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Pericia Médica na Traumatologia

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1 Conceito de Perícia
	Perícia ou diligência médico-legal é toda investigação praticada por médico, objetivando esclarecer à Justiça os fatos de natureza específica e caráter permanente, em cumprimento à determinação de autoridades competentes.
	Para esclarecer à Justiça problemas que lhe são pertinentes, a perícia ou diligência médico-legal utiliza um conjunto de indagações de competência essencialmente médica, realizadas em pessoas, em cadáveres, em animais e em coisas.
	Sobre as pessoas, as perícias visam determinar a identidade, a idade, a raça, o sexo, a altura; diagnosticar prenhez, parto e puerpério, lesão corporal, sociopatias, estupro e doenças venéreas; determinar exclusão da paternidade, doença e retardamento mental, simulação de loucura; investigar, ainda, envenenamentos e intoxicações, doenças profissionais e acidentes do trabalho.
		Nos objetos e instrumentos têm por finalidade a pesquisa de pelos, levantamento de impressões digitais, exames de armas e projéteis e caracterização de agentes vulnerantes e de manchas de saliva, colostro(primeiro leite produzido pela mãe após o parto), esperma, sangue, líquido amniótico e urina nos panos, móveis e utensílios. A falta de exame pericial nos instrumentos do crime não contamina de nulidade o feito, podendo ser suprida por outras provas.
		As perícias médico-legais se procedem mediante exames médico e psicológico, necropsia, exumação e de laboratório.
	As autoridades podem requisitar perícias ao foro criminal para exames da vítima, do indiciado, das testemunhas ou de jurado e do local do crime; ao foro civil, para exames físicos e mentais, de “erro essencial” e avaliação da capacidade civil; ao foro de acidente do trabalho, para julgar a existência de nexos, de incapacidade, de insalubridade, indenizações etc.
	O exame de corpo de delito pode ser solicitado diretamente ao perito pela autoridade policial encarregada da sindicância, do inquérito ou da diligência, pelo Juiz de Direito à frente do processo e pela autoridade militar onde o fato ocorreu, nunca, porém, pelo advogado procurador da parte interessada.
	No processo penal é a perícia médico-legal amiúde realizada na fase policial, logo que o delegado de Polícia tiver conhecimento da prática da infração delituosa (art. 6.o, VII, do CPP), ou até a conclusão do inquérito, nada obstando, todavia, a sua efetuação durante a instrução criminal, mandada realizar pelo juiz.
2 Perícia médico-legal na traumatologia
No preâmbulo, o perito se auto qualificará e identificará a autoridade que determinou a perícia, especificando a hora, o local e a finalidade e identificando a vítima para evitar possível troca de pessoa. É regra em perícia médico-legal que o auto seja elaborado conforme o exame seja realizado.
No comemorativo a história é livremente narrada pela vítima, o perito registra apenas o essencial atendo-se aos detalhes importantes como o tempo, local, número de agressores e de golpes, ataque de surpresa, agressão a traição e instrumentos que foram utilizados na prática delituosa.
Para a autoridade interessa conhecer o instrumento ou o meio causador da lesão para julgar do animus do agente, completado pelo estudo da causa, da extensão e da sede do ferimento. 
A cor das equimoses permite estabelecer a data aproximada da agressão. A forma sugere os instrumentos traumatizante. A cor rosácea das cicatrizes supõe traumatismo recente.
Feridas contusas e incisas e lesões profundas examinadas quanto a sede, profundidade, forma e dimensões e serão registradas de acordo com as nominas anatomica.
Se durante o exame de corpo de delito, não for depurado dano anatômico, fisiologico ou mental à normalidade do paciente, o perito comunicará a autoridade a sua dúvida.
O exame das lesões leves é relativamente mais fácil comparado com as lesões corporais graves e gravíssimas que frequentemente requerem dois ou mais exames. O exame complementar ou suplementar, realizado após 30 dias do evento criminoso. As lesões corporais graves são representadas em sua maioria pelas fraturas. Fazendo exceção as dos ossos próprios do nariz, sem sequelas graves e que permite retorno as ocupações habituais antes dos 30 dias. O perito registrará as consequências motoras, tróficas e funcionais advindas do dano.
Na aceleração de parto verificará se houve o parto, se a criança nasceu viva, visando o nexo de causa e efeito pela observação da lesão no abdome. 
A deformidade requer fotografias que serão anexadas ao laudo sendo observadas de varias posições anteriores e posteriores a lesão.
No aborto o perito apontará se a vítima estava grávida, se houve o aborto ou se o feto nasceu morto ou morreu logo após o nascimento.
Na discussão o perito da destaque as correlações dos elementos do exame de corpo de delito. Na conclusão orientado por esses elementos, ele afirma a exata causa e consequência do delito.
3 Perícia de sangue
A lei busca saber se é sangue determinada mancha nas roupas, no cadáver ou na cena do crime. O perito buscará as provas genéricas de orientação e de certeza de provas específicas de soroprecipitação e de provas individuais por isoaglutinação. Encontradas, as manchas serão obrigatoriamente analisadas com o objetivo de constar se:
1- trata-se realmente de sangue
Estágios: Orientação -reação de Kastle-Meyer- extremamente sensível mas pouco específica. Probabilidade – reações de Teichmann- menos sensíveis pórem mais específicas. Certeza -reações de Uhlenhut- sensíveis e específicas.
2- trata-se de sangue humano ou animal
A mancha é colocada e contato com o soro de um coelho preparado com injeções no animal de misturas de sangue humano de grupos diferentes, que reage precipitando as proteínas humanas. 
3- se sangue humano, a que grupo pertence
Tipos: A, B, AB, O. São determinadas pela aglutinação de soros e glóbulos testes.
4- qual a proveniência orgânica desse sangue
O laboratorista pode analisar se o sangue provém de uma hemorragia menstrual, nariz, etc, graças as células, pelo seu tipo, forma, espessura atráves de tinturas citológicas ou reações citoquimícas.

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