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Apostila de fisiologia humana

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21/10/2015 Apostila de fisiologia humana
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de oxigênio no sangue se torna mais baixa do que a desejável, ou seja, a pressão de gás carbônico nosangue
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Aula: SISTEMA CARDIOVASCULAR 1­ O CORAÇÃO O coração é composto de quatro cavidades, os átrios
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O coração é provido de um sistema especializado para a geração de impulsos rítmicos e paraa condução rápida
desses impulso...
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aórtica e pulmonar abrindo­as, ocorre o bombeamento de sangue, ou seja, a ejeção de sangue dosventrículos
para as artérias...
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câmaras cardíacas provoca maior força de contração. Devemos lembrar que o aumento da força decontração
causa aumento do vo...
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14­Qual é o DC de um indivíduo que apresenta uma FC de 110bpm e um VS de 70ml?15­Quais são os fatores
que podem causar alt...
AULA: CIRCULAÇÃO SISTÊMICA A função da circulação é atender às necessidades dos tecidos –
transportar nutrientes eo...
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Diminuição do tônus/relaxamento muscular → vasodilatação → diminuição da resistência aofluxo → aumento
do fluxo sanguíneo ...
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queda da pressão de oxigênio, queda do pH, aumento da osmolaridade e aumento da concentraçãode adenosina,
AMP e ADP. ...
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o que lhes permite contrair e expandir e, por conseguinte, atuam como um reservatório controlávelde sangue
adicional, aume...
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AULA: PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA A pressão arterial sistêmica é a pressão exercida pelo sangue no
interior das art...
Mediante o controle da PA, o organismo assegura o fluxo sanguíneo adequado para ometabolismo dos tecidos
(células). ...
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AULA: SISTEMA GASTRINTESTINAL/DIGESTÓRIO 1­ INTRODUÇÃO O sistema gastrintestinal é
responsável pelo recebime...
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gastrintestinal. As informações produzidas pelos respectivos estímulos são transmitidas aosneurônios locais (do
sistema ne...
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Entre os fatores que desencadeiam/intensificam o peristaltismo podemos citar comoprincipal a distensão da
víscera, que aco...
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REFLEXO DA DEFECAÇÃO: Propulsão das fezes ao reto⇒ distensão do reto⇒ ativação desinais sensoriais
do plexo mioentérico⇒ a...
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REFLEXO DA DEFECAÇÃO: Propulsão das fezes ao reto ...
­digestão de amidos: a digestão de amidos começa na boca por ação da enzima amilasesalivar (ptialina).
Regulação d...
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­Neurotransmissor acetilcolina: secretada pelas fibras nervosas parassimpáticas, atua emreceptores
muscarínicos (bloqueado...
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O pâncreas é um glândula mista que apresenta um componente endócrino (secreta insulina eglucagon, no
sangue) e um componen...
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­Ácidos biliares­ derivados hidrossolúveis do colesterol, que são reabsorvidos em grandeparte pelo intestino
delgado e ret...
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GORDURAS Bile (não digere, emulsifica) Lipases PRODUTOS FINAIS DA DIGESTÃO: ...
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Apostila de fisiologia humana
1.  1. UNIJUÍ ­ Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS DBQ – Departamento de Biologia e
Química FISIOLOGIA HUMANACADERNO DE RESUMOS DE AULAS TEÓRICAS Prof.ª Mirna
Stela Ludwig Aluno:_____________________________ Curso:______________________ 2º Semestre
de 2009
2.  2. Os textos apresentados foram elaborados baseados em diversas bibliografias, que estãoapresentadas no
final deste caderno, na lista de referências bibliográficas e, a partir das aulas deFisiologia Humana,
ministradas nos cursos de Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, Farmácia,Educação Física e Ciências
Biológicas. Os resumos apresentados têm como objetivo proporcionar melhor acompanhamento dasaulas
expositivas e a realização de exercícios relativos aos conteúdos desenvolvidos, devendo oaluno
complementar seu estudo com leituras em livros recomendados no plano de ensino. Além disto estão
contemplados os protocolos das aulas práticas do respectivo componentecurricular Bom estudo! Prof.ª
Mirna Stela Ludwig
3.  3. AULA: INTRODUÇÃO A FISIOLOGIA/ Bases gerais de fisiologia humana 1­ ORGANIZAÇÃO
FUNCIONAL DO CORPO HUMANO Fisiologia: do grego, physic­ = natureza + logos = estudo, estudo
da natureza. É a parte daciência que estuda o funcionamento dos seres vivos. Assim, a fisiologia humana
se dedica ao estudodo funcionamento dos diferentes sistemas que compõem o corpo humano. A
Fisiologia Humana teve origem na Grécia por volta do ano 420 A.C. com Hipócrates (460­370 A.C.; o
pai da medicina). Durante o renascimento (XIV­XVII) ocorreu o aumento do interesse noestudo da
Anatomia e da Fisiologia do corpo humano. Neste período, Andreas Vesalius (1514­1564) iniciou o que
conhecemos hoje como a Anatomia Humana Moderna, com uma das obrasmais influente da época: de
humani corporis fabrica (1543). No Século XVIII, o conhecimento em Fisiologia começou a se acumular
rapidamente,principalmente após 1838 com a teoria celular de Matthias Jakob Schleiden (1804­1881) e
TheodorSchwann (1809­1882). Foi neste período que Claude Bernard (1813­1878; foto) introduziu os
conceitosda Fisiologia Experimental Contemporânea. Para Claude Bernard a fisiologia não era a
anatomia animada, assim "...em vez de procederdo órgão para a função, o fisiologista deveria começar a
partir do fenômeno fisiológico e procurarsua explicação no organismo". Com isto, o fisiologista não
deveria simplesmente observar anatureza, mas produzir e reproduzir fenômenos em condições artificiais,
em que alguns aspectos ouvariáveis são selecionados, e outros são eliminados ou controlados. A
Fisiologia Humana estuda os processos da vida, as funções dos diferentes órgãos esistemas do organismo
humano; o objetivo da fisiologia humana é elucidar os processosresponsáveis pela origem,
desenvolvimento e continuação da vida do ser humano. Todos os seres vivos são formados de células, que
são compartimentos envolvidos pormembrana, preenchidos com uma solução aquosa concentrada de
substâncias químicas, e banhadaspor líquido nutritivo. Assim, a unidade funcional dos seres vivos é a
célula. As células constituem ostecidos, os quais formam os órgãos do nosso corpo. Os sistemas que
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vamos estudar são, por sua vez,constituídos desses órgãos e, em seu conjunto, formam o organismo.
Torna­se evidente aimportância de um perfeito funcionamento de todos os órgãos e sistemas do corpo
para o que oorganismo mantenha­se com saúde. Qualquer problema / limitação na atividade de um dos
órgãospode produzir alteração na sua respectiva função, comprometendo a desempenho do
respectivosistema e o estado de saúde do indivíduo. 2­HOMEOSTASIA: No humano sadio, muitas
variáveis são ativamente mantidas dentro de estreitos limitesfisiológicos. A lista das variáveis controladas
é longa, incluindo a temperatura corporal, a pressão
4.  4. sanguínea, a composição iônica do plasma sanguíneo, a concentração sanguínea de glicose, o
teorsanguíneo de oxigênio e de dióxido de carbono, etc. A tendência à manutenção da constânciarelativa
de determinadas variáveis, mesmo em presença de alterações ambientais significativas, éconhecida como
homeostasia. Assim, podemos dizer que o termo homeostasia é usado para designara manutenção das
condições constantes do meio interno. Em essência, todos os órgãos e tecidos docorpo desempenham
funções que ajudam a manter a homeostasia. O corpo é dotado de sistemas de controle que produzem o
balanceamento necessário, semos quais não conseguiríamos viver. A maior parte dos mecanismos
fisiológicos de regulação do corpoatua por meio de feedback negativo ou retroalimentação negativa. Por
exemplo: a elevação dapressão de dióxido de carbono no sangue causa aumento da ventilação pulmonar.
Isso, por sua vez,provoca maior eliminação deste gás pelo organismo, reduzindo sua pressão no sangue.
Observa­seque a resposta (diminuição da pressão de CO2) é contrária ao estímulo (aumento da presssão
deCO2).
5.  5. AULA: SANGUE 1­ VOLEMIA E HEMATÓCRITO É um tecidoespecial formado de células
suspensas em meio líquido, o plasma. As funções do sangue podem ser consideradas nas seguintes
classes: balanço iônico eosmótico, nutrição e excreção; transporte de gases respiratórios; tamponamento
(equilíbrio ácido­básico); defesa/proteção; transporte de calor; turgor. O volume total do sangue é a soma
do volume celular mais o volume plasmático. A porçãocelular é representada, em quase sua totalidade
(99%) pelo volume das hemácias, sendo o restanteocupado por leucócitos e plaquetas. Dependendo do
número de células em suspensão e dacomposição do plasma, o sangue será mais ou menos viscoso. Diz­
se que a viscosidade sanguíneadepende na maior parte do valor do hematócrito, ou seja, do percentual de
hemácias, basicamente. O hematócrito varia em torno de 40­50% no homem adulto, 35­45% na mulher
adulta,aproximadamente 35% na criança até 10 anos e 60% no recém­nascido. Observa­se que a variação
novalor do hematócrito ocorre em função da idade e sexo bem como, devemos considerar o pesocorporal
e a altitude do local onde o indivíduo reside (ou se encontra há algum tempo). O volume sanguíneo
circulante é de cerca de 7­8% do peso corporal. Volemia: volume total de sangue. Normovolemia:
volume sanguíneo normal. Hipervolemia: volume sanguíneo acima do normal. Hipovolemia: volume
sanguíneo abaixo do normal. 2­COMPOSIÇÃO DO PLASMA Muitas substâncias estão dissolvidas no
plasma, incluindo eletrólitos, proteínas, lipídios,glicose, aminoácidos, vitaminas, hormônios, produtos
nitrogenados finais do metabolismo (taiscomo uréia e ácido úrico), oxigênio, dióxido de carbônico, etc.
As concentrações dessesconstituintes são influenciadas pela dieta, pelas demandas metabólicas e pelos
níveis de hormônios evitaminas. Proteínas: As proteínas constituem componentes importantes do plasma.
No adultoatingem uma concentração plasmática de 6,5 a 7%. Quimicamente podem ser diferenciadas em
trêsgrandes tipos: albumina, globulinas e fibrinogênio. ­ Albumina: proteína de menor peso molecular e
de maior concentração no plasma;sintetizada no fígado. ­ Globulina: segundo tipo mais abundante no
plasma, sintetizadas no fígado e no sistemamacrofágico; enquadram­se nesse tipo, as imunoglobulinas. ­
Fibrinogênio: proteína de alto peso molecular, sintetizada no fígado; fundamental para acoagulação
sanguínea;
6.  6. Entre as funções desempenhadas pelas proteínas plasmáticas, citamos a pressão oncóticado sangue, a
viscosidade do sangue, o transporte de substâncias no sangue, a defesa do organismo(imunoglobulinas), a
coagulação sanguínea (fibrinogênio), etc. 3­CÉLULAS SANGUÍNEAS 3.1 Origem A porção celular do
sangue é composta de eritrócitos (hemácias ou glóbulos vermelhos),leucócitos (glóbulos brancos) e
plaquetas (trombócitos). Constituem três linhagens ou sériesdiferentes de células que se originam,
entretanto, de uma célula­mãe única, denominada célulapluripotente ou totipotente ou stem cell, também
denominada célula­tronco. A hemopoiese (formação de células sanguíneas) começa na medula óssea em
torno da 20ªsemana de vida embrionária. Aí se localizam as células pluripotentes que estão
constantementeproduzindo células sanguíneas para serem lançadas no sangue, exceto no início da vida
embrionária(até a 20ª semana de gestação), quando as células sanguíneas são produzidas principalmente
pelofígado e, em menor grau, pelo baço. No período pré­natal e ao nascer, há medula óssea formadora de
células sanguíneas emquase todos os ossos. No adulto, a medula óssea formadora de células sanguíneas
se loca i a nosossos esponjosos como esterno, ossos ilíacos e costelas; no adulto jovem, pode ser
encontradatambém nas epífises proximais do fêmur e do úmero. A medula óssea funcionante, produtora
de células, é muito vascularizada e por isso tem acor vermelho­escura ("medula vermelha");à medida que
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deixa de ser ativa, vai se tornando amarela,rica em células gordurosas ("medula amarela"). A produção de
células sanguíneas (leucócitos, hemácias e plaquetas) é regulada com grandeprecisão nos indivíduos
saudáveis, por fatores de crescimento glicoprotéicos ou hormônios quecausam a proliferação e
amadurecimento de uma ou mais das linhagens celulares comprometidas.Os fatores de crescimento
estimuladores de colônias são produzidos por macrófagos, células Tativadas, fibroblastos e células
endoteliais; o hormônio eritropoetina é formado principalmente porcélulas renais (células
justaglomerulares) e, em menor parte, por células do fígado. 3.2 Hemácias/ Eritrócitos/Glóbulos
Vermelhos: Essas células apresentam coloração vermelha devido à presença, em seu citoplasma,
degrande quantidade de hemoglobina, que é responsável pelo transporte de oxigênio no sangue.
Ashemácias são células anucleadas, em forma de discos bicôncavos, bastante maleáveis (devido
àsgrandes dimensões da membrana celular com relação ao pequeno volume citoplasmático),
podendo,com isso, passar através de capilares sanguíneos bastante delgados sem que ocorra o
rompimentoda própria membrana celular. Enquanto a hemácia vai sendo formada, na medula óssea, em
seu citoplasma umaimportante molécula protéica vai sendo continuamente sintetizada e se acumulando no
interior da
7.  7. célula: a hemoglobina. Para que ocorra uma produção normal de hemoglobina, é necessário o íonferro
no estado ferroso (Fe++). Na falta deste íon, a produção de hemoglobina será comprometidaafetando o
transporte de oxigênio no sangue. A quantidade total de ferro no organismo é, emmédia, de 4 a 5g, dos
quais 65% aproximadamente estão sob a forma de hemoglobina. Devido a grande importância do íon
ferro na produção de hemoglobina e devido àimportância da hemoglobina no transporte de oxigênio no
sangue, existe um sistema importante,para transporte e armazenamento do ferro em nosso organismo: o
ferro, logo após ser absorvido naparede intestino delgado, se liga a uma proteína presente no plasma,
denominada transferrina, aqual o transporta na corrente sanguínea. O ferro também permanece durante
semanas a meses, armazenado em nossos tecidos, naforma de ferritina. Para se transformar em ferritina o
ferro se liga a moléculas presentes,principalmente no fígado, chamadas de apoferritina. Esse ferro
armazenado como ferritina échamado ferro de depósito. O número médio de hemácias no sangue é de 4,7
e 5,2 milhões/mm3 na mulher e no homem,respectivamente. Funções• A principal função das hemácias
consiste em transportar a hemoglobina, que por sua vez, conduz o oxigênio dos pulmões para os tecidos e
gás carbônico dos tecidos aos pulmões;• A hemoglobina também é um excelente tampão ácido­básico, e
desse modo, as hemácias são responsáveis pela maior parte, do poder tampão de todo o sangue;• As
hemácias também contêm uma grande quantidade da enzima anidrase carbônica, que catalisa a reação
entre o dióxido de carbono e a água (H20 + CO2 ↔ H2CO3↔H+ e HCO3­), aumentando a velocidade
desta reação reversível, possibilitando que a água no sangue reaja com grandes quantidades de dióxido de
carbono, transportando­o assim até os pulmões, na forma de íons bicarbonato HCO3­.. Controle da
produção de hemácias A massa total de hemácias no sistema circulatório é mantida dentro de limites
estreitos, detal modo que uma quantidade adequada de hemácias sempre está disponível para
proporcionaroxigenação tecidual suficiente. A produção de hemácias pela medula é estimulada pelo
hormônio chamado eritropoietina,secretado principalmente pelos rins e, em menor parte, pelo fígado. A
produção deste hormônio éestimulada sempre que a oxigenação tecidual diminui. Assim, qualquer
condição que cause adiminuição da quantidade de oxigênio transportada para os tecidos (hipoxia),
produzirá aumento naquantidade de eritropoetina, a qual causará o aumento na produção e quantidade de
hemáciascirculantes, para restabelecer o transporte e oferecimento de oxigênio aostecidos. Devido às
necessidades contínuas de reposição de hemácias, as células da medula ósseaestão entre aquelas que mais
rapidamente crescem e proliferam. Conseqüentemente, sua maturação
8.  8. e velocidade de produção são afetadas pelo estado nutricional do indivíduo. Há duas
vitaminasespecialmente importantes para a produção normal de hemácias, a vitamina B12 e o ácido
fólico. Destruição das hemácias Após os eritrócitos serem liberados pela medula óssea no sangue
circulante, eles vivemcerca de 120 dias antes de serem destruídos. São removidos da corrente sangüínea
pelos macrófagosdo baço, medula óssea e fígado. 3.3 Leucócitos/ Glóbulos brancos: O termo leucócito
significa "célula branca". Os leucócitos são unidades móveis do sistema deproteção do organismo. São
formados em parte na medula óssea (os neutrófilos, eosinófilos,basófilos ­ granulócitos­ e monócitos) e,
em parte, no tecido linfóide (linfócitos). Cada milímetro cúbico de sangue contém aproximadamente
4.000 a 10.000 (média 6.000 a8.000) leucócitos/mm3 de sangue. Função: Estas células conferem
imunidade e resistência ao organismo humano contra infecções. Os linfócitos constituem parte do nosso
sistema imunológico. Os granulócitos e monócitos protegem o organismo contra os organismos
invasores,principalmente por fagocitose. Os eosinófilos são fagócitos fracos, apresentam quimiotaxia,
mas, em comparação com osneutrófilos, é duvidoso que os eosinófilos sejam de importância significativa
na proteção contra ostipos comuns de infecção. Por outro lado, os eosinófilos são freqüentemente
produzidos emgrandes quantidades nas pessoas com infecções parasitárias, migrando para os tecidos
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infectadospor parasitas. Os eosinófilos aderem à parasitas e liberam substâncias que matam muitos deles.
Oseosinófilos também têm tendência de acumular­se nos tecidos onde ocorreram reações alérgicas,
eprovavelmente evitam, desse modo, a disseminação de processo local inflamatório. Os basófilos se
assemelham aos mastócitos; contêm histamina (vasodilatador) e heparina(anticoagulante). Os monócitos
e os macrófagos formam um importante sistema de defesa de nossos tecidos contra agentes estranhos.
Este sistema de defesa formado por monócitos e macrófagos é denominado sistema monócito­macrófago.
É um sistema difuso de fagócitos localizado em todos os tecidos, mas especialmente naquelas áreas onde
grandes quantidades de partículas, toxinas e outras substâncias indesejáveis que devem ser destruídas.
Exemplos de macrófagos: células de Küpffer – fígado; macrófagos alveolares – pulmões; histiócitos
teciduais – subcutâneo; micróglia – cérebro; células reticulares ­ gânglios linfáticos, baço e medula óssea.
Os neutrófilos são células maduras que podem atacar e destruir bactérias e vírus. A meia­vidamédia de
um neutrófilo, na circulação é de 6 horas. Os macrófagos começam a vida como monócitosno sangue, que
são células imaturas; enquanto estão no sangue têm pouca habilidade para combateragentes infecciosos.
Os monócitos entram no sangue, provenientes da medula óssea e circulamdurante cerca de 72 horas.
Então, entram nos tecidos e se tornam macrófagos teciduais; seu tempo
9.  9. de vida nos tecidos é de cerca de três meses. Após entrarem nos tecidos, começam a aumentar
detamanho e desenvolvem um grande número de lisossomos no citoplasma, tornando­seextremamente
capazes de combater agentes infecciosos. Propriedades dos leucócitos: • Quimiotaxia: diversas
substâncias químicas, nos tecidos, induzem a movimentação dos neutrófilos e macrófagos na direção da
origem da substância. Os produtos bacterianos interagem com os fatores plasmáticos e com as células
para produzir agentes que atraem os neutrófilos para a área infectada. Entre os produtos que podem
induzir a quimiotaxia podemos citar um componente do sistema complemento (C5a), leucotrienos e
polipeptídios dos linfócitos, mastócitos e basófilos. • Diapedese: neutrófilos e monócitos podem passar
através dos poros dos vasos sanguíneos por diapedese. Isto é, os leucócitos espremem­se através dos
poros dos capilares sanguíneos alcançando os tecidos; • Movimento amebóide: neutrófilos e macrófagos
movem­se pelos tecidos por movimento amebóide; • Fagocitose: é a função mais importante dos
neutrófilos e macrófagos; significa a ingestão celular do agente agressor. Alguns fatores plasmáticos
(opsoninas: imunoglobulinas­IgG e proteínas do complemento) atuam sobre as bactérias para torna­las
“palatáveis” aos fagócitos(opsonização) • Digestão enzimática: logo que a partícula estranha tenha sido
fagocitada, os lisossomos imediatamente entram em contato com a vesícula fagocítica, suas membranas
se fundem com as da vesícula e desse modo esvaziam muitas enzimas digestivas e agentes bactericidas no
interior da mesma. Assim, a vesícula fagocítica se torna uma vesícula digestiva, e a digestão da partícula
fagocitada começa imediatamente. 3.4 Plaquetas São fragmentos celulares originados de uma célula
denominada megacariócito. No sangue, asplaquetas são encontradas na concentração de 200.000­
400.000/mm3 de sangue; normalmente têmmeia­vida de cerca de 4 dias. Entre 60 e 75% das plaquetas
liberadas da medula óssea, passam para osangue circulante e o restante fica, sobretudo, no baço. As
funções das plaquetas estão relacionadas com a hemostasia, ou seja, as plaquetas outrombócitos são
componentes fundamentais na prevenção da perda de sangue:­liberam substâncias vasoconstritoras que
provocarão o espasmo vascular reduzindo o fluxosanguíneo local e conseqüentemente a perda;­formam
um tampão plaquetário a partir da agregação plaquetária: as plaquetas em contato com asfibras colágenas
do vaso lesado, ou com o ADP e trombina, são ativadas de forma que tendem a seagregar até constituírem
um tampão de plaquetas;­participam ativamente da cascata de ativação de fatores de coagulação que
culmina na formação deum coágulo de sangue.
10.  10. Podemos concluir assim que, um baixo número de plaquetas pode colocar a vida do indivíduoem
risco, pois neste caso, os mecanismos hemostáticos ficam comprometidos.
11.  11. QUESTÕES PARA ESTUDO1­ O cálcio é importante no mecanismo de coagulação sanguínea?2­
Esquematize o processo químico da coagulação sanguínea a partir do trauma tecidual (viaextrínseca).3­
Esquematize o processo químico da coagulação sanguínea a partir do trauma do próprio sangue(via
intrínseca).4­ O que é, como é produzido e qual é a importância do espasmo vascular?5­ Explique
resumidamente como se forma o tampão plaquetário?6­ A dipirona e o ácido acetilsalicílico influenciam a
ação plaquetária? Por quê?7­ Por que o sangue a hemostasia é um processo comprometido nos
hemofílicos?8­ Nosso organismo produz substâncias anticoagulantes? Quais?9­ Problemas hepáticos que
comprometem a síntese protéica podem produzir sangramento? Porquê?10­ A deficiência de vitamina K
pode produzir sangramento? Por quê?11­ O fluxo sanguíneo lento e a alteração na superfície dos vasos
sanguíneos podem provocar aformação de coágulos sanguíneos? Qual é a via desencadeada?12­ Quais
são os valores referenciais das seguintes variáveis, em um indivíduo adulto jovem de 70 kg? a) volemia:
b) hematócrito: c) concentração de hemácias no sangue: d) concentração de leucócitos no sangue: e)
concentração de plaquetas no sangue: f) concentração de hemoglobina:13­Justifique a diferençca de
hematócrito entre indivíduos do sexo masculino e feminino e, entre RNe bebês de 3 meses.14­ Escreva
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como acontece a regulação da produção de eritrócitos.15­ Cite as propriedades dos leucócitos.16­ Se o
indivíduo apresentar desidratação poderá apresentar alteração de hematócrito?17­ Suponhamos que tenha
acontecido uma lesão na pele e a contaminação, na área, por bactérias.Descrevaa resposta dos
macrófagos teciduais e dos neutrófilos nete caso.18­ Apresente a participação das plaquetas em cada
mecanismo hemostático.19­ Escreva sobre as funções das proteínas plasmáticas.20­ A concentração de
substâncias no plasma é igual entre os indivíduos? Os hábitos alimentares e osníveis de hormônios no
sangue podem interferir? Cite exemplos.21­ Quais são os efeitos da tromboxana A2, ADP, adrenalina e
colágeno sobre a função plaquetária?22­ A deficiência de ferro e a insuficiência renal crônica podem
causar anemia? Explique.
12.  12. AULA: SISTEMA RESPIRATÓRIO 1. FUNÇÕES: captação de O2 da atmosfera e fornecimento
deste gás ao sangue, remoção doCO2 do sangue e eliminação deste gás na atmosfera, participação na
manutenção do pH, funçõesbioquímicas (exemplo: conversão de angiotensina I em angiotensina II),
fonação, etc. 2. SEGMENTOS DO APARELHO RESPIRATÓRIO Durante a inspiração e expiração, o ar
passa por diversos e diferentes segmentos que fazemparte do aparelho respiratório:• Nariz: é o primeiro
segmento por onde, de preferência, passa o ar durante a inspiração. Aopassar pelo nariz, o ar é filtrado,
umidificado e aquecido. Na impossibilidade eventual da passagemdo ar pelo nariz, tal passagem pode
acontecer pela boca.• Faringe: após a passagem pelo nariz, antes de atingir a laringe, o ar deve passar pela
faringe,segmento que também serve de passagem para os alimentos.• Laringe: normalmente permite
apenas a passagem de ar. Durante a deglutição de algumalimento, uma pequena membrana (epigloge)
obstrui a abertura da laringe, o que dificulta apassagem fragmentos, que não sejam ar, para as vias
respiratórias inferiores. Na laringe localizam­setambém as cordas vocais, responsáveis para produção de
nossa voz.• Traquéia: pequeno tubo cartilaginoso que liga as vias respiratórias superiores às inferiores.•
Brônquios e bronquíolos: são numerosos e ramificam­se também numerosamente, como galhosde árvore.
Permitem a passagem do ar em direção aos alvéolos. Os bronquíolos são mais delgados,estão entre os
brônquios e os sacos alveolares, de onde saem os alvéolos. Por toda a mucosarespiratória, desde o nariz
até os bronquíolos, existem numerosas células ciliadas, com cílios móveis,e grande produção de muco.
Tudo isso ajuda bastante na constante limpeza do ar que flui atravésdas vias respiratórias. A adrenalina
causa broncodilatação.• Alvéolos: os alvéolos apresentam certa tendência ao colabamento. Tal
colabamento somentenão ocorre normalmente devido à pressão mais negativa presente no espaço pleural,
o que força ospulmões a se manterem expandidos e, pela presença do surfactante, que diminui a tensão
superficialnos alvéolos. O grande fator responsável pela tendência de colabamento dos alvéolos é
umfenômeno chamado tensão superficial, a qual é minimizada pela presença de uma substânciachamada
surfactante pulmonar. O surfactante pulmonar é formado basicamente de fosfolipídeos(dipalmitoil
lecitina), sintetizado nas células pneumócitos II do epitélio alveolar. O cortisol(glicocorticóide) tem efeito
estimulador sobre a produção de surfactante. A grande importância dosurfactante pulmonar é sua
capacidade de reduzir significativamente a tensão superficial doslíquidos que revestem o interior dos
alvéolos e demais vias respiratórias, facilitando a respiração.
13.  13. 3. VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES A cada ciclo respiratório que executamos, certo
volume de ar é movimentado para dentro epara fora do aparelho respiratório durante uma inspiração e
uma expiração, respectivamente. Nacondição de repouso, em um adulto, aproximadamente 500 ml de ar
entram e saemespontaneamente, a cada ciclo respiratório. Este volume de ar, que inspiramos e
expiramosespontaneamente a cada ciclo, corresponde ao que chamamos de Volume Corrente. Além do
volume corrente, podemos inalar um volume adicional de ar durante umainspiração forçada e profunda.
Tal volume é chamado de Volume de Reserva Inspiratório ecorresponde a, aproximadamente, 3.000 ml
de ar. Da mesma forma, podemos expirar um volume maior de ar do que o valor
expiradoespontaneamente, o qual denominamos de Volume de Reserva Expiratório e corresponde
aaproximadamente 1.100 ml. Mesmo após uma expiração profunda, um considerável volume de ar ainda
permanece nointerior de nossas vias aéreas e de nossos alvéolos. Trata­se do Volume Residual,
deaproximadamente 1.200 ml. O Volume de Reserva Inspiratório somado ao Volume Corrente
corresponde ao quechamamos de Capacidade Inspiratória (cerca de 3.500 ml). O Volume de Reserva
Expiratório somado ao Volume Residual corresponde ao quechamamos de Capacidade Residual
Funcional (cerca de 2.300 ml). O Volume de Reserva Inspiratório somado ao Volume Corrente mais o
Volume de ReservaExpiratório corresponde à Capacidade Vital (cerca de 4.600 ml). Finalmente, a soma
dos Volumes Corrente, de Reserva Inspiratório, de Reserva Expiratóriomais o Volume Residual,
corresponde à nossa Capacidade Pulmonar Total (cerca de 5.800 ml). 4. VENTILAÇÃO PULMONAR
Nossas células necessitam de um suprimento contínuo de oxigênio para que, no processoquímico de
respiração celular, possam gerar a energia necessária para seu perfeito funcionamento eprodução de
trabalho. O oxigênio existe em abundância em nossa atmosfera e para captá­lo necessitamos denosso
aparelho respiratório, através do qual este gás atinge a corrente sanguínea, pela qual étransportado até as
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células. As células liberam gás carbônico que, após ser transportado pela mesmacorrente sanguínea, é
eliminado na atmosfera também pelo mesmo aparelho respiratório. Para que seja possível uma adequada
difusão de gases através da membrana respiratória énecessário um processo constante de ventilação
pulmonar. A ventilação pulmonar consiste numarenovação contínua do ar presente no interior dos
alvéolos, produzida pelos movimentos
14.  14. respiratórios (inspiratórios e expiratórios) que proporcionam insuflação e desinsuflação de todos
ouquase todos os alvéolos. Durante a inspiração, ocorre a expansão pulmonar e da caixa torácica, com
diminuição dapressão alveolar e intra­pleural (em relação a pressão atmosférica) e assim, um determinado
volumede ar atmosférico é inalado pelo aparelho respiratório. A expansão dos pulmões e a caixa torácica
éproduzida pelo levantamento das costelas com projeção do osso esterno para frente, e pelomovimento
descendente do diafragma em direção a cavidade abdominal; isto tudo em função dacontração de
músculos intercostais externos e diafragma. Durante a expiração, ocorre a retração pulmonar e da caixa
torácica, com aumento dapressão alveolar e intra­pleural (em relação a pressão atmosférica) e assim, um
determinado volumede ar é eliminada dos pulmões. Para retrairmos os pulmões e a caixa torácica é
preciso que ocorra orebaixamento das costelas e relaxamento do diafragma; isto acontece graças ao
relaxamentonatural dos músculos inspiratórios. Em algumas situações, como durante atividade
física,necessitamos de uma expiração mais intensa e, para que isso ocorra, podemos necessitar tambémde
músculos expiratórios que, ao se contrair promovem maior retração da caixa torácica e pressãodas
vísceras abdominais contra o diafragma, causando a saída adicional de ar do sistema respiratóriopara o ar
atmosférico. Assim, em condições de repouso, a contração dos músculos inspiratórios produz ainspiração
e o relaxamento dos mesmos músculos produz a expiração. Na INSPIRAÇÃO: entrada do ar no sistema
respiratório; movimento ativo produzido pelacontração de músculos respiratórios inspiratórios, entre os
quais destacam­se o diafragma e osintercostais externos. Tem duração de 2 segundos. Na EXPIRAÇÃO:
saída do ar do sistema respiratório; tem duração de 3 segundos.­ em repouso: ocorre movimento passivo,
produzido pelo relaxamento dos músculos respiratóriosinspiratórios;­ quando forçada ou em exercício:
alémdo relaxamento dos músculos inspiratórios, ocorre acontração de músculos respiratórios
expiratórios, destacando­se os músculos da parede abdominal eos intercostais internos. Se considerarmos
que cada ciclo respiratório (inspiração e expiração) tem duraçãoaproximada de 5 segundos, podemos
concluir que durante um minuto realizamos 12 ciclosrespiratórios, ou seja, apresentamos uma freqüência
respiratória de 12 cpm. O indivíduo adulto, emcondições de repouso, apresenta normalmente uma
freqüência respiratória de 12 a 18 cpm. 4.1 VENTILAÇÃO GLOBAL, ALVEOLAR E DO ESPAÇO
MORTO A ventilação global depende do volume corrente e da freqüência respiratória (números deciclos
respiratórios/min.)Volume corrente = 500mlFreqüência Respiratória=12cpm
15.  15. Volume do espaço morto = 150mlVentilação global = VC x FRVG = 500ml x 12cpmVG=
6000ml/minVentilação alveolar = (VC – VEM) x FRVA=( 500ml­150ml) x 12 cpmVA= 350ml x
12cpmVA= 4.200ml/min.Ventilação do espaço morto = VEM x FRVentilação do espaçomorto=150ml X
12 cpmVentilação do espaço morto = 1.800 ml/minOBS.: A ventilação do espaço morto pode aumentar
quando houver comprometimento da zonarespiratória (exemplo: enfisema pulmonar). 5. TROCAS
GASOSAS O ar atmosférico, que respiramos, é composto basicamente dos seguintes
elementos:Nitrogênio, Oxigênio, Gás Carbônico e Água. O ar inalado vai passando através de nossas vias
respiratórias, durante a inspiração, sofrealgumas modificações quanto às proporções de seus elementos
básicos, pois ocorre umasignificativa umidificação do ar e este se mistura com um outro ar muito mais
rico em dióxido decarbono (ar alveolar), o que resulta em um ar alveolar com valores diferentes das
pressão parciaisdos gases. Quadro 1: Pressões Parciais de cada elemento que compõe o ar atmosférico e
alveolar. Elemento Ar atmosférico Ar alveolar Sangue venoso Sangue arterial (mmHg) (mmHg) (mmHg)
(mmHg) Oxigênio 159,0 104,0 40,0 95,0 Gás carbônico 0,3 40,0 45,0 40,0 Nitrogênio 597,0 569,0 Água
3,7 47,0 TOTAL 760,0 760,0 O oxigênio e o gás carbônico encontram­se, no ar alveolar, com pressões
parciais de 104mmHg e 40 mmHg, respectivamente.
16.  16. O sangue venoso, bombeado pelo ventrículo direito, chega aos pulmões e flui peloscapilares
pulmonares com pressões parciais de oxigênio e gás carbônico, respectivamente, de 40mmHg e 45 mmHg
. Na medida em que o sangue venoso flui pelos capilares pulmonares, o gáscarbônico, em maior pressão
no sangue venoso (45 mmHg) do que no ar alveolar (40 mmHg), sedifunde do sangue para os alvéolos
pulmonares e o oxigênio, em maior pressão no interior dosalvéolos (104 mmHg) do que no sangue (40
mmHg) se difunde do ar alveolar para o sangue. Destaforma o sangue, após circular pelos capilares
pulmonares, retorna ao coração (átrio esquerdo)através das veias pulmonares, com pressões parciais de
oxigênio e gás carbônico de,respectivamente, 95 mmHg e 40 mmHg. O coração então, através do
ventrículo esquerdo, ejeta este sangue para a circulaçãosistêmica, através da qual o sangue fluirá por uma
riquíssima rede de capilares teciduais. Ao passarpor tecidos que se encontram com baixa concentração de
oxigênio, este gás se difunde do sanguepara os tecidos e depois para as células, que o consomem
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continuamente. Em troca, estas mesmascélulas fornecem o gás carbônico que, em maior concentração no
interior destas células, se difundeem sentido contrário, isto é, das células para o interstício e deste para o
sangue. O sangue retorna,então, novamente para o coração (átrio direito), com menor teor de oxigênio e
maior teor de gáscarbônico. O coração novamente o ejeta à circulação pulmonar e tudo se repete. Troca
gasosas entre os alvéolos e o sangue Para que aconteça a troca gasosa, a hematose é preciso que o gás
carbônico e o oxigênioatravessem a barreira alvéolo – capilar; ela é formada pelo líquido que banha os
alvéolos, peloepitélio alveolar, pela membrana basal do endotélio e pelo endotélio capilar. A passagem
dos gases através da barreira alvéolo­capilar (membrana respiratória), acontecepor difusão simples:O2:
difunde­se do alvéolo para sangueCO2:difunde­se do sangue para alvéolo Fatores que afetam a difusão
dos gases e, portanto, as trocas gasosas:Área do tecido (área de troca pulmonar) 70 a 100m2Espessura –
0,5µmGradiente de pressão (diferença de pressão de O2 e CO2 entre os alvéolos e o sangue) Se houver
redução na área de trocas, aumento na espessura da membrana respiratória ediminuição do gradiente de
pressão, teremos uma redução no processo de trocas, comprometendoa oxigenação do sangue e a
eliminação do gás carbônico. 6. TRANSPORTE DE GASES NO SANGUE Quanto ao transporte de
Oxigênio (O2) podemos dizer que – 95% ou mais é transportado associado à hemoglobina, formando
oxiemoglobina (HbO2) ­ 5% ou menos é transportado na forma dissolvida no plasma
17.  17. HEMOGLOBINA: formada por quatro cadeias de aminoácidos, cada qual com seugrupamento heme
(onde é encontrado o íon ferro (Fe++). A seqüência de aminoácidos em cadacadeia determina a
propriedade da hemoglobina e na capacidade desta em transportar o oxigênio. Fatores que modificam que
alteram a interação do O2 com hemoglobina: PCO2, pH,temperatura corporal, nível de 2,3
difosfoglicerato ( 2,3­ DPG) na hemácia: quanto menor o pH,quanto maior a PCO2, a temperatura e o
nível de 2,3 DPG, menor será a afinidade entre ahemoglobina e o oxigênio. Quanto ao transporte de gás
carbônico (CO2) podemos dizer que: 63% é transportado na forma de íons bicarbonato(HCO3): CO2 +
H2Oս H2CO3սHCO3­ + H+.A reação entre o gás carbônico e a água é catalizada pela enzima anidrase
carbônica, presente nashemácias; 21% é transportado associado à hemoglobina, na forma de HbCO2
(carbamino –hemoglobina); 5% é transportado dissolvido no LIC das hemácias; 10% é transportado no
plasma; EFEITO BOHR – Quanto maior a PCO2, menor a afinidade do O2 com a hemoglobina EFEITO
HALDANE – A dessaturação do sangue arterial facilita a captação de CO2 7.REGULAÇÃO DO pH A
participação do sistema respiratório na manutenção do pH sanguínea se dá em função daeliminação do
CO2, pois, o aumento da ventilação produz maior eliminação CO2, o que produz ↓PCO2 no sangue
e,consequentemente ↑pH; a diminuição da ventilação produz menor eliminação CO2 , o que produz
↑PCO2 no sanguee, consequentemente ↓pH. 8. REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO Controle neural da
respiração: Voluntário: localiza­se no córtex cerebral: impulsos nervosos transmitidos por
neurôniosmotores (feixe corticoespinhal) para os músculos respiratórios Automático: localiza­se no
tronco encefálico (ponte e bulbo).Centro respiratório: zonas inspiratória e expiratória e, centro
pneumotáxico. No tronco cerebral, na base do cérebro, possuímos um conjunto de neurônios
encarregadosde controlar a cada instante a nossa respiração. Trata­se do CENTRO RESPIRATÓRIO. O
CentroRespiratório é dividido em várias áreas ou zonas com funções específicas cada uma:
18.  18. Zona inspiratória: é a zona responsável por nossa inspiração. Apresenta células auto­excitáveis que, a
cada 5 segundos aproximadamente, se excitam e fazem com que, duranteaproximadamente 2 segundos,
nós inspiremos Desta zona parte um conjunto de fibras nervosas (viainspiratória) que descem através da
medula espinhal e, se dirigem aos diversos neurônios motoresresponsáveis pelo controle e excitação dos
músculos inspiratórios, excitando­os e assim provocandosua contração. Zona expiratória: quando ativada,
emite impulsos que descem através de uma viaexpiratória e que se dirige aos diversos neurônios motores
responsáveis pelo controle e excitaçãodos nossos músculos da expiração. Durante uma respiração em
repouso a zona expiratóriapermanece constantemente em repouso, mesmo durante a expiração. Como dito
anteriormente, emrepouso não necessitamos utilizar nossos músculos expiratórios, apenas relaxamos os
músculos dainspiração e a expiraçãoacontece passivamente. Centro pneumotáxico: constantemente em
atividade, tem como função principal inibir (oulimitar) a inspiração. Emite impulsos inibitórios à zona
inspiratória e, dessa forma, limita a duração dainspiração. Portanto, quando em atividade aumentada, a
inspiração torna­se mais curta e a FRaumenta. Influencia da PCO2, PO2 e pH sobre o centro respiratório
e a respiração: Situada entre as zonas inspiratória e expiratória, existe uma zona quimiossensível, a
qualcontrola a atividade de ambas. Quanto maior for a atividade da zona quimiossensível, maior será
aventilação pulmonar. Essa zona aumenta sua atividade especialmente quando certas
alteraçõesgasométricas ocorrem: aumento do gás carbônico, aumento dos íons hidrogênio livres (reduz o
pH)e, em menor grau, redução de oxigênio. O fator que provoca maior excitação na zona
quimiossensível, na verdade, é o aumento naconcentração de íons hidrogênio livre no meio, isto é, uma
situação de redução do pH (acidez). Masacontece que, na prática, verificamos que o aumento de gás
carbônico no sangue (hipercapnia) émais eficiente em aumentar a atividade da zona quimiossensível do
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que o aumento da concentraçãode íons hidrogênio livre, em igual proporção, no sangue. Isso ocorre
porque o gás carbônicoapresenta solubilidade muitas vezes maior do que a do íon hidrogênio e, com isso,
atravessa abarreira hematoencefálica com muito mais facilidade. No interior das células da
zonaquimiossensível, o gás carbônico reage com a água e, graças à ação catalizadora da enzima
anidrasecarbônica, rapidamente forma­se ácido carbônico. Este, então se dissocia em íons bicarbonato
ehidrogênio, sendo o último exatamente o que mais excita os neurônios da zona
quimiossensível.Repetindo, a excitação da zona quimiossensível produz excitação do centro respiratório
e, assim,aumento da ventilação pulmonar. A hipoxia (baixa pressão de oxigênio no sangue) também
excita o centro respiratório, masde uma outra maneira: na croça da aorta e nos seios carotídeos existem
receptores muito sensíveis auma queda na pressão de oxigênio e gás carbônico no sangue, os
quimioceptores. Quando a pressão
19.  19. de oxigênio no sangue se torna mais baixa do que a desejável, ou seja, a pressão de gás carbônico
nosangue aumenta, estes receptores são mais intensamente excitados e enviam sinas ao centrorespiratório,
aumentando a ventilação pulmonar. Assim, normalmente, as alterações ocorridas na pressão dos gases e
no pH poderão sercorrigidas e seus valores no sangue serão mantidos normais e dentro de limites
fisiológicos. QUESTÕES PARA ESTUDO1­ Para você, por que é importante mantermos um bom
funcionamento do sistema respiratório?2­ Um indivíduo que apresenta 9 ciclos respiratórios por minuto e
um volume corrente de 300 ml estágarantindo uma boa ventilação pulmonal total e alveolar?3­ Quais são
os volumes e capacidades pulmonares?4­ Onde ocorre o processo das trocas gasosas? Explique­º5­ Quais
são os fatores que afetam as trocas gasosas ao nível dos pulmões? Comente.6­ O gás carbônico é
removido dos tecidos pelo sangue. Como é transportado até os pulmões?7­ O oxigênio é fornecido ao
sangue pelos pulmões. Como o sangue transporta o oxigênio até osdemais tecidos?8­ Escreva quais são as
pressões de oxigênio e gás carbônico nos alvéolos, no sangue venoso earterial.9­ A ansiedade produz
hiperventilação. Isso pode causar alteração no pH? Explique.10­ Explique como o sistema respiratório
pode contribuir para manter o pH do sangue.11­ A pressão de oxigênio no sangue influencia a ventilação
pulmonar?12­ A pressão de gás carbônico no sangue influencia a ventilação pulmonar?13­ O controle
neural da respiração é realizado por quem? Como/14­ Como é produzida a entrada de ar no sistema
respiratório? Como é denomina essa fase do ciclorespiratório?15­ Como é produzida a saída de ar do
sistema respiratório? Como é denominada essa fase do ciclorespiratório?16­ Faça um desenho
esquematizando o processo de trocas, destacando a pressão dos gases nosdiferentes ambientes (alvéolo e
sangue) e a direção da difusão dos gases.
20.  20. Aula: SISTEMA CARDIOVASCULAR 1­ O CORAÇÃO O coração é composto de quatro
cavidades, os átrios direito e esquerdo e os ventrículosdireito e esquerdo. Este órgão tem como função a
ejeção de sangue na circulação pulmonar esistêmica e é responsável por gerar a força que produz o
movimento do sangue através do sistemacirculatório. As paredes atriais e ventriculares são constituídas
de fibras musculares estriadas, as quais secontraem de forma semelhante as fibras musculares
esqueléticas, ou seja, encurtamento dossarcômeros (unidades contráteis), causado pelo mecanismo de
deslizamento dos filamentos deactina e miosina. O potencial de ação, que causa a excitação das fibras
musculares cardíacas, é produzido pelaabertura de dois tipos de canais, os canais de sódio e de cálcio
(mais lentos); nestas fibras, portanto,a despolarização é produzida pelo influxo de sódio e de cálcio.
Assim, na ausência de sódio o coraçãonão é excitável e não bate, porque o potencial de ação
(despolarização) das fibras miocárdicasdepende do sódio extracelular. A retirada do cálcio do líquido
extracelular diminui a força contrátil eacaba por causar parada cardíaca (em diástole), enquanto que, o
aumento da concentraçãoextracelular de cálcio aumenta a força contrátil mas, concentração muito elevada
de cálcio provocaparada cardíaca (em sístole). O excesso de potássio no líquido extracelular faz o coração
ficar extremamente dilatado eflácido e lentifica a frequência cardíaca, pois uma concentração elevada de
potássio no líquidoextracelular causa uma diminuição do potencial de membrana em repouso nas fibras
muscularescardíacas, o que diminui a intensidade do potencial de ação Além das fibras musculares atriais
e ventriculares, o coração apresenta as fibras excitatóriase condutoras, que são capazes de gerar
espontaneamente os potencias de ação ou denominadosimpulsos cardíacos, que são responsáveis pela
estimulação das fibras musculares dos átrios eventrículos. Portanto, o coração é auto­excitável, ou seja,
apresenta a propriedade de automatismo. As células musculares cardíacas encontram­se ligadas em série
umas às outras formando umsincício de maneira que, quando uma delas é estimulada o potencial de ação
espalha­se/dissemina­sepor todas as outras, estimulando­as. O coração é constituído por dois sincícios: o
atrial, que forma asparedes dos átrios e, o ventricular, que forma as paredes dos ventrículos. Os potenciais
de ação domúsculo cardíaco só podem ser conduzidos do sincício atrial para o ventricular através do
sistemaespecializado do coração. 1.1 Excitação rítmica do coração:
21.  21. O coração é provido de um sistema especializado para a geração de impulsos rítmicos e paraa
condução rápida desses impulsos por todo o coração, o que lhe confere as propriedade deautomatismo e
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ritmicidade. O sistema especializado de excitação do coração é constituído por: ­Nodo sinoatrial ou
sinusal (SA): local onde é gerado o impulso cardíaco. É o marcapassocardíaco, porque sua freqüência de
descarga rítmica é maior do que de qualquer outra parte docoração. Sua freqüência de descarga é de 70 a
80 impulsos cardíacos por minuto, determinando umafreqüência de 70 a 80 contrações cardíacas por
minuto, ou seja, 70­80 batimentos por minuto (bpm).Cada impulso gerado no nodo SA espalha­se por
todo o músculo cardíaco e produz sua contração(batimento). Assim, é o nodo SA quem determina a
freqüência de batimentos cardíacos, ou seja,determina uma freqüência cardíaca de 70 a 80 bpm (no
indivíduo adulto jovem, na condição derepouso). ­Vias internodais: as terminações das fibras do nodo
sinusal se fundem com as fibrasmusculares atriais circundantese os potenciais de ação originados no
nodo sinusal passam paraessas fibras. Dessa forma, o potencial de ação se propaga por toda a massa
muscular atrial e, por fim,até o nodo AV. ­Nodo AV: antes de passar para os ventrículos, o impulso
cardíaco chega ao nodo AV, no qualsofre um retardo, de modo que a passagem do impulso cardíaco dos
átrios para os ventrículos sejalenta; esse retardo propicia o tempo suficiente para que os átrios sejam
excitados antes dosventrículos. ­Feixe AV ou de His (fibras de Purkinje): esse feixe de fibras (ramos
direito e esquerdo)conduz o impulso cardíaco ao músculo ventricular, atingindo toda a massa muscular
ventricularexcitando­ª 1.2 Ciclo cardíaco: Os eventos cardíacos que ocorrem do início de cada batimento
até o começo do seguintecompõem o chamado ciclo cardíaco. Cada ciclo é desencadeado pela geração
espontânea de umpotencial de ação. Todo o ciclo cardíaco apresenta duas fases: uma fase de sístole,
período decontração muscular no qual ocorre bombeamento de sangue e uma fase de diástole, período
derelaxamento muscular durante o qual as câmaras cardíacas se enchem de sangue. Durante a sístole
ventricular, grande quantidade de sangue acumula­se nos átrios, pois asválvulas atrioventriculares (AV),
tricúspide e mitral, estão fechadas. Quando termina a sístoleventricular, as válvulas AV se abrem
permitindo que o sangue flua dos átrios para os ventrículos,enchendo­os de sangue. Antes do final da
diástole ventricular ocorre a sístole atrial, bombeandouma quantidade adicional de sangue para os
ventrículos, aumentado a pressão no interior destes,fazendo com que as válvulas AV se fechem
novamente impedindo o refluxo de sangue dosventrículos para os átrios; tem início novamente a sístole
ventricular (momento de diástole atrial).Quando a pressão no interior dos ventrículos for suficientemente
intensa para forçar as válvulas
22.  22. aórtica e pulmonar abrindo­as, ocorre o bombeamento de sangue, ou seja, a ejeção de sangue
dosventrículos para as artérias. É importante ressaltar que o enchimento ventricular
aconteceprincipalmente quando os ventrículos relaxam e o sangue, acumulado nos átrios, passa então,
paraas câmaras ventriculares. O eletrocardiograma e o ciclo cardíaco: O eletrocardiograma (registro da
atividade elétrica do músculo cardíaco) apresenta as ondasP, Q, R, S e T. Elas são voltagens elétricas
geradas no músculo cardíaco e registradas, poreletrocardiógrafo, na superfície do corpo. A onda P é
produzida durante a dispersão dedespolarização pelos átrios, o que é seguido pela contração atrial. Cerca
de 0,16 s depois do início daonda P, surge o complexo QRS, como resultado da despolarização dos
ventrículos, o que dá início àcontração ventricular. Finalmente, nota­se a onda T ventricular no
eletrocardiograma. Ela representaa etapa de repolarização dos ventrículos, quando estes começam a se
relaxar. A repolarização atrialnão aparece no eletrocardiograma pois, ela acontece durante o período de
despolarizaçãoventricular (complexo QRS). Débito ou volume sistólico: quantidade de sangue bombeada
pelo coração a cada sístoleventricular. O aumento da força de contração cardíaca provoca elevação do
volume sistólico. Débito cardíaco: quantidade de sangue bombeada pelo coração, por minuto. É
determinadopela freqüência cardíaca e pelo volume sistólico; DC= FC x VS ⇒ Ex.: DC= 70bpmx70ml ⇒
DC= 4.900ml/min Quando uma pessoa está em repouso o coração bombeia de 4 a 6 litros de sangue
porminuto; porém, em algumas ocasiões, o coração pode bombear muito mais do que este volume
derepouso. Retorno venoso: quantidade de sangue que retorna ao coração (AD) pelas veias. 1.3
Regulação do bombeamento cardíaco 1.3.1­ Regulação intrínseca do bombeamento cardíaco em reposta
ao volume de sangue que chegaao coração: a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto
é determinada pelaintensidade do fluxo sanguíneo das veias para o coração. A soma de todos os fluxos
sangüíneoslocais, por todos os tecidos periféricos, retorna ao átrio direito por meio das veias. O coração,
porsua vez, bombeia automaticamente para as artérias sistêmicas todo o sangue que chega, de modoque
ele possa fluir novamente pelo circuito. A capacidade intrínseca de adaptação do coração àalteração no
volume de sangue que chega até ele é denominada mecanismo ou lei de Frank­Starling,que expressa o
seguinte : “ Dentro de limites fisiológicos, o coração bombeia todo o sangue que chegaaté ele, sem
permitir acúmulo excessivo de sangue nas veias". Podemos dizer que, em condiçõesfisiológicas, o débito
cardíaco é aumentado ou diminuído conforme o volume de sangue que retornaao coração. Um aumento
do volume de sangue que retorna ao coração causa maior estiramento das paredescardíacas, produzindo
uma resposta contrátil mais vigorosa, ou seja, maior volume de sangue nas
23.  23. câmaras cardíacas provoca maior força de contração. Devemos lembrar que o aumento da força
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decontração causa aumento do volume sistólico. ⇑ força de contração⇒⇑ volume sistólico⇒⇑ débito
cardíaco 1.3.2­ Controle da atividade cardíaca pelo sistema nervoso autônomo: • Efeito da estimulação
simpática: a descarga simpática sobre o coração produz a liberaçãodos neurotransmissores noradrenalina
e adrenalina. Estes neurotransmissores causam elevação dafreqüência cardíaca e da força de contração
cardíaca (efeito cronotrópico e inotrópico positivos),produzindo aumento da atividade cardíaca e maior
débito cardíaco; • Efeito da estimulação parassimpática: as fibras nervosas parassimpáticas liberam
oneurotransmissor acetilcolina, o qual causa principalmente, a diminuição da freqüência cardíaca e
alentificação da transmissão do impulso cardíaco, diminuindo a atividade cardíaca e a quantidade
desangue bombeada pelo coração. 1.3.3­ Efeito da adrenalina secretada pelas glândulas supra­renais: a
descarga simpática sobre asglândulas supra­renais produz a liberação de adrenalina por estas glândulas,
no sangue. Essehormônio atinge o coração pela corrente sanguínea e provoca aumento da atividade
cardíaca, ouseja, causa aumento da freqüência e da força de contração cardíacas, elevando o débito
cardíaco. Além das substâncias citadas acima, devemos lembrar que outros fatores podem alterar
aatividade cardíaca, como por exemplo, a temperatura do corpo, a quantidade de hormônio
tiroxina,atividade física intensa, etc. QUESTÕES PARA ESTUDO1­O que você entende por impulso
cardíaco?2­Como é produzido o potencial de ação no músculo cardíaco?3­Qual a importância do sistema
especializado de condução e excitação cardíaca?4­Quais são as fases do ciclo cardíaco? O que ocorre em
cada uma?5­Qual a frequência cardíaca em um indivíduo adulto jovem em repouso?6­Quem é o
marcapasso cardíaco? Justifique.7­Explique como acontece a transmissão do impulso cardíaco através do
músculo cardíaco.8­Qual a importância do retardo na transmissão do impulso cardíaco através do
coração?9­O que representam as ondas P, Q, R, S e T do eletrocardiograma?10­Explique o bombeamento
cardíaco.11­Explique o mecanismo intrínseco de regulação da atividade cardíaca.12­Descreva a regulação
do bombeamento cardíaco, promovida pelo sistema nervoso autônomo.13­O que é débito cardíaco? O
retorno venoso afeta o débito cardíaco? Explique.
24.  24. 14­Qual é o DC de um indivíduo que apresenta uma FC de 110bpm e um VS de 70ml?15­Quais são
os fatores que podem causar alteração na FC? Explique.16­Como é determinado o volume sistólico?17­
Quais são os fatores que causam alteração do volume sistólico? Explique.18­ Comente a importância da
fase de diástole para a nutrição e oxigenação músculo cardíaco.19­ Explique como acontece o enchimento
ventricular.
25.  25. AULA: CIRCULAÇÃO SISTÊMICA A função da circulação é atender às necessidades dos tecidos –
transportar nutrientes eoxigênio para os tecidos, transportar os produtos finais do metabolismocelular,
conduzir hormôniosde uma parte do corpo para outra e, em geral, manter um ambiente adequado nos
líquidos teciduais,para a sobrevida e funcionamento das células. A circulação sanguínea subdivide­se em
circulação pulmonar, onde acontece a hematose e,em circulação sistêmica, onde acontece a devida
irrigação, nutrição e oxigenação dos tecidos/órgãosque constituem nosso organismo. Componentes
(partes) da circulação: 1­ ARTÉRIAS: transportam o sangue sob alta pressão (média de 100mmHg) para
os tecidos e,convertem o fluxo intermitente da bomba cardíaca em fluxo contínuo. As paredes arteriais
sãodilatadas pela forte pressão do sangue lançado pelos ventrículos, durante a sístole ventricular;
emseguida (durante a diástole ventricular), as paredes dilatadas das artérias voltam a se
retrair,sustentando a pressão do sangue “expulsando­o” em uma única direção, os vasos menores
dacirculação (microcirculação/periferia), assegurando o fluxo através da rede circulatória durante todoo
ciclo cardíaco. 2­ ARTERÍOLAS: são os últimos e menores ramos do sistema arterial, atuando como
válvulascontroladoras e reguladoras do fluxo sanguíneo aos capilares. As arteríolas apresentam
espessaparede vascular, com fibras musculares lisas que, quando contraídas, produzem a
vasoconstrição(diminuição no raio da arteríola) e, quando relaxadas, produzem a vasodilatação (aumento
do raioda arteríola). O aumento e a diminuição do raio das arteríolas produzem diminuição e o aumento
daresistência vascular periférica, respectivamente, o que influencia no fluxo de sangue pelas arteríolas,e
consequentemente a circulação do sangue pelos territórios vasculares. 2.1 Mecanismos de regulação do
fluxo sanguíneio Um dos princípios mais fundamentais da função circulatória consiste na capacidade de
cadatecido controlar seu próprio fluxo sanguíneo local de acordo como as suas necessidadesmetabólicas.
A LEI DE POISEUILLE afirma que para um fluxo constante e laminar de um líquido por umtubo
cilíndrico, o fluxo varia diretamente com a diferença de pressão entre as extremidades inicial efinal e com
a quarta potência do raio do tubo e, varia inversamente com o comprimento do tubo e aviscosidade do
líquido. O tônus vascular arteriolar pode ser aumentado ou diminuido, causando alteração naresistência
ao fluxo e consequentemente, no fluxo sanguíneo: Aumento do tônus/contração muscular →
vasoconstrição → aumento da resistência ao fluxo→ diminuição do fluxo sanguíneo pelas arteríolas
atingidas
26.  26. Diminuição do tônus/relaxamento muscular → vasodilatação → diminuição da resistência aofluxo →
aumento do fluxo sanguíneo pelas arteríolas atingidas 2.2 Controle neural: a maioria das arteríolas recebe
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abundante inervação de origemsimpática adrenérgica. A inervação simpática para a maioria das arteríolas
é do tipo vasoconstritora,já que o principal neurotransmissor liberado é a noradrenalina. 2.3 Controle
humoral/hormonal: várias substâncias produzidas no organismo afetam o tônusvascular; os estímulos
humorais podem ser do tipo vasoconstritor ou vasodilatador: Substâncias com efeito vasoconstritor: ­
adrenalina: secretada pela medula adrenal (glândulas supra­renais) e por fibras pós­ganglionares
simpáticas; pode produzir vasoconstrição quando age sobre receptores alfa­adrenérgicos; ­noradrenalina:
secretada principalmente por fibras pós­ganglionares simpáticas e tambémsecretada também pela medula
adrenal, produz vasoconstrição pois, age preferencialmente sobrereceptores alfa­adrenérgicos; ­
angiotensina II: efetor final do sistema renina­angiotensina, essa substância é o maispotente
vasoconstritor conhecido; ­vasopressina ou ADH: hormônio produzido no hipotálamo e secretado pela
neuro­hipófisetem diversas ações entre elas a vasoconstrição seletiva em determinados territórios
vasculares; ­endotelina: vasoconstritor encontrado nas células endoteliais dos vasos sanguíneos,liberado
quando há lesão do endotélio. Substâncias com efeito vasodilatador: ­adrenalina: quando essa
catecolamina age sobre receptores beta­adrenérgicos, como nasarteríolas do músculo, produz
vasodilatação. ­acetilcolina: mediador químico das fibras simpáticas pré­ganglionares e das
fibrasparassimpáticas vasodilatadoras; ­bradicinina: várias substâncias denominadas cininas, que podem
causar vasodilataçãointensa, são formadas no sangue e nos líquidos teciduais de alguns órgãos; uma
dessas substâncias éa bradicinina; ­histamina: vasodilatador cuja principal ação fisiológica é a secreção de
ácido clorídrico, pelamucosa gástrica. É liberada em praticamente todos os tecidos do corpo, em casos de
lesão,inflamação e reação alérgica; ­prostaglandinas: apesar de algumas prostaglandinas produzirem
vasoconstrição, a maioriadelas parecem atuar como vasodilatadores. 2.4 Controle local: ocorre em
resposta ao metabolismo tecidual; o aumento do metabolismoproduz um aumento do fluxo sanguíneo
sempre que houver aumento da pressão de gás carbônico,
27.  27. queda da pressão de oxigênio, queda do pH, aumento da osmolaridade e aumento da concentraçãode
adenosina, AMP e ADP. 3. ­CAPILARES: constituem o principal ponto de trocas entre o sangue e os
demais tecidos;ali acontecem as trocas de líquidos, nutrientes, eletrólitos, hormônios e outras substâncias.
O fluxode sangue que percorre os capilares faz trocas com o meio intersticial sendo conhecido como
fluxonutricional. As trocas entre o sangue e o meio intersticial efetuam­se por três processos
diferentes:difusão, filtração/reabsorção e pinocitose. Se a substância for lipossolúvel ela pode se
difundirdiretamente, através das membranas celulares do capilar, sem ter que passar pelos poros ou
fendasintercelulares. Por outro lado, muitas substânciasnecessárias aos tecidos, são solúveis em água e
nãopodem passar através das membranas lipídicas das células endoteliais. Desta forma sãotransportadas
do sangue para o meio intersticial através das fendas intercelulares, de acordo com osprincípios da
difusão. Outro mecanismo importante de trocas é a filtração/ reabsorção através dos porosendoteliais.
Neste tipo de movimento, a água flui através das fendas ao longo de um gradiente depressão. As
substâncias dissolvidas na água movimentam­se juntamente com a água, guardandosuas respectivas
concentrações. A pressão do capilar (hidrostática) tende a forçar líquido e suas substâncias em solução
apassar pela parede fenestrada do capilar sanguíneo atingindo o espaço intersticial. Ao contrário, apressão
oncótica exercida pelas proteínas plasmáticas tende a promover o movimento de líquido doespaço
intersticial de volta para o sangue, evitando o acúmulo de líquido no interstício ou a queda dovolume
sanguíneo. Além disso, o sistema linfático contribui também, recolhendo e devolvendo à circulação
aspequenas quantidades de líquido não reabsorvido e proteínas que vazaram dos capilares. Uma pequena
quantidade de substâncias é transferida através das células endoteliais naforma de pequenas vesículas,
ditas pinocíticas. As vesículas podem atravessar o citoplasma da célulaendotelial nas duas direções e,
serem liberadas no lado oposto em que se formaram. A pinocitosepode ser o único meio de transporte
disponível para grandes moléculas insolúveis em lipídios. 4­VÊNULAS: coletam o sangue vindo dos
capilares; elas gradualmente coalescem em veiasprogressivamente mais calibrosas. 5­VEIAS: funcionam
como condutos para o transporte de sangue dos tecidos de volta aocoração, mas são importantes também
por atuarem como principal reservatório de sangue,considerando que aproximadamente 65% do volume
sanguíneo total encontram­se normalmente nasveias. A pressão no sistema venoso é muito baixa, as
paredes venosas são finas, mas são musculares,
28.  28. o que lhes permite contrair e expandir e, por conseguinte, atuam como um reservatório controlávelde
sangue adicional, aumentando e diminuindo, respectivamente,o retorno venoso ao coração. QUESTÕES
PARA ESTUDO1­ Explique/caracterize os mecanismos, neural, hormonal/humoral e local para regulação
do fluxosanguíneo.2­Como e onde é produzida a substância angiotensina II?3­Escreva o efeito das
seguintes substâncias sobre o tônus arteriolar e sobre o fluxo sanguíneo,conseqüentemente:­angiotensina
II, vasopressina ou ADH, adrenalina, noradrenalina, acetilcolina, bradicinina,prostaglandina e
histamina.4­Explique como acontecem as trocas por filtração/reabsorção, ao nível dos capilares.5­ A
passagem de substâncias hidrossolúveis através da parede dos capilares sanguíneos encefálicosé fácil, isto
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é, sem nenhum impedimento? E para as substâncias lipossolúveis? Explique por que.6­Comente a
importância das veias como reservatório sanguíneo.7­Descreva/explique a função do sistema linfático na
manutenção do interstício “seco”.8­ Explique a regulação simpática sobre as veias e como isto afeta o
débito cardíaco.9­ O cálcio é importante para a contração do músculo liso? Explique.10­ Explique os
efeitos da acetilcolina e da noradrenalina sobre as fibras musculares cardíacas e lisas(dos vasos
sanguíneos).11­Comente o efeito do peso molecular das substâncias sobre a sua passagem através
dasfenestras/fendas/poros capilares.12­ Explique a formação do edema intersticial.13­ O que você
entende por fluxo nutricional.14­ O fluxo de sangue pelos vasos periféricos da circulação cutânea, é
importante para aregulação/manutenção da temperatura corporal. Explique por que.
29.  29. AULA: PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA A pressão arterial sistêmica é a pressão exercida pelo
sangue no interior das artériassistêmicas. A pressão arterial sistêmica(PA) oscila, durante o ciclo cardíaco,
entre um valor máximo eum valor mínimo. O valor máximo corresponde à pressão arterial sistólica (PAS)
e, o valor mínimocorresponde a pressão arterial diastólica (PAD). Normalmente, a pressão do sangue nas
artériasatinge um valor máximo de cerca de 120 mmHg e um valor mínimo de cerca de 80 mmHg. A
oscilaçãodo valor da pressão arterial durante o ciclo cardíaco deve­se a variação no volume de sangue
nasartérias (volume arterial), produzido pela ejeção de sangue no sistema arterial e pelo
escoamentosanguíneo periférico. Quando o coração ejeta o sangue no sistema arterial, durante a
sístoleventricular, ocorre um incremento do volume arterial e com isso o aumento da pressão
arterial,passando de um valor diastólico de 80 mmHg para um valor sistólico de 120 mmHg. Durante
adiástole não há bombeamento de sangue pelo coração e, devido ao escoamento do sangue arterialem
direção as arteríolas e aos capilares sanguíneos, ocorre a redução do volume arterial e,conseqüentemente,
a diminuição da pressão arterial, passando de um valor sistólico para um valordiastólico. A pressão
diferencial ou de pulso é determinada pela diferença entre a pressão arterialsistólica e a pressão arterial
diastólica Pressão diferencial= PAS – PAD A pressão arterial média é o valor médio da pressão do
sangue nas artérias ao longo dotempo (ciclo cardíaco). Uma regra prática para determinar a PAM é: PAM
= PAD+ [(PAS­PAD) / 3] A pressão arterial sistêmica é gerada e mantida pela interação entre a força
propulsoracardíaca, a capacidade de dilatação elástica das artérias e a resistência ao fluxo
exercida,predominantemente, pelas arteríolas sistêmicas. Pressão arterial = Débito cardíaco X Resistência
periférica total: A pressão arterial sistólica (PAS) depende principalmente de fatores que determinam
adesempenho sistólico cardíaco, dentre eles a contratilidade cardíaca intrínseca, o retorno venoso(que
influencia o grau de estiramento das fibras miocárdicas e o volume de sangue presente noventrículo
esquerdo, previamente à contração), a resistência contra a qual o coração ejeta o sanguee a freqüência
cardíaca. Assim, o nível da PAS reflete a frequência e a força de contração cardíaca, aelasticidade e o
volume arterial. A pressão arterial diastólica (PAD) reflete basicamente a resistência ao fluxo. A
resistênciaperiférica total é afetada por fatores locais, neurais e hormonais que regulam principalmente o
tônusarteriolar, produzindo vasoconstrição ou vasodilatação. Regulação da pressão arterial
30.  30. Mediante o controle da PA, o organismo assegura o fluxo sanguíneo adequado para ometabolismo dos
tecidos (células). Mecanismos de regulação da PA a curto e médio prazos: ­ Mecanismos neurais reflexos:
pressoceptores/barorreceptores e quimioceptores. ­ Mecanismos humorais/hormonais: noradrenalina,
vasopressina (ADH), sistema renina­ angiotensina­aldosterona. Mecanismos de regulação da PA a longo
prazo: ­ Mecanismo renal: controle do volume de LEC. QUESTÕES PARA ESTUDO1­ O que você
entendeu por pressão arterial sistêmica? Qual é a sua importância/função?2­ A regulação do fluxo
sanguíneo pode afetar a pressão arterial sistêmica? Explique.3­ A pressão arterial oscila em sincronia com
o batimento cardíaco. Explique.4­ Suponhamos que um indivíduo apresente PAS de 110 mmHg e PAD
de 70mmHg. a) qual será o valor da PAM? b) esses valores estão dentro da normalidade para o indivíduo
adulto jovem?5­ O exercício aeróbico pode interferir na pressão arterial? Qual será seu provável efeito?6­
O frio ou o calor pode produzir alteração de pressão?7­ A manutenção da postura em pé por período de
tempo prolongado pode afetar a manutenção dapressão arterial? Por que?8­ A perda de sangue
(hemorragia) pode causar alteração de pressão arterial? Explique.9­ Teoricamente o valor da pressão
arterial é semelhante em todas as artérias quando estamosdeitados?10­ A atividade cardíaca influencia o
valor da pressão arterial?11­ O endurecimento das paredes arteriais pode causar alteração no valor da
pressão arterial?Explique.12­Considerando os mecanismos renais no controle da PA, explique o efeito
dos diuréticos em geral,sobre a PA.13­Sabemos que o mecanismo renina­angiontensina­aldosterona é um
dos mais importantes para ocontrole da PA.Explique­o14­ Quando se faz a administração de fármacos
inibidores da ECA esperamos aumento ou diminuiçãoda PA? Explique.15­ A descarga simpática e
parassimpática sobre o coração podem produzir alteração na pressãoarterial? Explique.16­ A descarga
simpática intensa produz vasoconstrição na maioria dos territórios vasculares. Issocausa alteração na
pressão arterial? Por que.
31.  31. AULA: SISTEMA GASTRINTESTINAL/DIGESTÓRIO 1­ INTRODUÇÃO O sistema
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gastrintestinal é responsável pelo recebimento, armazenamento e digestão dosalimentos (além dos
fármacos) ingeridos por via oral (boca), que serão, posteriormente, absorvidospelo sangue. O conteúdo
alimentar é movimentado ao longo do tubo gastrintestinal e misturadocom as secreções digestivas graças
aos movimentos gastrintestinais, propulsivos e de mistura. O sistema gastrintestinal é constituído do tubo
gastrintestinal (boca­esôfago­estômago­intestino delgado e grosso) e de órgãos que secretam seus
produtos no interior do tubogastrintestinal (fígado/vesícula biliar­pâncreas). A circulação sanguínea que
atinge o sistema gastrintestinal constitui a circulaçãoesplâncnica, que compreende a circulação sanguínea
para o fígado, tubo gastrintestinal, baço, epâncreas. Em condições de repouso, o fluxo sanguíneo pela
circulação esplâncnica é cerca de 25% dodébito cardíaco. A drenagem venosa do estômago, baço,
pâncreas e intestino é realizada em série pela veiaporta que conduz esse sangue diretamente para o fígado
(70% do fluxo sanguíneo hepático). Aprincipal função desse sistema porta consiste no aporte direto de
nutrientes para o fígado, que écapaz de armazená­los ou ressintetizá­los. Apesar do alto fluxo sanguíneo
durante o repouso, em condições de queda de volumesanguíneo ou de exercício, pode ocorrer

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