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Aspectos históricos da saúde da criança no mundo e no Brasil. E Políticas Públicas e a infância no Brasil (1)

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Unidade I
Aspectos históricos da saúde da criança no mundo e no Brasil.
Profª Mestre Graziele Mourão Marcon
História social da criança
Século XI - VIX 
Criança percebida como adulto miniatura, sem características ou particularidades individuais, assimilada no mundo adulto aos 7 anos
							Século XV 
Imagem da criança começa a ser retratada por pintores da época
PERIODO COLONIAL 
ALTO INDICE DE MORTALIDADE 70%
As crianças eram vistas como um instrumento para as famílias, agentes passivos, amedrontadas pelos cruéis castigos físicos, permanecendo constantemente submetidas ao serviço/ mão de obra e ao poder paternos, quando não eram abandonadas em casas de caridade ou hospitais.
Adulto era prioridade
Viviam em precárias condições sanitárias e sociais (nutrição e vestimenta) que colaboravam para o processo de adoecimento.
Eram cuidadas por escravas. 
Muitas viviam em um único cômodo, sem arejamento ou sol, favorecendo o quadro crítico da morbimortalidade Infantil, e quando ficavam doentes eram levadas tardiamente aos médicos. 
Em um contexto geral, no período do Brasil Colônia, nem a Igreja ou o Estado 
assumiram a responsabilidade pela criança abandonada sociedade 
Assim a história da criança abandonada brasileira se dividiu em três fases:
a saber, Caritativa, até meados do século XIX; 
Filantrópica, até a década de 1960 e 
Estado do Bem Estar Social, últimas décadas do século XX, fase esta em que a criança torna-se sujeito de direito.
Século XVII 
Começa a ocupar espaço no âmbito social
Primeiros registros da linguagem infantil
Século XVIII 
“Roda dos Enjeitados, Rodas dos Expostos ou Rodas”,
a cada 100 crianças 5 eram abandonadas, e 1/3 ilegítimas = 40%
Prática comum nos anos de 1850 e 60
Estas crianças eram entregues às Amas “mulher que amamenta criança alheia; ama de leite, criadeira” , que as mantinham em suas casas, mas também eram desprovidas de instalações e condições de higiene adequadas.
Quando as meninas cresciam, eram devolvidas às instituições caritativas, para em seguida, serem encaminhadas às Casas de Recolhimento, as quais preconizavam o cuidado para manter a integridade da moça e os bons costumes, e ensinar-lhes tarefas domésticas, garantindo-lhes assim, um casamento. 
Os meninos, quando não encaminhados às instituições militares, geralmente eram deixados à sua própria sorte nas ruas.
 
Século XVIII
Transformações na Europa conduziram ao estabelecimento de novas relações de poder entre Estado e sociedade, principalmente com o advento da Revolução Industrial, que levou à substituição do trabalho individual e manufatureiro pela produção baseada no uso de máquinas. 
► mão-de-obra, surgindo as primeiras políticas públicas de
saúde, voltadas em sua essência, ao controle social, serviços
de saneamento e de saúde.
Reconhecimento da criança enquanto ser
biopsicossocial, assim como, seus direitos enquanto cidadão
 foi se delineando ao longo da história, paralelos a assistência
à saúde, o qual passou por
transformações e ainda permanece em constante construção
Século XIX
Ocorria outra forma de separação das crianças dos pais, com base nas concepções higienistas de proteger as crianças de suas próprias famílias, pois estas necessitavam ser cuidadas, amparadas e educadas por colégios internos ou internatos, prevenindo os males e evitando as mortes prematuras.
Assim, a família é o primeiro grupo social do qual a criança faz parte, promovendo um ambiente indispensável para prover a sobrevivência e proteger integralmente a criança. 
Código de Menores 1927 – 1979 Século XX
Uma das primeiras estruturas de proteção aos menores, em nosso sistema pátrio, foi produto de uma época culturalmente autoritária e patriarcal, cujo um dos principais objetivos era considerar menor crianças com 14 anos e proibir a prática do trabalho crianças menores de 12 anos. 
SECULO XIX e XX
A educação infantil e o processo de escolarização foi produzida e evoluiu de diferentes formas, sob a influência de diferentes pedagogos ou educadores.
Por vários anos a educação se resumia em duas escolas:
As crianças carentes aprendiam na “Escola de Ler e Escrever” a qual limitava-se a ensinar boas maneiras e a técnica da leitura e da escrita.
E “Colégio” que era o seminário, onde estudavam filhos de colonos e ensinava-se principalmente Moral, Filosofia e Línguas Clássicas. Depois, podia-se estudar Teologia, Direito ou Medicina na Universidade de Coimbra, dirigida pelos jesuítas.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Araújo JP, et al. História da saúde da criança: conquistas, políticas e perspectivas Rev Bras Enferm. 2014 nov-dez;67(6):1000-7.
As amas de leite e a regulamentação biomédica do aleitamento cruzado: contribuições da socioantropolologia e da história.Cadernos de História da Ciência - Instituto Butantan - Vol. VIII (1) Jan/Jun 2012.
Saúde da Criança. Materiais Informativos. Ministério da Saúde.
Atenção humanizada ao recém nascido de baixo peso. Método Canguru. Manual Técnico. Brasilia 2011.
História da Alfabetização no Brasil: Do ensino das primeiras letras À psicogênese da língua escrita. Juliana Brito de Araújo Cavalcante.
Wieczorkievicz AM; Milani ML. Um breve histórico das políticas públicas sociais brasileiras e seus programas, direcionados à saúde da criança. Saúde Meio Ambient. v. 2, n. 2, p. 107-116, dez. 2013.
Políticas Públicas e a infância no Brasil: 
Programas na área da saúde da criança, do neonato e do adolescente. 
Legislação Internacional e Estatuto da Criança e do Adolescente.
Entre os estudos realizados no campo das políticas sociais no Brasil, há
um conjunto de trabalhos que propala a inexistência de um efetivo sistema de proteção social até 1990.
Encontram-se também estudiosos que demonstram que no período de 1930 a 1980 ocorreu a introdução, expansão e consolidação jurídico institucional dos mecanismos de garantia e proteção sociais, como a previdência social e a assistência; a construção de uma rede de ensino básico e científico; a política de atenção à saúde e a política habitacional etc., enfim, a institucionalização de um conjunto básico e essencial de políticas, diretrizes, programas, normas e regras que representaram um avanço, dos direitos sociais no país mesmo que às avessas e insuficiente.
Século XX, três momentos mais significativos de transformação institucional e de produção legal:
O Estado Novo, caracterizado pelo autoritarismo populista de Getúlio Vargas (1930 a 1945);
A ditadura militar e o retrocesso dos precários direitos políticos e civis, (1964 a 1985);
 E o período de redemocratização, a partir de 1985, culminando na Constituição de 1988 e no reconhecimento dos direitos constitutivos de cidadania para todos os brasileiros. 
....Antes
		
		Estatuto da Criança e do Adolescente 1990
Em 1920 realizou-se o 1º Congresso Brasileiro de Proteção à Infância, impulsionando a criação de uma agenda sistematizada sobre a proteção social, e passou a ser debatida pela sociedade a regulamentação da assistência e proteção aos “menores abandonados” e “delinquentes”, culminando com a promulgação do Código de Menores em 1927.
Assumido pelo MS em 1953.
 1940, criou-se o Departamento Nacional da Criança (DNCr), órgão vinculado ao Ministério da Educação e Saúde, que possuía o objetivo de criar viva consciência social da necessidade de proteção à díade materno-infantil. 
 1941 foi criado o Serviço de Assistência ao Menor (SAM), órgão diretamente subordinado ao Ministério da Justiça e Negócios do Interior e ao Juizado de Menores, em razão do Decreto n. 3.799, que atribuía ao Estado poder para atuar junto aos “menores”, reiteradamente qualificados como“desvalidos” e “delinquentes”.
1942 Legislação Brasileira de Assistência. 
1943 foi aprovado o Decreto n. 6.026, que dispunha sobre as medidas
aplicáveis aos menores de dezoito anos pela prática de fatos considerados
infrações penais. Essa medida não alterava o anterior Código de Menores de
1927, salvo o prolongamentoda inimputabilidade penal de 14 para 18 anos. 
 1949 foi criado o primeiro Serviço de Colocação Familiar, por intermédio do Decreto de Lei n. 560.
1953 Criação do Ministério da Saúde, Educação e Cultura.
1957 os serviços de adoção seriam regulamentados, mediante o Instituto de Adoção, previsto no Código Civil vigente.
 
 1959, com a Declaração Universal dos Direitos da Criança, criou-se o marco pelo qual a infância passou a ser valorizada e a criança considerada, internacionalmente, como sujeito de direitos pela Organização das Nações Unidas. 
1961 aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBNE), (1996).
1964 estabeleceu-se a Política Nacional de Bem Estar do Menor (PNBEM).
 
1968 o Fundo das Nações Unidas para Infância firmou acordo com o governo brasileiro. Paradoxalmente, e em plena atividade da ditadura, o país assumiria formalmente os preceitos da Declaração Universal dos Direitos da Criança, embora na prática o que se constataria era a aprovação de um novo código de menores, mais repressivo.
1970 foi implantado o Programa Nacional de Saúde Materno-Infantil, apresentando como objetivo principal, a redução da morbimortalidade entre crianças e mães.
No fim dessa década, a Coordenação de Proteção Materno-Infantil passou a chamar-se Divisão Nacional de Saúde Materno-Infantil (DINSAMI), tornando-se responsável, em nível central, pela assistência à saúde da mulher, da criança e do adolescente. 
1980 necessidade de acompanhamento do processo de crescimento e desenvolvimento de todas as crianças, MS cria Programa Integral à Saúde da Mulher e da Criança (PAISMC), no qual os serviços deveriam estar preparados para resolver todos os problemas que poderiam afetar a saúde materno-infantil. 
Ações básicas para o atendimento às crianças brasileiras: 
aleitamento materno; 
orientação familiar sobre a alimentação em situação de desmame;
estratégias para o controle das afecções respiratórias agudas; 
imunização básica (controle efetivo das doenças diarreicas);
acompanhamento profissional do crescimento e do desenvolvimento infantil.
Criado em 1981, mas com desenvolvimento em 1985 o Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (PNIAM), os Banco de Leite Humano passaram a assumir um novo papel no cenário da saúde pública 
 
 1943 Primeiro BLHs
O Aleitamento era incentivado desde 1920
 1984 o Brasil implantou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança (PAISC):
Enfrentamento às adversidades nas condições de saúde da população infantil, especificamente no que se refere à sua sobrevivência. 
Promover a saúde, de forma integral, priorizando crianças pertencentes a grupos de risco e procurando qualificar a assistência e aumentar a cobertura dos serviços de saúde.
1980 e 1990 com a Constituição Federal, as leis orgânicas municipais e a lei orgânica (8.080), há uma colaboração na transformação da saúde da criança. 
 
Queda da MI 
A Constituição é o mais importante conjunto de normas de um país, que determina as atribuições e limites das instituições, os direitos dos cidadãos e os deveres do Estado. A Constituição, também conhecida como Carta Magna, é a lei suprema e fundamental do Brasil e se situa no topo de todo o ordenamento jurídico. Ou seja, nenhuma lei pode contrariar o que está determinado nela.
Adoção da Convenção Internacional dos Direitos das Crianças
13 de julho de 1990, foi aprovada a Lei n°8.069, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) a partir do qual, os mesmos passaram a adquirir de amplos direitos de proteção de integridade física e psicológica, lazer e bem-estar, devendo ser amparados pela família, comunidade e Estado.
"prioridade absoluta" da Constituição.
Livro I - Parte Geral (art. 1º ao 85)
Título I - Das Disposições Preliminares (art. 1º ao 6º)
Título II - Dos Direitos Fundamentais (art. 7º ao 69)
Capítulo I - Do Direito à Vida e à Saúde (art. 7º ao 14)
Capítulo II - Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade (art. 15 ao 18)
Capítulo III - Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária (art. 19 ao 52)
Capítulo IV - Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer (art. 53 ao 59)
Capítulo V - Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho (art. 60 ao 69)
Título III - Da Prevenção (art. 70 ao 85)
Capítulo I - Disposições Gerais (art. 70 ao 73)
Capítulo II - Da Prevenção Especial (art. 74 ao 85)
Livro II - Parte Especial (art. 86 ao 267)
Título I - Da Política de Atendimento (art. 86 ao 89)
Capítulo I - Disposições Gerais (86 ao 89)
Capítulo II - Das Entidades de Atendimento (art. 90 ao 97)
Título II - Das Medidas de Proteção (art. 98 ao 102)
Capítulo I - Disposições Gerais (art. 98)
Capítulo II - Das Medidas Específicas de Proteção (art. 99 ao 102)
Título III - Da Prática de Ato Infracional (art. 103 ao 128)
Capítulo I - Disposições Gerais (art. 103 ao 105)
Capítulo II - Dos Direitos Individuais (art. 106 ao 109)
Capítulo III - Das Garantias Processuais (art. 110 e 111)
Capítulo IV - Das Medidas Sócio-Educativas (art. 112 ao 125)
Capítulo V - Da Remissão (art. 126 ao 128)
Título IV - Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável (art. 129 e 130)
Título V - Do Conselho Tutelar (art. 131 ao 140) 
Capítulo I - Disposições Gerais (art. 131 ao 135)
Capítulo II - Das Atribuições do Conselho (art. 136 e 137)
Capítulo III - Da Competência (art. 138)
Capítulo IV - Da Escolha dos Conselheiros (art. 139)
Capítulo V - Dos Impedimentos (art. 140)
Título VI - Do Acesso à Justiça (art. 141 ao 224)
Capítulo I - Disposições Gerais (art. 141 ao 144) 
Capítulo II - Da Justiça da Infância e da Juventude (art. 145 ao 151)
Capítulo III - Dos Procedimentos (art. 152 ao 197)
Capítulo IV - Dos Recursos (art. 198 e 199)
Capítulo V - Do Ministério Público (art. 200 ao 205)
Capítulo VI - Do Advogado (art. 206 e 207)
Capítulo VII - Da Proteção Judicial dos Interesses Individuais, Difusos e Coletivos (art. 208 ao 224)
Título VII - Dos Crimes e Das Infrações Administrativas (art. 225 ao 258)
Capítulo I - Dos Crimes (art. 225 ao 244)
Capítulo II - Das Infrações Administrativas (art. 245 ao 258)
Disposições Finais e Transitórias (art. 259 ao 267)
 
Depois...
Estatuto da Criança e Adolescente...
1991 Criação do PACS
1991 Programa de Assistência à Saúde Perinatal (PROASP), esta proposta organizou a assistência perinatal a fim de regionalizar este atendimento; prover a melhoria da qualidade da assistência ao parto; o incremento da qualidade da assistência ao recém-nascido instituindo o alojamento conjunto e incentivando o aleitamento materno.
1994 Programa de Saúde da Família buscou reestruturar os serviços de saúde de cada município, pela transformação do modelo hegemônico centrado na medicalização para um modelo focado na promoção da saúde e na participação comunitária.
 1995 o MS lançou a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC).
Garantir o direito da criança à assistência humanizada, e incentivar, promover e apoiar o aleitamento materno;
Uma das estratégias deste programa foi assegurar o pagamento de 10% a mais sobre a assistência ao parto aos Hospitais Amigos da Criança
vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
 MI
1996 foi adotado principalmente pelas regiões norte e nordeste do Brasil, a Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI) com a perspectiva de uma avaliação dos desencadeantes que afetam a saúde infantil, almejando a qualidade da assistência.
Erradicação do trabalho infantil (até 2001)
 
 MI
No final da década de 1990, foi estruturado o Programa
de Apoio à Implantação dos Sistemas Estaduais de Referência
Hospitalar para Atendimento à Gestante de Alto Risco, quando
ocorreu a organização do atendimento a gestante.2000 foi criado e implantado o Programa Nacional de Humanização do Pré-Natal e Nascimento garantia do direito à cidadania, portanto, ao acesso, por parte das gestantes e dos recém-nascidos, à assistência à saúde nos períodos pré-natal, parto, puerpério e neonatal, tanto na gestação de baixo como de alto risco, assegurando a integralidade da assistência.
MS lançou, pela Portaria Ministerial n° 693 de cinco de julho de 2000, a Norma de Atenção Humanizada do Recém-Nascido de Baixo Peso Método Canguru (Prematuridade):
Esta proposta de atenção permitiu o maior contato, ou seja, o contato pele a pele do bebê com sua mãe, de forma crescente e com liberdade de tempo, o qual proporciona uma maior participação da família nos cuidados com o recém-nascido, obtendo melhores resultados em sua recuperação.
Brasil assumiu, internacionalmente, com mais 189 nações, a
meta dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM)
em reduzir dois terços da MI até o ano de 2015.
Segundo o Relatório Nacional de Acompanhamento (ODM) 2013, o Brasil alcançou em 2012 a meta internacional de diminuição da mortalidade na infância (menores de cinco anos) e infantil (menos de um ano de idade) antes da data limite.
2002 MS lança o Caderno de Atenção Básica - Saúde da Criança: Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. O documento expressa a adoção de medidas para o crescimento e desenvolvimento saudáveis, enfocando a garantia de direito da população e cumprimento de dever do Estado.
2004 o MS lançou a Agenda de Compromissos para a Saúde Integral da Criança e Redução da Mortalidade Infantil, a qual postulava como diretrizes ações que tinham o intuito de fortalecer o nascimento saudável, o crescimento e desenvolvimento, o combate a distúrbios nutricionais e às doenças prevalentes na infância.
Linhas de cuidado propostas pelo MS no cuidado à criança
Ações da saúde da mulher: atenção humanizada e qualificada;
Atenção humanizada e qualificada à gestante e ao recém-nascido;
Triagem neonatal: teste do pezinho; Incentivo ao aleitamento materno; 
Incentivo e qualificação do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento; 
Alimentação saudável e prevenção do sobrepeso e obesidade infantil;
Combate à desnutrição e anemias carenciais; 
Imunização; 
Atenção às doenças prevalentes; 
Atenção à saúde bucal; 
Atenção à saúde mental;
Prevenção de acidentes, maus-tratos/violência e trabalho infantil;
Atenção à criança portadora de deficiência.
A abordagem epidemiológica desses documentos está relacionada à identificação de um ou mais fatores de risco. Todos esses fatores são colocados como condições que exigem vigilância à saúde, com acompanhamento sistemático do crescimento da criança, alegando o aumento da probabilidade da existência de doença perinatal e infantil. Ainda, há maior ênfase quanto à avaliação e acompanhamento do desenvolvimento infantil, identificando os fatores de risco tanto do ponto de vista orgânico como nos aspectos relacionais à família. 
2006 Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária e Lei Orgânica de Segurança Alimentar.
2008 MS lança Amamenta Brasil.
2009 MS institui a estratégia Brasileirinhos e Brasileirinhas saudáveis, enfatiza a qualidade de vida das crianças brasileiras.
2011 MS implanta a Rede Cegonha (assistência à mulher no ciclo reprodutivo e assistência integral à criança desde o nascimento ao desenvolvimento), que tem como propostas:
ampliar o acesso, acolhimento e melhoria da qualidade do pré-natal;
oferta de transporte adequado no período do pré-natal e no momento do parto; 
vinculação da gestante à unidade de referência para assistência ao parto, obtendo-se sempre vaga para a gestante e para o bebê;
 realização de parto e nascimento seguros,
práticas humanizadas e eficientes de atenção; 
Acompanhante no parto, de livre escolha da mulher; 
atenção integral à saúde da criança de 0 a 24 meses com qualidade e resolutividade;
e, por último, acesso ao planejamento reprodutivo.
2013 MS institui a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, com o Proposito de integrar a Rede Amamenta Brasil e a Estratégia Nacional para Alimentação Complementar Saudável (ENPACS).
2015 o Conselho Nacional de Saúde, cria a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança. 
 
NOS DIAS ATUAIS...
Não há resolutividade dos problemas de saúde por parte
dos serviços públicos no que se refere à saúde da criança, pois
deficiências no acompanhamento ao crescimento e desenvolvimento
da criança podem gerar uma condição crônica de saúde
para esta faixa etária, uma vez que, existe um aumento progressivo
da morbimortalidade por condições crônicas de saúde no
Brasil. 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Araújo JP, et al. História da saúde da criança: conquistas, políticas e perspectivas Rev Bras Enferm. 2014 nov-dez;67(6):1000-7.
As amas de leite e a regulamentação biomédica do aleitamento cruzado: contribuições da socioantropolologia e da história.Cadernos de História da Ciência - Instituto Butantan - Vol. VIII (1) Jan/Jun 2012.
Saúde da Criança. Materiais Informativos. Ministério da Saúde.
Atenção humanizada ao recém nascido de baixo peso. Método Canguru. Manual Técnico. Brasilia 2011.
História da Alfabetização no Brasil: Do ensino das primeiras letras À psicogênese da língua escrita. Juliana Brito de Araújo Cavalcante.
Wieczorkievicz AM; Milani ML. Um breve histórico das políticas públicas sociais brasileiras e seus programas, direcionados à saúde da criança. Saúde Meio Ambient. v. 2, n. 2, p. 107-116, dez. 2013.
 Brasil. [Estatuto da criança e do adolescente (1990)]. Estatuto da criança e do adolescente e legislação correlata [recurso eletrônico] : Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990, e legislação correlata. – 12. ed. – Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2014. 241 p. – (Série legislação ; n. 122)

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