjunto, cabendo-lhe recorrer à separação judicial ou
Ao divórcio, se desejasse a dissolução. Sustentou que "a recusa às relações
sexuais não afeta os planos de existência, validade e eficácia do matrimônio".
* as omissões indicadas pelos colchetes são propositais. Notícia retirada do
site Espaço Vital.
a) A recusa a manter relações sexuais pode afetar os planos de existência,
validade ou eficácia do casamento? Fundamente sua resposta.
b) Agiu bem o TJRS mandando anular o casamento? Fundamente sua
 resposta.
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Questão objetiva
(OAB 2010 1 – adaptada) Acerca do Direito de Família, assinale a opção correta:
a) É inválido o casamento contraído por coação física a
qualquer dos cônjuges.
b) O casamento religioso com efeitos civis passa a
produzir efeitos somente a partir da data em que é
efetivado o seu registro perante o oficial competente.
c) A existência de impedimentos dirimentes absolutos
acarreta a ineficácia do casamento.
d) O casamento inexistente não pode ser declarado
putativo.
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